"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

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domingo, 24 de novembro de 2019

Sinais de Autismo Em Adultos (canal Mamãe Tagarela)



Esses dias eu fui assistir ao vídeo "Sinais de Autismo em Adultos" do canal "Mamãe Tagarela" no YouTube (já tô inscrita) apresentado pelo casal Thais Cardoso e Rafael Manes e achei interessantíssimo. Amei de verdade. Ali, eles citaram 24 sinais a serem observados nas pessoas que, como eu, estão "com a pulga atrás da orelha", ou seja, acham que estão dentro do espectro autista por se sentirem um peixe fora d'água, serem tachados de esquisitões ou coisas assim.
Em um domingo feio de chuva aqui em Itajaí (SC) peguei o meu caderno, "copiei" os detalhes ditos pelo casal dos 24 sinais de autismo em adultos do vídeo _da mesma forma que se faz um teste de uma revista_ e pra mim deu uns 15 sinais ou pouco mais com os quais eu me identifico. Vale lembrar que para caracterizar o autismo não bastam apenas um, dois ou três sinais. Segundo o casal, talvez oito deles, no mínimo.

Como eu comecei a me interessar pelo autismo:

Eu tinha dito aqui no meu blog em uma postagem sobre o livro "Os Números do Amor" ("The Kiss Quotient", Paralela, 2018) da escritora Helen Hoang (diagnosticada com síndrome de Asperger aos 34 anos) (clique aqui): foi quando minha mãe havia percebido ao ver uma reportagem ou matéria na TV sobre o autismo e me disse que eu tinha várias características de um autista. E eu fiquei como quem diz: "como assim?", sem entender mesmo, porque eu acreditava até então que era um transtorno que só existia de nível severo. Engano meu.
Faz um ano que eu dei o início ao meu interesse pra esclarecer isso. Dei umas pesquisadas no Google, comprei alguns livros que tinham autismo como tema-foco, revistas nas bancas, assisti a vários filmes e documentários, vídeos de psicólogos, médicos e vlogueiros diagnosticados com autismo no YouTube... foi como se eu estivesse montando um quebra-cabeças e aí pensei:"a-ha! Eu acho que deu pra entender". Isso me faz lembrar o caso do cineasta americano Tim Burton que só foi diagnosticado aos 57 anos, no auge da fama e sucesso, depois que a sua então esposa, a atriz Helena Bonham-Carter, assistia com ele a um documentário sobre o autismo com o objetivo de estudar sobre a personagem que a Bonham-Carter iria fazer no cinema e ela tinha certeza de que algumas características de autistas vistas no documentário se coincidem com a personalidade do então marido.
Eu entendi mais ainda ao ver esse vídeo da Mamãe Tagarela e o do Leonard Akira (também do YouTube) no qual ele recomendou o site Aspie Quiz (http://www.rdos.net/br/) para fazer um teste se a pessoa é neurotípica ("normal") ou neurodiversa (dentro do TEA - transtorno do espectro autista), isso antes de um eventual diagnóstico. O meu resultado desse teste foi 145 de 200 no índice de neurodiversidade, ou seja, eu sou "muito provavelmente neurodiverso" (síndrome de Asperger). Eu não tenho diagnóstico porque ainda não procurei um profissional, por enquanto comigo é só especulação.
A única pessoa que pode confirmar se a gente é autista é um psiquiatra, psicólogo ou neurologista bem dedicado. Eu digo "bem dedicado", porque infelizmente nem todo profissional está atualizado ou tem conhecimento o suficiente sobre autismo. Ou seja, se alguém que percebe que tem um número significante de sinais de autismo for consultar com um profissional sem saber que este tem informação rasa sobre TEA, ele lhe dirá "você não tem nada, só é tímido" ou "só é grosseiro", "só é antissocial", "só tem TOC", etc. Como diria o Joel Santana "tá de brincation comigo?". Qualquer paciente se revolta com o resultado e ficará em dúvida do tipo "se o profissional diz que não é autismo, o que seria esse conjunto de características psicológicas que eu tenho a vida inteira?". Uma recomendação que até os autistas diagnosticados que passaram por essa também daria: procure outro  psiquiatra, psicólogo ou neurologista .
Segue o vídeo!






2 comentários:

  1. Matéria interessante Jê.

    Você deveria procurar um profissional para que você confirmasse ou não, as suas suspeitas.

    A sociedade ainda é muito ignorante/crua quanto ao autismo, pois como você disse, existem vários níveis e subníveis.

    Beijos

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