Nesta segunda-feira (21 de dezembro de 2020), Adriana Arydes lançou o seu videoclipe da canção "É Natal" de sua autoria. Um lindo vídeo natalino que tem até a participação especial do pequeno Davi, filho da Adriana.
"É Natal" Letra: Adriana Arydes
Produção Musical: Adelso Freire Direção: Alessandro Foggiatto Edição: Rafael Silva Co-produção: Rede Evangelizar de Televisão
Um filme da Netflix para toda a família neste Natal!
"48 Desejos de Natal" ("48 Christmas Wishes", Christmas Mail Productions Inc., 2017) também chamado no Brasil de "O Resgate dos Desejos de Natal" é um filme infantil de produção canadense. Embora muitos adultos torcem o nariz para este longa-metragem pela qualidade do roteiro, direção, incoerências (tipo "como assim as crianças têm aula na véspera de Natal?") e atuação do elenco infantil (e adulto, também), "48 Desejos de Natal" é um dos filmes natalícios mais saudáveis e divertidos disponíveis na Netflix (existente apenas na versão legendada para o português). Eu, na flor dos meus 38 anos, gostei de verdade e achei fofinho e emocionante. Risos.
Sinopse
Na oficina do Papai-Noel no Polo Norte, os pequenos elfos Mindy (Clara Kushnir) e Cam (Ethan Yang), os empregados mirins do bom velhinho, brincam à toa com um saco de 48 cartas de pedidos vindas de Minnedosa, uma pequena cidade do Canadá e, por acidente, um deles joga o saco na lareira acesa, fazendo com que as correspondências virassem cinzas. Agora, Mindy e Cam, mandados às escondidas do patrão pela colega Sammy (Maya Franzoi), vão à Minnedosa para recuperar os desejo perdidos, caso contrário os habitantes da cidade deixarão de acreditar na magia do Natal, além de a data comemorativa se extinguir no local. Dentre estes pedidos estão dois de uma família formada por Laura (Madeline Leon), uma mãe viúva, e seus filhos Emma (Elizabeth Ellsworth), uma adolescente revoltada e desgostosa do Natal desde a morte do pai que era um bom apreciador do feriado, e o caçula Blake (Liam MacDonald), que fortuitamente se encontra com Mindy e Cam, se torna amigo deles e os ajuda na missão.
Emma (Elizabeth Ellsworth), Laura (Madeline Leon) e Blake (Liam MacDonald).
Enfim. Apesar de tudo, um feliz Natal para todos! Cuide-se bem.
Em tempos em que lamentavelmente os CD's e DVD's se tornaram obsoletos graças à revolução dos streamings (vale lembrar que eu não estou criticando a tal revolução, pois eu também adoro o Spotify, embora não haja ficha técnica em cada projeto publicado nele), Padre Reginaldo Manzotti lançou no início de maio desse ano em ambos os formatos o álbum ao vivo "Tempo de Inovar" pela Universal Music, que está à venda nas lojas virtuais (talvez também nas lojas físicas, já que eu que não tenho condições de fazer compras online e não encontrei em nenhuma loja aqui em Itajaí e em Balneário Camboriú, o que não foi surpresa pra mim. Certamente porque não recebem mais os CD's e DVD's para a venda). O show foi gravado no dia 16 de outubro de 2019 na Live Curitiba, uma das casas de shows da capital do Paraná que contou com a presença de mais de cinco mil pessoas. Com a produção musical e arranjos de Ricardo Lopes e as participações especiais dos cantores sertanejos Naiara Azevedo e Gustavo Mioto e do dj Alok, o trabalho contem 16 faixas, sua maioria são regravações de músicas protestantes e católicas. O repertório é todo inspirado no sertanejo contemporâneo e suas influências (arrocha, country e bachata), além das batidas eletrônicas produzidas exclusivamente pelo dj Alok na faixa "Vou Para O Alvo" (André, Felipe e DJ PV, 2015) regravação do dj PV, produtor de música eletrônica cristã, com a participação da dupla sertaneja gospel André & Felipe. Outras faixas que valem destacar são "A Rocha É Jesus" (de Elias e Eliel, 2013) que tem uma levada de... arrocha (risos), "Hora de Amar" (de Felipe Colácio e Pastor Lucas, 2015) com a participação de Naiara Azevedo, "A Felicidade Mora Aqui" (de Eder Guedes, 2017) com Gustavo Mioto e "Dia de Sol"(de Everaldo Gretter e Garcia Mattos, 2007) gravado originalmente pela cantora evangélica Mara Lima. Para o formato DVD, foram incluídas duas faixas da autoria da cantora católica Celina Borges para encerrar o show, "Fica Senhor Comigo" (2003) e "Chagas Abertas" (2000). Uma ótima sugestão de presente de Natal!
Curiosidades:
Nos backing vocals, além da talentosíssima cantora Beth Lopes, está o catarinense Danilo Dyba, ex-candidato da primeira edição do The Voice Brasil em 2012. Ambos são voluntários da Associação Evangelizar É Preciso, criada pelo próprio Padre Reginaldo Manzotti.
Faltando dez dias para o Natal, vale relembrar uma canção natalina da Turma da Mônica, a turma mais encantadora e atemporal da criação do cartunista Maurício de Sousa.
"Feliz Natal Pra Todos", da autoria do produtor musical e compositor Márcio Roberto Araújo de Sousa (3 de novembro de 1946 - 18 de junho de 2011), irmão do Mauricio de Sousa, fazia parte do LP "O Natal da Turma da Mônica" lançado em 1979 pela RCA Victor, que atualmente faria parte do catálogo da Sony Music. A direção artística do álbum é de Osmar Zan, filho do compositor e acordeonista Mário Zan (9 de outubro de 1920 - 9 de novembro de 2006) e irmão de Mariângela Zan, cantora e apresentadora do programa "Aparecida Sertaneja" da TV Aparecida. Inclusive foi o próprio Osmar Zan que postou o vídeo-áudio da música no YouTube.
A canção natalina famosa pelo refrão de um único verso ("feliz Natal pra todos, feliz Natal...") foi divulgada pela primeira vez em 1977 através do especial televisivo de 5 minutos "O Natal da Turma da Mônica" exibido pela Rede Globo por anos até a década de 1980, sempre no mês de dezembro.
Feliz Natal pra todos apesar de tudo e cuide de si mesmo e dos outros.
"Feliz Natal Pra Todos" Escrita por Márcio Roberto Araújo de Sousa Editora Jaguaré Interpretada pela Turma da Mônica, nas vozes de: Maria Amélia Castilho de Toledo da Costa Manso Basile (Harmony Cats) (Mônica) Ivete Jayme (Cebolinha) Isaura Gomes (Cascão) Silvia Cordeiro Marinho (Magali) (P) 1979 Maurício de Sousa Produções Ltda./ RCA Victor, Radio Corporation Of America (hoje Sony Music Entertainment Brasil)
Gravado nos estúdios da RCA , São Paulo, em 1979 Direção artística Osmar Zan Coordenação Artística: Márcio A. de Sousa Coordenação de Montagem e seleção musical: V. Zandomenighi Arranjos e regências: José Paulo Soares Arregimentação: Grimaldi D. Gomes
Vídeo-áudio da música "Feliz Natal Pra Todos"
Vídeo do mini-especial "O Natal da Turma da Mônica" de 1977 - disponibilizado por Clips Da Turma (Oficial / YouTube)
Netflix lançou na semana passada "Selena - The Series", uma série biográfica de 9 capítulos sobre a cantora americana-mexicana Selena Quintanilla (1971-1995), que lutou com a banda formada pela sua família chamada Selena Y Los Dinos pelo sucesso que foi brutalmente interrompido pelo assassinato da estrela texana cometido pela presidente do seu fã-clube, a enfermeira Yolanda Saldívar (vivida por Natasha Perez) há 25 anos. Na série, Selena é interpretada pela atriz Christian Serratos (na foto), conhecida pelo papel de Angela Weber, colega de escola da Bella Swan (vivida por Kristen Stewart) na "Saga Crepúsculo". A segunda temporada sairá no outono de 2021. A família Quintanilla fazia parte de milhares de imigrantes latinos que vão para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor, como também foi através desses imigrantes que a cultura latina se instaurou na terra do Tio Sam. No estado de Texas que fica no Sul dos Estados Unidos e colado com o México, surgiu um estilo musical chamado "música tejana". Tejano é um termo que colide "Texas" com "Mexicano" que consiste em pessoas com ascendência mexicana e de parentes que tiveram espanhol como seu primeiro idioma. E Selena, nascida na cidade de Lake Jackson, no Texas, foi um artista cuja carreira atingiu proporções inimagináveis de sucesso para o estilo musical até os últimos dias de sua vida. A história da estrela texana já foi registrada nos cinemas com a estreia do filme "Selena" (Warner Bros.) em 1997 protagonizada pela quase estreante Jennifer Lopez.
Veja também a minha postagem sobre a cantora Selena feita em setembro de 2014
Letícia Spiller no papel de Babalu ilustra a capa do disco da trilha sonora internacional da novela "Quatro Por Quatro"
"I will love you, baby
Always..."
É começando com esse verso da canção "Always" (de Jon Bon Jovi, 1994) do grupo Bon Jovi que começo esta postagem, dizendo o quanto eu sempre amei esse CD no qual essa música foi incluída: "Quatro Por Quatro Internacional" (Som Livre, 1995), a trilha sonora da novela de Carlos Lombardi que esteve no ar na Rede Globo entre 24 de outubro de 1994 e 22 de julho de 1995. Além de ser um CD recheado de grandes sucessos e que marcou demais a minha adolescência, infelizmente eu o perdi na enchente de 2008, mas o achei na íntegra no YouTube, não faixa-a-faixa, mas todas as músicas em um vídeo só, o de 1 hora e 1 minuto, a duração original no formato CD. Na capa do disco, a atriz Letícia Spiller que fazia o papel da Babalu, o trabalho que alavancou de vez a carreira da ex-paquita da Xuxa. Além da Letícia, outras protagonistas da novela eram Elizabeth Savalla (Auxiliadora), Cristiana Oliveira (Tatiana) e Betty Lago (1955-2015) (Abigail), que interpretam quatro mulheres que planejam vingança contra seus homens que traíram sua confiança. O próprio Carlos Lombardi declarou que sua intenção era exatamente apresentar uma comédia leve e rasgada e citou como referências a telenovela "Guerra dos Sexos" (Rede Globo, 1983) e o filme "Ela É o Diabo" ("She-Devil", Orion Pictures e Metro-Goldwyn-Mayer, 1989), que tinham como temática a revanche das mulheres.
As protagonistas Letícia Spiller, Elizabeth Savalla, Cristiana Oliveira e Betty Lago (1955-2015) na cena em que suas personagens se conhecem na cadeia e fazem um pacto de vingança.
Eu acredito que foi a partir de 1993 que o compact disc, o famoso CD (ou disco laser como se chamava alguns anos antes) começou a se popularizar e deixar de ser o artigo exclusivo "da elite". E foi por isso que em uma sexta-feira ensolarada de maio de 1995 o papai comprou nosso primeiro aparelho de som 4 em 1 (LP, K7, CD e rádio AM/FM) da Sony vendido por um amigo que trabalhava com eletrodomésticos e, no mesmo dia, ele comprou os CD's do Skank, aquele "Calango" (Sony Music, 1994) e a trilha sonora internacional da novela "Quatro Por Quatro" assim que ele foi me buscar da escola. E eu, fissurada na música que só vendo, fiquei maravilhada com a qualidade sonora digital e bem mais limpa que o de LP e cassete e surpresa pelas faixas "serem todas em um lado só", ou seja, o único formato fonográfico da época em que não existiam os lados A e B. Risos. Como também pelo fato de as músicas em CD terem tempo de duração mais extenso que nos outros formatos (eu já tinha conhecido o "Quatro Por Quatro Internacional" em LP através de uma amiga e percebi que o fade-out em algumas faixas mais extensas para o disco de vinil foi aplicado minutos ou segundos antes do encerramento original conforme a capacidade do long-play). Aquilo foi a "era digital" dos anos 1990. Lançado em fevereiro de 1995, "Quatro Por Quatro Internacional" foi um dos discos mais vendidos daquela época (já estou chorando de saudades). Agora o negócio é dissecar faixa-a-faixa dessa trilha sonora fantástica:
Contracapa de "Quatro Por Quatro Internacional" em formato LP (foto: HipMusic)
Vídeo abaixo: comercial do LP "Quatro Por Quatro Internacional"
"Quatro Por Quatro - Internacional" (P) 1995 Som Livre
FICHA TÉCNICA DO DISCO:
Seleção de repertório: Sérgio Motta
Masterização: Sérgio Seabra
CAPA
Fotos: Nana Moraes
Atriz: Letícia Spiller
Figurino: Lessa de Lacerda
Cabelo/Maquiagem: Ricardo Moreno
Produção: Arlette Cianci
Coordenação Gráfica: Marciso (Pena) Carvalho
01- Always Escrita por John Francis Bongiovi Jr. Interpretada por Bon Jovi (P) 1994 Mercury Records / PolyGram International (hoje Universal Music Group)
O álbum começa com o power ballad do grupo liderado por Jon Bon Jovi que na novela virou tema do personagem Bruno, vivido por Humberto Martins. A princípio, "Always" seria o tema do filme "O Sangue de Romeo" ("Romeo Is Bleeding", Gramercy Pictures, 1993), porém a banda não gostou do filme. Jon guardou a canção na estante e se esqueceu dela até que um amigo a encontrou e convenceu o cantor a gravá-la para incluí-la no álbum de coletâneas da banda, "Cross Road" (Universal Music, 1994), o qual contém duas faixas inéditas que são "Someday I'll Be Saturday Night" (de Jon Bon Jovi) e, é claro, "Always". Ambos eram sucesso nas rádios na época.
02- Short Dick Man Escrita por Charlie Babie e Manfred "Manny" Mohr Interpretada por 20 Fingers feat. Gillette
(P) 1994 Zoo Entertainment/SOS Records/ Sony Music Entertainment Group
A música do gênero hip house foi produzida pelo projeto 20 Fingers com a participação da Gillette (nome artístico da cantora e rapper americana Sandra Gillette), porém, no disco "Quatro Por Quatro Internacional" foi creditada apenas com o nome da intérprete. A letra fala de forma jocosa sobre uma moça exigente que não aceita homens com órgão pequeno, educadamente falando. Com o sucesso da música no Brasil, Gillette a cantou no programa Xuxa Hits, um quadro musical juvenil dentro do programa infantil Xuxa Park (sem falar que eu assistia ao Xuxa Park só pra esperar pelo Xuxa Hits, mesmo), no qual as crianças da plateia que não entendiam nada de inglês dançavam e cantavam a música sem saber o que a letra dizia. Um episódio bem controverso e passado despercebido na época que, hoje em dia, graças à era do YouTube, causou um escândalo sem tamanho nos internautas. Enquanto a música tocava sem pudor em alguns países como Brasil (afinal, nem eu mesma era boa de listening comprehension, ou seja, compreensão auditiva em inglês), em outros, principal e obviamente nos países anglófonos, algumas estações de rádio se recusavam a tocar "Short Dick Man" pela sua letra ser bem constrangedora. Simultaneamente, havia sido lançada uma versão mais publicável da música, intitulado "Short Short Man" que também foi sucesso.
03- Kiss and Say Goodbye Escrita por Winfred Lovett Interpretada por N-Phase
(P) 1994 Maverick Records / Warner Music Group
A balada gravada originalmente em 1976 pelo grupo The Manhattans ganhou uma ótima roupagem contemporânea de funk melody na releitura de N-Phase, grupo vocal contratado pela Maverick, selo da gravadora Warner Music criado por ninguém menos que Madonna. A canção que fala de um rapaz sincerão que faz um discurso de rompimento amoroso à sua namorada mesmo ciente de que sentirá saudades dela foi tema do casal Ralado (vivido por Marcelo Faria) e Duda (personagem de Luana Piovani) na novela.
04- It’s a Rainy Day Escrita por Roberto "Robyx" Zanetti Interpretada por Ice MC feat. Alexia
(P) 1994 DWA, Dance World Attack (Itália) / Spotlight Records - Warner Music (Brasil)
No auge da eurodance, o rapper britânico Ice Mc com a participação não creditada da talentosíssima Alexia, nome artístico da cantora italiana Alessia Aquilani que também era a voz de outros projetos dance e seria sucesso na carreira solo, lançou "It's A Rainy Day" da autoria de Robyx, pseudônimo artístico do compositor, dj e produtor musical italiano Roberto Zanetti que é um dos nomes mais importantes do italo-dance noventista.
05- I Swear Escrita por Frank Joseph Meyers e Gary Bake Interpretada por Bill Power
(P) 1994 Remix Records (Itália) / Paradoxx Music (Brasil)
Mais um sucesso da dance music feita na Itália, a releitura do country romântico "I Swear" (de Frank Joseph Meyers e Gary Bake, 1993) gravado por John Michael Montgomery e, posteriormente, pelo grupo de R&B All-4-One e versionado em português para a dupla brasileira Leandro & Leonardo também foi incluída na mesma época no álbum de compilações da primeira sequência de "As 7 Melhores da Jovem Pan" (Paradoxx Music, 1994).
06- Goodnight Girl Escrita por Marti Pellow, Tommy Cunningham, Graeme Clark e Neil Mitchell Interpretada por Wet Wet Wet
(P) 1991 Mercury Records / PolyGram International (hoje Universal Music Group)
"Goodnight Girl" foi o single do quarto álbum do grupo escocês Wet Wet Wet, "High On The Happy Side" (Universal Music, 1992). Na novela, a linda canção foi o tema da personagem Ângela, vivida pela pequena Tatyane Goulart
07- Drop on By Escrita por Peter Valentine, Jim Gately e Don Rosler Produzida por Peter Valentine feat. Don Rosler
Peter Valentine é um produtor musical americano que no Brasil já trabalhou em temas internacionais para discos de trilhas sonoras de novelas globais, como "Pátria Minha" ("Under The Illusion", de Don Rosler e Peter Valentine, 1994) e "A Viagem" ("The Way I Feel", de Peter Valentine, Jon Albrink e Jim Gately, 1994, no projeto chamado Twenty Seven Heavens). O intérprete do jazz "Drop On By" é o Don Rosler, um dos compositores da canção.
08- What Did You Do
Escrita por Francesco Amato, Andrea De Antoni, Ilaria Godani e William Naraine
Interpretada por Double You
(P) 1994 DWA, Dance World Attack (Itália) / Spotlight Records - Warner Music (Brasil)
A banda italiana de dance music liderada pelo bonitão William Naraine abre o lado B nos formatos LP e K7 com a balada pop "What Did You Do" que foi o tema da personagem Tatiana (vivida por Cristiana Oliveira). A canção faz parte do ótimo disco do grupo, "The Blue Album" (DWA, 1994), produzido pelo Robyx (olha ele aqui de novo!).
09- Take a Toke Escrita por Duran Ramos, G. Man (Jorge Corante) e Robert Clivillés Interpretada por C+C Music Factory feat. Trilogy
(P) 1994 Columbia Records / Sony Music Entertainment Group
Quatro anos depois de terem emplacado com o hip-hop dançante "Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)" (de Robert Clivillés e Fredrick B. Williams, 1990), a dupla de produtores Robert Civillés e David Cole que formam C+C Music Factory lançaram o funk melody "Take a Toke" do segundo álbum do duo "Anything Goes" (Sony Music, 1994) com o trio vocal Trilogy como vozes principais do disco. Muitos brasileiros se encantam com a música sem mesmo saber o que a letra diz, como também é uma das mais tocadas em programas radiofônicos noturnos de love songs do país. A letra compara o amor a um fumo. No refrão, o coro sussurrante alerta: "dê uma tragada, devagar ou você vai se engasgar / eu tenho o melhor amor que você já fumou/ dê uma tragada, ah, meu bem, eu não estou brincando / é tão forte que vai fazer você se engasgar". A música foi o tema do casal Raí (Marcello Novaes) e Babalu (Letícia Spiller).
10- Everlasting Love Escrita por Buzz Cason e Mac Gayden Interpretada por Gloria Estefan (P) 1994 Epic Records / Sony Music Entertainment Group
Como diria o Frederico Pellachin do saudoso blog "Na Trilha das Novelas" que fazia parte do antigo site do Canal Viva: Gloria Estefan é a nossa cubana preferida! Não por acaso, já que ela foi presença constante em várias trilhas sonoras de folhetins globais desde quando ela era vocalista da banda Miami Sound Machine. A releitura empolgante de "Everlasting Love" gravado primeiramente em 1967 por Robert Knight (1940-2017) e regravado por vários artistas fez parte do álbum "Hold Me, Thrill Me, Kiss Me" (Sony Music, 1994), o quinto da cantora e o seu primeiro de covers.
11- Sundown Escrita e interpretada por Gordon Lightfoot (P) 1974 Reprise Records / Warner Music Group
Resgatada lá do fundo do baú, "Sundown" (1974), um country folk do cantor e compositor canadense Gordon Lightfoot, é uma história verídica do próprio intérprete. A inspiração veio de uma preocupação sua com a namorada na época, com quem teve um relacionamento conturbado, que saía à noite para beber, não se sabia com quem e em que bar, enquanto ele ficava em casa compondo (Songfacts).
12- Is This the Love
Música de Enrico Zabler, Tommy Schleh e Beatrice Obrecht Letra de Enrico Zabler, Tommy Schleh e Stephan Krauss
Interpretada por Masterboy
(P) 1994 Polydor Records / PolyGram International (hoje Universal Music Group)
O projeto eurodance alemão Masterboy vivia uma época que lançava um sucesso atrás do outro, um deles, a power dance "Is This The Love" do álbum "Different Dreams" (Universal Music, 1994) com direito a voz marcante da cantora suíça Trixi Delgado no refrão. Essa realmente botava (ou bota) todo mundo pra dançar!
13- Baby It’s You Escrita por Barney Williams (Luther Dixon), Burt Bacharach e Mack David Interpretada por Smith (P) 1969 Dunhill Records / Universal Music Group
Outra preciosidade antiga, porém vinda do final dos anos 1960! A banda americana Smith liderada pela louraça Gayle McCormick (1948-2016) marca presença neste disco brasileiro com o seu maior sucesso, o cover psicodélico de "Baby, It's You" [de Barney Williams (Luther Dixon), Burt Bacharach e Mack David, 1961] gravado originalmente pelo grupo vocal The Shirelles e, em 1963, pelos Beatles. A levada rock and blues, os metais poderosos e os agudos de McCormick fazem lembrar bastante a estética do repertório da inesquecível rainha do rock, Janis Joplin (1943-1970), que era a tendência musical feminina na época. "Baby It's You", gravada para o álbum "A Group Called Smith" (Dunhill Records / Universal Music, 1969), foi também usada para o filme "À Prova de Morte"("Death Proof", Dimension Films, 2007) dirigido por Quentin Tarantino.
14- Gimme Gimme Your Love Escrita por Martin Axell e Eric Days Interpretada por Cameleon
Para fechar o disco, um rock ballad não muito conhecido que me fez lembrar o Yahoo, um grupo brasileiro que fazia sucesso nos anos 1980. Fora do disco e da novela, naquela época eu lembro que ouvi essa música uma vez só, na Rádio Menina Fm (100,5 MHz) de Balneário Camboriú. Eu não encontrei informações sobre Cameleon, mas eu imagino que este certamente seria um dos projetos da Som Livre que aparecem timidamente em discos de trilhas sonoras internacionais de novelas da Globo.
É isso. se estiver curioso sobre a trilha sonora completa e sem aquelas edições/cortes que não foram feitas para o CD (e muito menos existem no LP), é só clicar no link abaixo:
Take That, antiga boy-band britânica dos cantores Gary Barlow e Robbie Williams, havia lançado a balada "Back For Good" (de Gary Barlow, 1995) que fazia parte do terceiro álbum do grupo vocal, "Nobody Else" (Sony Music, 1995), uma das músicas que marcou bastante o meu tempo de adolescente. No Wikipédia em inglês, uma das informações sobre a canção cita que ela foi um grande sucesso no Brasil entre 1995 e 1996 graças a soap opera (novela) "Explode Coração" da Rede Globo. Sem falar que a trilha sonora internacional é ótima e eu havia ganhado de presente de aniversário de 14 anos. Infelizmente perdi esse CD na enchente de 2008 que atingiu o Vale do Itajaí. "Back For Good" venceu o Brit Awards como o Single Britânico do Ano de 1996 e, em 2015, foi considerada pelo Idolator, o blog dedicado à música, como a canção "obra-prima do pop".
"Back For Good"
escrita por Gary Barloy
interpretada por Take That
(P) 1995 Arista Records / BMG Entertainment, Bertelsmann Music Group (hoje Sony Music Entertainment Group)
I guess now it’s time
Eu acho que agora é hora
For me to give up
De eu desistir
I feel it’s time
Eu sei que sim
Got a picture of you beside me
Tenho uma foto sua ao meu lado
Got your lipstick mark still on your coffee cup
Tenho ainda a sua marca de batom na sua xícara de café
Got a fist of pure emotion
Tenho um sentimento de pura emoção
Got a head of shattered dreams
Tenho a cabeça cheia de sonhos destruídos
Gotta leave it,
Tenho que deixar
Gotta leave it all behind now
Tenho que deixar isso tudo pra trás agora
Whatever I said,
Tudo que eu disse
Whatever I did I didn’t mean it
Tudo que eu fiz foi sem querer
I just want you back for good
Eu só quero você de volta pra sempre
Whenever I’m wrong
Onde quer que eu esteja errado
Just tell me the song and I’ll sing it
Apenas diga-me a canção e eu a cantarei
You’ll be right and understood
Você ficará bem e eu a entenderei
I want you back for good
Eu quero você de volta pra sempre
Unaware but underlined
Inconscientemente, mas no fundo
I figured out this story
Eu descobri essa história
It wasn’t good
Não foi boa
But in the corner of my mind
Mas no fundo da minha alma
I celebrated glory
Eu comemorei a vitória
But that was not to be
Mas isso não era pra ser
In the twist of separation
Na confusão da separação
You excelled at being free
Você conseguiu se libertar
Can’t you find
Você não poderia encontrar
A little room inside for me
Aí dentro um espacinho pra mim?
Whatever I said,
Tudo que eu disse
Whatever I did I didn’t mean it
Tudo que eu fiz foi sem querer
I just want you back for good
Eu só quero você de volta pra sempre
Whenever I’m wrong
Onde quer que eu esteja errado
Just tell me the song and I’ll sing it
Apenas diga-me a canção e eu a cantarei
You’ll be right and understood
Você ficará bem e eu a entenderei
I want you back for good
Eu quero você de volta pra sempre
And we’ll be together,
E nós estaremos juntos
This time is forever
Desta vez é pra sempre
We’ll be fighting
Nós lutaremos
And forever we will be
E pra sempre seremos
So complete in our love
Tão completos em nosso amor
We will never be uncovered again
Nunca mais ficaremos desprotegidos
Whatever I said,
Tudo que eu disse
Whatever I did I didn’t mean it
Tudo que eu fiz foi sem querer
I just want you back for good
Eu só quero você de volta pra sempre
Whenever I’m wrong
Onde quer que eu esteja errado
Just tell me the song and I’ll sing it
Apenas diga-me a canção e eu a cantarei
You’ll be right and understood
Você ficará bem e eu a entenderei
I want you back for good
Eu quero você de volta pra sempre
I guess that now it’s time
Acho que agora é hora
That you came back for good
De você voltar pra sempre
Outra performance de "Back For Good" que eu gostei foi do candidato Theodore no programa The Voice Kids da Alemanha em 2014. (vídeo abaixo)
"Pra Onde Foram Os Bons", música religiosa com levada rhythm & blues escrita e interpretada pelo Padre Denis-Ricard, ganhou uma nova versão com clipe no YouTube. Com o roteiro do próprio padre e direção de JC Nunes, o vídeo foi inspirado em fatos reais testemunhados pelo sacerdote. De maneira ousada e em clima urbano, o clipe retrata sobre preconceito, prostituição e insensibilidade social e levanta a nossa reflexão sobre hipocrisia, misericórdia e missão cristã.
Pra Onde Foram Os Bons? escrita e interpretada por Padre Denis-Ricard
(P) 2020 ONErpm Gospel (em nome de Gduarte Music)
(2x) Aonde está o amor? Me perguntou um dia o Senhor Como pôde esquecer? "Amai-vos como eu vos ordenei". (bis)
Igrejas com tantos corações vazios Servos que não servem, eu quero amigos Orgulho, vaidade o que fizeram? Eu ensinei: misericórdia é o que eu quero o o o Cadê a chama que eu deixei ali?
(2x)
Pra onde foram os bons? Deixa brilhar a luz! Tira debaixo da bacia. Pra onde foram os bons, que expressam meu amor? Que entregam sem medo sua vida?
Aonde está o amor me perguntou um dia o Senhor Como pôde esquecer: és quente ou frio assim eu vos falei. Aonde está o amor me perguntou um dia o Senhor Como pôde esquecer: és quente ou frio assim eu vos falei.
O amor perdoa, é paciente e suporta Estende a mão. A quem? Isso não importa Assim conhecerão que sois meus discípulos Se então lutarem pra viver o que eu digo. Cadê a chama que eu deixei ali?
Nesta terça-feira, dia 3 de novembro, houve uma entrevista de Marcos Salles com Rildo Hora (com a participação da filha linda Patrícia Hora) na página do Teatro Rival (Refit) no Instagram. Para quem é fã, essa entrevista é recomendadíssima. Veja!
Mais um filme que eu adorei de verdade: "Carrie, A Estranha" ("Carrie", Metro-Goldwyn-Mayer e United Artists Pictures, 1976), um dos clássicos cinematográficos de terror dirigido por Brian de Palma e inspirado no livro homônimo de Stephen King lançado em 5 de abril de 1974. Além daquela clássica cena em que Carrie (Sissy Spacek) é ridicularizada pelos colegas de escola levando um banho de sangue de porco ao ser eleita a rainha do baile de formatura _ cena que posteriormente seria copiada pelas novelas globais "Rainha da Sucata" (1990) e "Chocolate Com Pimenta" (2003-2004)_, a produção de 1976 também marcou pela estreia de John Travolta no cinema. O filme recebeu duas indicações no 49º Oscar, o de Melhor Atriz (Sissy Spacek) e Melhor Atriz Coadjuvante (Piper Laurie).
Capa original da primeira publicação do livro "Carrie, A Estranha" lançado em 1974
Muito além do horror movie: bullying é o tema recorrente
O que mais me chamou atenção desse filme é por ele se tratar de uma adolescente que é vilipendiada e julgada como "esquisitona" pelos colegas de escola e pela vizinhança por ser diferente de todos, uma triste realidade. Timidez, ingenuidade e falta de amizades caracterizam essa diferença. Como se não bastasse a humilhação na escola e na rua, Carrie ainda é maltratada pela sua mãe solteira Margaret (Piper Laurie), uma fanática religiosa com problemas mentais que exige para que sua filha seguisse os padrões ultraconservadores.
Sinopse
Carrie White (Sissy Spacek) uma jovem tímida e ingênua que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com Margareth (Piper Laurie), sua mãe e uma pregadora religiosa fanática que se torna cada vez mais ensandecida. Carrie foi menosprezada pelas colegas, pois ao tomar banho achava que estava morrendo, quando na verdade estava tendo sua primeira menstruação. Uma professora (Betty Buckley) fica espantada pela sua falta de informação e Sue Snell (Amy Irving), uma das alunas que zombaram dela, fica arrependida e pede a Tommy Ross (William Katt), seu namorado e um aluno muito popular, para que convide Carrie para um baile no colégio. Com o incidente no chuveiro, Carrie passa a agir de forma estranha: na direção, o diretor a chama de Cassie e Carrie, ao corrigi-lo gritando, o cinzeiro dele cai no chão. Um garoto (Cameron de Palma, sobrinho do diretor Brian de Palma) que a ofende na rua se desequilibra e cai quando Carrie olha para ele e, dentro de sua casa, ela quebra o espelho de seu quarto. A professora de educação física conversa com as alunas que provocaram Carrie e adverte que elas só poderão ir ao o baile se executarem as atividades da suspensão. Mas Chris Hargenson (Nancy Allen), uma aluna que foi proibida de ir à festa por violar a regra da professora, com a ajuda de seu namorado Billy Nolan (John Travolta), prepara uma terrível armadilha que deixa Carrie ridicularizada em público. Mas nenhum dos colegas imagina os poderes paranormais que a jovem possui e muito menos de sua capacidade vingança quando está repleta de ódio.
Curiosidades
*O final do filme é diferente do livro e o próprio autor literário Stephen King admitiu que gostou mais do desfecho da versão cinematográfica do que do da sua obra original.
*A estátua religiosa do oratório de Margaret, mãe de Cassie, que muitos acreditam que é Jesus Cristo crucificado, na verdade representa São Sebastião (repara-se nas flechas pelo corpo).
*Betty Buckley que no filme faz a professora de educação física que defende a protagonista cedeu sua voz gritando "creepy Carrie, creepy Carrie!" ("Carrie, a estranha! Carrie, a estranha!") ao garotinho da bicicleta (Cameron de Palma) que provoca Carrie em sua volta pra casa.
*Nancy Allen que fez o papel da peste Chris Hargenson se casou com o cineasta Brian de Palma em 1979 e posteriormente participou de alguns filmes dirigidos pelo marido. O casamento durou 5 anos.
*No Brasil, o filme teve 4 versões de dublagem: a primeira que foi exibida pela TV Band, a segunda pela TV Globo, a terceira pelas TV's paga e streamings e a quarta pela TV Record e AXN.
Pra quem não conhece, Timeout é uma banda brasiliense formada a partir de 2017 por jovens autistas. A ideia surgiu com uma proposta de um psicólogo em proporcionar aos meninos um "tempo fora" (nome da banda em português) da terapia e estimular as habilidades musicais deles, quebrando paradigmas infelizes de que autistas não podem fazer coisas comuns. Além de músicas autorais, Timeout, atualmente formada por Ivan Madeira, João Gabriel Mello, Matheus Winker e Thiago Carneiro, também interpreta clássicos do rock, como os de Pink Floyd, Legião Urbana, Mamonas Assassinas, Ramones, Oasis, entre outros.
Em abril deste ano, em comemoração ao mês do autismo, cada integrante da banda gravou em sua casa a canção "Love In The Heart", música da autoria de Ivan Madeira. Adorei a letra e o vídeo, cheguei a cantar junto, por isso eu fiz questão de fazer esta postagem.
Vídeo: Banda de rock formada por jovens autistas promove inclusão social
(reportagem de 2019 da TV Supren, de Brasília, Distrito Federal)
"Reggae do Manero" (de Digão, Canisso e Rodolfo Abrantes, 2000) faz parte do sexto álbum e primeiro ao vivo da banda de rock hardcore punk Raimundos, o "MTV Ao Vivo" (Warner Music, 2000), como também é a única inédita do projeto. "MTV ao Vivo" foi uma série da emissora musical de TV por assinatura, a MTV Brasil que na época estava em seu auge, em que shows se tornam CD's e DVD's e a banda brasiliense foi a primeira dessa série. A canção verídica fala sobre o próprio vocalista Rodolfo Abrantes quando foi gravar com Raimundos em Los Angeles, Estados Unidos. Quem lembra, sabe que o cantor usava dreads no cabelo e foi lá que ele teve que raspar a cabeça, já que o cabelo criava fungos, e jogou os dreads na privada que acabou entupindo. Quem revelou esse fato foi o baixista Canisso em uma entrevista. Os outros detalhes da letra certamente são reais, como a cozinheira despreocupada com a higiene, o "perfume" (maconha) fedorento, a saudade da mãe, o banheiro sem papel, a vestimenta brega, a mãe dizendo que o filho é bonito como consolo, etc.
Reggae do Maneiro Escrita por Rodrigo Aguiar Madeira Campos "Digão", Rodolfo Abrantes e Jose Henrique Campos Pereira "Canisso" Produzido por Carlos Eduardo Miranda, Mauro Manzoli e Tom Capone ℗ 2000 WEA International Inc./ Warner Music Brasil
Se eu uso a manga da camisa que é dobrada A calça bag bem rasgada é porque eu sou fulêro Se eu vou pro centro no domingo Do perfume eu uso um pingo que deixa fedendo o prédio inteiro
Pente redondo tem Cê me pergunta eu lhe respondo Eu tomo pinga com a Dominga dançando curtindo Wando E não consigo nem levantar pra mudar o disco Um bicho velho cheio de risco mau serve pra abanar Eu tô comendo bem no restaurante Morte Lenta A cozinheira é uma nojenta que vive limpando a venta no avental Eu tô passando mal, tô com saudade, mainha
Ô mãe! vê se me manda um dinheiro Que eu tô no banheiro E não tem nem papel pra cagar
(não tem, não tem, não tem) Ô mãe! esse seu filho é maneiro Aqui no estrangeiro nenhuma mulher qué me dá
(ninguém, ninguém, ninguém)
Meu cabelo eu não sei quem rapô Entupiu a privada, entupiu ai, meu Deus! Oh oh ah ah...uh
Cê é bonito Cê é bonito Cê é bonito demais Ocê é um cara manêro Cê é bonito Cê é bonito Cê é bonito demais Bonito mais que o mundo inteiro Cê é bonito Cê é bonito Cê é bonito demais Cê é bonito Cê é bonito...
Ô mãe! vê se me manda um dinheiro Que eu tô no banheiro E não tem nem papel pra cagar
(não tem, não tem, não tem) Ô mãe! esse seu filho é maneiro Aqui no estrangeiro nenhuma mulher qué me dá
No dia 10 de outubro (sábado), a Associação de Pais e Amigos dos Autistas (AMA Itajaí) promoveu o evento para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares, o I Festival Plural No Singular realizado virtualmente e transmitido ao vivo pelo canal Café Maestro Produções no YouTube com retransmissão pela página oficial da AMA Itajaí no Facebook. O festival visou ampliar o debate sobre o TEA através também da cultura. Foi muito linda a live, gostei de verdade. As atrações eram as mostras de vídeos de obras produzidas por autistas e artistas parceiros da AMA Itajaí. Apresentado por Sabrina Viana nos estúdios Café Maetro, o festival também contou com as participações de Marcos Petry (escritor, palestrante, produtor de conteúdo no canal Diário de um Autista e músico), Thor Cugnier Guenther (garoto autista catarinense que é escritor e ilustrador de seus livros que chegou a ser entrevistado por Fátima Bernardes no programa "Encontro" da Rede Globo), o espetáculo infantil "Primeiros Passos, Primeiras Notas" (com Bárbara Damásio, Willian Goe e Ricardo Dominguez) e a Dete Pexera, personagem de sucesso nacional interpretada pelo cantor e ator Rizzih, nome artístico do catarinense Cláudio Pereira Júnior. Com a produção do Café Maestro Produções, esse projeto foi realizado com o patrocínio da Fundação Cultural de Itajaí e da Prefeitura de Itajaí através da Lei de Incentivo à Cultura do município e teve recursos investidos pela Unimed Litoral por meio de renúncia fiscal. A live (vídeo abaixo) tem duração de 1 hora e 57 minutos.
O novo trabalho tem composições dos cantores Ferrugem e Tatau.
Essa moça não pára, mesmo! Este mês a cantora Karinah lançou o quarto dos seus cinco extended plays, o "EP 04" (Sony Music, 2020). O trabalho contem 3 faixas: as inéditas "Tempestade" (de Ferrugem, Rapha Oliveira e Adriano Ribeiro), "Castigo" (de Suel e Thiago Alexandre) e a regravação "Oportunidade" (de Tatau, 2013) da banda Araketu com Bruno, do Sorriso Maroto. Todos os compositores são de quem Karinah é fã e por quem ela tem muito carinho. "Fui presenteada, pois além de ter recebido canções de vários compositores que eu tenho muito carinho, recebi também desses artistas que abrilhantaram ainda mais esse EP. Essas três canções, como todas as outras de todos os EP’s desse projeto, são muito bonitas. O 'EP 04' em especial, traz um compositor e cantor que eu tenho muita admiração e muito carinho, que é o Tatau, essa música foi uma das primeiras canções que me apresentaram nesse projeto todo e eu deixei para agora para degustar mais, mas chegou a hora das pessoas ouvirem como ficou. Além do Ferrugem e Suel, que são grandes artistas e baita compositores!', comenta a esposa do empresário de Jaraguá do Sul Diether Werninhghaus. (Litoral News).
O "EP 04" já está disponível nas plataformas digitais e os lyric videos de suas faixas já estão divulgados no YouTube. Agora é só aguardar o "EP 05"!
Encontrar o amor não é fácil. Para jovens autistas, o mundo das relações amorosas pode ser ainda mais complicado.
Netflix
Foi lançada em julho na Netflix a série australiana "Amor no Espectro" ("Love On The Spectrum", Northern Pictures e Australian Broadcasting Corporation, 2019) que, na verdade, é um reality show com autistas reais em busca de relacionamentos amorosos ou que já estão juntos, como os casais Ruth e Thomas e Sharnae e James, todos autistas. E eu só vi agora em setembro ao renovar a assinatura do streaming depois de muitos meses. Sua primeira temporada contem 5 episódios que têm entre 30 e 45 minutos, o que dá pra assistir à serie tranquilamente.
"Uma vez saí com um cara e quando eu contei que eu era autista, ele me deixou, porque não queria ser visto com uma pessoa autista"
Chloë, participante de "Amor no Espectro"
Na série, são 11 jovens autistas de entre 20 e 28 anos dando seus primeiros passos no mundo dos relacionamentos amorosos na esperança de encontrar o amor verdadeiro. E uma figura essencial é a Jodi Rodgers, especialista em relacionamentos que trabalha com pessoas autistas e ajuda os participantes a reconhecerem suas dificuldades e conquistar o tal objetivo.
Se já é difícil encontrar um amor para os neurotípicos, imagine para neurodiversos... "Pessoas no espectro têm dificuldade em socializar e pode ser difícil encontrar possíveis parceiros", como diz a série no primeiro episódio. Ou não conseguem manter um relacionamento em razão da insensatez de seus parceiros: "Uma vez saí com um cara e quando eu contei que eu era autista, ele me deixou, porque não queria ser visto com uma pessoa autista", disse a participante Chloë.
[sobre como é ser uma garota no espectro] "[É] extremamente difícil, considerando que não há critério feminino. É só para garotos. Então avaliam o quão masculina você é".
Olivia (foto acima), participante de "Amor No Espectro
Mesmo que o tema central seja o relacionamento amoroso, "Amor no Espectro" aborda outros assuntos importantes para compreender o autismo, como o hiperfoco (interesse restrito e intenso), a dificuldade de se dialogar (quando o "roteiro" do encontro se esgota e o participante não sabe mais o que dizer, o que causa um silêncio desconfortável), a desmistificação de que todo o autista é igual e o diagnóstico de transtorno do espectro autista depois da fase adulta, especialmente em moças, já que os disfarces (ou "masking" como é chamado) contribuem para o diagnóstico tardio em meninas/mulheres. A participante Olivia por exemplo (adoro a risada dela) só foi diagnosticada aos 18 anos e falou sobre um erro constrangedor que a maioria dos profissionais cometem, que é basear o diagnóstico das mulheres em características que são predominantes nos homens autistas, ignorando as diferenças do autismo entre os sexos. "[É] extremamente difícil, considerando que não há critério feminino. É só para garotos. Então avaliam o quão masculina você é", disse a Olivia.
O que causou estranheza nessa série, inclusive em muitos autistas que lhe assistiram, é que autistas só se relacionam com autistas, tanto que a dúvida é se esses parceiros são escolhidos pelos próprios participantes ou pela produção da série.
Fora isso tudo, eu recomendo. Eu que tenho várias características de uma autista de nível 1 (ainda não tenho o diagnóstico) diria que eu me identifico com um pouco de cada participante. Uma série que merece ser vista milhares de vezes. Adorei.
O cantor católico Alencastro volta a fazer releituras com as músicas religiosas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Esta semana, em sua página no YouTube (clique aqui) Alencastro divulgou três vídeos cantando clássicos cristãos da dupla: "Nossa Senhora" (1993), "Quando Eu Quero Falar Com Deus" (1995) e "Jesus Cristo" (1970), todas com arranjo de Tutuca Borba, maestro, tecladista e arranjador de Roberto Carlos que também trabalhou com cantor mato-grossense no álbum "Alencastro Interpreta Padre Zezinho, scj." (Paulinas-COMEP, 2018). A primeira vez que Alencastro regravou as músicas de Roberto-Erasmo foi para o álbum independente "Estou Aqui" em dueto com a cantora Ghislaine Cantini, que foram "Coração de Jesus" e a faixa-título.
"Nossa Senhora" Autores: Erasmo Esteves (Erasmo Carlos) e Roberto Carlos Braga (Roberto Carlos) Autorizada pela Editora: Amigos / ECRA (ISRC:BX-2A6-19-00003)
"Quando Eu Quero Falar Com Deus"
Autores: Erasmo Esteves (Erasmo Carlos) e Roberto Carlos Braga (Roberto Carlos)
Autorizada pela Editora: Amigos / ECRA
(ISRC:BX-2A6-19-00002)
"Jesus Cristo"
Autores: Erasmo Esteves (Erasmo Carlos) e Roberto Carlos Braga (Roberto Carlos)
"A Barca" como é conhecida no Brasil é uma versão de "Pescador de Hombres" (1974) escrita pelo sacerdote e compositor espanhol Monsenhor Cesaréo Gabaráin Azurmendi (1936-1991). Cesaréo Gabaráin, também responsável pela versão em português, se inspirou em sua visita a Galileia para escrevê-la e "Pescador de Hombres" se tornou mundialmente uma das canções preferidas da Igreja Católica, inclusive pelo Papa João Paulo II (Karol Józef Wojtyła, 1920-2005), que, logo após a sua morte, é cantada com frequência em Polônia em memória de Sua Santidade. Sua letra foi baseada na passagem do Evangelho Segundo Lucas, no qual, depois da pesca milagrosa, Jesus de Nazaré anunciou a Simão Pedro que este seria pescador de homens e seus companheiros deixaram tudo pra seguir o Messias. A expressão "pescadores de homens" também está presente em passagens de outros evangelhos sinópticos, como no Evangelho Segundo Mateus (Mt 4, 18-20) e segundo Marcos (Mc 1, 16-18). Padre Stanisław Szmidt (1936-2019) fez a sua versão em polonês. Gertrude C. Suppe (1911-2007), George Lockwood e Raquel Gutiérrez-Achon (1927-2013) foram os autores de uma de suas variadas versões em inglês.
Padre/Monsenhor Cesaréo Gabaráin, um dos grandes nomes da música católica espanhola
Gravação
"Pescador de Hombres" foi gravada em 1974 para o LP de Cesaréo Gabaraín, "Dios Con Nosotros", lançado pela Discos Ediciones Paulinas na Espanha. O álbum foi gravado pelo Coral San José de Pamplona com solos de Manuel Elvira Ugarte, regente e fundador do Coral, Mary Carmen Andueza, solista do coral, Mercedes Lavilla e Manuel Armendáriz. No Brasil, "A Barca" foi gravada pelos cantores Astúlio Nunes e Cidinha Olivetti para o compacto duplo homônimo lançado em 1981 pela Edições Paulinas Discos (hoje Paulinas-COMEP). Para a gravação em português, foi usado o mesmo playback da gravação original de 1974.
Capa do LP "Dios Con Nosotros" - Cesaréo Gabaráin
Capa do compacto duplo "A Barca"
NA CULTURA POPULAR:
*Roberto Carlos cantou "A Barca" durante a missa no Santuário de Aparecida em 1999.
*O casal Fernanda Takai e John Ulhoa da banda Pato Fu gravaram "A Barca" que serviria para a trilha sonora da coleção "Cordeiro de Deus" verão 2002-2003 do estilista Ronaldo Fraga, mas a faixa ficou de fora. "A Barca" está disponível em SoundCloudda própria Takai e no YouTube. A releitura tem como sample a base da gravação original transposta de mi bemol para lá, fazendo com que as vozes do coro da gravação brasileira de 1981 soassem como de "Alvin e Os Esquilos" ("Alvin and the Chipmunks").
*O cantor católico Eugênio Jorge gravou com Dunga e Luiz Carvalho (Comunidade Recado) para o seu CD "Pérolas em Canções" (Gravadora Canção Nova, 2010).
*No álbum "No Coração da Jornada" (Sony Music, 2013), o CD oficial da Jornada Mundial da Juventude, evento religioso internacional que foi sediado em 2013 no Brasil, no Rio de Janeiro, "A Barca (Pescador de Hombres)" foi gravada em português e em espanhol pelos cantores católicos Eugênio Jorge, Dunga, Luiz Carvalho, Suely Façanha e Ziza Fernandes, sob arranjo de base e orquestra de Wagner Tiso.
*No episódio "Nocaute Técnico", o sexto da quarta temporada da série espanhola "La Casa de Papel" (Vancouver Media/, Antena 3, 2017-presente) da Netflix o personagem Gandía (José Manuel Poga), o chefe de segurança do presidente do Banco da Espanha, ao prender a ladra Nairóbi (Alba Flores) à porta do banheiro deixando a sua cabeça inserida no buraco para o lado de fora, obriga a refém e seus colegas de crime que estão do outro lado da porta a cantarem "Pescador de Hombres" na tentativa de tranquilizá-la.
*Padre Reginaldo Manzotti gravou a canção para o seu álbum "Sinais do Sagrado" (Som Livre, 2010) e para o CD e DVD ao vivo "Alma Missionária" (Som Livre, 2016)
*"A Barca" também foi gravada pela mineira de Abaeté Elisabete Lacerda, cantora espírita independente, e pela cantora católica Eliana Ribeiro
*(ACRESCENTADO NO DIA 24 DE SETEMBRO DE 2020) Adriana Arydes gravou "A Barca" para o vídeo postado em seu canal no YouTube no mesmo dia em que eu publiquei esta postagem
Vídeo:"A Barca (Pescador de Hombres)"(canção excluída da trilha sonora da coleção "Cordeiro de Deus" verão 2002-2003)
interpretada por Fernanda Takai e produzida por John Ulhoa (gentilmente cedidos pela Sony Music Entertainment Brasil)
Sample: "A Barca (Pescador de Hombres)", escrita por Cesaréo Gabaraín, lançado originalmente em 1981 e extraído do disco "Canções Para Orar Vol. 2", lançado em 1989 - gentilmente cedido por Edições Paulinas / COMEP
(P) 2002 Rotomusic - Polifonia Estúdios
Fernanda Takai: voz e teclado
John: violão, guitarra, baixo, teclado, voz, samplers e programações eletrônicas
Produzido po John Ulhoa
Gravação e Mixagem: Estúdio 128 Japs, junho de 2002