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quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Mumuzinho - "Arlindo Cruz"

 


Arlindo Cruz (1958-2025)


Na tarde desta sexta-feira, morreu o cantor, multi-instrumentista e compositor carioca Arlindo Cruz (14 de setembro de 1958 - 8 de agosto de 2025). Ele estava internado no hospital Barra D'Or na Zona Oeste do Rio de Janeiro após sofrer falência múltipla de órgãos. Arlindo havia sofrido de acidente vascular cerebral em março de 2017 e, desde então, lidava com as sequelas, passou por vária internações e, em razão disso, não se apresentava mais.
Irmão do compositor Acyr Marques (1953-2019) e apadrinhado artisticamente por Candeia (1935-1978), Arlindo Cruz iniciou sua carreira em 1981 em rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de artistas como Jorge Aragão, Beto sem Braço (1941-1993) e Almir Guineto (1946-2017). Seus trabalhos como compositor, primeiro meio artístico no qual esteve, tornaram-no célebre por terem sido gravadas por diversos artistas. Com o tempo, passou a cantar as próprias composições, e ficou ainda mais conhecido quando entrou para o grupo Fundo de Quintal. Em 1993, deixa o grupo e dá início à carreira solo, destacando-se principalmente a partir do "DVD MTV ao Vivo: Arlindo Cruz" (Deckdisc, 2009), que vendeu cem mil cópias. 


Legado de Arlindo Cruz

Em trinta e seis anos de carreira lançou vinte e três álbuns, sendo nove enquanto integrante do Fundo de Quintal, cinco em parceria com o sambista Sombrinha e nove em carreira solo. Arlindo venceu mais de vinte e seis prêmios, incluindo o 26.º Prêmio da Música Brasileira, e é detentor de dezenove disputas de samba-enredo pelas escolas Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. Foi indicado ao Grammy Latino cinco vezes, sendo quatro na categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode e um na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa. Segundo o site oficial do sambista, Arlindo Cruz tem mais de 550 músicas gravadas por vários artistas.


Tributo de Mumuzinho




Três dias antes da morte do artista, dia 5, o cantor Mumuzinho lançou a música " Arlindo Cruz" (de Prateado e Picolé) em homenagem ao amigo. "A importância do Arlindo para mim vai de encontro ao meu amor pelo samba. E conviver com o Arlindo era maravilhoso! Ao mesmo tempo em que a gente olhava o cara e via uma entidade, uma pessoa grandiosa, ele era um cara simples e não tinha vaidade nenhuma. Ele sempre foi muito generoso e participativo, e dividia a sua luz com todo mundo. Era uma troca boa e ele também gostava muito. Ele sempre respeitou os novos artistas. Então, para mim, era uma alegria estar com ele", relembra o intérprete de "Eu Mereço Ser Feliz" (de Marquinho Índio e André Renato, 2018) para o GShow

Descanse em paz, Arlindo Cruz.

Fontes:
*Wikipédia
*G1:



"Arlindo Cruz"
Escrita por Prateado e Picolé
Interpretada por Mumuzinho
℗ 2025 Universal Music Brasil Ltda.

Ficha Técnica:

Gerente Artístico- Rodrigo Carvalho
Supervisor Artístico- Felipe Sandim
PO- Vinicius Cunha
Produção Musical – Prateado
Direção de vídeo- Renan Victor Valério
Mixagem – Gabriel Vasconcellos


Músicos:

Prateado – Contra Baixo
Fábio Viotto - Bateria
Castilhol – Teclados, Piano e Coberturas
Sirley Ferrari - Coberturas
Raul Silva – Cavaco e Banjo
Cezar Rocha – Violão
Maninho – Tan Tan e Surdo
Márcio Kuko – Repique de mão
Nego – Pandeiro
Gonzales – Percussão Geral
Janeh Magalhães, Fael Magalhães, Douglinhas e Levy – coro


Letra:

O mestre ensinou com o seu cantar
Sorrindo da arte de fazer chorar
Falando de amor encheu o lugar
Mais que um trovador tão lindo no véu do luar

Na doce voz angelical indo do simples ao sensacional
Um gênio sem igual
No banjo o som, botando um sal
Na ortografia comportamental
Se tatuou nos corações que são
Apaixonados por suas canções

Sinos hão de entoar
Notas de emocionar
Temas vão eternizar
Sambas de fazer chorar
Quando dele nos lembrar
Hinos hão de se cantar
Lindo Arlindo
Sinos hão de entoar
Notas de emocionar
Temas vão eternizar
Sambas de fazer chorar
Quando dele nos lembrar
Hinos hão de se cantar
Lindo Arlindo

Na doce voz angelical indo do simples ao sensacional
Um gênio sem igual
No banjo o som, botando um sal
Na ortografia comportamental
Se tatuou nos corações que são
Apaixonados por suas canções

Sinos hão de entoar
Notas de emocionar
Temas vão eternizar
Sambas de fazer você chorar
Quando dele nos lembrar
Hinos hão de se cantar
Lindo Arlindo
Sinos hão de entoar
Notas de emocionar
Temas vão eternizar
Sambas de fazer você chorar
Quando dele nos lembrar
Hinos hão de se cantar
Lindo Arlindo
O Mestre ensinou com o seu cantar
Arlindo


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