"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Os 30 anos do LP "Xou da Xuxa 3"

Post Especial do Dia das Crianças - 02



O álbum de maior vendagem da carreira da apresentadora comemorou três décadas em 2018!


Tá na hora, tá na hora. Tá na hora de recordar. O "Xou da Xuxa 3" (Som Livre, 1988), o quarto álbum de estúdio da apresentadora Xuxa completou 30 anos no dia 11 de julho. É o disco de maior sucesso na carreira da Rainha dos Baixinhos, vendendo cerca de 3 milhões e 216 mil cópias. "Xou da Xuxa 3" é o disco mais vendido por uma artista feminina e foi o primeiro mais vendido da história da indústria fonográfica do Brasil, sendo desbancado dez anos depois por "Músicas Para Louvar Ao Senhor" (PolyGram/Universal Music, 1998) do Padre Marcelo Rossi (clique aqui para ver a minha postagem sobre este álbum do sacerdote) e entrou para o Guiness Book como o álbum infantil mais vendido do mundo.
Para comemorar os 2 anos de Xou da Xuxa no ar, no dia 30 de junho de 1988 a apresentadora havia feito um programa especial ao vivo do lançamento do disco "Xou da Xuxa 3". O álbum foi produzido por Ivanilton de Souza Lima, o Michael Sullivan, e Paulo Massadas, a dupla de sucessos de ouro da música brasileira daqueles anos 1980. Na coordenação artística da Som Livre estava o Max Pierre, ex-baterista da banda de rock juvenil à jovem guarda Os Canibais na década de 1960 e, desde 1992, é diretor artístico da PolyGram/Universal Music. É o segundo álbum da Xuxa produzido por Sullivan/Massadas depois do anterior, "Xegundo Xou da Xuxa" (Som Livre, 1987).
"Xou da Xuxa 3" foi o primeiro álbum a ter Paquitas no coro. E por falar em coro, curiosidades: quem participava nele no projeto foram a Cybele (1940-2014) do Quarteto em Cy e os Golden Boys Roberto Correa (1940-2016), Ronaldo Correa e Renato Correa. No coro infantil estavam do grupo Os Abelhudos Rodrigo Saldanha, Diego Saldanha (ambos os filhos de Renato Correa dos Golden Boys) e Renata Benévolo, a ex-integrante do grupo infantil Tatiana Ferreira e sua irmã, Gabriela Ferreira, atendida na época apenas como Gabriela, famosa por ter sido apadrinhada pelo Rei Roberto Carlos e por cantar algumas versões em português da italiana Rita Pavone como "Não é Fácil" ("Non È Facile Avere 18 Anni" , de Andrea Bernabini e adaptação de Jorginho Ferreira e Cerna Ferreira, 1988) e "Pego um martelo" ("If I Had a Hammer", de Lee Hays e Peter Seeger e adaptação de Jorginho Ferreira, 1988). Foi também o primeiro álbum da Xuxa a ser lançado em CD, na época o artigo de luxo para pouquíssimos que ainda se chamava "disco laser". Neste formato, algumas músicas são um pouco maiores do que como saíram no vinil. Não foi à toa que pra mim a conclusão repentina com o efeito fade out em "Beijinhos Estalados" e "Coração Criança" no LP causou uma certa estranheza. É que ambas as faixas na verdade têm um final ampliado no CD. Ok, vou explicar: fade out é quando uma música termina com redução de volume, enquanto o fade in é aplicado no começo da música, aumentando o volume, exatamente como na faixa "Ilariê". Um LP, como a gente sabe, tem um tempo limitado de 48 minutos, 24 em cada lado. No CD, o "Xou da Xuxa 3" tem a duração de 53 minutos e 25 segundos. Em tempos de internet, nós temos o privilégio de ouvir a versão estendida do álbum pelo Spotify.

Paulo Massadas (à esquerda) e Michael Sullivan: produção sem deslizes.


Para o "Xou da Xuxa 3", foi feita uma pré-seleção de 200 composições feita por Michael Sullivan e Paulo Massadas para que elas fossem ouvidas por Xuxa e Marlene Mattos (empresária da apresentadora na época) sem que elas soubessem quem eram os compositores para não haver qualquer tipo de favoritismo. Dessas 200 canções, 16 foram escolhidas para que a Xuxa colocasse a voz.
A apresentadora gravou o álbum em cerca de 30 dias e estava tão dedicada que chegou a ir aos estúdios durante a madrugada e até os finais de semana.
Concluída as gravações, a produção da Som Livre foi às escolas públicas do Rio de Janeiro e executou todo material para alguns alunos que davam notas de 0 a 10. Além de tocar as músicas durante os intervalos das gravações do programa Xou da Xuxa, dependendo da reação das crianças, a música era incluída.
Na época, a assessoria de Xuxa chegou a afirmar que a música favorita da apresentadora não entrou no álbum, mas até hoje não se sabe qual seria a composição em questão. Para o disco, a cantora Rita Lee compôs a balada "Bela BB", um tributo à atriz francesa Brigitte Bardot. Até onde se sabe, a música não chegou a ser gravada. Porém, inúmeras divulgações e trabalho árduo surtiram um ótimo efeito. Em memória deste titânico sucesso infantil, em julho deste ano, o site Na Telinha do portal UOL fez uma entrevista com Max Pierre na qual ele revela curiosidades bem interessantes sobre o disco, inclusive que o "Ilariê" teria outro nome. Clique no link seguinte para ler: https://natelinha.uol.com.br/noticias/2018/02/02/fenomeno-xou-da-xuxa-3-completa-30-anos-e-produtor-revela-ilarie-teria-outro-nome-114059.php

Mais adiante, a história do álbum faixa por faixa:

Max Pierre, ex-diretor artístico da Som Livre e atual da Universal Music


Xuxa multiplicada por quatro: a contracapa divertida com fotos de André Wanderley e ilustração moderníssima de Reinaldo Waisman


"Xou da Xuxa 3"
Xuxa
(P) 1988 Som Livre
Fontes de créditos: Site Encartes Pop / Wikipédia / fotos no Mercado Livre
Fonte das histórias faixa por faixa: "Vinilteca" e "XuperBlog" (ambos canais do YouTube)

Ouça o álbum com as versões estendidas de algumas faixas pelo Spotify clicando no link seguinte (para a versão gratuita, recomendado pelo computador ou notebook)
https://open.spotify.com/album/5uOLhdSFiFhlPfY0eQV1rA

Produzido por: Michael Sullivan e Paulo Massdas
Coordenação artística: Max Pierre

Faixa "Arco-Íris": fonograma cedida pela DreamVision

Arranjos:
Grupo Roupa Nova ("Ilariê")
Pedro Fernandes "Piriquito" ("Bombom")
Tutuca Borba ("O Praga É Uma Praga")
Os Melhores ("Xuxerife", "Brincar de Índio", "Dança da Xuxa", "Eu Não", "Abecedário da Xuxa", "Arco-Íris", "Apolo" e "Viver")
Lincoln Olivetti ("Beijinhos Estalados" e "Coração Criança")

Engenheiro de gravação e mixagem: Jorge "Gordo" Guimarães
Engenheiros adicionais (Som Livre): Luiz Paulo, Edu, D'Orey,Mario Jorge e Beto Vaz (estúdio Mix) Andy Mills, João Damasceno e Paulo Henrique
Assistentes de estúdio (Som Livre): Sergio Rocha,Ivan Carvalho, Marcelo,Serodio, Marquinhos,Cezar Barbosa,Billy, Octavio "Chambinho", Alexandre Ribas, Julio Martins, Julio Carneiro, Claudio Oliveira, Marcos André,
Assistentes de estúdio (Estúdio Mix): Loba e Marcio Barros
Arregimentação: Jorge Correa
Edição - Ieddo Gouvea
Gravado nos estúdios SIGLA, Mix e Lincoln Olivetti
Coro:
Luna Messina, Regina Corrêa, Cristina Corrêa, Ana Lúcia, Cybele (Quarteto em Cy), Claudia Olivetti, Marisa, Nina, Márcio Lott, Ronaldo Barcellos, Chico Pupo, Golden Boys (Ronaldo Corrêa, Roberto Corrêa e Renato Corrêa) e As Paquitas (Ana Paula Guimarães, Anna Paula Almeida, Priscila Couto, Tatiana Maranhão, Roberta Cipriani, Andréia Faria, Louise Wischermann)
Coro Infantil:
Gabriela Ferreira, Tatiana Ferreira, Nana Vaz, Maya Reyes, Renata Macahdo, Ingrid, Andréia Santos, Roberta Corrêa, Pedro Corrêa, Leo Corrêa, Márcio Corrêa, Leonardo, Paulinho, André Carvalho, Julio Cesar, Tiago, Fábio de Moraes e Os Abelhudos (Rodrigo Saldanha, Diego Saldanha e Renata Benévolo).

Capa:
Criação e ilustrações: Reinaldo Waisman
Arte: Duncan
Fotos: André Wanderley
Cabelo: Fátima Lisboa e Márcia L. Elias
Figurino: Sandra Bandeira e Marta Delgado


1. Ilariê
Escrita por Ceinha, Cid Guerreiro e Dito
Duração: 5:41
A música "Ilariê", o carro-chefe do álbum ficou em 1º lugar por 20 semanas nas paradas brasileiras, sendo a música mais executada nas rádios juntamente ao "Faz Parte do Meu Show" (de Cazuza e Renato Ladeira, 1988) de Cazuza. O termo "ilariê", segundo o cantor Cid Guerreiro, um dos compositores da música vem da palavra "hilário", pois como ele mesmo dizia, Xuxa é "uma pessoa hilária e divertida". Outra versão da origem do título da canção surgiu em julho deste ano através da entrevista do site Na Telinha do portal UOL com Max Pierre, diretor musical da Som Livre na época: a princípio a música se chamaria "ILAIÊ", mas, por sugestão de Michael Sullivan, foi trocado por "ILARIÊ". Poucas vezes a Xuxa se apresentou com uma versão bem diferenciada: uma gravação demo feita pelo próprio Cid na qual ela cantava "Ilariê" em Lá (eu não conseguiria cantar esta música nesse tom) e para a versão oficialíssima, o tom foi diminuído para Fá sustenido. Feita a pedido de Marlene Mattos, Cid Guerreiro compôs "Ilariê" de uma forma similar às músicas interpretadas por ele que faziam bastante sucesso nas rádios naquela época. Destaque também para o outro autor, Dito, nome artístico de Epedito Machado de Carvalho, que, durante a década de 1970, foi parceiro musical com Tom, Antônio Carlos dos Santos Pereira, formando a famosa dupla baiana Tom e Dito. Com Tom, Dito compôs, dentre vários grandes sucessos, "A Grande Família" que serviu de tema de abertura da série homônima da Rede Globo que foi ao ar originalmente entre 1972 e 1975 e a música foi regravada por Dudu Nobre para a nova versão da série semanal produzida em 2001. Dito também foi co-autor de alguns sucessos gravados pelo grupo É o Tchan, como "Dança da Cordinha" (com Renato Fechine e Jorge Zárath, 1996), "Ralando o Tchan (A Dança do Ventre)" (com Beto Jamaica, Wesley Rangel e Paulinho Levi, 1997), "É o Tchan no Havaí" (com Cau Adan e Ewerton Matos, 1998) e "A Nova Loira do Tchan" (com Cau Adan, Renato Fechine e Jorge Zárath, 1998). O arranjo e a base instrumental da canção foi de nada menos que o grupo Roupa Nova.

2. Bombom
Escrita por Michael Sullivan e Paulo Massadas
Duração: 4:23
Influenciado no Iê-Iê-Iê e na Jovem Guarda dos anos 1960, no final da música, Xuxa faz uma referência à canção "O Calhambeque" ("Road Hog", música original de John D. Loudermilk e Gwen Loudermilk e versão de Erasmo Carlos, 1964) de Roberto Carlos. A fala não foi planejada, mas na hora da gravação foi feita de improviso para o encerramento da faixa.

3. O Praga É Uma Praga
Escrita por Michel Bijou e Reinaldo Waisman
Duração: 3:40
Praga foi o único personagem da turma da Xuxa a ter sua própria música-tema feita por Michel Bijou e Reinaldo Waisman, criador e intérprete do personagem Moderninho, também da turma, além de ter sido o responsável pelas ilustrações da capa, contracapa e encarte do disco. O refrão foi inspirado nas brincadeiras que a Xuxa fazia com o personagem que nunca "saía de sua aba". O arranjo e teclado são de Tutuca Borba, o músico de Roberto Carlos.

4. Xuxerife
Escrita por Alexandre Agra, Fred Nascimento, Guilherme Jr. e Reinaldo Waisman
Duração: 2:55
A música foi baseada no quadro "Reclamações ao Xuxerife" no qual as crianças soltavam o verbo. Este quadro existia desde que a Xuxa apresentava o "Clube da Criança" na extinta TV Manchete. Xuxerife era um personagem enigmático, ou seja, nunca aparecia. Na música o produtor Paulo Massadas fazia a voz cômica do personagem cantarolando e quem tocava violão e guitarra foi Marcelo Sussekind, um dos fundadores da banda de rock oitentista Herva Doce.

5. Beijinhos Estalados
Escrita por Claudia Olivetti e Lincoln Olivetti
Duração: 4:36 (LP) / 5:03 (CD e Spotify)
Esta música que eu amo foi o começo da parceria de Xuxa com o renomado músico Lincoln Olivetti (1954-2015). "Beijinhos Estalados" foi escrita por ele (que também foi o responsável pelo arranjo) e pela sua esposa Cláudia Olivetti que participava da canção no coro.

6. Coração Criança
Escrita por Michael Sullivan e Paulo Massadas
Duração: 3:45 (LP) / 4:07 (CD e Spotify)
Para encerrar o lado A, uma canção cujos arranjo e melodia meigos às vezes fazem a gente chorar. A princípio, "Coração Criança" foi feita para o Trem da Alegria, grupo onipresente no Xou da Xuxa. Trem da Alegria chegou a gravá-la, mas o registro foi descartado de sua discografia. A apresentadora ficou tão encantada com a canção que, no fim, seus compositores fiéis e produtores cederam e ofereceram a ela, já que, para eles, a composição seria recomendada a uma "criança grande". A música reuniu os parceiros Robson Jorge (1954-1992) e Lincoln Olivetti (1954-2015). O primeiro tocava a guitarra na gravação e o outro fez o arranjo, além de tocar teclado.

Foto de 2014: Quatro anos depois do fim do contrato com a Som Livre, Xuxa havia comparecido na inauguração da Sala da Fama João Araújo (1935-2013) nos estúdios da gravadora fundada pelo homenageado em 1969. Diante dos discos de platina pela venda de "Xou da Xuxa 3", a apresentadora posou com a viúva de João Araújo e mãe de Cazuza (1958-1990), Lucinha Araújo. O prêmio foi oferecido à Xuxa pelo próprio João durante o programa Xou da Xuxa em 1988.


7. Brincar De Índio
Escrita por Michael Sullivan  e Paulo Massadas
Duração: 4:20
O lado A encerrou com uma faixa de Sullivan & Massadas e o lado B começa com outra faixa da dupla de hitmakers da música brasileira durante os anos 1980. Paulo Massadas revelou que na sua infância era comum os espectadores torcerem para que o mocinho matasse o índio visto como vilão em filmes de faroeste, daí veio o verso "mas sem mocinho pra me pegar". O objetivo de "Brincar de Índio" é ensinar a ter mais respeito ao povo indígena, contrariando o grave erro das gerações anteriores de que o índio era sempre um ser malvado. A música também faz uma citação à antiga marchinha de carnaval, "Índio Quer Apito" (de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, 1961) que, aqui passa de tom humorístico para sério: "índio quer apito, mas também sabe gritar".
Ao receber a música, Xuxa ficou receosa sobre o alcance da faixa ao público infantil, porém, ao ver a empolgação das Paquitas no estúdio, a Rainha dos Baixinhos achou que "Brincar de Índio" deveria ser incluída no álbum. Coincidentemente, a Constituição Federal do mesmo 1988 passou a proteger os direitos dos índios.

8. Dança Da Xuxa
Escrita por Prêntice e Ronaldo Monteiro De Souza
Duração: 3:20
Primeira música de trabalho do álbum, no começo ela se intitularia como "Xuxuxu Xaxaxa". Uma canção perfeita para uma das baguncinhas sadias que era dançar ao seu som em festas de aniversário infantil.

9. Eu Não
Escrita por Dani e Luiz Otávio
Duração: 2:27 (LP) / 2:38 (CD e Spotify)
Outra música do disco que eu curtia muito por causa do refrão chiclete. Nela, Xuxa meio que intimida a criançada  interrogando-a se faz algumas malcriações às vezes impensáveis e hediondas, como deixar o skate na beira da escada.

10. Abecedário Da Xuxa
Escrita por César Costa Filho e Ronaldo Monteiro De Souza
Duração: 3:22 (LP) / 3:38 (CD e Spotify)
"A de amor, B de baixinho, C de coração..." um clássico! A canção foi classificada como destinada ao público infantil que não fala ou escuta. Nas primeiras apresentações somente as letras eram mostradas em libras e a partir daí, Xuxa passou a se apresentar em língua de sinais.

11. Arco-Íris
Letra de Ana Penido
Música de Michael Sullivan e Paulo Massadas
(P) 1987 DreamVision
Duração: 4:36

"Arco-Íris" foi gravada em 1987 exclusivamente para o primeiro filme solo da apresentadora, "Super Xuxa Contra o Baixo Astral" (DreamVision/Xuxa Produções/ Columbia-TriStar Pictures, 1988) que entraria em cartaz nos cinemas no ano seguinte (curiosidade: Jordana Brewster, da franquia "Velozes e Furiosos", filha de mãe brasileira e pai norte-americano, também participou do filme. Na época ela tinha 8 anos de idade). A cineasta Ana Penido, fez alguns poemas e entregou um deles a Michael Sullivan e Paulo Massadas para musicá-lo, o "Arco-Íris". Xuxa gostou tanto da composição que quis incluí-la no "Xou da Xuxa 3". Ainda bem, porque nós também amamos.

12. Apolo
Escrita por Michael Sullivan e Paulo Massadas
Duração: 3:25 (LP) / 4:07 (CD e Spotify)
A faixa mais obscura do disco tem uma pegada rock 'n' roll oitentista e, graças ao seu arranjo, combinaria bem com o filme "Super Xuxa Contra o Baixo Astral" (mas não foi incluída, é claro). O Apolo na verdade era o cavalo branco da Xuxa (sim, ele existia!) e posteriormente virou personagem das revistas em quadrinhos da Xuxa.

13. Viver
Escrita por Neon Morais e Neuma Morais
Duração: 4:16 (LP) / 4:51 (CD e Spotify)
A cantora Neuma Morais e seu pai Neon Morais, os mesmos compositores de "Coração Sertanejo" (1996) gravada por Chitãozinho e Xororó, fizeram esta que seria a primeira música ecológica gravada por Xuxa em cinco minutos. "Viver" foi a única música do disco a ter um videoclipe exibido no Xou da Xuxa especial do dia das crianças daquele ano.


Fontes:
Vinilteca (https://www.youtube.com/watch?v=Gmp7XP19kq0)
Xuper Blog (https://youtu.be/6SZnWmVnaHg)



SUPERANDO A FRUSTRAÇÃO: Minha apreciação por discos vem de berço. Ir a uma loja de LP's era uma baita felicidade para uma certa criancinha. Lembro como se fosse ontem que meu pai me levou para comprar o LP do "Xou da Xuxa 3" na saudosa Discolândia do Beto que ficava na Rua Tijucas aqui em Itajaí. A minha decepção foi que faltava o encarte no disco e eu sabia que havia através das filhas de amigos da família que tinham esse LP. Certamente o lojista usou o poster para o expositor e não se deu conta. De ficha técnica só na etiqueta do LP (compositores de cada faixa) e a básica na contracapa ("Produzido por Michael Sullivan e Paulo Massadas / Coordenação Artística: Max Pierre").
Hoje em dia, com a internet, consegui o encarte no formato CD no site Encartes Pop (a parte técnica e o coro). Eu soube que havia citações aos instrumentistas participantes no verso do poster e consegui através das fotos legíveis no site de classificados Mercado Livre (clique aqui). E também consegui no blog Portal X (http://xou-xuxa.blogspot.com/2016/07/raio-x-xou-da-xuxa-3.html) o bendito poster florido e lindo de viver com o recado da Xuxa para milhões de fãs-mirins que dizia:
"Baixinho, obrigada pelo seu carinho e respeito. Você me transformou numa pessoa especial. Beijinhos estalados com gostinho de bombom, Xuxa". A frase final foi uma referência às faixas "Bombom" e "Beijinhos Estalados".

Veja também: minha postagem sobre o primeiro disco do "Xou da Xuxa" lançado em 1986.
http://jotadejeane.blogspot.com/2018/01/o-primeiro-xou-da-xuxa-som-livre-1986-o.html

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