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sábado, 6 de maio de 2017

Uma sexta-feira muito triste: nos deixam Almir Guineto e Irmã Míria Kolling

Um dia pesado para a música: nos deixaram o sambista Almir Guineto e a freira, musicista e escritora Irmã Míria Kolling.

ALMIR GUINETO




O sambista Almir Guineto morreu aos 70 anos na manhã de sexta-feira, 5 de maio, vítima de complicações de problemas renais crônicos e diabetes. A doença havia sido diagnosticada no final de 2015, e desde junho de 2016 o sambista estava afastado dos palcos. Ele estava internado no Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador, há 69 dias.
Nascido e criado no Morro do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro, Almir Guineto teve contato direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos em sua família. Seu pai Iraci de Souza Serra era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba; sua mãe Nair de Souza (mais conhecida como "Dona Fia") era costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro; seu irmão Francisco de Souza Serra (mais conhecido como Chiquinho) foi um dos fundadores dos Originais do Samba.
Na década de 1970 Almir Guineto já era mestre de bateria e um dos diretores da escola de samba Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que frequentavam o bloco Cacique de Ramos. Nesse período, Almir inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho, já que, segundo o próprio cantor, o cavaquinho tinha problemas de rompimento das cordas. Ao mudar-se para São Paulo em 1979, Almir Guineto se integrou ao grupo Originais do Samba. Beth Carvalho gravou algumas composições do músico, como "Pedi ao Céu" (em parceria com Luverci Ernesto), "Tem Nada Não" (com Jorge Aragão e Luverci Ernesto) e "Coisinha do Pai" (com Jorge Aragão e Luiz Carlos), esta que, em 1997, foi programada pela engenheira brasileira da Nasa Jacqueline Lyra para acionar um robô norte-americano da missão Mars Pathfinder, em Marte.
No início da década de 1980, ele ajudou a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de "Samba É no Fundo de Quintal" (RGE, 1981), primeiro LP do conjunto, e seguiu para carreira solo. No mesmo 1981, Almir Guineto foi classificado na primeira eliminatória do Festival MPB Shell com o samba concorrente "Mordomia que foi sucesso em todo o Brasil. Ao longo da década, sua notoriedade como compositor aumentaria ao ter suas músicas interpretadas por sambistas como Beth Carvalho, Jovelina Pérola Negra (1944-1998) e Alcione.
Em 1986, foi lançado o LP "Almir Guineto", que teve grande sucesso comercial. Nesse disco, Almir Guineto gravou algumas de suas parcerias com Adalto Magalha (1945-2016), Beto Sem Braço (1940-1993), Guará da Empresa, Luverci Ernesto (1941-2007) e Zeca Pagodinho. Entre os grandes destaques, estão "Caxambu", "Mel na Boca", "Lama nas Ruas" e "Conselho".

Fontes:
Wikipédia
G1 
Jornal O Dia

IRMÃ MÍRIA KOLLING



Morreu aos 77 anos também no dia 5 de maio, por voltas das 17h30 a Irmã Míria Teresinha Kolling, um dos maiores nomes da música litúrgica do Brasil. O falecimento da religiosa foi comunicado pela Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria – Província Nossa Senhora Guadalupe. Irmã Míria Kolling havia sofrido um leve infarto no mês passado e, desde então, estava internada no Hospital Santa Virgínia, em São Paulo (SP). Após apresentar uma melhora, isso nesta sexta-feira, se submeteu a uma angioplastia, mas não resistiu ao procedimento.
Míria Teresinha Kolling nasceu em Dois Irmãos, Rio Grande do Sul. Foi Religiosa da Congregação do Imaculado Coração de Maria há 57 anos e desde cedo aprendeu na família a amar e cultivar a música. Na Congregação teve oportunidade de aprofundar seus estudos musicais. Como compositora de música litúrgica e religiosa, é conhecida sobretudo pelas Missas e cantos litúrgicos para as Celebrações. Fez o Curso de Formação Profissional de Professor Primário, cursou pedagogia, música (bacharelado em instrumento) e estudou técnica vocal e canto e ministrava Encontros de Liturgia e Canto Pastoral.
No início da década de 1970, Irmã Míria Kolling começou a prestar serviços à música litúrgica e lançou seu primeiro compacto na Paulinas Editora. A religiosa compôs dezenas de compactos para os missionários de "O Domingo", gravou discos Sono-Viso e a sua gravadora atual foi a Editora Paulus. O curioso é que, na maioria de seus trabalhos fonográficos, suas canções foram gravadas por outros intérpretes. Além de cantos para a catequese e evangelização, compôs mais de 600 músicas, em geral com letra e música de sua autoria.

Fontes:
Blog Padre Zezinho
A12 (TV Aparecida)
Site Oficial Irmã Míria Kolling

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