O cantor também defendia o Tom Maior, do carnaval de São Paulo. Ele tinha raízes portelenses e era filho de Jorge do Violão, integrante da Velha Guarda da escola entre os anos 1970 e 1980. Também era afilhado do lendário compositor Casquinha (1922-2018).
No carnaval deste ano, quando a Portela homenageou Milton Nascimento, Gilsinho emocionou o público na Marquês de Sapucaí ao interpretar "Maria, Maria" (de Milton Nascimento e Fernando Brandt, 1976). Em anos anteriores cantou um ponto para Xangô e homenageou Clara Nunes (1942-1983). Seu grito de guerra era "vai na ginga, Portela!"
No carnaval de São Paulo, foi campeão na Vai Vai em 2015, com enredo em homenagem a Elis Regina (1945-1982). No título de 2017 da Portela, Gilsinho estava na escola.
"Sua voz embalou momentos inesquecíveis, emocionou gerações e marcou profundamente o Carnaval do Brasil. Ele representou com maestria a nossa tradição, levando o nome da Portela com respeito, talento e paixão. Gilsinho marcou o Carnaval com sua voz potente, seu amor pelo samba e sua dedicação à Portela desde 2006, tornando-se um dos maiores ícones da história da Portela. Sobrinho de coração da cantora Clara Nunes, ele deixa filhos e uma comunidade cheia de saudade. Em reconhecimento à sua trajetória e à sua contribuição para o samba e para a nossa escola, a Portela decreta luto oficial de três dias. Gilsinho será sempre lembrado como a voz e a alma portelense", escreveu a Portela, em sua página nas redes sociais. "Obrigada, Gilsinho! Por tudo! Por tanto! A Portela JAMAIS te esquecerá!", acrescentou a agremiação.