"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sons que marcaram a minha infância

Pra alguns, o texto pode ser tosco, mas, pra mim, é bem significativo


Eu diria que o meu interesse por música veio desde berço. Na verdade, quando eu era criança, eu ainda estava na dúvida se eu queria ser enfermeira, cantora ou estrela de novelas da TV Globo (ops, já estava sonhando alto demais!). Quando eu tinha um ano de idade, meu pai tinha comprado o primeiro aparelho de som da marca Polyvox/RCA, cujas caixas de som eram revestidas de madeira branca, coisas da época.Meu pai, de vez em quando, comprava LP's pra ele e pra mamãe e umas fitas cassete pra mim, gravadas por uma discolandia popular da cidade. Eu nunca tinha falado isso a ninguém, mas eu não gostava de fita cassete, porque, ao contrário dos discos de vinil, a capa era minúscula, não havia contracapa, não tinha etiqueta original da gravadora fixada no LP e nem tampouco a ficha tecnica completa do disco (como por exemplo, quem foi o compositor, o produtor...) E a sonoridade das fitas cassete era de som grave e de chiado contínuo que cobria todo o áudio , enquanto a do vinil era mais nítida e mais original do que se ouvia nas FM's. E eu sentia inveja da criançada da minha faixa etária que tinha discos de vinil dos quais eu tinha em fita.
Anos mais tarde,ganhei uma bola de vinil branca com manchas coloridas, dessas que, hoje em dia, custa R$ 1,99 cada. Eu adorava não só pra brincar, mas pra ouvir as batidinhas musicalizadasque eu dava.Eu gostava muito de brincar com a bola no quintal da casa até que, sem querer, tinha batido com a bola no espinho de uma das roseiras da mãe. O som do furo era do qual eu não gostava de ouvir, pois parecia "O som da perda de um objeto de coração":o som do esvaziamento de ar.
Apesar de a bola ser de custo barato, meus pais demoravam meses pra comprar outra pra mim e com toda a razão:a maior parte do dinheiro que papai guardava do trabalho ele investia pro nosso futuro, por isso que não dava pra comprar toda hora.
Me lembro também do violão que mamãe havia comprado pra mim. Um violãozinho de madeira, de brinquedo e com o preço equivalente a R$ 1,99 da época. Ironicamente, a cada cordinha que eu "puxava" só tocava uma nota só:o Lá maior

É porque eu sempre gostava quando meu tio vinha a nossa casa com o violão. Ele cantava bem e até hoje canta, mas não profissionalmente e sempre tocava os "hits" da época, entre eles, um que não saía da minha cabeça:a introdução da musica "Loiras Geladas" do grupo RPM, uma das bandas das quais ele gostava.
Segundo minha mãe, esse talento todo, tanto meu quanto do meu tio, o irmão dela, veio da minha avó, a mãe deles., que cantava bem, tinha uma linda voz, mas morreu três anos antes de eu nascer, sem um reconhecimento artístico sequer,pois não tinha condições pra isso.

Um comentário:

  1. Pra mim essa história é muito significativa sim senhorita! Porque conta a história da trajetória da sua vida, e como seu dom é de raiz, é de família, a dona Juci não pode demonstrar o que ela sabia, mas deixou o dom dela de herança pra vc! Ou se esqueceu que eu tava lá naquele auditório do Fayal quando alguem veio adentrando o auditório cantando? Acho que estavas com um vestido azul marinho... E eu lá na marejada vendo vc participar daquele concurso de cantores? VC ainda fará muito sucesso pois vc merece! Viuuu quero fazer um pedido, posta mais os teus videos de vc cantando :P

    ResponderExcluir

Moderação de comentários ativada. Aguarde a publicação.

Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil