Capa usada para a versão digital e a edição limitada de LP em cor azul, aquele que aparece no filme na cena da noite da dança.
Meu nome é Jeane Martins, a Jê (com jota!).Sou de Itajaí,Santa Catarina (e apaixonada pela Portela, a rainha do carnaval do Rio de Janeiro) :D
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domingo, 21 de abril de 2024
"Barbie" (filme de 2023)
Capa usada para a versão digital e a edição limitada de LP em cor azul, aquele que aparece no filme na cena da noite da dança.
Miriam E Oscar - "A Vida Não Pode Parar" / "O Que Nos Falta"(compacto simples de 1980)
Miriam e Oscar: o melhor da good vibes.
Eu descobri do nada a existência desse singelo e belo (até na capa) compacto simples divulgado em 1980 de uma certa dupla chamada Miriam e Oscar através do seu vídeo-áudio postado pelo canal "Baú Musical - Música em Vinil" (@Baumusical) no YouTube (se você como eu é vinilzeiro, se inscreva nesse canal, é ótimo).
Muito antes dos irmãos Melim e da dupla Anavitória virem ao mundo, este single no atual jargão fonográfico de menos de 7 minutos é composto por duas músicas de mensagens de boas vibrações, as que se chamam hoje em dia de good vibes. A foto da capa assinada pela Márcia Peixoto Ramalho me fez lembrar a do álbum da dupla Sandy e Junior, o "Dig-Dig-Joy" (PolyGram / hoje Universal Music, 1996). Anos 90 é vida! Risos.
Brincadeiras e noventismos à parte, apesar de o compacto simples ter sido lançado pela poderosa multinacional CBS, que faria parte do catálogo da Sony Music nos dias de hoje, a sua repercussão foi bem tímida. A minha única frustração é que não há informações sobre a dupla de cantores. Ou há, mas que deixo passar despercebido. Ok, bora lá com as minhas investigações musicais.
No lado A está a música "A Vida Não Pode Parar" (1979) da autoria de Ivan Wrigg, letrista, compositor e poeta carioca, e Octavio Burnier, também conhecido como Tavynho Bonfá, sobrinho de Luiz Bonfá (1922-2001) e irmão da cantora, pianista e corista Sônia Burnier. Porém, a primeira a gravar a canção foi a Vanusa (1947-2020) para o álbum "Viva Vanusa" (RCA Victor / hoje Sony Music, 1979). Em 1981, "A Vida Não Pode Parar" ganhou a releitura do cantor Heraldo Galvão /Heraldo Correa, irmão de Fábio Júnior, com a participação do grupo Roupa Nova na base instrumental e coro (sob a produção de Ricardo Feghali, tecladista do grupo) para o compacto simples lançado pela PolyGram / Universal Music. No ano seguinte, em 1982, o próprio Octavio Burnier / Tavynho Bonfá a gravou para o seu álbum "Aventura" pelo selo Artsom.
No outro lado do compacto, "O Que Nos Falta", é da autoria do Octavio Burnier em parceria com Oscar Henriques.
Epa, acho que surgiu uma luz no fim do túnel pra mim. Pela breve ficha técnica, o Oscar da dupla deve ser o multitalentoso Oscar Henriques, cantor, compositor, músico, ator que participou de algumas novelas da TV Globo e dublador (clique aqui para ver a extensa lista de personagens de desenhos, séries e filmes de sucesso que ele dublou). Recentemente ele foi semifinalista do The Voice Brasil + em 2021, inclusive eu me lembro dele no programa cantando músicas dos Beatles, Vander Lee (1966-2016) e Billy Joel.
Mas e a moça? Quem seria a Miriam? Se for procurar no Google encontrará várias "Mirians", mas, arriscando um palpite, eu tenho uma certa desconfiança de que seja a cantora e corista Myriam (com essa grafia, mesmo) Peracchi que também tem um currículo artístico pesadão.
Enquanto as dúvidas não se esclarecem, clique no play, aumente o volume e sorria pra vida! Simplesmente amei.
Contracapa do compacto simples Miriam e Oscar
Fontes:
*Site Discogs (fotos e créditos)
https://www.discogs.com/pt_BR/release/12030638-Miriam-E-Oscar-O-Que-Nos-Falta-A-Vida-N%C3%A3o-Pode-Parar
domingo, 14 de abril de 2024
"Portela na Avenida" - Clara Nunes
A música foi escrita, a pedido de Clara, por Paulo César Pinheiro, marido da cantora na época, e Mauro Duarte (1930-1989). A princípio, Paulo ficou meio constrangido, já que ele era mangueirense e, além disso, já havia um samba definido para a escola, o clássico "Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida" (1970) de Paulinho da Viola. Mesmo assim, Paulo a fez para agradar à esposa.
Na sala da sua própria casa, Clara tinha montado um altar para as suas devoções, a Nossa Senhora Aparecida, santa negra com seu manto azul e branco, cores da Portela, e o pombo de asas abertas representando o Espírito Santo. A combinação de profano (desfile de carnaval) com o místico (procissão religiosa) foi o ponto de partida para a composição de "Portela na Avenida", lançada em 1981 através do LP "Clara" (EMI-Odeon, hoje Universal Music) e consagrada no carnaval de 1982, a partir de quando se tornou o hino do "esquenta" da bateria portelense para os desfiles na avenida.
FONTE:
https://radios.ebc.com.br/antena-mec/2021/03/quadro-coisas-nossas-conta-historia-do-samba-portela-na-avenida
Dia 13 de abril agora é o Dia Nacional da Mulher Sambista em memória à Dona Ivone Lara
SOBRE A ARTISTA
Em 1965, Dona Ivone Lara fez história na agremiação do bairro de Madureira ao se tornar, oficialmente, a primeira mulher a figurar na ala dos compositores de uma escola de samba, a Império Serrano. No mesmo ano, compôs e venceu o concurso de sambas do Grupo Especial com a canção "Os Cinco Bailes da História do Rio" (com Silas de Oliveira e Bacalhau). Seu primeiro álbum solo foi "Samba Minha Verdade, Samba Minha Raiz" (EMI-Odeon, hoje Universal Music) lançado em 1978.
Suas obras foram gravadas por vários artistas como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Zeca Pagodinho, Clara Nunes (1942-1983), Gal Costa (1945-2022), Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Beth Carvalho (1946-2019) e Marisa Monte. A música "Sonho Meu" (de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1978) gravada primeiramente por Maria Bethânia em dueto com Gal Cota para o álbum "Álibi" (PolyGram / hoje Universal Music, 1978) alcançou mais de 56,54 milhões de execuções no Spotify, uma das principais plataformas de streaming de música do planeta.
Jornal dos Bairros (edição 29 de março de 2024)
Meus agradecimentos à Neide Pasold Uriarte pela lembrança no Jornal dos Bairros (Bittencourt Editora, Itajaí, Santa Catarina) do dia 29 de março de 2024! 😘🙏
terça-feira, 2 de abril de 2024
"No Espaço Não Existem Sentimentos" ("I Rymden Finns Inga Känslor", 2010)
Postagem especial do dia mundial de conscientização do autismo
Uma deliciosa comédia romântica sueca que foi indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro tem um protagonista autista. A trilha sonora toda cantada em inglês, a maior parte por artistas suecos, é fantástica. Adoro a música "Ba Ba Ba" (de Miss Li e Sonny Gustafson, 2007) cantada por Miss Li, nome artístico de Linda Karlsson, "Tonight" (música de Björn Ytling e letra de Lykke Li, 2008) da cantora Lykke Li e a instrumental executada em créditos finais "Space Walk" (de Fred Deakin e Nick Franglen, 2002) da dupla britânica Lemon Jelly.
"No Espaço Não Existem Sentimentos" ("I Rymden Finns Inga Känslor", Naive Film, 2010) é um filme sueco que aborda um personagem com síndrome de Asperger (autista) chamado Simon. Ele adora que tudo (até a comida) fosse redondo. Cada dia da semana um cardápio do almoço planejado. Para se distrair, brinca com a bateria (bem legal a ideia da abertura do filme em que, entre uma vinheta e outra de produtoras do longa aparece a imagem do protagonista com o instrumento musical e abafador auricular nos ouvidos) e, para se acalmar das crises, entra em uma espécie de barril de alumínio e faz de conta que está em uma nave (já que seus hiperfocos são espaço e ciência) para que seu irmão Sam se comunicase com ele em inglês, como se fosse uma ligação da Nasa.
O filme foi escrito e dirigido por Andreas Öhman.
SINOPSE:
O filme conta a história de Simon (Bill Skarsgård), um jovem de 18 anos que é autista. Ele gosta do espaço, de ciência e de círculos, mas não consegue entender sentimentos. Ao ver sua vida transformada em caos após seu irmão Sam (Martin Walström) entrar em depressão com o término do romance com Frida (Sofie Hamilton) que não consegue conviver com um neuroatípico, Simon embarca em uma missão para conseguir a namorada perfeita pro seu irmão. Simon não entende nada de amor, mas tem um plano cientificamente perfeito. Mas, sendo uma pessoa com Síndrome de Asperger (antigo nome para um nível de suporte de autismo), Simon percebe que a busca é muito mais complicada do que poderia imaginar e fica em dúvida se realmente poderá ajudar Sam. E então, Simon encontra em Jennifer (Cecilia Forss), uma garota com quem ele sempre se "esbarra" no caminho, uma solução para o problema, já que a moça é compreensível com as sua limitações.
Para assistir ao filme completo gratuitamente, clique no link abaixo (para ativar a legenda, clique no CC/ closed caption na parte superior do vídeo).
Observação: não saia ou desligue seu aparelho assim que chegar os créditos finais do filme, pois, após eles, existe um milagre com um dos personagens (risos), ou melhor, uma cena extra.
https://youtu.be/58jqpCOMM6s?si=TLu8aKbABUDCeZmX
Fontes:
Blog Psicologia e cinema
https://www.psicologiaecinema.com/2017/04/simple-simon-no-espaco-nao-existem.html