"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

domingo, 20 de outubro de 2024

17 de outubro, dia da Música Popular Brasileira

 


A musicista Francisca Edviges Neves Gonzaga, a famosa Chiquinha Gonzaga, nome inspirador para o dia da música popular brasileira.

17/10: DIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA 

A comemoração foi criada pela Lei n°12.624, de 9/05/2012. Também conhecida como o Dia Nacional da MPB, esta data homenageia uma das precursoras da nossa música, Chiquinha Gonzaga (1847-1935), nascida em 17/10/1847. Carioca, ela foi a primeira compositora oficial da Música Popular Brasileira, além de maestrina, pianista e maxixeira. Serviu de inspiração para grandes nomes da nossa música. A MPB é uma das mais ricas do mundo, abrangendo ritmos e variações com infiuência de vários gêneros musicais, desde os típicos da Europa até os africanos e indígenas. Suas raízes surgem ainda no período colonial. A partir dos séculos XVIII e XIX se desenvolve nas grandes cidades. No começo do século XX surge o samba e na década de 1960, a bossa nova. Depois, a MPB envolveu o rock e o soul. Hoje é referência no mundo todo. 


Frei Edrian Josué Pasini, OFM

Petrópolis/RJ

Verso da página do dia 15 de outubro de 2024 da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Editora Vozes.




sexta-feira, 11 de outubro de 2024

As duas sequências do filme "Divertida Mente" (Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios)

 Postagem especial do dia das crianças

As duas produções mais coloridas da Disney/Pixar que juntam o útil ao divertido para pessoas autistas

 
Cartaz do filme "Divertida Mente 2" (2024)


"O filme 'Divertida Mente' pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar autistas a compreenderem melhor suas próprias emoções."
Dr. Igor Loureiro, Instagram
https://www.instagram.com/drigorloureirotea/reel/C8vOI_8PqfI/


Os filmes "Divertida Mente" e "Divertida Mente 2" ("Inside Out" / "Inside Out 2", Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios, 2015/2024) indubitavelmente viraram uma sensação entre a garotada (e o público adulto, também). A primeira sequência havia passado várias vezes na Sessão da Tarde, mas eu nunca tive tempo de assistir-lhe. Até que acessei várias páginas do Instagram sobre autismo, meu transtorno, que fizeram postagens sobre o longa-metragem de animação e só depois que eu consegui ver o filme de animação na íntegra que entendi por que ele é um ótimo auxílio para que os autistas compreendem melhor as emoções, já que uma das dificuldades do transtorno é de identificação de sentimentos. E "Divertida Mente", cuja primeira sequência é vencedor do Oscar® de Melhor Filme de Animação, personifica brilhantemente as tais emoções como a Alegria (Joy), Tristeza (Sadness), Medo (Fear), Raiva (Anger), Nojinho (Disgust) e, na segunda sequência, Ansiedade (Anxiety), Inveja (Envy), Tédio (Ennui), Nostalgia (Nostalgia) e Vergonha (Embarrassment). 
As duas sequências de "Divertida Mente" realmente divertem. Amei de cara. Tanto que eu fiz questão de comprar a coleção inteira dos esmaltes Colorama "Divertida Mente 2" de 9 cores, cada uma representando um personagem, ou melhor, emoção (com exceção à Nostalgia).

Dirigido e escrito por Pete Docter e Ronnie del Carmen e produzido por Jonas Rivera, "Divertida Mente" 1 e 2 contam com a trilha sonora encantadora composta por Michael Giacchino.

®OSCAR é a marca registrada e marca de serviço da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.


O que inspirou "Divertida Mente"?

Quando tinha 11 anos de idade, o diretor Pete Docter se mudou com sua família para Dinamarca, onde teve que fazer novos amigos, frequentar uma nova escola e lidar com um novo idioma. Enquanto outras crianças estavam interessadas em esportes, Docter sentindo-se sozinho, se refugiava em desenhos, hobby que eventualmente o levou a animação. Seu mau rendimento social terminou no ensino médio.
No final de 2009, Docter notou que sua filha pré-adolescente, Elie, exibiu uma timidez semelhante. "Quando era uma criancinha, ela era bem engraçada e animada, mas com 11 anos começou a mudar muito. Essas ideias se complementaram para eu pensar e fazer o filme", disse ele. Ele imaginou o que acontece na mente humana, quando as emoções assumem. Vendo isso, começou a pesquisar informações sobre a mente, juntamente com o produtor Jonas Rivera e Ronnie del Carmen, um diretor secundário. Eles consultaram Paul Ekman, um notório psicólogo americano que estuda as emoções, e Dacher Keltner, professor de psicologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Desde o início de sua carreira, Ekman tinha identificado seis emoções principais: raiva, medo, tristeza, nojo, alegria e surpresa. Docter considerou surpresa e medo muito semelhante, o que o deixou com cinco emoções para construir o enredo. (Wikipédia)


"Divertida Mente 1" (2015)



Cartaz da primeira sequência do filme "Divertida Mente" .


*dublagem original
**dublagem brasileira

O filme se passa na mente de uma menina, Riley Andersen (*Kaitlyn Dias / **Isabella Guarnieri), onde cinco emoções — Alegria / Joy (*Amy Poehler/**Miá Mello), Tristeza / Sadness (*Phyllis Smith /** Katiuscia Canoro), Medo / Fear (*Bill Hader/**Otaviano Costa), Raiva / Anger (*Lewis Black/**Leo Jaime) e Nojinho / Disgust (*Mindy Kaling/**Dani Calabresa) — tentam conduzir sua vida quando ela se muda com seus pais (*Diane Lane/**Silvia Goiabeira e *Kyle MacLachlan /**Luiz Laffey) para uma nova cidade. 

CURIOSIDADE: Tem personagem brasileiro no filme! O "Brazilian Helicopter Pilot" (em português, "Piloto de Helicóptero Brasileiro", dublado originalmente por Carlos Alazraqui, ator e comediante americano descendente de argentinos), o flerte das emoções da mãe de Riley, na dublagem brasileira teve seu nome adaptado para "Piloto de Helicóptero Carioca" e a voz é de ninguém menos que o cantor Sidney Magal.

A garotinha Riley Andersen (Kaitlyn Dias / Isabella Guarnieri) , aos 11 anos.

O que se passa na cabeça da Riley? Da esquerda para a direita: Medo (Bill Hader/Otaviano Costa), Raiva (Lewis Black/Leo Jaime), Nojinho (Mindy Kaling/Dani Calabresa), Tristeza (Phyllis Smith / Katiuscia Canoro) e Alegria (Amy Poehler/Miá Mello).


 




"Divertida Mente 2" (2024)

Medo, Ansiedade, Alegria, Nojinho  (Liza Lapira/Dani Calabresa), Inveja (Ayo Edebiri /Gaby Milani), Tristeza, Tédio (Adèle Exarchopoulos/Eli Ferreira), Medo (Tony Hale/Otaviano Costa) e Vergonha (Paul Walter Hauser /Fernando Mendonça).


*dublagem original
**dublagem brasileira

Dois anos depois do filme original, Riley (*Kensington Tallman / **Isabella Guarnieri) está passando pela tão temida adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle também está passando por uma adaptação para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções: Ansiedade/Anxiety (*Maya Hawke/**Tatá Werneck), Inveja/Envy (*Ayo Edebiri /**Gaby Milani), Tédio/Ennui (*Adèle Exarchopoulos/**Eli Ferreira), Nostalgia /Nostalgia (*June Squibb/**Sylvia Salustti) e Vergonha/Embarrassment (*Paul Walter Hauser /**Fernando Mendonça). As já conhecidas Alegria, Raiva, Medo (*Tony Hale/**Otaviano Costa), Nojinho (*Liza Lapira/**Dani Calabresa) e Tristeza não têm certeza de como se sentir quando novos inquilinos chegam ao local.

Riley (Kensington Tallman/ Isabella Guarnieri) aos 13 anos.


 




LP "A Bandinha da Turma da Mônica" (Fermata, 1971)

 Postagem especial do dia das crianças


Uma curiosidade sobre a Turma da Mônica, minha turminha preferida: foi lançado o primeiro LP da trilha sonora dos personagens de Maurício de Sousa em 1971, com a orquestração bem bonita, bem trabalhada e digna de uma trilha sonora de filmes infantis de antigamente. Afinal, os arranjos são de ninguém menos que Hector Lagna Fietta (1913-1994), maestro argentino conhecido por produzir a trilha sonora de filmes do Mazzaropi (1912-1981).

"A Bandinha da Turma da Mônica" é um álbum infantil inspirado nos personagens da Turma Da Mônica criado pelo próprio cartunista Maurício de Sousa e pelo maestro Odmar Amaral "Gaó" Gurgel (1909-1992) em parceria com a letrista Wilma Camargo (1928-2011)*. Foi lançado no dia 1 de fevereiro de 1971 pela gravadora Fermata / RGE (hoje Som Livre) e relançado no dia 20 de agosto de 2013 com a colaboração da Inovashow e ONErpm no iTunes, junto a remasterização da Turbo Mastering em comemoração aos 50 Anos da Mônica. Os arranjos e regências são do músico argentino Hector Lagna Fietta e a produção é de Juvenal Fernandes.

*Wilma Porchat Bueno de Camargo foi cantora, compositora,  atriz e maestrina. É mãe de Marion Camargo, cantora e dubladora que participou de vários álbuns do Padre Zezinho na década de 1970, e avó de Vanessa, ex-integrante do grupo infantil Trem da Alegria nos anos 1980, parceira de dupla musical romântica de Luan (Luan & Vanessa) com quem é casada e, com o marido, foi membro do grupo vocal católico Cantores de Deus criado pelo Padre Zezinho. 


Cada faixa é uma caracterização de um personagem da turminha. A primeira e a mais famosa é "Mônica" que, com o tempo, o título foi mudando para "Sou a Mônica". As demais faixas também levam o nome do personagem: a "Magali" fala da sua famosa compulsão alimentar, "Cebolinha" com a sua dislalia, "Cascão" e a sua ablutofobia, o cãozinho "Bidu" e a "Tina", a personagem juvenil da turma que é uma hippie que luta pelos direitos da mulher. A "moda caipira" "Chico Bento" foi resgatada recentemente para a cena extra pós-créditos do filme "Turma da Mônica - Lições" (Biônica Filmes / Maurício de Sousa Produções / Paris Filmes / Paramount Pictures / Globo Filmes, 2021) como anúncio do lançamento do filme em live-action "Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa" que só aconteceria em 2025.


Criação

Com a popularização crescente da Turma da Mônica desde o lançamento da revista da Mônica em 1970 pela Editora Abril, o cartunista Maurício de Sousa aproveitou a vinda do famoso compositor brasileiro, Gaó Gurgel, que voltou dos Estados Unidos em 1945 e radicou-se em Mogi das Cruzes (SP) no início dos anos 1970, para iniciar uma parceria e, no mesmo ano, criaram a trilha sonora original. A melodia e arranjos, realizadas pelo compositor argentino Hector Lagna Fietta, foram introduzidas e a gravação das músicas foram desempenhadas pelos dubladores e cantores dos personagens naquela época, na sede da gravadora Fermata, Avenida Ipiranga, São Paulo. O álbum, lançado originalmente em 1971, também foi distribuído pela Turminha Peralta no ano seguinte.



"A Bandinha da Turma da Mônica"
℗1971 Fermata do Brasil / RGE Discos, Rádio Gravações Especializadas
℗1972 (relançamento) Peralta / Fermata do Brasil / RGE Discos, Rádio Gravações Especializadas
℗2013 (relançamento digital) Inovashow
Produzido por Juvenal Fernandes
Arranjo e regência de Hector Lagna Fietta

Todas as músicas são da autoria de Maurício de Sousa, Gaó Gurgel e Wilma Camargo

1- "Mônica" ("Sou a Mônica")
2- "Bidu"
3- "Magali"
4- "Horácio"
5- "Cascão"
6- "Tina"
7- "Chico Bento"
8- "Cebolinha"
9- "Astronauta"
10- "Jotalhão"
11- "Piteco"
12- "Anjinho"

Ouça a playlist abaixo das faixas do disco:

Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil