"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Os 10 anos de lançamento do álbum "Back To Black" de Amy Winehouse

Capa do CD "Back To Black" de Amy Winehouse


Dia 27 de outubro de 2016, faz dez anos que foi lançado o segundo e último álbum da cantora britânica Amy Winehouse, "Back To Black" (Island Records/Universal Music, 2006). Eu tomei conhecimento sobre a cantora em 2008, quando ela virou notícia no mundo inteiro, mais pelas encrencas do que pela carreira artística. E quando eu ouvi pela primeira vez a música "Rehab" que curiosamente estava na trilha internacional da novela "Sete Pecados" (Rede Globo, 2007) me encantei com aquela sonoridade do soul dos anos 60. E logo ouvi "Tears Dry On Their Own" que tinha como base instrumental o sample de "Ain't No Mountain High Enough" gravada por Marvin Gaye e Tammi Terrell e a faixa-título. Eu só comprei o CD meses após a morte da cantora.
"Back To Black" teve uma ótima recepção de crítica. Tanto que a obra foi indicada em seis categorias à 50ª edição do Grammy Awards: "Canção do Ano" ("Rehab"), "Gravação do Ano" ("Rehab"), "Melhor Performance Vocal Pop Feminina", "Artista Revelação", "Melhor Álbum Vocal Pop" e "Álbum do Ano". Amy venceu as cinco primeiras categorias e isso fez com que ela fosse a maior vencedora da 50ª edição da premiação.



O disco foi produzido por Salaam Remi (responsável por também produzir o primeiro disco da cantora, "Frank" de 2003) e pelo dj Mark Ronson. "Back to Black" tem um conjunto de estilos bem distintos do seu antecessor, "Frank" que consiste em elementos de jazz, formado por soul, jazz, rhythm & blues (R&B), ska e blues. "Eu não queria tocar esse negócio de jazz outra vez. Estava cansada de estruturas de acordes complicadas, e precisava de alguma coisa mais direta. Andara escutando um monte de grupos femininos dos anos 1950 e 1960. Gostava da simplicidade deles. Vão direto ao assunto. Então comecei a pensar em escrever canções daquele jeito", dizia Amy Winehouse sobre o estilo para o disco. A cantora Shirley Bassey e o quarteto feminino Shangri-Las foram citadas por Winehouse como inspiração para as faixas de "Back to Black". Ray Charles, Donny Hathaway e Marvin Gaye também foram outras influências, sendo que os dois primeiros ("Ray" e "Mr. Hathaway") foram citados na letra de "Rehab".
O álbum liricamente é um diário aberto sobre seus problemas pessoais, como também revela seu amor obsessivo por Blake Fielder-Civil com quem posteriormente se casou e teve um relacionamento conturbado e controverso. As recusas em ser internada em uma clínica de reabilitação ("Rehab"), a não-aceitação em desistir do amante e a devoção a ele ("Some Unholy War"), as sequelas de um rompimento ("Wake Up Alone"), a confissão de infidelidade ("You Know I'm No Good"), os fracassos em relacionamentos amorosos ("Love Is A Losing Game") e o envolvimento com drogas ("Addicted", última faixa do álbum só que existe em poucas edições, especialmente as internacionais) são os principais temas. A faixa-título retrata a dor da mágoa que Amy sentia pela infidelidade e perda do amante, Blake Fielder-Civil. Quem viu o documentário "Amy" de Asif Kapadia sabe que quando os dois se conheceram, Blake já tinha uma namorada e Amy também tinha um namorado. Ambos passaram momentos juntos, até que um dia, Blake manda uma mensagem a Amy pelo celular dizendo que não queria deixar a sua antiga parceira e que seria melhor eles serem amigos. Apaixonada profundamente por Blake, Amy piorou psicologicamente e bebia excessivamente. Foi esse episódio que inspirou os versos "você volta para ela e eu volto a obscuridade" ("you go back to her and I go back to black").
Até agora, "Back to Black" é considerado o álbum mais importante do século XXI. No Brasil, foram vendidas mais de 500 mil cópias, segundo a ABPD. (Wikipédia)

Veja também as curiosidades sobre o disco no site do G1:
http://g1.globo.com/musica/noticia/2016/10/back-black-faz-10-anos-veja-10-historias-do-disco-de-amy-winehouse.html


"As Canções que Você Fez Pra Mim" (1993) - Maria Bethânia em tributo a Roberto Carlos


"As Canções que Você Fez Pra Mim", álbum de 1993. De Abelha-Rainha para o Rei.


Na época em que este disco da Maria Bethânia foi lançado eu tinha uns 11 anos. Eu nem ligava muito pra Roberto Carlos, mas eu me lembro de uma propaganda da Coca-Cola daquele ano executando como jingle para ela a canção "Emoções" na versão da Maria Bethânia. Em seguida, eu ouvi uma música desse mesmo disco que se tornou um grande hit: "Fera Ferida" que foi tema de abertura da novela homônima da TV Globo com direito aos violinos impactantes e ferozes, fazendo jus à letra. "As Canções Que Você Fez Pra Mim" (Universal Music, 1993) é um disco todo em homenagem a Roberto Carlos e Erasmo Carlos no qual a "Abelha-Rainha" que selecionou o repertório regrava 11 canções da dupla. Idealizado por Max Pierre, na época recém-empossado na gravadora PolyGram (hoje Universal Music) como diretor artístico, produzido pelo Guto Graça Melo e gravado entre Londres (Inglaterra) e Los Angeles (EUA), o álbum vendeu mais de 1 milhão de cópias! Um retorno e tanto da Bethânia à mídia e uma volta por cima da gravadora que passava por um momento difícil. Duas décadas depois, já adulta e fã do Roberto desde a minha pré-adolescência como eu venho dizendo, adquiri esse CD reeditado em 2006. Uma maravilha e recomendo também aos fãs de Roberto e Erasmo.

"As Canções que Você Fez Pra Mim"
Maria Bethânia
(P) 1993 Discos Philips/ PolyGram Discos (hoje Universal Music)
Todas as faixas escritas por Roberto Carlos e Erasmo Carlos

Ouça o álbum completo pelo YouTube ou pelo Spotify (clique nos nomes)

01- As Canções Que Você Fez Pra Mim
Músico(s):
Bill Reichenbach : Trombone
Daniel Higgins : Saxofones
Gary Grant : Trompete
Jaime Alem : Violão
Jerry Hey : Trompete
Jurim Moreira : Bateria
Márcio Lomiranda : Piano
Pedro Ivo Lunardi : Baixo Elétrico
Victor Biglione : Guitarra
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

 
02- Olha
Músico(s):
Erik Hansen : Programação de Piano
Jaime Alem : Violão
Jota Moraes : Piano
Luis Conte : Percussão
Pedro Ivo Lunardi : Baixo Elétrico
Steve Tavaglione : Saxofone
Victor Biglione : Guitarra
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

 
03- Fera Ferida
Músico(s):
Jurim Moreira : Bateria
Pedro Ivo Lunardi : Baixo Elétrico
Victor Biglione : Guitarra
Yutaka Yokokura : Piano
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

04- Palavras
Músico(s):
Erik Hansen : Programação de Piano
Jaime Alem : Violão
Jota Moraes : Piano
Jurim Moreira : Bateria
Pedro Ivo Lunardi : Baixo Elétrico
Victor Biglione : Guitarra
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

05- Costumes
Músico(s):
Guto Graça Mello : Violão
Jurim Moreira : Bateria
Márcio Lomiranda : Piano
Pedro Ivo Lunardi : Baixo Elétrico
Steve Tavaglione : Saxofone
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

06- Detalhes
Músico(s):
Jaime Alem : Violão
Jota Moraes : Piano
Jurim Moreira : Bateria
Luis Conte : Percussão
Pedro Ivo Lunardi : Baixo Elétrico
Victor Biglione : Guitarra
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

07- Você Não Sabe
Músico(s):
Graham Preskett : Violinos
Graham Preskett : Violas de Arco
Jaime Alem : Violão
Pete Jolly : Acordeon
Steve Tavaglione : Oboé
Yutaka Yokokura : Teclados
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

08- Eu Preciso De Você
Músico(s):
Erik Hansen : Programação de Piano
Jaime Alem : Violão
Jota Moraes : Piano
Jurim Moreira : Bateria
Luis Conte : Percussão
Pedro Ivo Lunardi : Baixo Elétrico
Victor Biglione : Violão Aço
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

09- Seu Corpo
Músico(s):
Erik Hansen : Programação de Piano
Jaime Alem : Violão
Jota Moraes : Piano
Jurim Moreira : Bateria
Pedro Ivo Lunardi : Baixo Elétrico
Victor Biglione : Guitarra
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

10- Você
Músico(s):
João Carlos Assis Brasil : Piano
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

11- Emoções
Músico(s):
Bill Reichenbach : Trombone
Daniel Higgins : Saxofones
Gary Grant : Trompete
Jeff Luberman : Contrabaixo
Jerry Hey : Trompete
Ralph Penland : Bateria
Victor Biglione : Guitarra
Arranjador(es):
Graham Preskett e Jaime Alem

Violinos:
Roger Garland, James McLeod, Belinda Bunt, Barry Wilde, Rolf Wilson, Michael de Saulles, Mark Berrow, Benedict Cruft, John Bradbury, Jonathan Evan-Jones, Patrick Kiernan, Pauline Lowbury, Basil Smart, Roy Gillard, Jonathan Strange, David Woodcock, Miranda Fulleylove, John Ronayne, Simon Fischer, Peter Tanfield e Wilfred Gobson

Violas: George, Robertson, Levine Andrade, Stephen Tees, Katie Wilkinson, David Emanuel, Ivo Van Der Werf, Donald McVay, Roger Chase, Michael Cookson, Brian Hawkins e Peter Lale

Cellos: Anthony Pleet, Roger Smith, Martin Robinson, Benjamin Kennard, Paul Kegg, Philip de Groote, David Bucknall e Jonatha Williams

Contrabaixos: Michael Brittain e Simon Benson

sábado, 22 de outubro de 2016

Documentário "Amy" chega ao Brasil em DVD duplo.



Finalmente chega ao Brasil o DVD duplo do elogiado e premiado documentário "Amy" também conhecido como "Amy - A Garota Por Trás do Nome" (On The Corner/ Universal Music, 2015), um filme dirigido por Asif Kapadia que conta a história da cantora inglesa Amy Winehouse (1983-2011), seis vezes vencedora do Grammy. O longa reúne videos amadores gravados por pessoas próximas à artista, depoimentos de familiares, amigos e da própria cantora em entrevistas e também videos do assédio que ela sofreu dos paparazzi e da imprensa em geral.
Amy teve uma vida cheia de alegrias, glórias, dramas familiares e controvérsias. Ela era uma artista que capturou atenção e elogios do mundo. Apesar de bem-sucedida, a sua carreira foi muitas vezes ofuscada por seus problemas pessoais. O conturbado relacionamento com Blake Fielder-Civil, o seu abuso de substâncias psicoativas e a constante perda de peso tornaram-se assuntos recorrentes nos tabloides e culminaram em seu afastamento da indústria fonográfica em 2008. A cantora morreu de overdose de álcool após um período de abstinência. A quantidade de álcool encontrada no sangue de Amy era cinco vezes maior que o limite legal para dirigir.
Amy Winehouse tinha 27 anos e apenas dois álbuns de estúdio lançados ("Frank", 2003 e "Back To Black", 2006). Mesmo com a carreira breve, Amy foi influência para grandes nomes da nova geração da música pop mundial que atualmente dominam as paradas de sucesso.
O DVD extra apresenta imagens inéditas, performances acústicas de "Rehab", "Love Is A Losing Game" e "You Know I'm No Good", comentários de Asif Kapadia e seus colaboradores e dois trailers do filme. Imperdível.

Zeca Pagodinho lança "Toda a Hora" da terceira edição do Quintal do Pagodinho



Mais uma edição do "Quintal do Pagodinho" na área! O primeiro videoclipe publicado do projeto é o de "Toda a Hora" escrita por Toninho Geraes e Moacyr Luz. O CD e o DVD do "Quintal do Pagodinho 3" será lançado em CD e DVD pela Universal Music. Com a direção de Joana Mazzucchelli e produção musical de Rildo Hora, o "Quintal" conta com várias participações superespeciais, como Maria Bethânia, Maria Rita, Zélia Duncan, João Bosco, Paulinho da Viola, entre outros.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Morreu o artista sacro Cláudio Pastro


Cláudio Pastro (1948-2016)

Morreu na madrugada desta quarta-feira (19 de outubro) aos 68 anos o artista sacro Cláudio Pastro, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). Ele estava internado há 15 dias no hospital Oswaldo Cruz na capital paulista. O corpo foi velado no mosteiro Nossa Senhora da Paz em Itapecerica da Serra, interior de São Paulo, onde foi enterrado às 16 horas de hoje (20 de outubro).
Claudio Pastro era um dos nomes mais importantes da arte sacra não só no Brasil, mas no mundo. Ele revitalizou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida em 2008. Ele também ilustrou capas de bíblias e de CD's de cantos litúrgicos, ambos lançados pela editora Paulus. Pastro foi responsável por ilustrar capelas, igrejas, catedrais e mosteiros pelo Brasil e pelo mundo. Em 2013 confeccionou mais de 20 peças feitas de latão banhadas em ouro e prata para a visita do Papa Francisco em ocasião da celebração final da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e de sua visita à Aparecida, em São Paulo. Sua obra mais recente foi inaugurada no Santuário Nacional no dia 8 de outubro deste ano que foi o monumento em homenagem aos 300 anos do encontro de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul. A obra idêntica também foi inaugurada nos jardins do Vaticano com a presença do Papa Francisco em setembro. A medalha em homenagem à Nossa Senhora Aparecida lançada no Santuário Nacional no dia 12 de outubro, o dia da padroeira do Brasil, também leva a assinatura do artista.
Cláudio Pastro deixou aqui na terra suas inúmeras belas obras.

"O Bom Pastor", de Cláudio Pastro

Veja também uma postagem que eu tinha feito sobre Cláudio Pastro em março de 2014:
http://jotadejeane.blogspot.com.br/2014/03/claudio-pastro-o-michelangelo-brasileiro.html



Fontes:
Jornal Folha de São Paulo
Portal Católico

Video: reportagem do TJ Aparecida da TV Aparecida sobre a morte de Cláudio Pastro.

domingo, 16 de outubro de 2016

Dorina celebra seu aniversário com 20 anos de primeiro disco e projeto pelos 70 anos de Aldir Blanc


Dorina (à direita) e a filha, a também cantora Bia Aparecida

A cantora Dorina tem muitos motivos para comemorar o seu aniversário este ano neste dia 16 de outubro. Sua estreia fonográfica completa 20 anos e foi com o disco "Eu Canto Samba" lançado pela Leblon Records. Foi Paulinho da Viola, o autor da faixa-título, que revelou Dorina ao público. O seu primeiro álbum lhe custou o Prêmio Sharp de revelação na categoria samba. Apresentou por quase um ano com o show "Eu canto samba" nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Recife.


Capa do CD "Eu Canto Samba" de 1996



E ainda este ano Dorina fez temporada com o espetáculo "Dorina canta Sambas de Aldir e Ouvir - 70 Anos de Aldir Blanc", que estreou no Teatro Municipal Ziembinski, na Tijuca, Rio de Janeiro em comemoração dos 70 anos do compositor Aldir Blanc. No show, Dorina inclui várias de suas obras como "O bêbado e a equilibrista", "Casa de Marimbondo" e "Navalha", todas em parceria com João Bosco, "Imperial" (com Wilson das Neves) e ainda duas parcerias com Maurício Tapajós, além de inéditas como "Gordo" (em homenagem a Maurício Tapajós) e "Pretinho Básico", composta especialmente para a cantora. Logo logo, o show será registrado em CD e DVD, da mesma forma que aconteceu com "Sambas de Almir" (2003) e "Sambas de Luiz" (2013) em tributo aos sambistas Almir Guineto e Luiz Carlos da Vila (1949-2008), respectivamente, porém ambos foram lançados apenas em CD. Inclusive eu tive o prazer de receber da própria cantora o CD  "Sambas de Luiz" autografado por ela. E mais: neste domingo, Dorina vai comemorar seu aniversário na "Roda dos Suburbanistas"com a Nina Rosa, outra aniversariante do dia 16 de outubro, e Grupo Saravá na Lona Cultural João Bosco, localizada no bairro Vista Alegre, na capital carioca.



Dorina e Aldir Blanc



♥ Muitas felicidades e muito sucesso pela frente, Dorina. Parabéns! ♥

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

"Changes" da banda Black Sabbath na versão brilhante de Charles Bradley

Capa do CD "Changes" de Charles Bradley

Antes de ser descoberto, o cantor americano de soul e funk Charles Bradley imitava o James Brown (1933-2006). Aos 67 anos (ele completará 68 no dia 5 de novembro) e revelado tardiamente ao estrelato, este ano Bradley lança o seu terceiro CD, "Changes" pela gravadora independente Daptone Records. Os dois primeiros foram "No Time For Dreaming" (2011) e "Victim of Love" (2013). O seu mais recente álbum tem como carro-chefe a faixa-título que é uma brilhante reedição de um clássico de 1972 do grupo Black Sabbath. A canção da banda britânica de hard rock que era uma balada (estilo musical que se refere à música lenta ou romântica) executada ao piano e Mellotron (um teclado eletromecânico muito usado nos anos 60 e 70) por Tommy Iommi e baixo por Geezer Butler e cantada pelo vocalista Ozzy Osbourne converte-se em um soul clássico influenciado na black music do final dos anos 1960.
O videoclipe de divulgação mostra Charles Bradley reagindo aos versos da canção. Para o cantor que esteve no Brasil em maio de 2015 para um show em São Paulo, a letra da autoria em conjunto de Ozzy Osburne, Tony Iommi, Gezzer Butler e Bill Ward, integrantes da banda, traz lembranças pessoais. "Eu penso na letra de forma muito próxima quando eu canto 'Changes' e fico emocionado. Ela me faz pensar na minha mãe e nas mudanças na minha vida desde que ela morreu."
Segundo o diretor Eric Feigenbaum, a princípio o vídeo deveria ser gravado na Times Square, a famosa avenida de Nova Iorque, com o cantor interpretando a música, mas as imagens do cantor reagindo à canção falaram mais alto. "Só filmamos uma vez. No final do take, todo mundo na sala estava segurando as lágrimas."
No Brasil, a releitura de "Changes" faz parte da trilha sonora da novela "Sol Nascente" da Rede Globo.

Fonte: site Revista Rolling Stone Brasil

"Changes"
escrita por Ozzy Osburne, Tony Iommi, Gezzer Butler e Bill Ward
interpretada por Charles Bradley
(P) 2016 Daptone Records/Dunham Records

I feel unhappy
Eu me sinto infeliz
I feel so sad
Eu me sinto tão triste
I have lost the best friend
Eu perdi minha melhor amiga
That I ever had
Que eu já tive

She was my woman
Ela era minha mulher
I loved her so
Eu a amava tanto
But it's too late now
Mas agora é tarde demais
I've let her go
Eu a deixei partir

I'm going through changes
Eu estou passando por mudanças
I'm going through changes (in my life)
Eu estou passando por mudanças (em minha vida)

We shared the years
Nós compartilhamos os anos
We shared each day
Nós compartilhamos cada dia
In love together
Nos amando juntos
We found a way
Encontramos um caminho

But soon the world
Mas logo o mundo
Had its evil way
Tomou seu rumo maldito
My heart was blinded
Meu coração estava cego
Love went astray
O amor se perdeu

I'm going through changes
Eu estou passando por mudanças
I'm going through changes (in my life)
Eu estou passando por mudanças (em minha vida)

It took so long
Levou muito tempo
To realize
Pra perceber
That I can still hear
Que eu ainda posso ouvir
Her last goodbyes
Seu último adeus
Now all my days
Agora todos os meus dias
Are filled with tears
Se encheram de lágrimas
Wish I could go back
Quem dera se eu pudesse voltar atrás
And change these years
E mudar aqueles anos

I'm going through changes
Eu estou passando por mudanças
I'm going through changes
Eu estou passando por mudanças


"Hotline Bling" - Drake


Você costumava a ligar para o meu celular
Tarde da noite quando precisava do meu amor
Eu sei quando aquele telefone toca
Só pode significar uma coisa


"Hotline Bling" é a música do rapper canadense Drake gravada em 2015 e incluída em seu quarto álbum, "Views" (Universal Music, 2016). A canção que é da autoria do próprio Drake em parceria com Nineteen85 que também a produziu tem como base instrumental (o que mais me chamou a atenção em "Hotline Bling") o trecho de "Why Can't We Live Together", música de 1972 do cantor de black music Timmy Thomas que no Brasil fez parte da trilha sonora da novela "Cavalo de Aço" (1972) da Rede Globo.


Trecho do videoclipe de "Hotline Bling" que virou meme nas redes sociais 

"Hotline Bling" 
escrita por Aubrey Drake Graham e Anthony Paul "Nineteen85" Jefferies
Interpretada por Drake
Sample:"Why Can't We Live Together", escrita por Timmy Thomas
(P) 2015 Young Money/Cash Money / Republic/ Universal Music Group



You used to call me on my, you used to, you used to
Você costumava a me, você costumava a, você costumava a
You used to call me on my cell phone
Você costumava a ligar pro meu celular
Late night when you need my love
Tarde da noite quando precisava do meu amor
Call me on my cell phone
Você ligava pro meu celular
Late night when you need my love
Tarde da noite quando precisava do meu amor
I know when that hotline bling
Eu sei quando aquele telefone toca
That can only mean one thing
Só pode significar uma coisa
I know when that hotline bling
Eu sei quando aquele telefone toca
That can only mean one thing
Só pode significar uma coisa

Ever since I left the city, you
Desde que eu deixei a cidade, você
Got a reputation for yourself now
Construiu uma reputação para si mesma
Everybody knows and I feel left out
Todo mundo sabe e eu me sinto excluído
Girl you got me down, you got me stressed out
Garota, você me deixou triste, você me deixou estressado
Cause ever since I left the city, you
Porque desde que eu deixei a cidade, você
Started wearing less and goin' out more
Começou a usar menos roupas e a sair mais
Glasses of champagne out on the dance floor
A tomar taças de champanhe na pista de dança
Hangin' with some girls I've never seen before
Você anda com garotas que eu nunca vi antes

You used to call me on my cell phone
Você costumava a ligar pro meu celular
Late night when you need my love
Tarde da noite quando precisava do meu amor
Call me on my cell phone
Você ligava pro meu celular
Late night when you need my love
Tarde da noite quando precisava do meu amor
I know when that hotline bling
Eu sei quando aquele telefone toca
That can only mean one thing
Só pode significar uma coisa
I know when that hotline bling
Eu sei quando aquele telefone toca
That can only mean one thing
Só pode significar uma coisa

Ever since I left the city, you, you, you
Desde que eu deixei a cidade, você
You and me we just don't get along
Você e eu não nos entendemos mais
You make me feel like I did you wrong
Parece que eu te tratei mal
Going places where you don't belong
Você indo a lugares a que não pertence
Ever since I left the city, you
Desde que eu deixei a cidade, você
You got exactly what you asked for
Você conseguiu exatamente o que queria
Running out of pages in your passport
Você está ficando sem páginas no seu passaporte
Hanging with some girls I've never seen before
E andando com garotas que eu nunca tinha visto antes

You used to call me on my cell phone
Você costumava a ligar pro meu celular
Late night when you need my love
Tarde da noite quando precisava do meu amor
Call me on my cell phone
Você ligava pro meu celular
Late night when you need my love
Tarde da noite quando precisava do meu amor
I know when that hotline bling
Eu sei quando aquele telefone toca
That can only mean one thing
Só pode significar uma coisa
I know when that hotline bling
Eu sei quando aquele telefone toca
That can only mean one thing
Só pode significar uma coisa

These days, all I do is
Nesses dias, tudo que eu faço é
Wonder if you bendin' over backwards for someone else
Imaginar se você está fazendo tudo por outro alguém
Wonder if your rollin' over backwoods for someone else
Imaginar se você está enrolando para o outro alguém
Doing things I taught you
Fazendo coisas que eu ensinei a você
Gettin' nasty for someone else
Ficando safada com outro alguém
You don't need no one else
Você não precisa de outro alguém
You don't need nobody else, no
Você não precisa de mais ninguém, não
Why you never alone
Por que nunca está sozinha?
Why you always touching road
Por que você está sempre saindo?
Used to always stay at home, be a good girl
Você costumava ficar em casa, ser uma boa moça
You was in the zone
Você ficava no clima
You should just be yourself
Você devia ser você mesma
Right now, you're someone else
Agora mesmo, você está sendo outra pessoa.

You used to call me on my cell phone
Você costumava a ligar pro meu celular
Late night when you need my love
Tarde da noite quando precisava do meu amor
Call me on my cell phone
Você ligava pro meu celular
Late night when you need my love
Tarde da noite quando precisava do meu amor
I know when that hotline bling
Eu sei quando aquele telefone toca
That can only mean one thing
Só pode significar uma coisa
I know when that hotline bling
Eu sei quando aquele telefone toca
That can only mean one thing
Que só pode significar uma coisa
Ever since I left the city...
Desde que eu deixei a cidade...

Karinah mostra seus cantinhos preferidos em Balneário Camboriú no programa "Mistura"

Karinah com a apresentadora do "Mistura" Camille Reis

Neste sábado (08/10/2016) foi ao ar no programa "Mistura" apresentado por Camille Reis na RBS TV (afiliada da Rede Globo em Santa Catarina) a reportagem com a cantora Karinah, paranaense radicada em Santa Catarina. Além de ser entrevistada pela Camille no Mercado Público daqui de Itajaí, foi "dar um rolê" de carro com a apresentadora pelos seus lugares preferidos da cidade vizinha que eu também adoro (♥), Balneário Camboriú, onde ela reside. O passeio começou com a orla da Avenida Atlântica onde, segundo a cantora, tem "cheiro de doce de leite" devido à quantidade de quiosques de churros de doce de leite. "Cada barraquinha dessa aqui eles vendem água de coco, churros..." disse a vencedora do Troféu Samba É Tudo de Bom de melhor cantora revelação do samba do antigo programa "Dorina Ponto Samba" da Rádio Nacional AM do Rio de Janeiro em 2013. E completa: "A Maria Gadu que sempre falava que [cada vez que] ela lembra de Balneário Camboriú ela lembra do churros, do cheiro do doce de leite". Caramba, quer dizer que eu não sou a única a pensar assim, rs rs.
A próxima parada foi no deck da Barra Norte e uma pausa para um dos cafés mais fancy de Balneário Camboriú onde Karinah revela que coxinha é uma de suas perdições e, com a Camille, tomou shake com sorvete acrescentado com biscoitos tipo Negresco e barrinha chocolate. Delícia... E para encerrar, o Morro do Careca, o mais maravilhoso mirante da cidade, preferido pelos praticantes do parapente e apreciado por quem ama ver o pôr do sol, o Balneário de cima e um pouco da Praia Brava. Assistam.

O programa "Mistura com Camille Reis" da RBS TV vai ao ar todo sábado às 14 horas, depois do Jornal Hoje.

Vídeo: Entrevista com Karinah no Mercado Público de Itajaí (link depois da foto)



http://gshow.globo.com/RBS-TV-SC/Mistura-com-Camille-Reis/noticia/2016/10/roda-de-samba-anima-o-mistura-com-camille-reis.html


Vídeo: Passeando com Karinah

http://gshow.globo.com/RBS-TV-SC/Mistura-com-Camille-Reis/noticia/2016/10/cantora-mostra-seus-cantinhos-preferidos-em-balneario-camboriu.html

terça-feira, 4 de outubro de 2016

"Little Girl Blue" - Janis Joplin


Sente-se
E conte nos dedos
Eu não sei o que mais lhe resta a fazer?
E eu sei como você se sente
E eu sei que você não encontra mais razão para continuar
E sei que você se sente cansada
Meu bem, prossiga e sente-se
Eu quero que você conte nos dedos
Minha tristonha, minha frustrada 
Minha garotinha triste


Hoje faz 46 anos da morte da cantora Janis Joplin. Em memória disso, relembramos a canção "Little Girl Blue". O documentário lançado este ano que leva o nome da música retrata a Janis fora dos palcos: confiável e poderosa, mas doce, traumatizada e triste. O longa ficou em cartaz em pouquíssimos cinemas aqui no Brasil (aqui em Santa Catarina, apenas na capital, Florianópolis), mas eu o vi em um desses sites de filmes online. "Little Girl Blue" na versão da rainha do rock e com algumas alterações na letra e na melodia fez parte do LP "I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again, Mama!" (CBS/Sony Music) lançado em 1969, o primeiro álbum solo da Janis Joplin logo depois de ter deixado o grupo Big Brother And The Holding Company, o único em sua frustrada parceria com a banda Kozmic Blues e o último disco lançado da cantora em vida (o álbum "Pearl" gravado em 1970 foi lançado 3 meses após a sua morte). "Little Girl Blue" é uma releitura da canção escrita por Richard Rodgers (música) e Lorenz Hart (letra) para o musical da Broadway "Jumbo" que entrou em cartaz em 1935. Em 1962 o musical ganhou uma adaptação cinematográfica intitulada "Billy Rose's Jumbo" (no Brasil, "A Mais Querida do Mundo"). O arranjo na versão de Janis é do músico Gabriel Mekler (1942-1977) com a curiosa inclusão da orquestra de cordas em um dos discos da cantora. A canção já foi regravada por vários artistas, como Nina Simone, Frank Sinatra, The Carpenters, Diana Ross, Sarah Vaughan e Louis Armstrong.



Capa original do LP "I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again, Mama!"

Capa brasileira do LP "I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again, Mama!"


Little Girl Blue
Música: Richard Rodgers
Letra: Lorenz Hart
Intérprete: Janis Joplin
(P) 1969 Columbia Records/ CBS Records, Columbia Broadcasting System / Sony Music Entertainment Group



Sit there, count your fingers
What else, what else is there to do?
Oh, and I know how you feel
I know you feel that you're through
Oh ah-wah-ah sit there, hmm, count, ah, count your little fingers
My unhappy, oh, little girl, little girl blue, yeah

Oh sit there, oh count those raindrops
Oh, feel'em falling down, honey, all around youedor
Honey, don't you know it's time?
I feel it's time
Somebody told you, 'cause you got to know
That all you ever gonna have to count on
Or gonna wanna lean on
It's gonna feel just like those raindrops do
When they're falling down, honey, all around you
Oh, I know you're unhappy

Oh sit there, ah, go on, go on
And count your fingers
I don't know what else, what else
Honey, have you got to do
And I know how you feel
And I know you ain't got no reason to go on
And I know you feel that you must be through
Oh honey, go on and sit right back down
I want you to count, oh, count your fingers
Ah, my unhappy, my unlucky
And my little, oh, girl blue
I know you're unhappy
Ooh ah, honey, I know
Baby, I know, just how you feel



segunda-feira, 3 de outubro de 2016

"Meu Refrigerador Não Funciona" - Os Mutantes



Capa do LP "A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado" de 1970.

O meu refrigerador não funciona
O meu refrigerador não funciona
Eu tentei tudo
Eu tentei de tudo
Não funciona
Não, não, não
O meu, o meu
O meu refrigerador não funciona


Eu sempre gostei dessa música d'Os Mutantes, muito mais por causa da Rita Lee representando a Janis Joplin (eu que adoro a Janis) no início dela, mas eu nunca entendi o sentido da letra, até que eu fui procurar no Google e encontrei um texto em um arquivo em PDF que por sinal é um trabalho universitário sobre a representação da juventude dos anos de 1968 a 1971. E esse texto também faz uma citação a canção bilíngue "Meu Refrigerador Não Funciona" dos Mutantes, uma crítica velada ao consumismo que "é realizada com gritos de lamento por conta de um aparelho eletrodoméstico quebrado. Aproveitando a fama da cantora Janis Joplin e do exagero tipicamente tropicalista, o trio compõe uma faixa, com duração de 6 minutos, para tratar de uma relação “doentia” com os bens de consumo. Tal grande febre consumista é resultante das relações estreitas com os Estados Unidos da América durante os chamados 'Anos Dourados' " (clique aqui para o texto na íntegra).
Para descontrair: hoje em dia, ao cantarolar a música, dá pra trocar o "refrigerador" da letra por smartphone , as coberturas 3G e 4G e aplicativos como Whatsapp.


Meu Refrigerador Não Funciona
escrita por Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias
interpretes:Os Mutantes
(P) 1970 Polydor Discos / Universal Music Brasil

Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil