"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

"Piaf - Um Hino Ao Amor" ("La Môme", 2007)



O que dizer sobre o filme "Piaf - Um Hino Ao Amor" ("La Môme", Légende Films, 2007), a cinebiografia sobre a cantora Édith Piaf (1915-1963)? Maravilhoso! Uma obra-prima que fez com que a atriz francesa Marion Cotillard no papel da inesquecível cantora recebesse vários prêmios de melhor atriz, inclusive o Oscar.
Piaf era considerada "a voz da França" e, dentre os clássicos eternizados por ela estão "Non, Je Ne Regrette Rien" (de Charles Dumont e Michel Vaucaire, 1960) e "La Vie En Rose (de Édith Piaf, Louis Guglielmi "Louiguy" e Marguerite Monnot, 1947). Mas a sua vida não era nada "cor-de-rosa": sua infância era de abandono, teve decepções amorosas e fugia dessas e outras dores na base do alcoolismo e das drogas. Nos últimos anos de sua vida, ela lutava pela sua sobrevivência e, embora os médicos recomendassem para que ela encerrasse sua carreira devido à sua saúde extremamente frágil, para Édith, deixar de cantar era como deixar de viver.
Assistam ao filme. Recomendo!

Édith Piaf (1915-1963)

Edith Giovanna Gassion viveu seus primeiros anos de vida na extrema pobreza. Sua mãe, Annetta Giovanna Maillard (1895–1945), trabalhava como cantora em um café. Louis-Alphonse Gassion (1881–1944), o pai de Édith, era acrobata de rua com um passado no teatro. Os pais de Edith abandonaram-na cedo, e ela viveu por um curto período de tempo com sua avó materna, Emma (Aïcha) Saïd ben Mohammed (1876–1930), que deixava-a em uma saleta e não cuidava da sua higiene. Antes de se alistar na armada francesa em 1916 para lutar na Primeira Guerra Mundial, o pai de Édith levou-a para sua mãe. Esta era dona de um bordel em Bernay, na Normandia, onde Édith foi criada por prostitutas. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se milagrosamente depois de uma oração no túmulo de Santa Teresa de Lisieux, conhecida popularmente como Santa Teresinha. Devido a esse episódio, Édith conservou devoção a Santa Teresinha por toda sua vida.
Em 1922, o pai de Édith levou-a para acompanhá-la enquanto trabalhava em pequenos circos itinerantes. Em 1929, aos 14 anos, enquanto seu pai apresentava performances acrobáticas nas ruas de toda a França, Édith finalmente chamou a atenção do público, revelando seu dom de cantar.
Em 1935, Édith foi descoberta cantando nas ruas com uma amiga sua por Louis Leplée (1883-1936), dono de um cabaré em Paris. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a batizou de "la Môme Piaf", uma expressão francesa que significa "pequeno pardal" ou "pardalzinho", pois ela tinha uma estatura baixa (1,42 metro), como também pela sua voz ter sido comparada ao canto da ave.  Foi depois de uma dessas apresentações que Piaf conheceu o compositor Raymond Asso (1901-1968) e a compositora Marguerite Monnot (1903-1961), que se tornou sua parceira e grande e fiel amiga por toda sua vida.
A vida é recompensada com o sucesso internacional. Fama, dinheiro, amizades, amores, mas também a constante vigilância da opinião pública e sofrimento, como o abuso de álcool e morfina no auge do sucesso em razão da morte por acidente aéreo de seu amante, o boxeador Marcel Cerdan (1916-1949), quem a cantora conheceu em Nova York e por quem ela se apaixonava profundamente. Este momento de depressão inspirou a clássica "L'hymne à l'amour" (letra de Édith Piaf e música de Marguerite Monnot, 1950).
Piaf morreu em 10 de outubro de 1963 aos 47 anos em consequência de uma hemorragia interna, em coma . Anos de abuso de álcool, exorbitantes quantidades de medicamentos, inicialmente para dores artríticas e, mais tarde, insônia, tiveram um severo impacto em sua saúde.  

Fontes: Wikipédia
Adoro Cinema



A atriz francesa Marion Cotillard recebeu o Oscar de melhor atriz pela sua atuação como a inesquecível cantora Édith Piaf

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Leo Russo divulgou "Que Tiro É Esse?" em seu canal no YouTube



Há mais de uma semana (sexta-feira, 16 de fevereiro) Leo Russo divulgou em seu canal no YouTube "Canto do Leo" o samba "Que Tiro É Esse?" da autoria dele em parceria com Luis Pimentel. A canção foi inspirada em um triste incidente que matou um garçom que trabalhava no Bar do Pinto, no bairro Tijuca do Rio de Janeiro com um tiro de fuzil que atingiu o peito do profissional por conta de confronto entre policiais e bandidos que aconteceu no sábado de pré-carnaval, 27 de janeiro. Detalhe: Leo passou pela mesma esquina minutos antes da tragédia, saindo de um bloco de carnaval.
O título da música é uma alusão ao funk "Que Tiro Foi Esse?" (de Fábio dos Santos Francisco "DJ Batata" e Pitter Correa, 2017) da Jojo Todynho, nome artístico da cantora carioca Jordana Gleise de Jesus Menezes. A música do sambista fala do medo e da indignação dos moradores do Rio por conviverem em meio à violência desenfreada na cidade.

"Nosso Rio não pode sangrar" - Leo Russo

Ah, e se inscreva para o canal do Leo Russo no YouTube (link seguinte). É bem legal! 👍
https://www.youtube.com/channel/UC655sFda97PZkzYcPxl2rgg


Que tiro é esse? 
Escrita por Leo Russo e Luis Pimentel

Que tiro é esse?
Que tira o sossego da gente
Que acerta quem vai pro batente
Que erra de rumo e de raio

Que praga é essa?
Que estanca a alegria da rua
Que não é nem minha, nem sua
E não se sabe de onde partiu

Que fogo é esse?
Que brilha onde não é chamado
Que queima esse chão já queimado
E escurece o meu carnaval

Que inferno é esse?
Com chamas que chegam daí
Tirem esse tiro daqui
Carreguem esse escudo do mal

Devolvam a minha alegria
Devolvam o meu laraiá laiá
Meu samba e a poesia
Meu Rio não pode sangrar

Eu peço paz noite e dia
Canto pra lá e pra cá
Esse canto de agonia
As águas hão de carregar







Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil