Meu nome é Jeane Martins, a Jê (com jota!).Sou de Itajaí,Santa Catarina (e apaixonada pela Portela, a rainha do carnaval do Rio de Janeiro) :D
Páginas
"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Rildo Hora - O Maestro do Samba na FM O Dia
Rildo Hora na Rádio FM O Dia (FOTO: fanpage Rádio FM O Dia - Facebook)
No último sábado (25/01), Rildo Hora foi convidado do programa "Boa de Samba" da rádio FM O Dia (Rio de Janeiro - 100,5 MHz). O músico falou sobre seu trabalho como gaitista e como produtor de grandes sambistas como Zeca Pagodinho e Grupo Fundo de Quintal e da sua satisfação com a escola de samba Estácio de Sá por tê-lo homenageado no carnaval do ano passado. Para ouvir o programa na íntegra, acesse o link: http://www.fmodia.com.br/novidades/2014/01/25/o-maestro-do-samba/?fb_action_ids=10201930837251620&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map={%2210201930837251620%22%3A202118809986765}&action_type_map={%2210201930837251620%22%3A%22og.likes%22}&action_ref_map=[]
E o video seguinte é o exclusivo do site da FM O Dia
http://youtu.be/LJEIeWvnnwM
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Herivelto Martins
O compositor carioca faria 102 anos hoje (30/01/2014)
Herivelto de Oliveira Martins nasceu no dia 30 de janeiro de 1912 em Vila de Rodeio, atual Engenheiro Paulo de Frontin, RJ.
Tem sua trajetória dividida em duas partes: antes e depois de Dalva de Oliveira, de 1936 até 1950, quando se separaram definitivamente.
Participou da Dupla Preto e Branco e, em seguida, do grupo Trio de Ouro, com a participação da cantora Dalva de Oliveira, dona de uma voz poderosa por quem Herivelto se apaixonou.
A vida conjugal de Herivelto e Dalva foi sempre muito tumultuada. Após 10 anos de casamento e dois filhos Pery (Ribeiro, que fez muito sucesso bem mais tarde) e Ubiratan, separaram-se, protagonizando um escândalo nacional, divulgado pela imprensa.
Esse episódio serviu para fortalecer a carreira de Herivelto, pois, diante do sofrimento da separação, fez letras que eram maravilhosas, retratando fielmente a crise que estava vivendo.
A partir daí houve um verdadeiro duelo musical, ele de um lado, juntamente com David Nasser (jornalista e compositor) e Dalva de outro, sustentada por letras/músicas de Ataulfo Alves, Nelson Cavaquinho, Mário Rossi, J. Piedade e Marino Pinto.
Tudo começou com o samba de Herivelto Martins, "Cabelos Brancos", respondido por Dalva com "Tudo Acabado", de J. Piedade e Osvaldo Martins.
Herivelto respondia com outras canções como "Caminhemos", "Quarto Vazio", "Caminho Certo" e "Segredo".
Dalva rebatia com "Calúnia", "Errei Sim" e "Mentira de Amor". E o público brasileiro era quem ganhava. A época era de viver uma boa fossa e as músicas embalavam os suspiros a favor, ora de Herivelto, ora de Dalva.
Mas a vida não deixa barato e ele conheceu Lurdes Torelly, seu grande amor e companheira pelo resto da vida. A morena de olhos verdes viveu com ele por quase 40 anos e lhe deu três filhos: Fernando, Yaçanã [Martins, atriz] e Herivelto Filho.
Para ela, foi composta a música "Pensando em Ti", que acirrou ainda mais o duelo musical com Dalva.
Algum tempo depois, Dalva e Lurdes tornaram-se muito amigas, sendo Lurdes o esteio de Dalva até o fim de sua vida. Herivelto teve duas mulheres muito especiais. Ele faleceu no dia 17 de setembro de 1992, no Rio de Janeiro.
Adaptado do site www.letras.com.br no dia 12/11/2012
Texto: "Almanaque Santa Antônio", Editora Vozes, 2014.
Video: cena do filme "É De Chuá" (1958) com o Trio de Ouro com outra formação: Herivelto Martins (o fundador do trio e único que permaneceu no grupo), Raul Sampaio e Lourdes Bittencourt (esposa do cantor Nelson Gonçalves) cantando "Adeus, Mangueira" (de Herivelto Martins e Grande Otelo).
http://www.youtube.com/watch?v=LeucxV2F2AY
Herivelto de Oliveira Martins nasceu no dia 30 de janeiro de 1912 em Vila de Rodeio, atual Engenheiro Paulo de Frontin, RJ.
Tem sua trajetória dividida em duas partes: antes e depois de Dalva de Oliveira, de 1936 até 1950, quando se separaram definitivamente.
Participou da Dupla Preto e Branco e, em seguida, do grupo Trio de Ouro, com a participação da cantora Dalva de Oliveira, dona de uma voz poderosa por quem Herivelto se apaixonou.
A vida conjugal de Herivelto e Dalva foi sempre muito tumultuada. Após 10 anos de casamento e dois filhos Pery (Ribeiro, que fez muito sucesso bem mais tarde) e Ubiratan, separaram-se, protagonizando um escândalo nacional, divulgado pela imprensa.
Esse episódio serviu para fortalecer a carreira de Herivelto, pois, diante do sofrimento da separação, fez letras que eram maravilhosas, retratando fielmente a crise que estava vivendo.
A partir daí houve um verdadeiro duelo musical, ele de um lado, juntamente com David Nasser (jornalista e compositor) e Dalva de outro, sustentada por letras/músicas de Ataulfo Alves, Nelson Cavaquinho, Mário Rossi, J. Piedade e Marino Pinto.
Tudo começou com o samba de Herivelto Martins, "Cabelos Brancos", respondido por Dalva com "Tudo Acabado", de J. Piedade e Osvaldo Martins.
Herivelto respondia com outras canções como "Caminhemos", "Quarto Vazio", "Caminho Certo" e "Segredo".
Dalva rebatia com "Calúnia", "Errei Sim" e "Mentira de Amor". E o público brasileiro era quem ganhava. A época era de viver uma boa fossa e as músicas embalavam os suspiros a favor, ora de Herivelto, ora de Dalva.
Mas a vida não deixa barato e ele conheceu Lurdes Torelly, seu grande amor e companheira pelo resto da vida. A morena de olhos verdes viveu com ele por quase 40 anos e lhe deu três filhos: Fernando, Yaçanã [Martins, atriz] e Herivelto Filho.
Para ela, foi composta a música "Pensando em Ti", que acirrou ainda mais o duelo musical com Dalva.
Algum tempo depois, Dalva e Lurdes tornaram-se muito amigas, sendo Lurdes o esteio de Dalva até o fim de sua vida. Herivelto teve duas mulheres muito especiais. Ele faleceu no dia 17 de setembro de 1992, no Rio de Janeiro.
Adaptado do site www.letras.com.br no dia 12/11/2012
Texto: "Almanaque Santa Antônio", Editora Vozes, 2014.
Video: cena do filme "É De Chuá" (1958) com o Trio de Ouro com outra formação: Herivelto Martins (o fundador do trio e único que permaneceu no grupo), Raul Sampaio e Lourdes Bittencourt (esposa do cantor Nelson Gonçalves) cantando "Adeus, Mangueira" (de Herivelto Martins e Grande Otelo).
http://www.youtube.com/watch?v=LeucxV2F2AY
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Qual a origem da palavra "baderna"?
Termo servia para caracterizar fãs barulhentos da dançarina italiana Marietta Maria Baderna
Retrato da dançarina Marietta Maria Baderna
"Baderna" é uma palavra exclusiva do português brasileiro que significa confusão, desordem, bagunça. Mas sua origem é bem peculiar: servia para classificar, de maneira pejorativa, os seguidores barulhentos de uma dançarina italiana que causou furor no País. Seu nome? Marietta Maria Baderna.
A palavra que hoje define a ausência de regras surgiu no final do século 19, quando uma companhia de dança italiana veio à então capital do Império do Brasil, o Rio de Janeiro. A viagem era uma forma de manifestação contra a perseguição política: ocupada pela Áustria, a Itália mantinha como forma de protesto entre os revolucionários a decisão de não promover a vida artística enquanto a ocupação durasse.
Parte dessa companhia, a bailarina Marietta Maria Baderna, filha do médico e músico Antônio Baderna, teria buscado o Brasil como exílio em 1849. Talentosa, logo conquistou uma legião de fãs, admiradores tanto de seus passos de dança quanto de seu espírito rebelde e contestador. Inovadora, ela foi alvo de críticas ao introduzir elementos do lundum (dança afrobrasileira praticada por escravos) entre os passos da dança clássica - em meio a uma sociedade conservadora e escravista.
Maria Baderna esteve no Rio de Janeiro em 1851, provocando "um certo frisson", de acordo com o dicionário Houaiss. O termo "baderna" está associado aos seus admiradores, chamados de "os badernas", que entoavam o nome da musa ao final de suas apresentações. O coro era mal visto pela sociedade da época, que associou o barulho e a paixão incontida dos fãs a algo ruim.
Fonte: Terra (11/07/2013)
P.S.:Como se vê, não é só de hoje que muitos famosos têm seus nomes usados, neste caso de forma derivada, para classificar carinhosamente seus fãs!
Retrato da dançarina Marietta Maria Baderna
"Baderna" é uma palavra exclusiva do português brasileiro que significa confusão, desordem, bagunça. Mas sua origem é bem peculiar: servia para classificar, de maneira pejorativa, os seguidores barulhentos de uma dançarina italiana que causou furor no País. Seu nome? Marietta Maria Baderna.
A palavra que hoje define a ausência de regras surgiu no final do século 19, quando uma companhia de dança italiana veio à então capital do Império do Brasil, o Rio de Janeiro. A viagem era uma forma de manifestação contra a perseguição política: ocupada pela Áustria, a Itália mantinha como forma de protesto entre os revolucionários a decisão de não promover a vida artística enquanto a ocupação durasse.
Parte dessa companhia, a bailarina Marietta Maria Baderna, filha do médico e músico Antônio Baderna, teria buscado o Brasil como exílio em 1849. Talentosa, logo conquistou uma legião de fãs, admiradores tanto de seus passos de dança quanto de seu espírito rebelde e contestador. Inovadora, ela foi alvo de críticas ao introduzir elementos do lundum (dança afrobrasileira praticada por escravos) entre os passos da dança clássica - em meio a uma sociedade conservadora e escravista.
Maria Baderna esteve no Rio de Janeiro em 1851, provocando "um certo frisson", de acordo com o dicionário Houaiss. O termo "baderna" está associado aos seus admiradores, chamados de "os badernas", que entoavam o nome da musa ao final de suas apresentações. O coro era mal visto pela sociedade da época, que associou o barulho e a paixão incontida dos fãs a algo ruim.
Fonte: Terra (11/07/2013)
P.S.:Como se vê, não é só de hoje que muitos famosos têm seus nomes usados, neste caso de forma derivada, para classificar carinhosamente seus fãs!
Assinar:
Postagens (Atom)