"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

A linda campanha de Natal d' O Boticário 2022


"A guerra acabou, se você quiser!". Assim diziam John Lennon (1940-1980) e Yoko Ono no outdoor simplista do lançamento do single natalino antiguerra "Happy Xmas (War Is Over)" (1971) da autoria do polêmico casal como forma de protesto contra a Guerra do Vietnã.

E no momento em que o Brasil vive em guerra retumbante por razões políticas, um fato muito triste, a empresa de perfumes e cosméticos O Boticário lança uma campanha de Natal lembrando aos espectadores que, ao invés de insistir naquilo que nos separa, independentemente do motivo, se aderir naquilo que nos une: o amor

A ideia da propaganda d' O Boticário foi inspirada na pesquisa realizada neste ano pela DOJO e KOGA intitulada "Brasil de Bolhas" que revela que nós brasileiros estamos deixando de conversar por variadas razões. Dos dois mil entrevistados em todo o país, 58,9% das pessoas afirmaram que tentam constantemente convencer os outros a respeito do que acreditam, o que reflete a divisão de pessoas e rompimento de amizades e relações. 
O filme idealizado pela AlmapBBDO mostra situações do cotidiano atravessadas por rupturas entre pessoas que se amam e são (ou eram) amigas até debaixo d'água, mas que, em meio a brigas e discussões, se distanciam e, no auge da desavença, uma fenda se abre entre os recém-rivais. Porém, com a rachadura profunda, o "climão" dá lugar ao reencontro, reconciliação entre pessoas queridas através do ato de amor e respeito ao som da releitura de "One Love" (de Bob Marley e Curtis Mayfield, 1965) da banda jamaicana The Wailers que com o tempo passou a se chamar Bob Marley (1945-1981) & The Wailers em razão do seu mais ilustre vocalista.

A campanha d' O Boticário estreou em TV aberta no domingo, 27 de novembro, com produção da Delicatessen, direção de cena de Pedro Becker e direção executiva de Luciana Mattar.

"Onde isso vai parar se a gente não parar com isso?"

O Evangelho e a MPB #05 - "Maria, Maria" - Milton Nascimento

Capa do álbum duplo "Maria Maria" lançado em 1976 e inédito até 2003 quando foi lançado em CD.


"Maria, Maria"
(de Milton Nascimento e Fernando Brant, 1976*)

"Maria, Maria". A célebre canção de Milton Nascimento e Fernando Brant (1946-2015) retrata a força de uma mulher simples, anônima e batalhadora. Apresenta sua valentia diante das dificuldades e a maturidade de quem aprendeu a superar obstáculos e adquiriu uma "estranha mania de ter fé na vida". Maria é aquela que mistura "dor e alegria". Dor e alegria que convivem na alma de Maria, Mãe de Jesus, a quem o povo aprendeu a venerar como Nossa Senhora das Dores e também das Alegrias. Nos mistérios do terço, muitas Marias aprendem a contemplar os episódios alegres e doloridos daquela mulher simples, batalhadora e anônima com quem aprenderam a se identificar. "Doravante todas as gerações me chamarão
bem-aventurada" (Lc 1,48b).

Texto de Frei Gustavo Wayand Medella, OFM
gmedella@gmail.com

Verso da página do dia 16 de novembro de 2022 da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Editora Vozes

*"Maria, Maria" foi composta para o espetáculo homônimo da estreia do Grupo Corpo de 1976 e tinha roteiro de Fernando Brant, música de Milton Nascimento e coreografia do argentino Oscar Araiz. Inicialmente não havia letra, apenas vocalizes em cima da melodia criada por Milton. Dois anos depois, em 1978, o clássico dos compositores mineiros com a letra foi lançada oficialmente  no disco "Clube da Esquina 2" (EMI-Odeon, hoje Universal Music).

Fontes:
Goma Gringa

Veja Rio

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

E se o Natal fosse contado pela MPB? (página Oficina de Nazaré)

 


Um vídeo interessantíssimo da página católica Oficina de Nazaré (@oficina.de.nazare - Instagram) monitorado por Matheus Cedric e por teólogo Felipe Koller. O conto de Natal narrado por grandes canções da MPB. Recebi pelo WhatsApp e me apaixonei!


MÚSICAS EM ORDEM DE EXECUÇÃO:

*"Maria, Maria" (de Milton Nascimento e Fernando Brant, 1976) - Milton Nascimento
*"Anunciação" (de Alceu Valença, 1983) - Alceu Valença
*"Força Estranha" (de Caetano Veloso, 1978) - Gal Costa (1945-2022)
*"José" ("Joseph", de Georges Moustaki, 1969, e versão de Nara Leão, 1970) - Rita Lee
*"Nos Barracos da Cidade (Barracos)" (de Gilberto Gil e Liminha, 1985) - Gilberto Gil
*"Nascer" (de Isadora Canto, 2017) - Isadora Canto
*"O Que É, O Que É" (de Gonzaguinha, 1982) - Gonzaguinha (1945-1991)
*"A Festa do Santo Reis" (de Márcio Leonardo, 1971) - Tim Maia (1942-1998)

domingo, 18 de dezembro de 2022

Canções de Natal também podem ser tristes

 


Chegou a época do Natal em que muitos de nós nos sentimos felizes por nos deixar levar pelas belas decorações, clima de inocência, reunião de amigos e familiares e celebrações religiosas (e, no meu caso, pelos especiais do meu muso Roberto Carlos também. Risos). Porém, nesta época nem tudo são luzes. Seja por qual for o motivo, a angústia e a tristeza nos pesam por dentro e esse sentimento no período das festas é bem mais comum do que se imagina. Algumas músicas natalinas mais populares retratam essa realidade. Vamos a elas!

Aqui no meu blog eu fiz uma postagem (clique aqui) sobre a canção "Boas Festas" (1933) (aquela do "anoiteceu / o sino gemeu / e a gente ficou / feliz a rezar") que muitos cantam sem ao menos saber do que ela se trata. "Boas Festas" mostra como eram os natais do próprio compositor Assis Valente (1911-1958) e dos brasileiros mais necessitados financeiramente, uma situação bem atemporal. Ela retrata que nem todos têm o privilégio do consumismo e realização dos seus sonhos, resultando em angústia e frustração em pessoas menos favorecidas: "eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel / bem assim felicidade eu pensei que fosse uma brincadeira de papel / já faz tempo que eu pedi, mas o meu Papai Noel não vem / Com certeza já morreu ou então felicidade é brinquedo que não tem".
Ainda falando em desigualdade social, o rei Roberto Carlos lembra as famílias carentes e sem mesa farta na música cristã "Meu Menino Jesus" (de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1998), na qual ele canta: "te peço, Menino Jesus, ponha na mesa de alguém / o que esse alguém sempre quis e não tem / felicidade também".
A canção natalina americana "The Little Boy That Santa Claus Forgot" (de Michael Carr, Tommie Connor e Jimmy Leach, 1937) gravada primeiramente por Vera Lynn (1917-2020) e eternizada na voz de Nat King Cole (1919-1965) descreve um garotinho esquecido pelo Papai Noel, como o próprio título diz. Enquanto outras crianças se divertem com seus brinquedos novos, o que faz com que ele sinta inveja delas, o menino está triste e solitário e, no final, a letra revela que o menino não tem pai (acredita-se que o pai morreu), dando a impressão de que este seria o verdadeiro motivo pelo qual ninguém havia comprado um brinquedo para ele. Uma música semelhante até no título é a brasileiríssima "Papai Noel Esqueceu" (de Herivelto Martins e David Nasser, 1956) interpretada lindamente por Ângela Maria (1929-2018), a eterna Rainha do Rádio e lady "Babalú" (de Margarita Lecuona, 1939) em dueto com João Dias (1927-1996).
"Sofrências" de Natal? Também existem. E na levada do samba-canção, um dos meus estilos musicais preferidos, que são "Amargo Presente" da autoria de Cartola (1908-1980) lançada postumamente em 1983 pela Beth Carvalho (1946-2019) e "Meu Natal" (1961) de Lupicínio Rodrigues (1914-1974) gravada por Jamelão (1913-2008), esta que fala de um homem que ao longo de sua vida teve muita sorte, mas que esta sorte foi rompida depois que o destino o separou de seu grande amor. E ele, inconformado, conclui: "sabe o que o Papai Noel me trouxe este ano? / Foi um cesto, foi um cesto / com tristeza e desengano".
"Please Come Home for Christmas" (de Charles Brown e Gene Redd, 1960) do cantor, compositor e pianista Charles Brown (1922-1999) que foi regravada por Kelly Clarkson, CeeLo Green e bandas Bon Jovi, Eagles e Hanson fala de alguém solitário que se entristece por não ter ninguém para lhe desejar boas festas e anseia para que uma pessoa em especial passe o Natal com ele em casa.
Dando sequência à solidão natalina, outra postagem que eu fiz aqui (clique aqui) é sobre a canção "Santa, Can't You Hear Me?" (de Aben Eubanks e Kelly Clarkson, 2021) da cantora Kelly Clarkson em dueto com Ariana Grande. Ela fala sobre uma moça que rejeita presentes materiais e pede ao Papai Noel alguém para amar, mas esse alguém não chega.
Na outra postagem (clique aqui) falei sobre "Para Não Ser Triste" (de Edson Borges de Abrantes e Lula Vieira, 1971), uma música que era para ser apenas um jingle de Natal do Banco Nacional, mas que superou várias expectativas se tornando uma das mais belas canções populares do Brasil de todos os natais. A letra é uma forma de consolar os que estão angustiados, porém sem "forçar a barra" para mudar o astral: "quero ver você não chorar não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz/ quero ver o amor crescer, mas se a dor nascer você resistir e sorrir". Afinal, nem próprio Deus prometeu que a nossa vida aqui na Terra seria só de felicidade, mas que nos incentiva a lidar com dificuldades com fé.

A música que eu citarei a seguir não é nada natalina, mas que, a meu ver, merecia ser lembrada na época graças ao conteúdo da letra. "Azul da Cor do Mar" (1970) do Tim Maia (1942-1998) com a participação de ninguém menos que Rildo Hora no solo de gaita (own, que lindo! Risos) é uma história sobre alguém que vê os outros que, ao contrário dele, têm uma vida próspera e sonhos concretizados, uma situação semelhante à das músicas "Boas Festas" e "The Little Boy That Santa Claus Forgot", mas ele, embora profundamente triste e frustrado, se conforma com a realidade: "ah, se o mundo inteiro me pudesse ouvir / tenho muito pra contar e dizer que aprendi / que na vida a gente tem que entender / que um nasce pra sofrer / enquanto o outro ri". Em seguida, aconselha aos que estão na mesma melancolia a cumprir suas missões que são "achar razão para viver" e ter "um motivo pra sonhar'', ou seja, como uma mensagem de Natal, mesmo que nada aconteça como nós queremos tanto e por mais tristeza que a vida traga, deixar que Jesus Cristo, a razão certa e maior do Natal, nasça em nossos corações.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Nos deixou o Monsenhor Jonas Abib

 

"Deixa tuas redes, deixa teu lar.
Deixa teus campos, deixa por mim.
Meu operário eu te farei, 
irmão e amigo eu te serei.
Eis-me Senhor, tudo deixei 
por Ti, Senhor."
("Senhor, Meu Amigo", de Jonas Abib, 1977)



Morreu na noite desta segunda-feira, 12 de dezembro, o monsenhor Jonas Abib,sdb (21 de dezembro de 1936-12 de dezembro de 2022), fundador da Comunidade Canção Nova 9 dias antes de ele completar 86 anos e um dia após o Hosana Brasil, evento anual religioso da comunidade católica.
De acordo com a Canção Nova, a causa da morte foi insuficiência respiratória por broncoaspiração e disfagia motora.
Jonas Abib havia deixado o hospital na última quinta-feira, dia 8 de dezembro, após ficar um mês internado para tratamento de uma pneumonia. O religioso também seguia desde 2021 um tratamento quimioterápico de um mieloma (tipo de câncer).

Jonas Abib nasceu no dia 21 de dezembro de 1936 em Elias Fausto (SP) e seus pais eram Sérgio Abib, de ascendência libanesa, e Josefa Pacheco. Ordenado sacerdote em 1964, passou a se dedicar no trabalho de evangelização de jovens.
Em 1971, Padre Jonas conheceu a Renovação Carismática Católica (RCC) que marcou sua vida e ministério. Sua vida também é marcada pela música. É compositor de várias músicas e também é cantor católico, sendo um dos pioneiros da música católica popular do Brasil além do seu amigo, Padre Zezinho. Sete anos depois, em 1978, fundou a Comunidade Canção Nova, com a missão de evangelizar pelos meios de comunicação social.
Em 2004, juntamente a Comunidade Canção Nova, inaugurou o Centro de Evangelização Dom João Hipólito de Moraes, um local para mais de 80 mil pessoas. Jonas Abib também era presidente da Fundação João Paulo II e membro do Conselho da Renovação Carismática Católica do Brasil, além de outras funções. O título de monsenhor foi concedido ao religioso pelo Papa Bento XVI em 17 de outubro de 2007 a pedido do bispo da diocese de Lorena (SP), Dom Benedito Beni Santos. Esse título é dado pelo Papa a padres que se destacam por relevantes serviços prestados à Igreja e ao povo de Deus em suas dioceses. Em 3 de novembro de 2008 a Canção Nova alcançou o Reconhecimento Pontifício, recebendo aprovação dos seus estatutos junto a Santa Sé.
Jonas Abib lançou dezenas de livros e, como cantor e compositor, 4 álbuns pela gravadora Paulinas-COMEP e 17 pela Gravadora Canção Nova.



VÍDEOS: Padre Jonas Abib apresentando o primeiro programa católico da TV brasileira, o "Anunciamos Jesus", produzido pela Associação do Senhor Jesus (do Padre Eduardo Dougherty) que foi ao ar no dia 4 de junho de 1983. Começava neste momento uma nova forma de Evangelização, foi a semente da TV Canção Nova inaugurada 6 anos depois, em 1989.

 

 


 VÍDEO: Jonas Abib (na época Padre Jonas Abib) no Programa do Jô na Rede Globo em junho de 2004

 



                                   

Descanse na paz de Deus, Jonas Abib.




O pequeno Jonas Abib


Jonas Abib em 1964 quando foi ordenado sacerdote


FONTES:
*Wikipédia

*Site G1:




quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Casas José Araújo (Recife, Pernambuco, 1978)



                             
Propaganda da Casas José Araújo

Quem é de Recife, Pernambuco, e tem mais de 50 anos de idade deve se lembrar dessa propaganda das Casas José Araújo. Pra quem não é de lá e não sabe, é uma loja de tecidos, decoração, cama, mesa e banho bastante popular na capital pernambucana e existente desde 1890, ou seja, há 132 anos. Antigamente a loja presenteava aos clientes pernambucanos suas propagandas inesquecíveis conforme cada época do ano. Entre elas, esta do dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição (8 de dezembro) em 1978. O jingle que me cativou com o coro acapella bem característico de procissão católica foi criado pelo renomado publicitário Carol Fernandes de Aguiar e Silva (27 de junho de 1936 - 8 de maio de 2016) da Itayti Publicidade.




O  publicitário Carol Fernandes de Aguiar e Silva 


Nossa Senhora da Imaculada Conceição

A Imaculada Conceição é, segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha (em latim, macula) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus da falta de graça santificante que aflige a humanidade, sendo portanto cheia de graça divina. A Igreja Católica também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.
A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi inscrita no calendário litúrgico pelo Papa Sisto IV (Francesco della Rovere, 1414-1484), em 28 de fevereiro de 1477. Atualmente, a solenidade da Imaculada Conceição de Maria (8 de Dezembro) é festa de guarda em toda a Igreja Católica, exceto em certas dioceses ou países onde, com a prévia aprovação da Santa Sé, a sua celebração foi suprimida ou transferida para um domingo. Festa de guarda significa que todos os fiéis católicos devem obrigatoriamente participar na missa, como se fosse um domingo.
A Imaculada Conceição da Virgem Maria foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX (Giovanni Maria Mastai-Ferretti, 1792-1878) em sua bula "Ineffabilis Deus" ("Deus Inefável" em latim) em 8 de dezembro de 1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon (por volta do ano de 130-202) e Ambrósio de Milão (por volta do ano de 340-397). Uma vez que Jesus Cristo (nascimento: 7–2 a.C. – morte: 30–33 d.C.*) tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.


"A Virgem Maria abriu a porta do mundo para o Advento do Deus redentor, na carne da humanidade. Ela é, por excelência, a primeira escolhida na ordem da Redenção. O dogma da Imaculada Conceição proclama que Maria foi a primeira a ser redimida pelo Filho que ia gerar."
Comunidade Shalom



*John Paul Meier (1942-2022) afirma que o ano de nascimento de Jesus é cerca de 7/6 a.C. Por outro lado, Karl Rahner (1904-1984) afirma que o consenso entre historiadores é cerca de 4 a.C. Ed Parish Sanders (1937-2022) é favorável a 4 a.C. e aponta o consenso geral para essa data. Jack Finegan (1908-2000) aponta como provável cerca de 3/2 a.C., em função de tradições do cristianismo primitivo. E a maior parte dos historiadores estima que Jesus foi crucificado entre os anos 30 e 33 d.C.


Letra do jingle das Casas José Araújo / dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição:

Senhora da Conceição
Minha Mãe, Minha Rainha 
Dai-me a vossa proteção
Minha querida madrinha. 
Vela acesa, subo o morro 
Pra pagar minha promessa 
Vou vestir azul e branco 
Pra pagar eu tenho pressa. 
As Casas Zé Araújo 
fazem essa louvação 
*Wikipédia

*Comunidade Shalom

sábado, 3 de dezembro de 2022

Erasmo Carlos (1941-2022)

 


Mais um choque na Música Brasileira depois de Gal Costa (26 de setembro de 1945 - 9 de novembro de 2022) e Rolando Boldrin (22 de outubro de 1936 - 9 de novembro de 2022). Ainda não caiu a ficha para mim que sou fã. Bem no dia de Santa Cecília, a Padroeira dos Músicos, morreu o "Tremendão" Erasmo Carlos (5 de junho de 1941 - 22 de novembro de 2022) que havia acabado de vencer o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa com "O Futuro Pertence a... Jovem Guarda" (2022) lançado pela Som Livre. Neste projeto, o cantor e compositor faz uma releitura das músicas da época da Jovem Guarda que foram gravadas pelos seus colegas do gênero musical. Erasmo Esteves, seu nome de batismo, teve tempo de celebrar o prêmio, mas não teve tempo de gravar o álbum de músicas inéditas que já planejara fazer com Marcus Preto.


"Carlos", "Tremendão" e Gigante Gentil"

"Erasmo Carlos", portanto, não passava de um nome artístico em homenagem aos parceiros que estiveram com ele no início da carreira: Roberto Carlos e Carlos Imperial (1936-1992). Outros apelidos que o acompanharam durante a sua carreira eram Tremendão e Gigante Gentil. Durante a fase da Jovem Guarda, programa de TV da década de 1960 do qual Erasmo participou com Roberto Carlos e Wanderléa, recebeu o apelido de "Tremendão". Segundo ele, o apelido vem da sua marca de roupa "O Tremendão", criada naquela época com o sucesso do programa da TV Record que virou movimento juvenil. E quanto ao "Gigante Gentil", foi o apelido dado a Erasmo pela Lúcia Turnbull, cantora, guitarrista paulista e ex-parceira de Rita Lee, em razão da sua altura, 1,93m.


Homenagem de Roberto Carlos

Neste trecho do programa dominical "Fantástico" (27 de novembro de 2022) postado por Fabiano Cavalcante (@FabianoCavalcante / YouTube) Roberto Carlos, visivelmente abatido, deu o depoimento sobre seu amigo e parceiro da música de longas datas. 

 


Que Deus receba Erasmo Carlos com muito amor.


Erasmo Carlos antes da fama

Homenagem da Turma da Mônica ao Erasmo Carlos. No desenho, com os personagens juvenis Rolo e Tina 


Fontes:
*GShow

*Mauro Ferreira - Pop & Arte (G1)



*G1 - Notícias do Rio de Janeiro

domingo, 20 de novembro de 2022

O Evangelho e a MPB #04 - "Meu Mundo e Nada Mais" - Guilherme Arantes

capa do primeiro LP solo de Guilherme Arantes lançado em 1976 pela Som Livre


Logo depois de se integrar às bandas O Polissonante (na qual estava o futuro ator Kadu Moliterno no baixo) e, em 1973 desta vez como músico profissional, Moto Perpétuo, esta empresariada por Moracy do Val (jornalista e ex-Secos e Molhados), Guilherme Arantes finalmente emplaca na carreira solo com o LP que leva o seu nome, lançado pela Som Livre em 1976. Três pessoas foram fundamentais para que o projeto do cantor decolasse: João Araújo (1935-2013), pai do Cazuza (1958-1990) e fundador da Som Livre, Guto Graça Mello na época diretor musical da gravadora e Otávio Augusto Fernandes Cardoso, também conhecido como Pete Dunaway no universo da "música pseudogringa brasileira", gênero que emplacava muito na mídia naquela década de 1970. Otávio Augusto trabalhou nesse disco como arranjador de base (com Guilherme Arantes), direção de produção e mixagem. Dentre as faixas desse álbum, está "Meu Mundo e Nada Mais" que se integrou à trilha sonora da primeira versão da novela "Anjo Mau" (Rede Globo) no mesmo ano. Guilherme a regravou 21 anos depois, em 1997, para o remake da novela. Religiosamente falando, a letra dessa música também tem uma análise evangélica. Leia a seguir:


"Meu mundo e nada mais"
(de Guilherme Arantes, 1976)

"Quando eu fui ferido, vi tudo mudar das verdades que eu sabia". Assim começa a canção "Meu mundo e nada mais", de Guilherme Arantes. A ferida talvez indique um acontecimento decisivo na vida da pessoa, um divisor de águas que mudou o curso de sua história. O encontro pessoal com Jesus foi, sem dúvida, marco fundamental na vida de muitos. Pode-se recordar, por exemplo, a figura de Zaqueu (Lc 19, 1-10), cobrador de impostos que, após receber Jesus em casa, decidiu tornar-se um novo homem: "Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais" (Lc 19,8), disse ele, manifestando a decisão de uma profunda conversão. Aquele encontro transformou a sua vida.

Texto de Frei Gustavo Wayand Medella, OFM
gmedella@gmail.com



Verso da página do dia 14 de setembro de 2022 da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Editora Vozes.


Fontes:
*Blog "Histórias Pelos Cantos"

domingo, 11 de setembro de 2022

CVV - A Linha da Vida

      Postagem especial do dia mundial de prevenção ao suicídio (10 de setembro)


                                 

O Centro de Valorização da Vida (CVV) foi criado em São Paulo no ano de 1962, em decorrência do aumento do número de suicídios. E reconhecido como Entidade de Utilidade Pública Federal desde 1973. O serviço visa à prevenção do suicídio e apoio emocional com atendimento pessoal e telefônico 24 horas por dia, todos os dias do ano, a todos que sentem angústia, solidão ou desespero. Esse atendimento é gratuito e sigiloso. Todos os integrantes do CVV são voluntários(as) treinados(as) em escuta qualificada que estabelece uma relação de ajuda com quem o procura num clima de compreensão, respeito e aceitação.
Atualmente, o CVV está presente em diferentes lugares do Brasil. Para obter auxílio ligue 188 ou acesse o site:

www.cvv.org.br


Fonte: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, verso da página do dia 9 de setembro de 2022.

sábado, 6 de agosto de 2022

O Evangelho e a MPB #03 - "Ofertório" (Caetano Veloso)"

Postagem especial de 80 anos de Caetano Veloso
(7 de agosto)





"Ofertório"
(de Caetano Veloso, 2018)

"Ofertório" é uma canção composta em 2018 por Caetano Veloso. A letra, um manifesto de louvor da parte de alguém que, transbordando de gratidão, reconhece em Deus a origem e o destino de todo bem realizado em sua própria vida e através dela: "Tudo que por ti vi florescer de mim, Senhor da vida [...] trago a teus pés. [...] Consentiste que minha pessoa fosse da esperança um teu sinal". Jesus, no Evangelho, manifesta profunda unidade com o Pai, expressa nos momentos de oração a sós e nos ensinamentos que apresentava aos discípulos: "As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim' (Jo 10,25b). Viver gratamente e sentir-se em profunda conexão com o Pai são
dois importantes pilares do seguimento de Jesus Cristo.

Frei Gustavo Wayand Medella, OFM
gmedella@gmail.com

Verso da página do dia 27 de julho de 2022 da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Editora Vozes.



sábado, 16 de julho de 2022

Paixão acima da razão - tatuagens de torcedores feitas antes da hora e que não deram certo


"Hexa 2014". 

Quando muitos de nós nos deixamos levar pelas nossas paixões, cremos que a respeito delas tudo é possível e que atraímos tudo o que pensamos, o que faz com que coloquemos na nossa cabeça somente pensamentos positivos. Só que em muitos casos, por mais otimistas que sejamos, nem tudo sai como queremos. E um desses casos são de torcedores fanáticos de seus times esportivos que fizeram a loucura absurda de tatuar na pele suas profecias positivas sobre a sua equipe de coração, mas o resultado, não da tatuagem, lógico, mas do jogo não saiu como esperado (e eu achando que era só com casais famosos de namorados que isso acontece. Risos). Veja a seguir vários exemplos de tatuagens feitas antes do resultado final e que não deram certo. Caia na gargalhada. Ou no choro.

Fotos: Stories do site esportivo Lance 

https://www.lance.com.br/galerias/web-stories/tatuagens-feitas-antes-da-hora/


BOSTON CELTICS CAMPEÃO DA NBA 2022

O caso mais recente foi de Jack Bienvenue, jovem torcedor do time de basquetebol americano que "profetizou" o título três meses antes da final. Porém, quem levou a taça de ouro foi Golden State Warrior.


MANCHESTER CITY, CAMPEÃO DA CHAMPIONS LEAGUE

Em 2009, um torcedor tentou profetizar e tatuou que o Manchester City venceria o Champions League em 2011. Só que o clube inglês acabou nem disputando a competição naquela temporada.


MAIS UM DO MANCHESTER!

Este torcedor quis se antecipar e tatuou o título da Champions League 2020/2021 antes da final contra Chelsea. É, não deu certo, my friend!.


ROONEY NO MANCHESTER CITY?

Em 2010 um torcedor fez uma enorme tatuagem de Wayne Rooney nas costas, convencido de que o atacante ídolo do Manchester United iria para o Manchester City. Lógico que isso não aconteceu, né?


BRASIL, A SAGA EM BUSCA DO HEXA

Até o Brasil entrou nessa onda de profetizar na pele a vitória do seu time. A empolgação com a realização da Copa do Mundo em casa em 2014 fez com que os brasileiros acreditassem no hexa. No fim tinha a Alemanha no meio do caminho... 7 a 1, lembra?


SOMOS BRASILEIROS E NÃO DESISTIMOS NUNCA

Em 2018, um torcedor também arriscou no título da seleção brasileira. Novamente não foi dexa vez.


INGLATERRA CAMPEÃ DA EURO E DA COPA?

Não são raros os casos de torcedores ingleses que apostaram em títulos da Inglaterra nos últimos anos e acabaram se decepcionando. Casos como a Euro 2020 foram inúmeros. Porém os ingleses acabaram ficando com o vice para a Itália.


O sonho de reconquistar a Copa do Mundo falou alto no coração (e na pele) dos ingleses em 2018. Só se esqueceram de combinar com a Croácia. Risos.



Teve até tatuagem do capitão e artilheiro Harry Kane com a frase "vencedores da Copa do Mundo 2018". Pode rir ou é maldade?


OUTROS CASOS FAMOSOS NO BRASIL

O "Profeta da Nação" tatuou o tricampeonato do Flamengo na Libertadores antes mesmo do jogo contra o Olimpia nas quartas de final em 2021. Porém, como sabemos, o rubro-negro perdeu a final para o Palmeiras.

Após livrar o Sport Club do Recife do rebaixamento do Brasileirão 2020, o técnico Jair Ventura ganhou tatuagem do torcedor do clube. Porém, 40 dias após a homenagem, Jair foi demitido do Leão. 


sábado, 25 de junho de 2022

Jimmy Five? Patacca? Magari? Saiba como são os nomes dos personagens da Turma da Mônica em outros países

 



Quem me conhece sabe o quanto eu amo a Turma da Mônica. A criação do cartunista Maurício de Sousa faz sucesso não só aqui no Brasil, mas também em vários países como Japão, Estados Unidos, Itália, Espanha, Alemanha entre outros. E sabe como são os nomes dos personagens no exterior? Confira:

A Turma da Mônica




No inglês, Turma da Mônica virou "Monica's Gang" ou "Monica and Friends". Nos países de língua espanhola é "Mónica Y Sus Amigos" ou "Mónica Y Su Pandilla". Na Itália é "La Banda Di Monica". No Japão a turma é conhecida como "Monika & Furenzu", "Fratz & Freunde" na Alemanha, "Monika Dan Kawan Kawan" na Indonésia entre outros.

Mônica



A líder da turminha foi a que menos teve alterações em seu nome. Em quase todos os idiomas, a única diferença é o acento. No inglês e no italiano, ficou apenas Monica (sem acento) No espanhol, Mónica (com acento agudo). Já em japonês, virou Monika (com K no lugar de C)


Cebolinha



Em inglês virou Jimmy Five (Tiaguinho Cinco? Risos). Até então eu acreditava que Jimmy Five se referia à rima para a tradução do nome do personagem em português, "chive" (que é cebolinha, aquele condimento que faz parte do cheiro verde, cor da camisa do amigo da Mônica. Risos). Engano meu. O nome é derivado de seus 5 fios de cabelo e funcionando como um trocadilho para "gimme five" (algo como "toca aqui!" ou "bate aqui!"), expressão utilizada para chamar alguém e cumprimentar batendo as mãos no ar, como se estivesse evocando os cinco dedos da outra pessoa. O gesto também é conhecido em inglês por "high five". Enquanto na versão original brasileira ele troca o R pelo L, nesta versão norte-americana o personagem troca o R pelo W. E quanto aos outros países, Cebollita em espanhol, Cipollino em italiano e Seboriinha em japonês. 


Cascão 


Em inglês, teve seu nome traduzido para Smudge (algo como "Mancha" ou "Sujeira" em português). Cascarón é a versão espanhola do personagem. Na Itália, o garoto porquinho é Patacca e no Japão, Kasukon.


Magali



Magali virou Maggy em inglês. No Japão, a melhor amiga da Mônica virou Magari, enquanto na Itália é Magalí (com acento agudo no I). Já nos países de língua espanhola a personagem não teve seu nome alterado. 


O resto da turminha também ganhou novos nomes ao serem traduzidos. Em inglês, Dona Morte é Lady MacDeath _uma brincadeira com o nome Lady MacBeth, personagem da tragédia "Macbeth" (1603-1606) de William Shakespeare (1564-1616)_, Do Contra é Nick Nope e Chico Bento é Chucky Billy.

 

Fontes:

Splash - UOL

https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/04/26/jimmy-five-entenda-a-traducao-para-o-ingles-do-nome-do-cebolinha.htm

Legião dos Herois

https://www.legiaodosherois.com.br/amp/2021/turma-da-monica-nomes-outros-paises.html

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Roberto Carlos, o Rei das Rádios aos Domingos




Como se vê, Roberto Carlos também é o rei dos domingos de manhã nas rádios. O economista, radialista e professor universitário Fabiano Cavalcante postou um vídeo em seu canal no YouTube falando a respeito dos programas de rádio que tocam uma ou duas horas só com músicas do cantor de "Detalhes" (de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1971). Se você, assim como eu, é fã de Roberto Carlos recomendo que se inscreva no canal do Fabiano Cavalcante no YouTube clicando aqui, pois lá tem cada curiosidade boa sobre o rei da música brasileira. O canal é ótimo, vai lá!

Fabiano cita no vídeo que eu incorporei nesta postagem que o jornal Folha de São Paulo do dia 17 de dezembro de 2017 trazia uma manchete em seu caderno "Ilustrada" anunciando que "Rádios registram picos de audiência para Roberto Carlos aos domingos". De acordo com o jornal, um levantamento feito pela Playax, um startup que monitora o mercado da música, entrega que aos domingos as músicas de Roberto Carlos atinge picos incríveis, em qualquer mês do ano. O levantamento registrou execuções em 4.920 rádios brasileiras e mostrou que a maioria delas ocorre na faixa matinal, entre 6h e 12 horas. Alguns desses programas se repetem ao longo da semana, mas a maioria tem programas especificamente aos domingos. Na época da matéria, em 2017, o Jornal Folha de São Paulo acrescentou um dado: a ECAD que ressaltou que o cantor é o sétimo artista com maior rendimento de execuções de rádio e o primeiro na região Nordeste, considerando o período de janeiro a junho do mesmo ano. Ele está no top 10 de autores mais executados em todas as regiões, exceto aqui na região Sul. No final do vídeo, Fabiano revela que foi apresentador do programa "Encontro Com o Rei" aos domingos que atualmente é transmitido pela Rádio Jangadeiro FM (88,9 MHz) em Fortaleza, capital do Ceará.

Em Santa Catarina, segundo a mesma matéria do Folha, existem 72. 592 programas de rádio com músicas de Roberto Carlos conforme mostra a foto abaixo. Aqui na cidade de Itajaí por exemplo temos a Rádio Difusora AM que transmite na frequência de 1530 KHz sob a direção de Célio Reiser Fóes, filho da saudosa Edith Reiser Fóes (1913-2014) que foi proprietária da rádio. Aos sábados, "A Hora do Rei" que é o nome do programa da Difusora AM começa às 8h e vai até às 9h. E aos domingos, embora a chamada anuncia que é uma hora com músicas do Rei, tem duas horas de duração, das 8h às 10h. Ainda não estou informada das outras emissoras daqui da região Litoral Norte ou no Vale do Itajaí, mas acredito que existem sim as que tem programa só com o rei. 





"As Canções Que Você Faz Pra Mim" -  Nativa FM



Desde 1999 a Nativa FM (transmitida aqui em Itajaí na frequência de 93,5 MHz) exibe o programa chamado "As Canções Que Você Fez Pra Mim", antes apresentado pelo saudoso Dudu Braga (1968-2021), filho do cantor Roberto Carlos. O programa que leva o nome de um dos clássicos do Rei escrito por ele e por Erasmo Carlos e lançado em 1968 possui uma hora de duração e é exibido aos sábados ou domingos, entre 6h e 13h nas filiais da Nativa FM. Fiquei sabendo que, segundo o Fabiano Cavalcante ao responder o comentário de uma internauta no vídeo, "As Canções Que Você Fez Pra Mim" continua no ar, só que apresentado pela viúva do Dudu, Valeska Braga. Porém, de segunda a sexta-feira, entre às 8 e 9 horas da manhã, a Nativa FM vem executando uma música do cantor como compacto diário do programa "As Canções que Você Fez Pra Mim".



 


 Fontes:

Site Dudu Braga


domingo, 8 de maio de 2022

"Mamãe" (de David Nasser e Herivelto Martins, 1957) - Ângela Maria

Postagem especial do dia das mães





Um dos mais inesquecíveis hinos do dia das mães, a clássica "Mamãe" é da autoria de dois dos mais importantes compositores da música brasileira, David Nasser (1917-1980) e Herivelto Martins (1912-1992).
"Mamãe" foi gravada pela primeira vez em 1957 pela cantora Ângela Maria (1929-2018) em dueto com João Dias (1927-1996) (clique aqui)e lançada em disco de 78 rpm pela Copacabana Discos (hoje Universal Music). Dois anos mais tarde, em 1959, Ângela Maria que já tinha sido escolhida como a Rainha do Rádio em 1954 regravou sozinha para o seu ótimo álbum "Ângela Maria Canta Sucessos de David Nasser", também lançado pela Copacabana Discos.

"MAMÃE"
escrita por Herivelto Martins e David Nassser
Interpretada por Ângela Maria
Produzido por Milton Miranda
℗ 1959 Copacabana Discos / Universal Music Brasil

Ela é a dona de tudo
Ela é a rainha do lar
Ela vale mais para mim
Que o céu, que a terra, que o mar

Ela é a palavra mais linda
Que um dia o poeta escreveu
Ela é o tesouro que o pobre
Das mãos do Senhor recebeu

Mamãe, mamãe, mamãe
Tu és a razão dos meus dias
Tu és feita de amor e de esperança

Ai, ai, ai, mamãe
Eu cresci, o caminho perdi
Volto a ti e me sinto criança

Mamãe, mamãe, mamãe
Eu te lembro o chinelo na mão
O avental todo sujo de ovo

Se eu pudesse
Eu queria, outra vez, mamãe
Começar tudo, tudo de novo.



terça-feira, 26 de abril de 2022

As minisséries cristãs "A Última Semana" e "Ele Vive" (Associação do Senhor Jesus, 1996)

 





Toda a Semana Santa é de costume a Rede Século 21, uma das emissoras católicas a que eu particularmente amo assistir, exibir duas minisséries cristãs produzidas na década de 1990: "A Última Semana" e a sua sequência "Ele Vive" ambas exibidas originalmente pela CNT em 1996 e concretizadas pela Associação do Senhor Jesus, instituição católica fundada pelo Padre Eduardo Dougherty que criou a Rede Século 21. As duas sequências foram premiadas em 2001 no Festival de Filmes Católicos da Polônia como o prêmio de "História Mais Bem Contada".
"A Última Semana" foi exibida entre os dias 1 e 6 de abril de 1996 no horário das 17 horas e 20 horas. Foi escrita por Vicente Abreu, autor de "Repórter NT" da Revista Brasil Cristão que também faz parte da Associação do Senhor Jesus, com direção de Lucas Bueno. No elenco, estão Denis Derkian no papel de Jesus Cristo, Jonas Mello (1937-2020) no papel de Caifás, Jefferson Brito como Zadoque, o ator e dublador Luiz Carlos de Moraes como Pôncio Pilatos e Walter Forster (1917-1996).
A série revela o motivo pelo qual Judas traiu Jesus e o porquê que Jesus foi condenado e recebeu um castigo romano num país judeu. Como também demonstra o antigo costume na época de Páscoa de os religiosos sacrificarem um cordeiro de perfeita aparência, uma prática que durou justamente até o dia da crucificação do Verdadeiro Cordeiro sem pecado: Jesus Cristo.

Denis Derkian como Jesus Cristo


O ator Jefferson Brito como Zadoque.(foto do meu amigo Jean Dantas)

A seguir estão três vídeos (ironicamente faltando primeira parte) postados pelo próprio canal da Rede Século 21 no YouTube da minissérie "A Última Semana" ("La Última Semana"), todos dublados em espanhol.





 


 Já a minissérie "Ele Vive" foi exibida na semana seguinte, entre os dias 8 e 13 de abril do mesmo ano, que também foi escrita por Vicente Abreu e dirigida por Lucas Bueno. A produção mostra o que aconteceu nos cinquenta dias entre a Ressurreição de Jesus e sua Ascenção ao céu, a caminhada espiritual dos seguidores de Jesus e a transformação deles de "discípulos" em "Apóstolos", de pescadores profissionais em pescadores de homens. No elenco, Denis Derkian e Luiz Carlos de Moraes mantiveram seus personagens da primeira sequência da minissérie. Jonas Mello, porém, que fazia o Caifás, interpretou Anás, sendo que seu personagem anterior foi representado aqui por Valdir Ramos. Em seguida estão Cristiane Fischer (do Curso de Teatro Emílio Fontana) no papel de Maria de Nazaré, Luís Parreiras (1941-2020) como Simão Pedro e Níveo Diegues como Mateus.

O ator Níveo Diegues como apóstolo Mateus. (foto de Jean Dantas)


Vídeo: trecho da minissérie "Ele Vive" (postado pelo ator Níveo Diegues, o discípulo Mateus)

 


Vídeo: trecho da minissérie "Ele Vive" (postado por RS21 Play)

 


Veja também: por onde anda Denis Derkian, o ator que fez Jesus Cristo nas minisséries cristãs da Associação do Senhor Jesus.


Por onde anda Denis Derkian, o ator que fez Jesus Cristo nas minisséries da Associação do Senhor Jesus

 

Galã dos anos 1980, Denis Derkian trabalhou em várias novelas, filmes e peças de teatro.

Denis Derkian no papel de Jesus Cristo na minissérie "A Última Semana"

Quem assistiu às minisséries "A Última Semana" e "Ele Vive" na Rede Século 21 se emocionou com o protagonista Jesus Cristo vivido pelo talentoso ator Denis Derkian. Mas aí a gente se pergunta: por onde anda o intérprete do Messias nas produções da Associação do Senhor Jesus?


Denis Derquiaskian nasceu no dia 7 de fevereiro de 1957 em Curitiba, capital do Paraná. Começou a trabalhar no cinema no filme "Noite Em Chamas" (UCB, União Cinematográfica Brasileira, 1978) dirigido pelo cineasta português Jean Garret (1946-1996).

O ator no auge da sua carreira


Na televisão, estreou na novela "João Baiano, o Bom Brasileiro" na TV Tupi em 1978. Ainda na Tupi, esteve nas novelas "Aritana", também em 1978, e "Dinheiro Vivo"(1979-1980). Seu primeiro trabalho na Rede Globo foi na novela "As Três Marias" (1980). Nos anos 1980, participou do humorístico "Viva o Gordo" (Rede Globo) e de muitas novelas, como "Ciranda de Pedra" (Rede Globo, 1981), "Destino" (SBT, 1982), "Voltei pra Você" (Rede Globo, 1983-1984), "Roda de Fogo" (Rede Globo, 1986-1987), a primeira versão de  "Sinhá Moça" (Rede Globo, 1986), "Fera Radical" (Rede Globo, 1988) e "O Salvador da Pátria" (Rede Globo, 1989). Na época das pornochanchadas, esteve em filmes como "A Noite dos Imorais" (UCB, União Cinematográfica Brasileira, 1978), "Histórias Que Nossas Babás Não Contavam" (Cinedistri, 1979), uma paródia humorística adulta do conto da "Branca de Neve" ("Schneewittchen", 1812) na qual Derkian fez papel do Príncipe e "Ariella" (Condor Filmes, 1980). Participou também do filme "Fuscão Preto" (1983) estrelado também pelo cantor Almir Rogério e Xuxa Meneghel, antes de ser famosa como apresentadora infantil.

Na década seguinte participou das três produções da instituição católica Associação do Senhor Jesus exibidas em 1996 pela CNT: as minisséries "Irmã Catarina" protagonizada pela Myrian Rios e as premiadas "A Última Semana" e a sua sequência "Ele Vive" nas quais ele fazia o papel de Jesus Cristo. Esteve nas novelas "Sangue do Meu Sangue" (SBT, 1995-1996), "Estrela de Fogo" (Rede Record, 1998-1999), "Tiro e Queda" (Rede Record, 1999-2000), "Amor e Ódio" (SBT, 2001-2002), "Direito de Nascer" (SBT, 2001), "Pequena Travessa" (SBT, 2002-2003), "Duas Caras" (Rede Globo, 2007-2008), "Malhação" (Rede Globo, 2010-2011) e "Insensato Coração" (Rede Globo, 2011). Sua última participação na TV foi em "Supletivo do Céu" na TV Aparecida, uma série humorística católica no estilo "Escolinha do Professor Raimundo". Nesta produção ele fez o papel do Coronel Leoclides Tupinambá.

Denis Derkian e o amigo Padre Eduardo Dougherty, criador da Associação do Senhor Jesus, em julho de 2021

No teatro, esteve em "As Mãos de Eurídice", "O Vison Voador", "Trair e Coçar é só Começar", "Proposta Indecente", "O Advogado de Deus", entre outras.


Por onde anda Denis Derkian

Denis Derkian mora em Mairiporã, na Grande São Paulo. Em 2020, sofreu sérios problemas de saúde após retirar um melanoma cutâneo da panturrilha, onde passou 15 dias internado no hospital, nove dias na UTI e outros seis dias internado por conta de uma bactéria que contraiu e acabou afetando os pulmões. Sem dinheiro para pagar o hospital acumulando uma dívida de mais de cem mil reais, amigos e vizinhos fizeram uma vaquinha solidária. Com a pandemia, o restaurante que era sua fonte de renda se viu fechado e para sobreviver, entregou marmitas.

Porém, como diz o ditado, depois da tempestade é que vem a bonança. Denis Derkian está no filme "O Braço Direito" disponível nas plataformas de streaming e, com a trégua da pandemia, seu restaurante foi reaberto. E a gente aqui feliz por isso e desejando tudo de bom pra ele.





Veja também: a postagem sobre as minisséries "A Última Semana" e "Ele Vive" da Associação do Senhor Jesus

Fontes:

Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil