"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Nina Wirtti, dona de uma voz encantadora



Quem nunca ouviu falar nela, precisa conhecê-la. Quem é fã da cultura carioca, como eu que sou catarinense, vai amar. Nina Wirtti é gaúcha de Frederico Wesphalen e se mudou para o Rio de Janeiro em 2006. Sua família é bem musical: a cantora é filha de compositor Antônio Gringo e irmã do contrabaixista Guto Wirtti e da também cantora Graziela Wirtti que também tem uma voz linda.
Apaixonada pelo samba e choro, Nina é uma das principais cantoras brasileiras que desenvolve a linguagem de ambos os gêneros musicais no cenário atual. Ela já atuou ao lado de grandes nomes da música brasileira como Yamandu Costa, Paulinho da Viola, Ronaldo do Bandolim e Marcos Sacramento. Em 2012 lançou seu disco de estreia, "Joana de Tal" (Fina Flor) produzido pelo Guto e muito bem aceito pela crítica. O nome do disco foi extraído da letra da canção "Notícia de Jornal" composta em 1960 por Haroldo Barbosa e Luiz Reis, grande sucesso nas vozes de Elizeth Cardoso e de Chico Buarque. No repertório, regravações de músicas brasileiras da fase pré-Bossa Nova. (clique aqui para ouvir pelo Spotify. Bacana, mesmo!)
Atualmente, Nina Wirtti apresenta shows com canções de Custódio Mesquita e Tom Jobim.



"Notícia de Jornal", de Haroldo Barbosa e Luiz Reis




"Sangue de Rei", de Paulo Cesar Pinheiro e Pedro Amorim




"Aquele Despertar", de Guilherme de Brito e Juarez Brito




"Zé Ponte", de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins

"Goodbye Yellow Brick Road" - versão da banda Keane



Em meu blog eu já tinha postado sobre a canção "Goodbye Yellow Brick Road", sucesso do cantor e compositor inglês Elton John de 1973 (clique aqui). Agora eu posto a versão da banda compatriota Keane que também é bacana. Ela foi gravada em 2005 exclusivamente para "Help! A Day In The Life" (Independiente Records, 2005), o CD beneficente que reúne vários artistas contemporâneos do Reino Unido e Canadá.

Goodbye Yellow Brick Road
escrita por Elton John e Bernie Taupin
interpretada por Keane (gentilmente cedidos pela Island Records e Universal Music Group)
(P) 2005 Independiente Records

"Será Que É Isso Que Eu Necessito?" - a fúria dos Titãs

Capa do disco "Titanomaquia" de 1993.

"Será Que É Isso Que Eu Necessito" é a faixa que abre o disco "Titanomaquia", o sétimo álbum do grupo Titãs lançado em 1993 e o primeiro sem Arnaldo Antunes, o vocalista e fundador. A música foi a mais tocada nas rádios roqueiras do Brasil. Titanomaquia, na mitologia grega, foi a guerra entre os Titãs, liderados por Cronos, e os Deuses Olímpicos, liderados por Zeus, que definiria o domínio do universo. Zeus conseguiu vencer Cronos após resgatar seus irmãos depois de uma luta que durou 10 anos.



O álbum foi produzido por Jack Endino, o mesmo que produziu a lendária banda Nirvana. O disco surpreendeu o público com a adequação dos Titãs ao hard rock. "Será Que É Isso Que Eu Necessito", música solada por Sérgio Britto, e a faixa seguinte, "Nem Sempre Pode Ser Deus", foram respostas grosseiras aos críticos que não só malharam duramente o álbum anterior do então octeto, "Tudo Ao Mesmo Tempo Agora" (1991) como também crucificaram a banda paulistana pelo projeto. Embora não tenha feito aquele sucesso todo, mas também não foi um fiasco, "Titanomaquia" é um dos melhores discos dos Titãs.

Será Que É Isso o Que Eu Necessito?
escrita por Sérgio Britto
interpretada por Titãs
(P) 1993 WEA Discos / Warner Music Brasil

Quem é que precisa
tomar cuidado com o que diz?
Quem é que precisa
tomar cuidado com o que faz?

Será que é isso o que eu necessito?
Será que é isso o que eu necessito?

Ninguém fez nada, ninguém tem culpa.
Ninguém fez nada de mais, filha da puta!
Quem aqui
não tem medo de passar o ridículo?
Quem aqui, como eu,
tem a idade de Cristo quando morreu?

Quem é que se importa
com o que os outros vão dizer?
Quem é que se importa
com o que os outros vão pensar?

Será que é isso o que eu necessito?
Será que é isso o que eu necessito?

Não sei o que você quer, nem do que você gosta.
Não sei qual é o problema, qual o problema seu bosta?!
Quem aqui
não tem medo de se achar ridículo?
Quem aqui, como eu,
tem a idade de Cristo quando morreu?



quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Especial Roberto Carlos em Santa Catarina - parte 2 - 21 anos de minha admiração pelo rei

Capítulo de hoje: 21 anos de minha admiração pelo rei

#RobertoCarlosEmBalneárioCamboriú


O jovem Roberto Carlos com sua guitarra e traje à Beatles.


Roberto Carlos na década de 70 quando ainda fumava seu cachimbo


Acreditem se quiser, o ídolo da minha pré-adolescência é o Roberto Carlos. Foi a partir do ano de 1995, quando eu tinha uns 13 anos de idade (desculpa, Roberto, sei que você não gosta do número...). E você deve pensar "como é que alguém que era da geração que curtia os Raimundos, os Mamonas Assassinas, as Spice Girls, Skank e É o Tchan pôde se render ao artista que praticamente não era do seu tempo?". Lógico, eu também curtia essa turma, colecionava revistas teen, comprava CD's de alguns desses ídolos e, em festas, eu era uma menina quieta e comportada até soltarem "Wannabe" (de Spice Girls, Matt Rowe e Richard Stannard, 1996) e "Pelados em Santos" (de Dinho, 1995) pelo aparelho de som, afinal eu também era adolescente. Mas a minha admiração maior mesmo era pelo rei Roberto Carlos, na época 54 anos de idade, 30 de Jovem Guarda... é isso mesmo! Foi através desse movimento encabeçado pelo cantor que até então eu não sabia que existia que eu virei fã dele. Eu acostumada a ver o Roberto Carlos romântico, conservador e religioso não sabia que nos loucos anos 60, a década mais querida por muitos e até mesmo por quem não viveu como é o meu caso, ele era mais solto e cheio de atitude, um roqueiro que, com sua guitarra, cantava músicas que falavam de paqueras e carangos (carros) feitas para dançar, zoar, sair do chão... Enfim, música destinada à juventude. Um repertório influenciado nos Beatles, Elvis Presley, Bill Halley and the Comets e Beach Boys. Como também não sabia que o Roberto mal podia pôr os pés na rua que uma multidão de brotos (garotas) correria freneticamente atrás dele. Bem típico de uma beatlemania, mesmo (I wanna hold your hand!). O rei das garotinhas. O favorito da juventude. Uma brasa, mora?



Mas a minha admiração por ele firmou mesmo no dia 4 de outubro do mesmo 1995, quando eu tive a oportunidade de assistir pela TV ao filme "Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura" gravado durante este movimento juvenil brasileiro. Eu já tinha ouvido falar nesse filme, mas nunca sabia como era, então eu vi só por curiosidade. O longa, além de me fazer sentir o gostinho dos anos 60, me impressionava  com o Roberto Carlos "terrível", ou melhor, cheio de energia e de rock and roll (e muita fofura na cara!). A música da trilha sonora que me arrepiou e me fez gostar de vez dele foi "Você Não Serve Pra Mim" (de Renato Barros, 1967) graças à guitarra elétrica que dava mais vigor à canção e a uma pausa que quebrava o refrão. Esta canção foi executada durante a cena em que o rei lançava bombas em um campo minado contra uma quadrilha que o perseguia.



Cenas do filme "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura" (gravado em 1967 e lançado em 1968)

Em menos de dois anos, 1997, é que eu comecei a descobrir como era o Roberto Carlos na década seguinte através dos discos de vinil que as amigas da mamãe me emprestaram. Uma transição surpreendente de Roberto Carlos rebelde e roqueiro para Roberto Carlos contido e romântico. Tão romântico quanto o figurino o qual ele passou a usar partir de 1975, 76, por aí, como visto na foto abaixo da cena do especial de 1979.

Gente, para tudo! 

Muitos podem pensar o contrário, mas eu acho esse traje maravilhoso. O paletó sobre a camisa com primeiros botões abertos (em algumas vezes deixando o seu famoso medalhão à mostra), um cravo branco ou vermelho enfeitando a gola do paletó, um lenço combinando no pescoço... uma graça!
A qualidade das canções e as orquestras americana por grandes maestros internacionais e brasileira pelo Chiquinho de Moraes que embelezavam seus discos, a principal característica dos seus álbuns ao longo da década, também foram os que mais me deixavam fascinada.
Tudo bem, muita gente vai desdenhar do que eu vou dizer, mas, na minha opinião, Roberto Carlos era praticamente um símbolo sexual da música brasileira durante a década de 1970. E eu não falo isso em vão. Se tirássemos um tempinho para ouvir os discos lançados nessa época, perceberíamos que a maior parte do repertório era de canções românticas mais sensuais, mas sem apelarem para a vulgaridade (o próprio cantor admite que toma esse cuidado): "Os Seus Botões" (de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1976), "O Gosto de Tudo" (de Roberto e Erasmo, 1980), "A Primeira Vez" (de Roberto e Erasmo, 1978), "Pelo Avesso" (de Isolda Bourdot e Milton Carlos, 1976), "Proposta" (de Roberto e Erasmo, 1973)... Inclusive, nesse meio tempo, ele até foi chamado de "o rei dos motéis"(!) Eu só soube dessa quando eu comprei há poucos anos no sebo a falecida Revista Amiga (edição 554 de 31 de dezembro de 1980) com Roberto Carlos e os filhos ainda pequenos na capa. A revista dizia que o cantor, de maneira alegre e descontraída, declarava ao público durante as gravações do especial daquele ano: "outro dia o Segundinho [Dudu Braga, filho do cantor, na época com 12 anos] chegou para mim com uma revista Amiga(...): 'pai, está escrito aqui que você é o rei dos motéis. É verdade, pai?' Ora, como é que a gente vai explicar para uma criança o que é um motel? Se bem que Segundinho já deve estar super por dentro". Ai!...
A partir daí comecei a colecionar CD's antigos e "novos" dele, fotos e pôsteres de lançamentos de CD's "recentes" que eu recebia de uma loja. Até eu mesma a princípio achei estranho uma adolescente não colecionar coisas de ídolos do seu tempo como todas da minha idade faziam, mas eu me divertia muito e os comentários preconceituosos de que uma garota não podia curtir o que fosse fora de sua época que se danavam. Enfim, Roberto Carlos é o meu primeiro ídolo. Eu cresci ouvindo-o. Polemicas involuntárias do rei à parte, ele é um ótimo artista. Um ótimo cantor e compositor que deixou um ótimo legado artístico. São 21 anos de minha admiração por ele.



Olha só os desenhos que eu fiz das capas de CD's de Roberto Carlos. Eu os fiz em um papel sulfite em 1998, quando eu tinha 16 anos. 

Na próxima semana: curiosidades sobre o rei (link seguinte). Até lá! :*
http://jotadejeane.blogspot.com.br/2016/09/especial-roberto-carlos-em-santa.html

Vejam outros posts da série "Especial Roberto Carlos em Santa Catarina:
http://jotadejeane.blogspot.com.br/search/label/Especial%20Roberto%20Carlos%20em%20SC




sexta-feira, 19 de agosto de 2016

"Somewhere Only We Know" - versão da Lily Allen




No Brasil, a gravação da música "Somewhere Only We Know" pela cantora britânica Lily Allen está em alta. A música virou jingle para a propaganda de empresa de celulares Vivo. Na verdade, é uma releitura da canção da banda compatriota Keane e é da autoria dos integrantes Tim Rice-Oxley, Tom Chaplin (o vocalista) e Richard Hughes. "Somewhere Only We Know" foi originalmente lançada como o terceiro single do álbum de estreia da banda, "Hopes and Fears" (Island Records / Universal Music, 2004). A versão de Lily Allen, usada para a propaganda da Vivo no Brasil, foi gravada em 2013 para o comercial de Natal de John Lewis, uma rede de lojas de departamentos espalhadas pelo Reino Unido. Esta regravação foi incluída como faixa-bônus para o terceiro álbum de estúdio da cantora, "Sheezus" (Parlophone / Warner Music, 2014). O vídeo oficial mostra os bastidores do anúncio natalino das lojas John Lewis intitulado "The Bear and the Hare" (em português, "O Urso e a Lebre").
O vídeo está no final da letra da música a seguir.
Segundo o site Portal Famosos, o comercial fez com que "Somewhere Only We Know" na voz de Lily Allen estourasse em vendas no Brasil. A faixa esteve em uma semana no Top 5 do iTunes Brasil.


capa do CD "Sheezus" de Lily Allen


Somewhere Only We Know
escrita por Tim Rice-Oxley, Tom Chaplin (o vocalista) e Richard Hughes
interpretada por Lily Allen
(P) 2014 Regal Recordings / Parlophone Records / Warner Music Group

I walked across an empty land
Eu caminhei por um lugar deserto
I knew the pathway like the back of my hand
Eu conhecia o caminho como se ele fosse a palma da minha mão
I felt the earth beneath my feet
Eu senti a terra sob os meus pés
Sat by the river and it made me complete
Eu me sentei ao lado do rio e ele me completou

Oh, simple thing, where have you gone?
Ah, simplicidade, para onde você foi?
I'm getting tired and I need someone to rely on
Estou ficando cansada e preciso de alguém em quem eu confie

I came across a fallen tree
Eu encontrei por acaso uma árvore caída
I felt the branches of it looking at me
Eu senti seus ramos olhando para mim
Is this the place we used to love?
Este é o lugar onde nós costumávamos amar?
Is this the place that I've been dreaming of?
Este é o lugar com o qual eu venho sonhando?

Oh simple thing where have you gone?
Ah, simplicidade, para onde você foi?
I'm getting old and I need something to rely on
Estou envelhecendo e preciso de alguém em quem eu confie

And if you have a minute why don't we go
E se você tiver um minuto, por que não vamos
Talk about it somewhere only we know?
Falar sobre isso num lugar onde só nós conhecemos?
This could be the end of everything
Isso poderia ser o final de tudo
So why don't we go
Então, por que não vamos para
Somewhere only we know?
Um lugar onde só nós conhecemos?
Somewhere only we know?
Um lugar onde só nós conhecemos?

Oh simple thing where have you gone?
Ah, simplicidade, para onde você foi?
I'm getting old and I need something to rely on
Estou envelhecendo e preciso de algo no qual eu confie
So tell me when you're gonna let me in?
Então me diga quando você vai me deixar entrar
I'm getting tired and I need somewhere to begin
Esou ficando cansada e eu preciso de algum lugar pra recomeçar

And if you have a minute why don't we go
E se você tiver um minuto, por que não vamos
Talk about it somewhere only we know?
Falar sobre isso num lugar onde só nós conhecemos?
'Cause this could be the end of everything
Porque isso poderia ser o final de tudo
So why don't we go
Então, por que não vamos para
Somewhere only we know?
Um lugar onde só nós conhecemos?
Somewhere only we know?
Um lugar onde só nós conhecemos?



Eu iria colocar só o vídeo da cantora britânica, mas a versão original da banda Keane também é ótima.

Somewhere Only We Know
escrita por Tim Rice-Oxley, Tom Chaplin (o vocalista) e Richard Hughes
interpretada por Keane
(P) 2004 Regal Island Records / Universal Music Group




quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Especial Roberto Carlos em Santa Catarina - parte 1

Capítulo de hoje: Roberto Carlos em Balneário Camboriú e em Itajaí

#RobertoCarlosEmBalneárioCamboriú



Daqui a um mês, um dia após ao seu show em Florianópolis, Roberto Carlos virá para Balneário Camboriú (olá, vizinho lindo!) a 82 km da capital catarinense. E em memória disso, eu farei aqui no meu blog semanalmente até o dia do show do meu ídolo de pré-adolescência alguns posts sobre o rei da música popular brasileira. E para começar, um post bem singelo.
Esta é a segunda vez que Roberto Carlos vem fazer show em Balneário Camboriú, sendo que a primeira, como eu disse no outro post, foi no dia 30 de janeiro de 1999 na antiga Auto Cine New Star localizada na Avenida do Estado. Eu na época tinha dezesseis anos, faltando um mês e meio para completar dezessete e eu já era fã de Roberto Carlos fazia uns dois anos. Foi a primeira vez que eu fui ao show dele.


Reportagem publicada um dia antes do show de Roberto Carlos em Balneário Camboriú em 1999 

Mas se você acha que o Roberto Carlos nunca veio à minha querida Itajaí, aí é que você se engana. Em 1966 se eu não estou errada, mas sei que foi no auge da Jovem Guarda, Roberto se apresentou no estádio Marcílio Dias. A abertura foi com o show do grupo itajaiense Os Incandescentes (existente até hoje, contudo passando por várias formações ao longo dos anos) que usava a aparelhagem dos Jet Black's, a banda que acompanhou o jovem rei. (clique aqui para ver a foto no blog Clube dos Entas Itajaí). Outro registro do evento, do mesmo blog, é a foto do cantor sendo entrevistado pela Irene de Souza Boemer da Rádio Difusora AM (clique aqui). 

Na próxima semana: como eu virei fã de Roberto Carlos (link seguinte). Até lá! :* 
http://jotadejeane.blogspot.com.br/2016/08/especial-roberto-carlos-em-santa_25.html

Vejam outros posts da série "Especial Roberto Carlos em Santa Catarina:
http://jotadejeane.blogspot.com.br/search/label/Especial%20Roberto%20Carlos%20em%20SC



Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil