"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Depois de 22 anos, Roberto Carlos lançará seu álbum em LP


Roberto Carlos acabou de lançar o seu mais novo CD "Amor Sin Límite" (Sony Music, 2018) no qual ele canta dez canções em espanhol, sendo que 4 delas são inéditas e 6 são versões, e duas em português.
Porém há uma novidade sobre o álbum: é que ele também será lançado em disco de vinil. Hoje em dia, os vinis são vendidos a preços bem proibitivos. No site da Bilesky Discos, o novo LP de Roberto Carlos custa R$ 150, equivalente a seis vezes mais que o preço de um CD (credo, aí não!). O cantor não havia lançado seu álbum neste formato desde 1996, aquele da música "Mulher de 40" (de Roberto e Erasmo Carlos) e, a partir daí, o LP foi colidido no mercado graças ao comércio em massa de CD's. 
A edição em LP de "Amor Sin Límite" contem dez das doze faixas do CD e da edição digital, ou seja, as faixas em português (as versões de "Esa Mujer" e "Llegaste", ambas escritas pela cantora porto-riquenha Kany García exclusivamente para o Roberto) são excluídas certamente por não caberem no formato. Dentre as faixas incluídas estão a linda "Regreso" (de Carlos Lopez, Ricardo Lopez e Julio Reyes Copello), "Que You Te Vea" (de José Abraham), "Esa Mujer" em dueto com o espanhol Alejandro Sanz e a bonitinha "Llegaste" com a americana Jennifer Lopez. O resto são "Cuando Digo Que Te Amo" (versão de "Quando Digo Que Te Amo", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1996), "Luz Divina" ("Luz Divina" de Roberto e Erasmo Carlos, 1991), "Comandante de Tu Corazón" ("Comandante do Seu Coração", de Roberto e Erasmo Carlos, 1996), "Por Siempre" ("Pra Sempre", de Roberto Carlos, 2003), "Amor Sin Límite" ("Amor Sem Limite" de Roberto Carlos, 2000) e "Mujer de 40" ("Mulher de 40", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1996).

Já estão à venda as bonecas das personagens de "As Aventuras de Poliana"



A marca de brinquedos Estrela lançou as bonecas das personagens da novela "As Aventuras de Poliana" do SBT, todas elas vestidas de uniforme da escola fictícia Ruth Goulart. Na foto acima está a boneca da protagonista de 52 centímetros que fala 11 frases com a voz da própria intérprete, a atriz Sophia Valverde. Outros modelos são as quatro mini bonecas de 20 centímetros que são das personagens Poliana, Kessya, Mirela e Lorena. No site da Estrela, a Poliana que fala custa R$ 199,99, enquanto as mini bonecas custam R$ 79,99 cada.


A mini boneca da protagonista Poliana D'Ávila Andrade, vivida por Sophia Valverde

E essa da Kessya Soares, personagem de Duda Pimenta, que gracinha!


A Lorena D'Ávila vivida pela fofinha Pietra Quintela. 

Mirela Defino, vivida pela atriz sensação mirim Larissa Manoela, é a única adolescente a ter sua boneca. Essa também é bonitinha!



Marina Lima - "Corações a Mil" (1980)

Capa do LP da trilha sonora de "Baila Comigo" Nacional

Eu descobri uma música com levada de boogie-oogie ao assistir alguns capítulos da novela "Baila Comigo" (Rede Globo, 1981) que vem sendo reprisada no Canal Viva. Na sua trilha sonora nacional (na capa do LP, a atriz Betty Faria que interpretava a personagem Joana Lobato) está a empolgante canção "Corações da Mil" (de Gilberto Gil, 1980) cantada por Marina Lima quando ela era atendida apenas com o seu primeiro nome (ela aderiu o sobrenome Lima a partir de 1990). "Corações a Mil" foi a faixa do segundo álbum da cantora de 25 anos na época, "Olhos Felizes" (Ariola/Universal Music, 1980). Marina havia reunido músicos renomados para este disco (todos eles trabalharam na música) , como Léo Gandelman, Márcio Montarroyos (1948-2007), Serginho Trombone e Oberdan Magalhães (1945-1984) nos metais, o baixista Jamil Joanes da banda Black Rio e... claro, a dupla Robson Jorge (1954-1992) & Lincoln Olivetti (1954-2015), responsável pelo tema de abertura da novela, a versão instrumental de "Baila Comigo" (de Rita Lee, 1980) e a trilha instrumental complementar lançada em compacto duplo. No mesmo 1981, o próprio Gilberto Gil gravou "Corações a Mil" exclusivamente para o filme homônimo dirigido por Jom Tob Azulay.
Vamos bailar com a Marina!

Capa do LP "Olhos Felizes" de Marina Lima

Corações a Mil
Escrita por Gilberto Gil
Interpretada por Marina Lima
(P) 1980 Ariola Discos / Universal Music Brasil

Minhas ambições são dez
Dez corações de uma vez
Pra eu poder me apaixonar
Dez vezes a cada dia
Setenta a cada semana
Trezentas a cada mês

Isso, sem considerar
A provável rebeldia
De um desses corações gamar
Muitas vezes num só dia
Ou todos eles de uma vez
Todos dez
Desatarem a registrar
Toda gente fina
Toda perna grossa
Todo gato, toda gata
Toda coisa linda que passar

Meus dez mil corações a mil
Nem todo o Brasil vai dar



segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O álbum "O Amor Me Elegeu" do Padre Fábio de Melo


Desde o princípio eu sabia que eu teria tamanha dificuldade em encontrar o mais novo CD do Padre Fábio de Melo, "O Amor Me Elegeu" (Gravadora Canção Nova, 2018), já que, após a passagem até o ano passado pela Som Livre (entre 2008 e 2010) e Sony Music (entre 2011 e 2017), as gravadoras mais populares, o sacerdote mudou-se, ou melhor, voltou à Gravadora Canção Nova depois de onze anos. O até então único álbum do padre na gravadora criada pela comunidade homônima da qual ele é membro foi "Filho do Céu" de 2007.
Os CD's lançados pela Gravadora Canção Nova são sempre distribuídos para as livrarias católicas e lojas de artigos religiosos para a venda. Eu nunca vi algum CD desta e das outras gravadoras católicas fora destes estabelecimentos, tampouco nas Lojas Americanas, pelo menos daqui de Itajaí e Balneário Camboriú pelo que eu saiba, exceto o belo "Coisas Que Vivi" da Adriana Arydes lançado pela Paulinas-COMEP em 2011. Procurei em uma livraria católica daqui de Itajaí há uns dois meses e ainda não havia chegado. Fui a de Balneário Camboriú e já foi levado uma única cópia do CD que tinha lá. Eu nunca faço compras pela internet e nem sei como se faz o pagamento (é, eu sei o que vocês estão pensando...). Foi só eu ir a Brusque em um dos passeios de excursão com a mamãe que eu já encontrei uma única cópia em uma loja de artigos religiosos. Ufa!
Dez anos depois de se aderir ao repertório MPBista, mas com letras que se coincidem com Evangelho, Padre Fábio de Melo classifica este CD como intimista e um "retorno à simplicidade, ao despojamento de si mesmo, que vem de encontro ao seu atual desejo de estar em 'casa', entre amigos, e fazer um CD diferente". A foto do padre enquadrando apenas a metade do seu rosto na capa do CD
simboliza a expressão de um tempo em que ele foi só a metade e que Deus o havia completado. "O Amor que me elege sabe que sou imperfeito, incompleto. Somente a misericórdia Dele pode me completar. O CD 'O Amor Me Elegeu' é o resultado da dor, da angústia, das aflições", disse o sacerdote que passou por dramas no ano passado, como a síndrome do pânico que vem afetando a sua saúde e o suicídio de sua irmã.
Segundo o próprio Padre Fábio de Melo, "O Amor Me Elegeu" é um trabalho "diferente, por ser exclusivo da Canção Nova e por nascer justamente durante o Hosana Brasil [evento religioso que desde 1977 vem reunindo todos os anos, no mês de dezembro, milhares de fiéis na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista, cidade de São Paulo] diante de uma multidão sedenta que cantava e rezava, agradecendo as maravilhas de Deus em sua vida".
Todo o álbum apresenta treze canções, quatro inéditas entre elas, que expressam a misericórdia de Deus por nós, pecadores e eleitos por ele, apesar da nossa fragilidade, como diz a descrição do disco no site da Loja Canção Nova (clique aqui). Um CD orante que realmente superou minhas expectativas.
O CD tem as participações especiais da cantora católica Ziza Fernandes na inédita "Minha Raiz (de Padre Fábio de Melo), Rogerinha Moreira, missionária da Comunidade Canção Nova, nas faixas Recebe, Senhor" (de Padre Fábio de Melo) e "Em Teu Altar" (de Rodrigo Pires, 2002) e do cantor André Leite na faixa "Fala, Senhor" (de Marcelo Marron). Dono de uma voz potente, André Leite, que foi vocalista das bandas de rock cristão Iahweh e ID2 também participa deste CD como backing vocal (junto a Ziza Fernandes, Aline Sousa, a diretora do coro Polyana Demori e Vinicius Motta) e preparador vocal do padre, ajudando-o a alcançar notas mais agudas como nunca havia feito antes nos CD's anteriores. A orquestra de cordas, sob o arranjo de Kleber Augusto, foi gravada em Petersburg Recording Studio em São Petersburgo, na Russia, com os músicos russos.
A seguir a ficha técnica do CD e as simples histórias faixa por faixa.


O Amor Me Elegeu
Padre Fábio de Melo
(P) 2018 Gravadora Canção Nova

Produzido por Maurício Piassarollo e Tiago Mattos

Direção Geral: Fábio Gonçalves Vieira (DAVI - Departamento de Audiovisuais)
Gerência de produção: Adamir Ferreira
Supervisão gravadora: Meiriane Silva
Produção executiva: Roberta Castro
Correção ortográfica: Jaqueline Augusto
Fotografia e direção de arte: Alice Venturi
Designer: Cleide Madella
Masterização: Classic Master

Arranjos e produção musical: Maurício Piassarollo
Coprodução, gravação e edição: Tiago Mattos
Mixagem: Tiago Mattos no Estúdio Codimuc em fevereiro de 2018
Assistente: Bianca Ariel
Preparação e direção de voz: André Leite
Direção de backing vocal: Polyana Demori

Arranjo de cordas: Kleber Augusto
Direção de gravação de cordas: Kleber Augusto
Engenheira de gravação: Kira Malevskaia
Estúdio: Petersburg Recording Studio (São Petersburgo, Rússia)

MÚSICOS:
Teclados: Maurício Piassarollo
Bateria: Wallace Santos
Contrabaixo: Marcelo Linhares
Guitarra/violão: Cláudio Costa
Percussão/cajon: Kabé Pinheiro
Baixo acústico: Marcelo Soares
Guitarra na faixa: Ary Piassarollo
Acordeon: Mestrinho
Backing vocal: Ziza Fernandes, Aline Sousa, André Leite, Polyana Demori e Vinicius Motta

MÚSICOS RUSSOS:
Orquestra de cordas
Violinos: Mikhail Krutik (spalla), Natalia Kalinichenko, Leonid Osipov, Nadezhda Kharitonova, Anton Levin, Nadezhda Ostrikova, Alexandra Zubova, Lilia Sitdykova, Lyubov Gavrilova, Elena Ivanova, Fedor Shalaev e Evgenia Gulman.

Violas: Sergey Zarubin, Igor Bereznev, Ilya Yelagin, Alexey Ageev, Sergey Krutik e Dimitry Chernyshenko

Cellos: Elena Grigoryeva, Vsevolod Dolganov, Kirill Kurshakov e Ilya Yurshevich

Baixo: Kirill Ziborov e Dmitry Golovchenko

1- Deus Cuida de Mim
escrita por Kleber Lucas

Padre Fábio de Melo sempre canta esta música em alguns episódios do programa "Direção Espiritual" apresentado por ele todas as quartas-feiras à noite na TV Canção Nova, mas só agora que gravou-a em um CD depois de finalmente ter conseguido a permissão do autor, o cantor evangélico Kleber Lucas. "Deus Cuida de Mim" foi gravado originalmente pelo próprio Kleber para o CD homônimo lançado em 1999. Em seguida, a música já teve outra releitura, desta vez pelo cantor Thiaguinho.

2- Minha Raiz
escrita por Padre Fábio de Melo
participação especial de Ziza Fernandes

Uma das músicas inéditas que leva a participação especial de Ziza Fernandes, que também foi uma das backing vocals do CD, fala da importância da presença de Deus em nossa vida. A meu ver, o refrão ("tenho a minha raiz no teu mistério / Eu não posso crescer em outro solo / Nada pode preencher meu coração que sempre diz: / Eu não posso ser feliz longe de ti") tem algo a ver com a Parábola do Semeador encontrada nos três Evangelhos sinópticos (Mateus 13:1-9, Marcos 4:3-9 e Lucas 8:4-8).

3- Perdas Necessárias
escrita por Padre Fábio de Melo
participação especial de Ary Piassarollo (guitarra)

A primeira gravação dessa música foi feita pelo próprio Padre Fábio de Melo para o seu álbum "Marcas do Eterno" (Paulinas-COMEP, 2003). Uma letra forte e cativante que é um consolo a quem perdeu um ente querido ou perdeu algo que gostava muito.

4- Sinal de Misericórdia
escrita por Walmir Alencar

Padre Fábio de Melo sempre diz que "Sinal de Misericórdia" é um presente de seu amigo Walmir Alencar, cantor e compositor de música católica e membro do Ministério Adoração e Vida. A letra da canção explica o Evangelho Segundo São Mateus 25, 31-46 que diz que Cristo está nos mais desamparados.

5- Fala, Senhor
escrita por Marcelo Marrom
participação especial de André Leite

Feita pelo músico e humorista Marcelo Marrom, "Fala, Senhor" demonstra claramente que Deus se manifesta apenas no silêncio e na calmaria e o quanto é importante ter tempo para nós mesmos para deixar que Deus fale conosco, como em Mateus 6,6 na Bíblia. Não é a primeira vez que Padre Fábio de Melo e André Leite cantam juntos. Com a banda Iahweh, André gravou com o sacerdote a canção "Deserto" (de André Leite, Dinarte Lemes, Eloy Casagrande e Tiago Mattos) em 2014.

6- Ao Partir do Pão
escrita por Walmir Alencar

Inspirado no Evangelho de São Lucas 24, 13-35, "Ao Partir do Pão" foi gravado primeiramente por Walmir Alencar para o segundo CD solo, "Misericórdia Infinita" (Paulinas-COMEP, 2002).

7- Em Teu Altar 
escrita por Rodrigo Pires
participação especial de Rogerinha Moreira

Segunda sequência da regravação de Walmir Alencar e do mesmo álbum, "Em Teu Altar" é um canto de ofertório que tem a participação da missionária Rogerinha Moreira.

8- Filho de Davi
escrita por Padre Fábio de Melo
participação especial de Mestrinho (acordeon)

Nesta regravação de uma das faixas do álbum "As Estações da Vida" (Paulinas-COMEP, 2001), Padre Fábio de Melo está acompanhado somente do acordeon de Mestrinho. A letra é baseada no Evangelho Segundo São Marcos 10,46-52 no qual um cego (Bartimeu) gritava através da multidão pedindo a cura a Jesus Cristo que passava por ali. E assim é possível a gente se ver como o Bartimeu, desesperado, fazendo um verdadeiro pedido a Jesus Cristo: a cura.

9- Chagas Abertas
escrita por Celina Borges

A própria compositora e amiga do padre Celina Borges foi a primeira a gravar a canção para o seu terceiro álbum, "Tributo ao Grande Amor" (2000). Uma música que reflete que o Sangue derramado pelos nossos pecados sempre "está entre nós e o perigo".

10- Recebe, Senhor
escrita por Padre Fábio de Melo
participação especial de Rogerinha Moreira

Outro canto de ofertório com a participação de Rogerinha Moreira. Em seu show de lançamento do CD na sede da Comunidade Canção Nova, Padre Fábio de Melo revelou que "Recebe, Senhor" foi feita quando ele ainda era seminarista junto à canção "Vou Cantar Teu Amor" para uma missa que ele compôs. "Vou Cantar Teu Amor" foi gravada para o CD "Canta Coração" (com Pe. Zezinho, Pe. Joãozinho, Pe. Fábio de Melo, Renan e André Luna) lançado em 1999 pela Paulinas-COMEP e "Recebe Senhor" só foi resgatada agora para o álbum "O Amor Me Elegeu".

11- Meu Tudo
escrita por Ítalo Villar, Sidnei da Silva Paula e Sidney José Cornélio da Silva

"Meu Tudo" (não confundindo com "Meu Tudo" da Ziza Fernandes) foi gravada primeiramente pelo cantor católico Flavinho para o CD "Deixa-se Amar" (Canção Nova, 2005).

12- Como é Bom Sentir
escrita por Fernando Aparecido Teixeira

"Como é Bom Sentir", assim como a faixa anterior ("Meu Tudo") é uma composição recomendada para as missas de Pentecostes. Dentre as gravações anteriores, está o registro do cantor Ralel Marques com a participação especial de Antônio Maria em 2015.

13- Vivo Pra Teu Louvor
escrita por Celina Borges e Leandro Souza

Quando ouvi esta música pela primeira vez, percebi que a sua introdução é bem semelhante à de "Radio Ga Ga" (de Roger Taylor, 1984) da banda inglesa Queen porque a canção iniciava com a bateria que fazia uma levada de synth-pop e pelo teclado que dava o tom em fá. A letra de "Vivo Pra Teu Louvor" segue o mesmo tema de "Minha Raiz" e é outra regravação da amiga Celina Borges, originalmente para o oitavo álbum da cantora, "Tudo Posso" (Som Livre, 2009). O CD se encerra  animado com esta faixa e tudo o que nós ouvimos nela é louvor!


Veja também a minha postagem sobre os 20 anos do primeiro álbum do Padre Fábio de Melo, "De Deus Um Cantador":
https://jotadejeane.blogspot.com/2017/04/de-deus-um-cantador-os-20-anos-do.html-

domingo, 21 de outubro de 2018

Rildo Hora, Patrícia Hora e Misael da Hora no programa Celeste Maria Recebe



Rildo Hora apresentou o projeto musical Filhos com Patrícia Hora e Misael da Hora no programa Celeste Maria Recebe que foi ao ar no dia 29 de setembro pela emissora regional NGT (12.1 digital e 17 na NET) do Rio de Janeiro. Com a filha sempre linda, Rildo cantou as músicas "Perfume e Flor" (de Rildo Hora e Luciana Cardoso) "Quem me Ensinou" (de Rildo Hora e Nei Lopes) e "Quando" (de Rildo Hora e Nelson Sargento), todos eles do CD "Eu e Minha Filha" (2015) que eu tive o prazer de ganhar autografado dos próprios artistas às vésperas do Natal de 2015. Rildo com a sua inseparável gaita e Misael no teclado fizeram a versão instrumental da música "Trilhos Urbanos" (de Caetano Veloso, 1979) do álbum "Espraiado" (Caju Music, 1992).
Para quem não viu, uma boa notícia: a participação de Rildo Hora com os filhos Misael, Ziraldo (empresário) e Patrícia Hora  no programa Celeste Maria Recebe da Rede NGT já está disponível pela própria apresentadora no YouTube na íntegra!!!





(Parte 1)




(Parte 2)




sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Relembrando a adolescência 03 - "Riquinho" ("Richie Rich", 1994)

Post Especial do Dia das Crianças - 04


"Riquinho" - diversão para a família mundial

Eu estava planejando esta postagem para o dia das crianças e de repente eu soube que o SBT vai exibir o filme ainda hoje (12 de outubro) logo após o Programa do Ratinho na Tela de Sucessos.  :)
Hoje eu vou falar de um filme para todas as idades que marcou muito a minha época de adolescente:"Riquinho" ("Richie Rich", Warner Bros., 1994). Este foi um dos primeiros filmes que eu aluguei assim que meu pai comprou o aparelho de videocassete no final de 1995 (naquela época, o aparelho já estava com o preço mais acessível), um ano após a estreia do longa-metragem. Enquanto a fita do filme estava em casa, eu lhe assistia bastante até o dia da devolução à videolocadora na segunda-feira (alugávamos no fim de semana).

O filme protagonizado pelo adolescente Macaulay Culkin ainda no auge da sua carreira e fama foi inspirado nas histórias em quadrinhos homônimas da Harvey Comics lançadas durante a década de 1950 e criadas pela dupla Alfred Harvey (1913-1994) e Warren Kremer (1921-2003). A princípio, Riquinho era um dos personagens dos gibis da menininha Little Dot (no Brasil, "Brotoeja") publicada regularmente nos Estados Unidos pela própria Harvey Comics entre 1949 e 1982. A popularidade de Riquinho fez com que o personagem tivesse a sua revistinha própria. Em 1980, "Riquinho" foi adaptado para uma série animada, produzida pela Hanna-Barbera Productions que teve quatro temporadas.



Capa da primeira edição do gibi do "Riquinho" lançado no Brasil em 1968 (fonte: Guia dos Quadrinhos)


Riquinho Rico (Macaulay Culkin / dublado por Peterson Adriano) é o menino mais rico do mundo, mas apesar de amar e ser amado por seus pais, Ricardo Rico (Richard Rich, vivido por Edward Herrmann / dublado por Alfredo Martins) e Regina Rico (Regina Rich, vivida por Christine Ebersole / dublada por Geisa Vidal), ele não é totalmente feliz, pois quer jogar basebol com algumas crianças. Quando seus pais desaparecem após o avião deles cair no Triângulo das Bermudas, Riquinho suspeita que Lawrence Van Dogh (John Larroquette / dublado por Márcio Seixas), um executivo das Indústrias Rico, seja o responsável por este "acidente", pois planeja assumir o controle de todas as empresas Rico. Mas com a ajuda de Herbert A.R. Cadbury (Jonathan Hyde / dublado por Roberto Macedo), seu fiel mordomo, o Professor Keenbean (Michael McShane / dublado por Hamilton Ricardo), um excêntrico cientista, e alguns amigos da sua idade, Riquinho faz um plano para combater o maléfico esquema de Van Dogh e salvar seus pais.
Sua residência é um verdadeiro castelo. Ele tem uma montanha-russa no quintal e até o McDonald's em casa! Toda vez que Ricardo Rico viaja a negócios, ele leva um aparelhinho portátil para se comunicar à distância com seu filho Riquinho através de um tal programa de computador que  localiza o patriarca da família. O computador do quarto de Riquinho tem 3 monitores na parede e um teclado que fica na mesinha de escritório à frente. Nos dias de hoje, isso tudo seria reduzido aos aplicativos em um smartphone.




Cubo Mágico ou Cubo de Rubik, o quebra-cabeças que aflige. Mas diverte.

Post Especial do Dia das Crianças - 03




Já que hoje é o dia das crianças, vamos falar de brinquedo. Mas este é um brinquedo para pessoas de todas as idades.
Há um mês eu comprei um cubo mágico comum a preço de banana: 4 reais. Logo em uma das primeiras tentativas de montá-lo, o cubo parecia que estava travado. Não que esteja mal lubrificado, mas algumas peças ocas se engatavam tanto que, de repente, eu quebrei o cubo todo (risos). Daria para remontá-lo se não fosse o dano da rosca de uma peça central fixa causado pelo meu estrago. Fui à mesma loja de perto da minha casa onde comprei o brinquedo e levei outro cubo e bem diferente: as peças são formadas por bolas. Era o Cubo Maluco da marca Ark Toys que custou R$ 19,90. A respeito do cubo anterior, é como diz aquele famoso ditado: o barato sai caro.
Eu adquiri o brinquedo inspirada na capa do livro "Nasci Para dar Certo" (Editora Canção Nova, 2011) de Adriano Gonçalves, jovem psicólogo e membro da comunidade católica Canção Nova. Eu não tenho o livro, li apenas a sinopse, crendo que deve ser um livro realmente bom.
A meu ver, o cubo mágico é um quebra-cabeças que exercita nossa autoconfiança (talvez seja por isso o desenho do cubo mágico na capa do livro em questão destinado aos jovens). Só com o cubo embaralhado nas mãos e sem instruções por escrito faz com que a gente se sentisse como uma pobre criança perdida dos pais. Mas para resolvê-lo, tive que recorrer a vídeos de tutoriais no YouTube, de preferência os de meia hora de duração que explicam com muita paciência os algoritmos corretos (recomendo este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=g2vitUi1Evg). E desde então eu não resolvo o cubo sem a colinha dos algoritmos por perto (se bem que o recomendado é sem a colinha...). Se por um lado o cubo mágico é um quebra-cabeças que nos aflige, dando a impressão de que não vamos resolvê-lo nunca, de um outro, ele diverte. O cubo mágico passou a ser o meu poker ou sinuca.

Cubo Maluco da marca Ark Toys.

O cubo de Rubik, também conhecido como cubo mágico, é um quebra-cabeças tridimensional criado pelo húngaro Ernő Rubik em 1974. Ernő Rubik é um conferencista no Departamento de Design Interior na Academia de Artes Aplicadas e Ofícios em Budapeste, capital da Hungria, e inventou o cubo mágico quando se interessou em geometria. A criação na verdade vem de um protótipo 2x2x2 criado por Larry Nichols (Lavourensis Plenus) em março de 1970.
Originalmente foi chamado de "cubo Mágico" pelo seu inventor, mas o nome foi alterado pela Ideal Toys, uma empresa americana de brinquedos, para "cubo de Rubik". Nesse mesmo 1974, Rubik ganhou o prêmio alemão do "Jogo do Ano" (Spiel des Jahres). Para resolver o cubo pela primeira vez, o próprio criador levou um mês.
O brinquedo é um quebra-cabeça que consiste em um cubo. Cada uma das suas seis faces está dividida em nove partes, 3x3, num total de 26 peças que se articulam entre si devido ao mecanismo da peça interior central fixa, oculta dentro do cubo.
O cubo de Rubik é um cubo geralmente confeccionado em plástico e possui várias versões, sendo a versão 3x3x3 a mais comum, composta por 6 faces de 6 cores diferentes, com arestas de aproximadamente 5,7 cm. Outras versões menos conhecidas são a 2x2x2 (o pocket cube, ou "cubo de bolso"), 4x4x4 (o chamado Rubik's Revenge, a vingança de Rubik) e a 5x5x5 (Professor's cube, cubo do professor). Imagine o trabalho pra resolver estes dois últimos!

Ernő Rubik, o criador do cubo.

O cubo de Rubik foi popularizado a partir da década de 1980. O brinquedo também virou esporte e já existem eventos competitivos mundiais nos quais um competidor que resolve o cubo em menor tempo vence, como o Red Bull Rubik’s Cube World Championship (Campeonato Mundial de Cubo de Rubik promovida pela empresa de bebidas energéticas Red Bull) (clique aqui) que teve a sua primeira edição no ano passado em Boston, Estados Unidos. Alguns competidores brasileiros também estavam neste mundial. Este ano, a paulista Júlia Melo de 17 anos foi a única menina brasileira no torneio (Revista Capricho).
Segundo a loja Cuber Brasil, o nosso país está em 4º lugar no ranking mundial em número de competidores nos campeonatos oficiais de Cubo Mágico, com exatos 4.026 cubers espalhados por todo o país atrás de Índia, China e EUA, com 9.456, 15.934 e 20.350 competidores, respectivamente.

https://www.jornaldooeste.com.br/noticia/brasileiros-se-superam-em-mundial-inedito-de-cubo-magico

Os 30 anos do LP "Xou da Xuxa 3"

Post Especial do Dia das Crianças - 02



O álbum de maior vendagem da carreira da apresentadora comemorou três décadas em 2018!


Tá na hora, tá na hora. Tá na hora de recordar. O "Xou da Xuxa 3" (Som Livre, 1988), o quarto álbum de estúdio da apresentadora Xuxa completou 30 anos no dia 11 de julho. É o disco de maior sucesso na carreira da Rainha dos Baixinhos, vendendo cerca de 3 milhões e 216 mil cópias. "Xou da Xuxa 3" é o disco mais vendido por uma artista feminina e foi o primeiro mais vendido da história da indústria fonográfica do Brasil, sendo desbancado dez anos depois por "Músicas Para Louvar Ao Senhor" (PolyGram/Universal Music, 1998) do Padre Marcelo Rossi (clique aqui para ver a minha postagem sobre este álbum do sacerdote) e entrou para o Guiness Book como o álbum infantil mais vendido do mundo.
Para comemorar os 2 anos de Xou da Xuxa no ar, no dia 30 de junho de 1988 a apresentadora havia feito um programa especial ao vivo do lançamento do disco "Xou da Xuxa 3". O álbum foi produzido por Ivanilton de Souza Lima, o Michael Sullivan, e Paulo Massadas, a dupla de sucessos de ouro da música brasileira daqueles anos 1980. Na coordenação artística da Som Livre estava o Max Pierre, ex-baterista da banda de rock juvenil à jovem guarda Os Canibais na década de 1960 e, desde 1992, é diretor artístico da PolyGram/Universal Music. É o segundo álbum da Xuxa produzido por Sullivan/Massadas depois do anterior, "Xegundo Xou da Xuxa" (Som Livre, 1987).
"Xou da Xuxa 3" foi o primeiro álbum a ter Paquitas no coro. E por falar em coro, curiosidades: quem participava nele no projeto foram a Cybele (1940-2014) do Quarteto em Cy e os Golden Boys Roberto Correa (1940-2016), Ronaldo Correa e Renato Correa. No coro infantil estavam do grupo Os Abelhudos Rodrigo Saldanha, Diego Saldanha (ambos os filhos de Renato Correa dos Golden Boys) e Renata Benévolo, a ex-integrante do grupo infantil Tatiana Ferreira e sua irmã, Gabriela Ferreira, atendida na época apenas como Gabriela, famosa por ter sido apadrinhada pelo Rei Roberto Carlos e por cantar algumas versões em português da italiana Rita Pavone como "Não é Fácil" ("Non È Facile Avere 18 Anni" , de Andrea Bernabini e adaptação de Jorginho Ferreira e Cerna Ferreira, 1988) e "Pego um martelo" ("If I Had a Hammer", de Lee Hays e Peter Seeger e adaptação de Jorginho Ferreira, 1988). Foi também o primeiro álbum da Xuxa a ser lançado em CD, na época o artigo de luxo para pouquíssimos que ainda se chamava "disco laser". Neste formato, algumas músicas são um pouco maiores do que como saíram no vinil. Não foi à toa que pra mim a conclusão repentina com o efeito fade out em "Beijinhos Estalados" e "Coração Criança" no LP causou uma certa estranheza. É que ambas as faixas na verdade têm um final ampliado no CD. Ok, vou explicar: fade out é quando uma música termina com redução de volume, enquanto o fade in é aplicado no começo da música, aumentando o volume, exatamente como na faixa "Ilariê". Um LP, como a gente sabe, tem um tempo limitado de 48 minutos, 24 em cada lado. No CD, o "Xou da Xuxa 3" tem a duração de 53 minutos e 25 segundos. Em tempos de internet, nós temos o privilégio de ouvir a versão estendida do álbum pelo Spotify.

Paulo Massadas (à esquerda) e Michael Sullivan: produção sem deslizes.


Para o "Xou da Xuxa 3", foi feita uma pré-seleção de 200 composições feita por Michael Sullivan e Paulo Massadas para que elas fossem ouvidas por Xuxa e Marlene Mattos (empresária da apresentadora na época) sem que elas soubessem quem eram os compositores para não haver qualquer tipo de favoritismo. Dessas 200 canções, 16 foram escolhidas para que a Xuxa colocasse a voz.
A apresentadora gravou o álbum em cerca de 30 dias e estava tão dedicada que chegou a ir aos estúdios durante a madrugada e até os finais de semana.
Concluída as gravações, a produção da Som Livre foi às escolas públicas do Rio de Janeiro e executou todo material para alguns alunos que davam notas de 0 a 10. Além de tocar as músicas durante os intervalos das gravações do programa Xou da Xuxa, dependendo da reação das crianças, a música era incluída.
Na época, a assessoria de Xuxa chegou a afirmar que a música favorita da apresentadora não entrou no álbum, mas até hoje não se sabe qual seria a composição em questão. Para o disco, a cantora Rita Lee compôs a balada "Bela BB", um tributo à atriz francesa Brigitte Bardot. Até onde se sabe, a música não chegou a ser gravada. Porém, inúmeras divulgações e trabalho árduo surtiram um ótimo efeito. Em memória deste titânico sucesso infantil, em julho deste ano, o site Na Telinha do portal UOL fez uma entrevista com Max Pierre na qual ele revela curiosidades bem interessantes sobre o disco, inclusive que o "Ilariê" teria outro nome. Clique no link seguinte para ler: https://natelinha.uol.com.br/noticias/2018/02/02/fenomeno-xou-da-xuxa-3-completa-30-anos-e-produtor-revela-ilarie-teria-outro-nome-114059.php

Mais adiante, a história do álbum faixa por faixa:

Max Pierre, ex-diretor artístico da Som Livre e atual da Universal Music


Xuxa multiplicada por quatro: a contracapa divertida com fotos de André Wanderley e ilustração moderníssima de Reinaldo Waisman


"Xou da Xuxa 3"
Xuxa
(P) 1988 Som Livre
Fontes de créditos: Site Encartes Pop / Wikipédia / fotos no Mercado Livre
Fonte das histórias faixa por faixa: "Vinilteca" e "XuperBlog" (ambos canais do YouTube)

Ouça o álbum com as versões estendidas de algumas faixas pelo Spotify clicando no link seguinte (para a versão gratuita, recomendado pelo computador ou notebook)
https://open.spotify.com/album/5uOLhdSFiFhlPfY0eQV1rA

Produzido por: Michael Sullivan e Paulo Massdas
Coordenação artística: Max Pierre

Faixa "Arco-Íris": fonograma cedida pela DreamVision

Arranjos:
Grupo Roupa Nova ("Ilariê")
Pedro Fernandes "Piriquito" ("Bombom")
Tutuca Borba ("O Praga É Uma Praga")
Os Melhores ("Xuxerife", "Brincar de Índio", "Dança da Xuxa", "Eu Não", "Abecedário da Xuxa", "Arco-Íris", "Apolo" e "Viver")
Lincoln Olivetti ("Beijinhos Estalados" e "Coração Criança")

Engenheiro de gravação e mixagem: Jorge "Gordo" Guimarães
Engenheiros adicionais (Som Livre): Luiz Paulo, Edu, D'Orey,Mario Jorge e Beto Vaz (estúdio Mix) Andy Mills, João Damasceno e Paulo Henrique
Assistentes de estúdio (Som Livre): Sergio Rocha,Ivan Carvalho, Marcelo,Serodio, Marquinhos,Cezar Barbosa,Billy, Octavio "Chambinho", Alexandre Ribas, Julio Martins, Julio Carneiro, Claudio Oliveira, Marcos André,
Assistentes de estúdio (Estúdio Mix): Loba e Marcio Barros
Arregimentação: Jorge Correa
Edição - Ieddo Gouvea
Gravado nos estúdios SIGLA, Mix e Lincoln Olivetti
Coro:
Luna Messina, Regina Corrêa, Cristina Corrêa, Ana Lúcia, Cybele (Quarteto em Cy), Claudia Olivetti, Marisa, Nina, Márcio Lott, Ronaldo Barcellos, Chico Pupo, Golden Boys (Ronaldo Corrêa, Roberto Corrêa e Renato Corrêa) e As Paquitas (Ana Paula Guimarães, Anna Paula Almeida, Priscila Couto, Tatiana Maranhão, Roberta Cipriani, Andréia Faria, Louise Wischermann)
Coro Infantil:
Gabriela Ferreira, Tatiana Ferreira, Nana Vaz, Maya Reyes, Renata Macahdo, Ingrid, Andréia Santos, Roberta Corrêa, Pedro Corrêa, Leo Corrêa, Márcio Corrêa, Leonardo, Paulinho, André Carvalho, Julio Cesar, Tiago, Fábio de Moraes e Os Abelhudos (Rodrigo Saldanha, Diego Saldanha e Renata Benévolo).

Capa:
Criação e ilustrações: Reinaldo Waisman
Arte: Duncan
Fotos: André Wanderley
Cabelo: Fátima Lisboa e Márcia L. Elias
Figurino: Sandra Bandeira e Marta Delgado


1. Ilariê
Escrita por Ceinha, Cid Guerreiro e Dito
Duração: 5:41
A música "Ilariê", o carro-chefe do álbum ficou em 1º lugar por 20 semanas nas paradas brasileiras, sendo a música mais executada nas rádios juntamente ao "Faz Parte do Meu Show" (de Cazuza e Renato Ladeira, 1988) de Cazuza. O termo "ilariê", segundo o cantor Cid Guerreiro, um dos compositores da música vem da palavra "hilário", pois como ele mesmo dizia, Xuxa é "uma pessoa hilária e divertida". Outra versão da origem do título da canção surgiu em julho deste ano através da entrevista do site Na Telinha do portal UOL com Max Pierre, diretor musical da Som Livre na época: a princípio a música se chamaria "ILAIÊ", mas, por sugestão de Michael Sullivan, foi trocado por "ILARIÊ". Poucas vezes a Xuxa se apresentou com uma versão bem diferenciada: uma gravação demo feita pelo próprio Cid na qual ela cantava "Ilariê" em Lá (eu não conseguiria cantar esta música nesse tom) e para a versão oficialíssima, o tom foi diminuído para Fá sustenido. Feita a pedido de Marlene Mattos, Cid Guerreiro compôs "Ilariê" de uma forma similar às músicas interpretadas por ele que faziam bastante sucesso nas rádios naquela época. Destaque também para o outro autor, Dito, nome artístico de Epedito Machado de Carvalho, que, durante a década de 1970, foi parceiro musical com Tom, Antônio Carlos dos Santos Pereira, formando a famosa dupla baiana Tom e Dito. Com Tom, Dito compôs, dentre vários grandes sucessos, "A Grande Família" que serviu de tema de abertura da série homônima da Rede Globo que foi ao ar originalmente entre 1972 e 1975 e a música foi regravada por Dudu Nobre para a nova versão da série semanal produzida em 2001. Dito também foi co-autor de alguns sucessos gravados pelo grupo É o Tchan, como "Dança da Cordinha" (com Renato Fechine e Jorge Zárath, 1996), "Ralando o Tchan (A Dança do Ventre)" (com Beto Jamaica, Wesley Rangel e Paulinho Levi, 1997), "É o Tchan no Havaí" (com Cau Adan e Ewerton Matos, 1998) e "A Nova Loira do Tchan" (com Cau Adan, Renato Fechine e Jorge Zárath, 1998). O arranjo e a base instrumental da canção foi de nada menos que o grupo Roupa Nova.

2. Bombom
Escrita por Michael Sullivan e Paulo Massadas
Duração: 4:23
Influenciado no Iê-Iê-Iê e na Jovem Guarda dos anos 1960, no final da música, Xuxa faz uma referência à canção "O Calhambeque" ("Road Hog", música original de John D. Loudermilk e Gwen Loudermilk e versão de Erasmo Carlos, 1964) de Roberto Carlos. A fala não foi planejada, mas na hora da gravação foi feita de improviso para o encerramento da faixa.

3. O Praga É Uma Praga
Escrita por Michel Bijou e Reinaldo Waisman
Duração: 3:40
Praga foi o único personagem da turma da Xuxa a ter sua própria música-tema feita por Michel Bijou e Reinaldo Waisman, criador e intérprete do personagem Moderninho, também da turma, além de ter sido o responsável pelas ilustrações da capa, contracapa e encarte do disco. O refrão foi inspirado nas brincadeiras que a Xuxa fazia com o personagem que nunca "saía de sua aba". O arranjo e teclado são de Tutuca Borba, o músico de Roberto Carlos.

4. Xuxerife
Escrita por Alexandre Agra, Fred Nascimento, Guilherme Jr. e Reinaldo Waisman
Duração: 2:55
A música foi baseada no quadro "Reclamações ao Xuxerife" no qual as crianças soltavam o verbo. Este quadro existia desde que a Xuxa apresentava o "Clube da Criança" na extinta TV Manchete. Xuxerife era um personagem enigmático, ou seja, nunca aparecia. Na música o produtor Paulo Massadas fazia a voz cômica do personagem cantarolando e quem tocava violão e guitarra foi Marcelo Sussekind, um dos fundadores da banda de rock oitentista Herva Doce.

5. Beijinhos Estalados
Escrita por Claudia Olivetti e Lincoln Olivetti
Duração: 4:36 (LP) / 5:03 (CD e Spotify)
Esta música que eu amo foi o começo da parceria de Xuxa com o renomado músico Lincoln Olivetti (1954-2015). "Beijinhos Estalados" foi escrita por ele (que também foi o responsável pelo arranjo) e pela sua esposa Cláudia Olivetti que participava da canção no coro.

6. Coração Criança
Escrita por Michael Sullivan e Paulo Massadas
Duração: 3:45 (LP) / 4:07 (CD e Spotify)
Para encerrar o lado A, uma canção cujos arranjo e melodia meigos às vezes fazem a gente chorar. A princípio, "Coração Criança" foi feita para o Trem da Alegria, grupo onipresente no Xou da Xuxa. Trem da Alegria chegou a gravá-la, mas o registro foi descartado de sua discografia. A apresentadora ficou tão encantada com a canção que, no fim, seus compositores fiéis e produtores cederam e ofereceram a ela, já que, para eles, a composição seria recomendada a uma "criança grande". A música reuniu os parceiros Robson Jorge (1954-1992) e Lincoln Olivetti (1954-2015). O primeiro tocava a guitarra na gravação e o outro fez o arranjo, além de tocar teclado.

Foto de 2014: Quatro anos depois do fim do contrato com a Som Livre, Xuxa havia comparecido na inauguração da Sala da Fama João Araújo (1935-2013) nos estúdios da gravadora fundada pelo homenageado em 1969. Diante dos discos de platina pela venda de "Xou da Xuxa 3", a apresentadora posou com a viúva de João Araújo e mãe de Cazuza (1958-1990), Lucinha Araújo. O prêmio foi oferecido à Xuxa pelo próprio João durante o programa Xou da Xuxa em 1988.


7. Brincar De Índio
Escrita por Michael Sullivan  e Paulo Massadas
Duração: 4:20
O lado A encerrou com uma faixa de Sullivan & Massadas e o lado B começa com outra faixa da dupla de hitmakers da música brasileira durante os anos 1980. Paulo Massadas revelou que na sua infância era comum os espectadores torcerem para que o mocinho matasse o índio visto como vilão em filmes de faroeste, daí veio o verso "mas sem mocinho pra me pegar". O objetivo de "Brincar de Índio" é ensinar a ter mais respeito ao povo indígena, contrariando o grave erro das gerações anteriores de que o índio era sempre um ser malvado. A música também faz uma citação à antiga marchinha de carnaval, "Índio Quer Apito" (de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, 1961) que, aqui passa de tom humorístico para sério: "índio quer apito, mas também sabe gritar".
Ao receber a música, Xuxa ficou receosa sobre o alcance da faixa ao público infantil, porém, ao ver a empolgação das Paquitas no estúdio, a Rainha dos Baixinhos achou que "Brincar de Índio" deveria ser incluída no álbum. Coincidentemente, a Constituição Federal do mesmo 1988 passou a proteger os direitos dos índios.

8. Dança Da Xuxa
Escrita por Prêntice e Ronaldo Monteiro De Souza
Duração: 3:20
Primeira música de trabalho do álbum, no começo ela se intitularia como "Xuxuxu Xaxaxa". Uma canção perfeita para uma das baguncinhas sadias que era dançar ao seu som em festas de aniversário infantil.

9. Eu Não
Escrita por Dani e Luiz Otávio
Duração: 2:27 (LP) / 2:38 (CD e Spotify)
Outra música do disco que eu curtia muito por causa do refrão chiclete. Nela, Xuxa meio que intimida a criançada  interrogando-a se faz algumas malcriações às vezes impensáveis e hediondas, como deixar o skate na beira da escada.

10. Abecedário Da Xuxa
Escrita por César Costa Filho e Ronaldo Monteiro De Souza
Duração: 3:22 (LP) / 3:38 (CD e Spotify)
"A de amor, B de baixinho, C de coração..." um clássico! A canção foi classificada como destinada ao público infantil que não fala ou escuta. Nas primeiras apresentações somente as letras eram mostradas em libras e a partir daí, Xuxa passou a se apresentar em língua de sinais.

11. Arco-Íris
Letra de Ana Penido
Música de Michael Sullivan e Paulo Massadas
(P) 1987 DreamVision
Duração: 4:36

"Arco-Íris" foi gravada em 1987 exclusivamente para o primeiro filme solo da apresentadora, "Super Xuxa Contra o Baixo Astral" (DreamVision/Xuxa Produções/ Columbia-TriStar Pictures, 1988) que entraria em cartaz nos cinemas no ano seguinte (curiosidade: Jordana Brewster, da franquia "Velozes e Furiosos", filha de mãe brasileira e pai norte-americano, também participou do filme. Na época ela tinha 8 anos de idade). A cineasta Ana Penido, fez alguns poemas e entregou um deles a Michael Sullivan e Paulo Massadas para musicá-lo, o "Arco-Íris". Xuxa gostou tanto da composição que quis incluí-la no "Xou da Xuxa 3". Ainda bem, porque nós também amamos.

12. Apolo
Escrita por Michael Sullivan e Paulo Massadas
Duração: 3:25 (LP) / 4:07 (CD e Spotify)
A faixa mais obscura do disco tem uma pegada rock 'n' roll oitentista e, graças ao seu arranjo, combinaria bem com o filme "Super Xuxa Contra o Baixo Astral" (mas não foi incluída, é claro). O Apolo na verdade era o cavalo branco da Xuxa (sim, ele existia!) e posteriormente virou personagem das revistas em quadrinhos da Xuxa.

13. Viver
Escrita por Neon Morais e Neuma Morais
Duração: 4:16 (LP) / 4:51 (CD e Spotify)
A cantora Neuma Morais e seu pai Neon Morais, os mesmos compositores de "Coração Sertanejo" (1996) gravada por Chitãozinho e Xororó, fizeram esta que seria a primeira música ecológica gravada por Xuxa em cinco minutos. "Viver" foi a única música do disco a ter um videoclipe exibido no Xou da Xuxa especial do dia das crianças daquele ano.


Fontes:
Vinilteca (https://www.youtube.com/watch?v=Gmp7XP19kq0)
Xuper Blog (https://youtu.be/6SZnWmVnaHg)



SUPERANDO A FRUSTRAÇÃO: Minha apreciação por discos vem de berço. Ir a uma loja de LP's era uma baita felicidade para uma certa criancinha. Lembro como se fosse ontem que meu pai me levou para comprar o LP do "Xou da Xuxa 3" na saudosa Discolândia do Beto que ficava na Rua Tijucas aqui em Itajaí. A minha decepção foi que faltava o encarte no disco e eu sabia que havia através das filhas de amigos da família que tinham esse LP. Certamente o lojista usou o poster para o expositor e não se deu conta. De ficha técnica só na etiqueta do LP (compositores de cada faixa) e a básica na contracapa ("Produzido por Michael Sullivan e Paulo Massadas / Coordenação Artística: Max Pierre").
Hoje em dia, com a internet, consegui o encarte no formato CD no site Encartes Pop (a parte técnica e o coro). Eu soube que havia citações aos instrumentistas participantes no verso do poster e consegui através das fotos legíveis no site de classificados Mercado Livre (clique aqui). E também consegui no blog Portal X (http://xou-xuxa.blogspot.com/2016/07/raio-x-xou-da-xuxa-3.html) o bendito poster florido e lindo de viver com o recado da Xuxa para milhões de fãs-mirins que dizia:
"Baixinho, obrigada pelo seu carinho e respeito. Você me transformou numa pessoa especial. Beijinhos estalados com gostinho de bombom, Xuxa". A frase final foi uma referência às faixas "Bombom" e "Beijinhos Estalados".

Veja também: minha postagem sobre o primeiro disco do "Xou da Xuxa" lançado em 1986.
http://jotadejeane.blogspot.com/2018/01/o-primeiro-xou-da-xuxa-som-livre-1986-o.html

"Era Uma Vez" - Kell Smith

Post Especial do Dia das Crianças - Parte 01



Em um ano indubitavelmente de Anitta e Pabllo Vittar na área musical, "Era Uma Vez" de Kell Smith_ além de "Trem Bala" de Ana Vilela_ são músicas com letra de motivação que não passaram despercebidas em 2017. Foram mais de 32 milhões de execuções no Spotify e 100 milhões de visualizações no Youtube.
Saudade da infância e da inocência é o tema de uma das músicas mais tocadas de 2017, "Era Uma Vez". Uma saudade do tempo em que o único risco era levar um arranhão causado pelo tombo acidental durante as brincadeiras e que carinho de pais, um banho quente e um lanche eram os antidepressivos. Como também enfatiza o quanto somos ingratos em não vivermos o presente ("é que a gente quer crescer...") e, quando chega o dia em que tanto queremos, nos desiludimos ao perceber que não era aquilo que esperávamos ("...e quando cresce quer voltar do início"). Um dos exemplos cinematográficos que demonstram este fato é um clássico da Sessão da Tarde "De Repente 30" ("13 Going On 30", Columbia Pictures, 2004).
Composta parte em casa, parte no trânsito, "Era Uma Vez" foi inspirada nas conversas casuais que Kell Smith tinha com os amigos. "Perguntei aos meus amigos do que eles sentiam falta. E todos falaram sobre a infância. Depois, quando mostrei a música à minha banda, todos ficaram emocionados. Foi bem especial.", disse a cantora. Assim que terminou a música, Kell mostrou ao produtor Rick Bonadio que acreditou que a obra seria uma preciosidade e deu os ajustes finais a ela. "Era Uma Vez" faz parte do primeiro álbum da cantora, "Girassol" , lançado pela Midas Music, gravadora criada pelo Rick sob a distribuição da Sony Music.  

Keylla Cristina dos Santos Batista nasceu no dia 7 de abril de 1993 em São Paulo. Filha de pastores missionários de uma igreja batista, Kell como é apelidada pela mãe e posteriormente pelos colegas de escola só ouvia e cantava música gospel até que seu pai havia encontrado uma vitrola no lixão, deixou-a novinha em folha e deu para a filha então aos 12 anos. O LP "Falso Brilhante" (Phonogram/Universal Music, 1976) da cantora Elis Regina (1945-1982) acompanhava o presentinho e a garotinha se encantou com o álbum. Kell começou a cantar em bares de Presidente Prudente por um ano até assinar com a gravadora Midas Music. 

Era Uma Vez
Escrita e interpretada por Keylla Cristina Dos Santos Batista (Kell Smith)
(P) 2017 Midas Music / Sony Music Entertainment Brasil

Produzido por: Rick Bonadio, Fernando Prado e Renato Patriarca 
Direção Artística: Rick Bonadio

Engenheiro de Gravação: Renato Patriarca, Peter Filgueiras, Lucas Medina
Assistente de Gravação: Lucas Medina, Peter Filgueiras 
Engenheiro de Mixagem: Rick Bonadio
Assistente de Mixagem: Andherson Miguez
Pós produção de áudio: Peter Filgueiras
Masterizado no Midas Studios por: Renato Patriarca 
Músicos Participantes: Rick Bonadio, Fernando Prado, Big Rabello, Fábio Menez, Bruno Alves


Era uma vez
O dia em que todo dia era bom
Delicioso gosto e o bom gosto das nuvens serem feitas de algodão
Dava pra ser herói no mesmo dia em que escolhia ser vilão
E acabava tudo em lanche
Um banho quente e talvez um arranhão

Dava pra ver, a ingenuidade, a inocência cantando no tom
Milhões de mundos, e universos tão reais quanto a nossa imaginação
Bastava um colo, um carinho
E o remédio era beijo e proteção
Tudo voltava a ser novo no outro dia
Sem muita preocupação

É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido

É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido

Dá pra viver
Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou normal
É só não permitir que a maldade do mundo te pareça normal
Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real
E entender que ela mora no caminho e não no final

É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido

É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido

Era uma vez

domingo, 7 de outubro de 2018

Motivos para amar a novela "As Aventuras de Poliana" do SBT

 Post especial da semana da criança


Kessya (Duda Pimenta), Poliana (Sophia Valverde) e Luigi (Enzo Krieger)


                
No ar desde o dia 16 de maio no SBT, "As Aventuras de Poliana" vem atraindo o público infanto-juvenil (e adulto também, por que não?) e conquistando o segundo lugar no ibope, desbancando as telenovelas bíblicas da TV Record ("Apocalipse" estava em suas últimas semanas quando "As Aventuras de Poliana" estreou). Eu adoro essa novela, é uma das coisas mais saudáveis de se ver pela TV. Mas você deve dizer: "esta novela é pra criança!" Muito prazer, eu sou criança! Risos. Aqui eu listo o que me atrai à essa obra de Íris Abravanel além de ser inspirado no livro "Pollyanna" (1913) de Eleanor Hodgman Porter (1868-1920):

AS PERSONAGENS:



Poliana (Sophia Valverde): a menina alegre e com o coração sem tamanho é filha de um casal de atores de uma trupe de teatro itinerante. Com a morte deles, a pequena nordestina se muda para São Paulo e é adotada pela rígida Luísa (Milena Toscano/Thais Melchior), sua tia materna. Mesmo contra a vontade da tia, Poliana consegue uma vaga na escola Ruth Goulart, a mesma onde sua mãe estudou artes para ser atriz. Lá a menina faz amizades, mas também se depara com certos ventos contrários, como se não bastasse a frieza de sua tia em casa. Na casa de Luísa, Poliana encontra o alívio para a solidão através dos empregados Nanci (Rafaela Ferreira) e Antônio (Jitman Vibranovski). Porém foi através de seus pais que ela aprendeu a jogar o tal "jogo do contente" que consiste em conseguir ver o lado bom de tudo, especialmente nas situações mais desagradáveis. Na vida real, contudo, esse tal jogo não é nada recomendado em algumas situações, viu?


Luísa (Thaís Melchior/Milena Toscano): Tia materna de Poliana, Luísa é introvertida, amargurada, séria e fria. Frustrada pelo passado, Luísa deixa bem claro que não gosta de criança, mas cria sua sobrinha por obrigação. Ou melhor, tudo ela faz por obrigação e não por prazer. Ela cuida dos bens e investimentos da família, embora ela esteja brigada com o irmão mais velho Durval (Marat Descartes), dono da padaria Ora Pães Pães, e passa o dia todo trancada em casa trabalhando para esquecer. Porém sua rigidez se multiplica quando sente que todas as lembranças vêm à tona através do entrosamento de Poliana com pessoas ligadas à família, mesmo que a garota não saiba que algumas dessas pessoas são seus parentes que Luísa deseja apagar da memória. A personagem é inspirada na Tia Polly do livro "Pollyanna". Nos bastidores, a atriz Milena Toscano que faz o papel de Luísa descobriu em março desse ano que estava grávida e, ao ter sua licença-maternidade, foi substituída pela atriz Thaís Melchior que permanecerá até o fim da novela. 
Sem falar que, além de eu ter um certo problema de ingenuidade mais ou menos como da Poliana, eu tenho um pouco de Luísa: sou fechadona, isolada, guardo ressentimentos por certas pessoas que me decepciona(ra)m e tento me afastar delas. Sai de baixo! Como diria o Eduardo Costa: ♫"pronto, faleeei!" Risos.



João Barros (Igor Jansen): amigo de Poliana, o garoto cearense é filho de mãe submissa e pai autoritário que obriga o garoto a largar os estudos para trabalhar com ele na roça. Não aceitando as ordens do pai, João se imigra para São Paulo e mora às escondidas no porão da escola Ruth Goulart onde ele flagra as maldades de certos alunos. Ele tem o dom de aprender rápido e talento para a música. O personagem de Igor Jansen é baseado no Jimmy Bean do livro "Pollyanna", sendo que o nome de seu cachorro de estimação, o Feijão, vem curiosamente do sobrenome do personagem original ("bean", que em português significa feijão").



Luigi (Enzo Krieger): Nerd tímido, Luigi é cinéfilo de carteirinha, gosta de filmes de terror e sempre tenta produzir e dirigir os seus próprios. Na Escola Ruth Goulart é alvo de bullying dos colegas Éric (Lucas Burgatti) e Hugo (Henry Fiuka), mas é acolhido por Poliana e Kessya (Duda Pimenta). Os três, aos olhos dos maldosos Éric, Hugo e a mimada Filipa (Bela Fernandes) são tratados como os losers (perdedores). Bullying é o tema recorrente através do personagem-vítima.



Kessya (Duda Pimenta): ela é uma menina esforçada, inteligente e tem talento na dança. A garotinha consegue uma bolsa de estudos na Escola Ruth Goulart, mas não se acostuma com o novo ambiente devido às provocações dos colegas e à rigidez de Débora (Lisandra Cortez), professora de dança. Ao contrário da Poliana, quando o assunto é provocação da Filipa (Bela Fernandes), Kessya é realista e não leva desaforo pra casa, fazendo de tudo para proteger a sua própria pele e a dos amigos Luigi e Poliana. Tô contigo, Kessya, a nossa mini-guerreira!



Filipa (Bela Fernandes): Supermimada pelo pai, o arrogante Roger (Otávio Martins) que trabalha como CEO (diretor executivo) de uma empresa de videogames e se acha superior por ser o único a ter contato direto com o enigmático dono da empresa, e pela mãe, a socialite fútil Verônica (Mylla Christie) que não leva jeito para nada (tampouco para ser mãe. Eu falo, mesmo!), Filipa é aluna da Escola Ruth Goulart que se destaca mais por atuar, cantar e dançar melhor que todos do colégio. Ela acredita que é superior por ter milhões de seguidores em suas redes sociais nas quais ela posta aqueles tradicionais fotos e vídeos pra lá de desnecessários e por existirem colegas que querem andar com ela. Tanto a Filipa quanto o pai Roger são vilões que não admitem serem contrariados. Pra Filipa o céu é o limite: ela se sente ameaçada quando a Poliana entra na escola, acreditando que esta puxaria seu tapete. E com a ajuda de Éric, Hugo e a professora Débora, sua tia (Lisandra Cortez), ela planeja coisas piores em cima da pobre menina. Filipa tem um cérebro invertido pelos pais que não a educam e é tão terrível que seu nível de maldade faz com que a mexicana Maria Joaquina (da novela "Carrossel") fosse uma formiguinha ao seu lado. Merecia entrar para o hall de vilãs inesquecíveis de novelas genuinamente brasileiras, sendo que Filipa seria a única (até agora) a representar o público infantil e o SBT.


Yasmin (Bia Lanutti): Acostumada com a vida de luxo quando seus pais eram casados, Yasmin começa a desdenhar sua mãe Cláudia (Letícia Cannavale), seus irmãos mais novos Gael (Vinícius Siqueira) e Benício (Kauan Siqueira), a ausência do pai e sua nova vida mais humilde depois da separação. Para manter a aparência de boa vida, Yasmin faz amizade com a terrível Filipa. Ela passa a ser um capacho da aluna-estrela da Escola Ruth Goulart e mente que é de uma família bem-sucedida para não perder a amizade. Embora ela no fundo reprove as maldades da Filipa, Yasmin se vê obrigada a concordar e a participar dos planos da amiga. É uma personagem que merece ser vista com compaixão, por se permitir ser feita de marionete, inclusive para seguir os padrões do sistema alienante para ser uma pessoa valorizada.

                      

Lorena (Pietra Quintela): essa fofura de menina é uma personagem destemida que não gosta de ser descartada quando seu amigo Mário (Theo Medon) monta um clube só para meninos com seus novos vizinhos. Filha de Durval (Marat Descartes), irmã caçula de Raquel (Isabella Moreira) e prima de Poliana, Lorena é vítima de machismo dos garotos, faz de tudo para entrar no clube e participa das investigações do misterioso vizinho da mansão 242, o Senhor Pendleton (Dalton Vigh).


AS ESTRELAS:

                
Larissa Manoela: A princípio, a estrela-mirim do SBT seria escalada para protagonizar a novela, mas a direção remanejou-a para o outro papel, a imatura Mirela, já que a personagem-título tem apenas onze anos e Larissa chegará à maioridade no dia 28 de dezembro desse ano. Mirela é estudante da Escola Ruth Goulart. Tem talento na música e uma grande amizade com a Raquel (Isabella Moreira), mas essa amizade está com os dias contados, já que as duas são apaixonadas pelo mesmo rapaz, Guilherme (Lawrran Couto), irmão mais velho de Filipa, filho menos valorizado de Roger e Verônica que, além de sua avó paterna Glória (Clarisse Abujamra) e de seu tio Marcelo (Murilo Cezar), é o cordeiro da família de lobos. Mirela é do tipo de faz de tudo para ser popular na escola e ser famosa como o seu ídolo, o youtuber Luca Tuber (João Guilherme), este que estuda na mesma escola que a fã e de vez em quando vive procurando sarna pra se coçar a cada vídeo que posta na internet.



A volta de Myrian Rios: depois de 16 anos exercendo como missionária da Comunidade Canção Nova, deputada estadual do Rio de Janeiro e locutora da rádio católica carioca Catedral FM, Myrian Rios retorna à TV nesta novela no papel de Ruth Goulart, diretora da escola e neta de sua fundadora. É uma mulher rígida que vive só de trabalho, mas no fundo é sensível. Não tem marido, nem filhos e sofre escondida por um motivo misterioso.




Para encerrar o post: A música "Jogo do Contente" da autoria de Daniel Lopes e da escritora Thalita Rebouças cantada pela Sophia Valverde, a Poliana! O videoclipe foi exibido pela primeira vez em um dos capítulos da novela em agosto.



Veja também a minha postagem sobre os livros "Pollyanna" e "Pollyanna Moça"

https://jotadejeane.blogspot.com/2018/05/livros-pollyanna-e-pollyanna-moca.html

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Programa Sr. Brasil (TV Cultura) com Padre Fábio de Melo e José Milton


Padre Fábio de Melo e José Milton


Neste domingo, 30 de setembro, foi ao ar pela TV Cultura o episódio do programa musical Sr. Brasil apresentado por Rolando Boldrin. O produtor cearense José Milton marcou presença retomando seu trabalho como cantor ao lançar o CD "Retrato Cantado" (Biscoito Fino) no qual ele canta com artistas que têm discos produzidos por ele, como Ângela Maria (1929-2018) que faleceu neste domingo, 30 de setembro, Nana Caymmi e Raimundo Fagner. No mesmo programa, José Milton chama Padre Fábio de Melo para interpretar com ele a canção "Tocando em Frente" (de Almir Sater e Renato Teixeira, 1990) gravada primeiramente por Maria Bethânia. O sacerdote aproveita para divulgar o livro "Crer ou Não Crer" (Editora Planeta do Brasil, 2017) escrito por ele e pelo historiador Leandro Karnal e com a colaboração de Mário Sérgio Cortella e canta os clássicos da música sertaneja, como "Poeira" (de Luiz Bonan e Serafim Colombo Gomes, 1968) e "Vide Vida Marvada" (de Rolando Boldrin, 1981), esta que primeiramente foi o tema de abertura do antigo programa Som Brasil da Rede Globo apresentado por Boldrin e hoje é usada para abrir o Sr. Brasil na TV Cultura. As músicas citadas foram gravadas pelo padre para o seu álbum ao vivo, "No Meu Interior Tem Deus" (Sony Music, 2012).
Clique no link seguinte para ver o programa Sr. Brasil na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=C0AvCVtmqCI

Padre Fábio de Melo, José Milton e o apresentador Rolando Boldrin.

Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil