"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Mumuzinho - "Arlindo Cruz"

 


Arlindo Cruz (1958-2025)


Na tarde desta sexta-feira, morreu o cantor, multi-instrumentista e compositor carioca Arlindo Cruz (14 de setembro de 1958 - 8 de agosto de 2025). Ele estava internado no hospital Barra D'Or na Zona Oeste do Rio de Janeiro após sofrer falência múltipla de órgãos. Arlindo havia sofrido de acidente vascular cerebral em março de 2017 e, desde então, lidava com as sequelas, passou por vária internações e, em razão disso, não se apresentava mais.
Irmão do compositor Acyr Marques (1953-2019) e apadrinhado artisticamente por Candeia (1935-1978), Arlindo Cruz iniciou sua carreira em 1981 em rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de artistas como Jorge Aragão, Beto sem Braço (1941-1993) e Almir Guineto (1946-2017). Seus trabalhos como compositor, primeiro meio artístico no qual esteve, tornaram-no célebre por terem sido gravadas por diversos artistas. Com o tempo, passou a cantar as próprias composições, e ficou ainda mais conhecido quando entrou para o grupo Fundo de Quintal. Em 1993, deixa o grupo e dá início à carreira solo, destacando-se principalmente a partir do "DVD MTV ao Vivo: Arlindo Cruz" (Deckdisc, 2009), que vendeu cem mil cópias. 


Legado de Arlindo Cruz

Em trinta e seis anos de carreira lançou vinte e três álbuns, sendo nove enquanto integrante do Fundo de Quintal, cinco em parceria com o sambista Sombrinha e nove em carreira solo. Arlindo venceu mais de vinte e seis prêmios, incluindo o 26.º Prêmio da Música Brasileira, e é detentor de dezenove disputas de samba-enredo pelas escolas Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. Foi indicado ao Grammy Latino cinco vezes, sendo quatro na categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode e um na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa. Segundo o site oficial do sambista, Arlindo Cruz tem mais de 550 músicas gravadas por vários artistas.


Tributo de Mumuzinho




Três dias antes da morte do artista, dia 5, o cantor Mumuzinho lançou a música " Arlindo Cruz" (de Prateado e Picolé) em homenagem ao amigo. "A importância do Arlindo para mim vai de encontro ao meu amor pelo samba. E conviver com o Arlindo era maravilhoso! Ao mesmo tempo em que a gente olhava o cara e via uma entidade, uma pessoa grandiosa, ele era um cara simples e não tinha vaidade nenhuma. Ele sempre foi muito generoso e participativo, e dividia a sua luz com todo mundo. Era uma troca boa e ele também gostava muito. Ele sempre respeitou os novos artistas. Então, para mim, era uma alegria estar com ele", relembra o intérprete de "Eu Mereço Ser Feliz" (de Marquinho Índio e André Renato, 2018) para o GShow

Descanse em paz, Arlindo Cruz.

Fontes:
*Wikipédia
*G1:



"Arlindo Cruz"
Escrita por Prateado e Picolé
Interpretada por Mumuzinho
℗ 2025 Universal Music Brasil Ltda.

Ficha Técnica:

Gerente Artístico- Rodrigo Carvalho
Supervisor Artístico- Felipe Sandim
PO- Vinicius Cunha
Produção Musical – Prateado
Direção de vídeo- Renan Victor Valério
Mixagem – Gabriel Vasconcellos


Músicos:

Prateado – Contra Baixo
Fábio Viotto - Bateria
Castilhol – Teclados, Piano e Coberturas
Sirley Ferrari - Coberturas
Raul Silva – Cavaco e Banjo
Cezar Rocha – Violão
Maninho – Tan Tan e Surdo
Márcio Kuko – Repique de mão
Nego – Pandeiro
Gonzales – Percussão Geral
Janeh Magalhães, Fael Magalhães, Douglinhas e Levy – coro


Letra:

O mestre ensinou com o seu cantar
Sorrindo da arte de fazer chorar
Falando de amor encheu o lugar
Mais que um trovador tão lindo no véu do luar

Na doce voz angelical indo do simples ao sensacional
Um gênio sem igual
No banjo o som, botando um sal
Na ortografia comportamental
Se tatuou nos corações que são
Apaixonados por suas canções

Sinos hão de entoar
Notas de emocionar
Temas vão eternizar
Sambas de fazer chorar
Quando dele nos lembrar
Hinos hão de se cantar
Lindo Arlindo
Sinos hão de entoar
Notas de emocionar
Temas vão eternizar
Sambas de fazer chorar
Quando dele nos lembrar
Hinos hão de se cantar
Lindo Arlindo

Na doce voz angelical indo do simples ao sensacional
Um gênio sem igual
No banjo o som, botando um sal
Na ortografia comportamental
Se tatuou nos corações que são
Apaixonados por suas canções

Sinos hão de entoar
Notas de emocionar
Temas vão eternizar
Sambas de fazer você chorar
Quando dele nos lembrar
Hinos hão de se cantar
Lindo Arlindo
Sinos hão de entoar
Notas de emocionar
Temas vão eternizar
Sambas de fazer você chorar
Quando dele nos lembrar
Hinos hão de se cantar
Lindo Arlindo
O Mestre ensinou com o seu cantar
Arlindo


sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Sextou com "O Lago dos Cisnes" Tchaikovsky!

 


Toda sexta-feira, durante a década de 2010, o telejornal matinal Bom Dia Brasil da Rede Globo encerrava sua edição com "Imagens da Semana", uma retrospectiva de notícias semanais do Brasil e do mundo cujo tema era "Dança Espanhola" ("Danse Espagnole" / "Испанский танец") do balé dramático "O Lago dos Cisnes" ("Лебединое озеро", "Lebedínoye Ózero", 1876) do compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovski (Пётр Ильи́ч Чайко́вский, 7 de maio de 1840 - 6 de novembro de 1893). Esse vídeo-áudio que eu incorporei abaixo é da gravação de 1977 sob a regência do maestro e pianista australiano Richard Bonynge para o LP triplo "Tchaikovski: Swan Lake, Op. 20 - The Ballet Complete" (Decca Records / Universal Music).


"Dança Espanhola" ("Spanish Dance") ("Danse Espagnole") ("Испанский танец")
(Allegro non troppo. Tempo di Bolero, 1876) terceiro ato n° 21
do balé "O Lago dos Cisnes" ("Лебединое озеро"), Opus 20 ( TH 12; ČW 12) 

Escrita por Piotr Ilitch Tchaikovski
National Philharmonic Orchestra, sob a regência de Richard Bonynge  
℗ 1977 Decca Music Group Limited / Universal Music Group


domingo, 27 de julho de 2025

Irmã Marizele e Irmã Marisa - "Vocação"

 

As irmãs Marisa e Marizele, religiosas da Copiosa Redenção.



"A messe é grande, mas os operários são poucos"
Mateus 9:37 e Lucas 10:2.

Eu já conhecia o trabalho da Irmã Marizele como cantora através da Rádio Evangelizar FM (99.5 MHz) de Curitiba (PR) que eu ouço online pela música sertaneja católica "Lua" (de Ir. Marizele Isabel Cassiano Rego, 2024). Porém, a partir do dia 20 de maio desse ano, ela e sua colega da Congregação Copiosa Redenção, a Irmã Marisa de Paula Neves, ganharam uma repercusão mundial. Durante a sua participação no programa Família de Amor da TV Pai Eterno apresentado pelo Frei Giovane Bastos, as irmãs fizeram a sua versão hip hop da música "Vocação de Amar e Servir" (de Luana Pereira, 2009) gravada pela própria congregação e com direito a beatbox da Marizele. E isso bastou para que virasse notícia na imprensa mundial e chamasse atenção até da atriz americana Viola Davis que repassou o vídeo em sua página no Instagram e questionou na legenda em tom de brincadeira: "Irmã Mary Clarence????", referindo-se à personagem de Whoopi Goldberg no filme "Mudança de Hábito" ("Sister Act", Touchstone Pictures, 1992). A própria Whoopi reagiu ao vídeo das freiras brasileiras em seu programa The View do canal ABC: "Sempre que você puder louvar a Deus com alguma canção, acho que é um ótimo sinal! É quase 'Mudança de Hábito' na vida real". Lógico que, com a repercusão, a dupla virou matéria no Fantástico da Rede Globo e se apresentou em vários programas de TV como o Programa Silvio Santos apresentado pela Patrícia Abravanel no SBT e Melhor da Noite na Band.

E em razão desse sucesso, as irmãs Marizele e Marisa da Copiosa Redenção resolveram regravar "Vocação" com a participação do DJ Baruch. Adorei, mesmo!






Quem são as religiosas?

Irmã Marisa de Paula Neves é natural de Mamborê (PR), tem 41 anos e está há 14 anos em votos religiosos. Desde que entrou na Congregação em 2007, já passou por diversas frentes missionárias, como Botucatu (SP), Campo Mourão, Curitiba, Ponta Grossa, Pinhas e Trindade (GO). Sua vocação começou cedo, ainda na infância, quando um sacerdote disse a seus pais: "Deus foi generoso com vocês dando duas filhas. Agora vocês precisam ser generosos com Ele."

Já a irmã Marizele Isabel Cassiano Rego tem 46 anos e 20 anos de votos religiosos. Ela descobriu um novo chamado dentro do seu chamado à vida religiosa: a música. Após participar do Programa Vozes da TV Evangelizar, sentiu Deus despertando uma missão nova. "Depois do programa, percebi que Deus me chamava a evangelizar através da música. Era uma promessa antiga dEle, que começou a germinar no meu coração". (Pai Eterno). Desde a sua adolescência, Marizele já tinha habilidade para beatbox.


Fontes:

*G1
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/05/29/freiras-que-viralizaram-com-beatbox-chamam-a-atencao-de-viola-davis-e-repercutem-em-outros-paises.ghtml

*Pai Eterno
https://www.paieterno.com.br/2025/06/03/irmas-da-copiosa-redencao-viralizam-internacionalmente-com-beatbox-na-tv-pai-eterno/

*CNN Brasil
https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/mudanca-de-habito-whoopi-goldberg-reage-a-freiras-que-viralizaram-na-web/

*Copiosa Redenção (site oficial)



"Vocação (de Amar e Servir)" 
Escrita por Luana Pereira 
Interpretada por Copiosa Redenção (voz principal: Ir. Marizele)
Participação especial do DJ Baruch 
℗ 2025 Irmã Marizele & DJ Baruch

PRODUÇÃO MUSICAL:
DJ Baruch

PRODUÇÃO DO CLIPE
Direção Artística: Irmã Daniely Duarte, CR 
Produção Geral: Copiosa Redenção e ALB
Direção de Vídeo: Alex Skavronski
Edição & color: Irmã Daniely Duarte, CR 
Cinegrafista: Alex Skavronski e Charles Ch2films
Drone: Charles Ch2films
Assistente de câmera: Edson Silva

LETRA:

Vocação, uouoo...

Vocação é sentir no coração
O chamado de amar e servir
Vocação é sentir no coração
O chamado de amar e servir

É ouvir sempre a voz de Deus
A chamar confiante de que vais decidir
É deixar tudo e partir
Procurar na dor e na alegria servir

Vocação, uouoo...

É nas trevas ser luz enfim
Levar amor e coragem pra quem quer desistir
É com ardor dizer sim
A exemplo de Maria servir

Vocação é sentir no coração
O chamado de amar e servir
Vocação é sentir no coração
O chamado de amar e servir

Vocação, uouoo...


domingo, 20 de julho de 2025

"Um Broto Legal" (2022) - a cinebiografia da Celly Campello

Marianna Alexandre, a dubladora da Wandinha, interpreta a primeira popstar brasileira neste filme de Luiz Alberto Pereira.



Como acompanhante da programação da TV Aparecida, recentemente assisti à Tela de Sexta, sessão de filmes exibida pela emissora católica, com o filme brasileiro "Um Broto Legal" (Pandora Filmes, 2022), uma cinebiografia sobre a cantora Celly Campello (18 de junho de 1942 - 4 de março de 2003) e seu irmão, o também cantor Tony Campello que hoje tem 89 anos e colaborou com a produção do filme. Não perdi, já que sou fã das décadas de 1950 e 1960 e dos primórdios do rock and roll, como também eu já tenho um CD relançado do primeiro álbum da Celly Campello, o "Estúpido Cupido" (Odeon / hoje Universal Music, 1959) da coleção Odeon 100 Anos divulgada pela sua então sucessora EMI Music em 2003 com a supervisão de Charles Gavin, ex-baterista dos Titãs e colecionador de discos de vinil. O LP contou com o conjunto do acordeonista paulista Mário Gennari Filho (1929-1989), além do coro não creditado dos Titulares do Ritmo, formado por seis cantores com deficiência visual.



Capa do LP "Estúpido Cupido", o primeiro e mais bem sucedido da carreira da Celly Campello.


Cantora de clássicos juvenis como "Estúpido Cupido" (1959), versão em português de "Stupid Cupid" (de Neil Sedaka e Howard Greenfield, 1958) escrita por Fred Jorge (1928 - 1994), "Banho de Lua" ("Tintarella di Luna", de Bruno Defilippi e Francesco Migliacci, 1959, e versão de Fred Jorge, 1960), "Túnel do Amor" ("Have Lips Will Kiss in the Tunnel of Love", de Bob Roberts e Patty Fischer, 1958, e versão de Fred Jorge, 1959), "Lacinhos Cor-de-Rosa" ("Pink Shoe Laces", de Mickie Grant, 1959, e versão de Fred Jorge, 1959) e "Broto Legal" ("I'm In Love", de Hilda Earnhart, 1959, e versão de Renato Corte Real, 1960), a primeira rainha do rock 'n' roll neste filme dirigido por Luiz Alberto Pereira e divulgado em 16 de junho de 2022 é interpretada por Marianna Alexandre, cantora, compositora, atriz e dubladora de várias personagens de séries, desenhos animados e filmes, dentre elas, Wandinha/Wednesday, vivida por Jenna Ortega na série homônima da Netflix cuja primeira temporada foi lançada em 26 de novembro de 2022, o que se supõe que Marianna estaria gravando o longa-metragem e se preparando para a dublagem da série ao mesmo tempo. 

Nas partes musicais da cinebiografia, a voz cantada da Celly Campello é da também cantora e dubladora Luiza Caspary que também, como artista, trabalha com acessibilidade, inclusão e representatividade para pessoas com deficiência, e a do Tony Campello (Murilo Armacollo) é de Quirino Filho, locutor, ator, produtor musical, cantor que participou de vários álbuns de músicas católicas da gravadora Paulinas-COMEP e cover do Elton John. 



Marianna Alexandre como Celly Campello na cena em que grava o rock 'n' roll calipso em inglês "Handsome Boy" (1958) _da autoria do  Mário Gennari Filho (Petrônio Gontijo) e Celeste Novaes (Stella Abreu)_, lançado em 78 RPM (single no atual jargão fonográfico) que foi incluído em 1959 no LP "Estúpido Cupido".



Quirino Filho, a voz cantada de Tony Campello no filme.


Luiza Caspary, a voz da Celly Campello nas músicas do longa-metragem. 



Sinopse

"Um Broto Legal" conta a história da primeira cantora de rock nacional, Celly Campello (Marianna Alexandre). No final dos anos 1950, Célia Benelli Campello é uma jovem de 16 anos de Taubaté, interior de São Paulo. Uma espécie de celebridade local, ela canta na rádio da cidade, onde tem um público cativo. Seu irmão, Sergio Benelli Campello (Murilo Armacollo), aspirante a cantor, acaba se mudando para São Paulo, onde é descoberto por um caça-talentos. Depois, será a vez dela. E esse é só começo da carreira daquela que ficou conhecida como Celly Campello, precursora do rock no Brasil, e responsável por hits como "Banho de Lua" e "Estúpido Cupido". Ela, junto ao seu irmão Tony Campello como Sergio passou a se chamar popularmente, tem sua história e trajetória contada, desde Taubaté até conquistar todo o Brasil. 



Celly Campello (Marianna Alexandre) e Tony Campello  (Murilo Armacollo)


Celly largou a carreira no seu auge, em 1962, aos vinte anos, para se casar e morar em Campinas com José Eduardo (Edwards) Gomes Chacon (1938-2023) (no filme, vivido por Danillo Franccesco), o namorado desde a adolescência, com quem permaneceu casada até sua morte e teve dois filhos, Cristiane e Eduardo. Ela vinha sendo cogitada para apresentar o programa Jovem Guarda (Record TV, 1965-1968) ao lado de Roberto Carlos e Erasmo Carlos (1941-2022), mas recusou, sendo substituída por Wanderléa.

Em 1975 tentou relançar a carreira aparecendo no Hollywood Rock, pioneiro festival de rock no Rio de Janeiro, se apresentando com o irmão Tony Campello. O evento foi filmado para o documentário "Ritmo Alucinante" (Alfa Produções Artísticas/Embrafilme) lançado no mesmo ano. No ano seguinte foi trazida de novo ao sucesso graças à telenovela "Estúpido Cupido", homônimo do grande sucesso de 1959, na TV Globo, na qual gravou uma participação especial. Incentivada pelo sucesso da novela, tentaria retomar a carreira, chegando a gravar um disco e fazendo alguns espetáculos. Depois do término da novela, ainda gravou, nos três anos seguintes, uma série de compactos simples e duplos pela RCA Victor (hoje Sony Music), com versões de sucessos internacionais do fim dos anos 1970, muitas delas feitas por nomes secretos da música pop brasileira da época, como "A Saudade" ("It's a Heartache", de Ronnie Scott e Steve Wolfe, 1977, e versão de Carlinhos Borba Gato, 1978), sucesso da cantora galesa Bonnie Tyler, "Só Entre Dois Amores" ("Torn Between Two Lovers", de Peter Yarrow e Phillip Jarrell, 1976, e versão de Hamilton Di Giorgio, 1977) da Mary MacGregor, "Você Me Fez Brilhar" ("You Light Up My Life", de Joseph Brooks, 1977, e versão de João Walter Plinta, 1978), música apresentada ao mundo na voz de Debbie Boone e "Insisto, Amor" ("Isn't She Lovely", de Stevie Wonder, 1976, e versão de João Walter Plinta, 1977), além da regravação de "Don't Cry For Me Argentina" (música de Andrew Lloyd Webber e letra de Tim Rice, 1976) da ópera-rock "Evita".

Celly Campello morreu, vítima de câncer de mama, em uma terça-feira de carnaval, 4 de março de 2003.


Os irmãos Tony e Celly Campello na capa do LP lançado pela Continental (hoje Warner Music) em 1976. (Toque Musical)


Trailer do filme "Um Broto Legal"

 



sábado, 19 de julho de 2025

"Meu Samba" - o mais novo álbum da Karinah

Capa do álbum "Meu Samba" da Karinah


Imagine só: é só juntar Karinah ao Zeca Pagodinho, Rildo Hora (e os filhos Misael e Patrícia Hora) e Tutuca Borba, músico da banda do meu mozinho Roberto Carlos, que a gente vê o peso e o luxo do mais novo trabalho da cantora paranaense naturalizada catarinense, o álbum "Meu Samba" lançado pela Universal Music no dia 22 de maio com a direção artística do Zeca e produção do Max Pierre, o homem de mais de 60 milhões de discos vendidos, e a capa que leva a assinatura de Gringo Cardia. 
O projeto contem 10 músicas. Além da regravação de "Verdade" (de Nelson Rufino e Carlinhos Santana, 1996) (clique aqui para ver a postagem sobre o videoclipe), grande sucesso do Zeca Pagodinho, meu ídolo, tem "Sou do Povo" (de Gabrielzinho do Irajá, Alexandre Chacrinha e Flavinho Bento), cuja letra fala do empodeiramento feminino e com a qual Karina admite que se identifica, "Que Distância?", da autoria de Moacyr Luz em parceria com a cantora argentina Cecilia Stanzione, "Caminho da Paz" (de Marquinhos da Cuíca, Waltiz Zacarias e Gabrielzinho de Irajá) com a participação de Milton Guedes na flauta, "O Céu Serenou" (de Dunga de Vila Isabel e Tuninho Nascimento) com influência do meu ídolo Clara Nunes (1942-1983), "Do Jeito Que Você Deixou" (de Dunga de Vila Isabel e Roque Ferreira) com o arranjo do meu outro ídolo Rildo Hora, "Luz da Saudade" (de Moacyr Luz e Zeca Pagodinho) que foi escrita em um talão do jogo do bicho, desengavetada depois de 40 anos e ficou linda na gravação da cantora, "Jandairê – Festa de Erê" (Dunga de Vila Isabel e Roque Ferreira) que é bem otimista e, para encerrar com chave de ouro, "Até a Próxima Vez” (de Dunga de Vila Isabel), uma forma de agradecer ao público que aprecia a sua carreira.


Karinah com Rildo Hora e Max Pierre, produtor artístico do álbum.


Com certeza você deve estar pensando: "tá, Jeane, mas e a terceira faixa 'Foi Um Sonho' de Nelson Rufuno, na qual a Karinah faz um dueto com Zeca Pagodinho?" Não esqueci, não. Muito pelo contrário, deixei por último de propósito, mesmo. Risos. A princípio, "Foi Um Sonho" teria uma interpretação solo de Karinah, porém o Zeca, assim que ficou empolgado com o resultado final do álbum, se ofereceu para emprestar sua voz à música. Foi emoção só para a Karinah, já que ela mesma admitiu que foi a realização de um sonho. E o videoclipe com a direção da própria cantora com Arthur Rodrigues foi uma emoção pra mim também, pois toda a estrutura _inclusive a roupa e o cabelo preso ao alto da Karinah_ me fez lembrar o da música "Chegaste" ("Llegaste", de Kany García e versão de Roberto Carlos, 2017) com meu ídolo Roberto Carlos e Jennifer Lopez. Eu posso estar errada, mas eu acredito que a ideia seria essa mesmo. Neste vídeo temos um rei... do pagode e a Karinah como a nossa J.Lo do samba. Que amor!

Karinah e Zeca Pagoinho.



Vídeo do depoimento do Rildo Hora sobre o álbum "Meu Samba" da Karinah.


FICHA TÉCNICA

Zeca Pagodinho – direção artística e repertório
Max Pierre – produção artística
Victor Kelly e Tatiana Messas – produção executiva
Genilson Barbosa – arregimentação e assistente de produção
Raphael Rui Castro – Enzo Vittorio – técnicos assistentes
Tércio Marques – técnico de edição
Flavio Senna Neto – técnico de edição e masterização
William Junior – engenheiro de gravação
Flávio Senna – engenheiro de gravação e mixagem
Studios Cia dos Técnicos – gravação, mixagem e masterização

FAIXAS:

1- "Sou do Povo"
de Gabrielzinho do Irajá, Alexandre Chacrinha e Flavinho Bento

Mauro Diniz: arranjo, regência, cavaco 
Misael da Hora: teclado  
Jamil Joanes: baixo 
Marcelo Minyos: violão 
Carlinhos 7 Cordas: violão 7 cordas
Dirceu Leite: flautas, clarinete 
Carlinhos Pandeiro de Ouro: pandeiro Mor 
Jorge Quininho: cuíca, caixa 
Miudinho: pandeiro, caixa 
Flávinho Miudo: percussão, caixa 
Nene Brown: tantã, ganzá 
Jaguara: xique, caixa 
Luciano Broa: bateria  
Maestro Leonardo Bruno: vocal spalla 
Nina Pancevski, Marcello Furtado, Patricia Hora, Nair Cândia e Ronaldo Barcellos: vocal

 



2-"Verdade"
de Nelson Rufino e Carlinhos Santana
Pretinho da Serrinha: arranjo
Tutuca Borba: teclado

 



3- "Foi um Sonho"
de Nelson Rufino
Participação especial de Zeca Pagodinho

 




4- "Que distância?"
de Moacyr Luz e Cecilia Stanzione
Julinho Teixeira: arranjo
Carlinhos 7 Cordas: violão 7 cordas

 



5- "Caminho da Paz"
de Marquinhos da Cuíca, Waltiz Zacarias e Gabrielzinho de Irajá
Milton Guedes: flauta

 



6- "O Céu Serenou"
de Dunga de Vila Isabel e Tuninho Nascimento

 



7- "Do Jeito Que Você Deixou"
de Dunga de Vila Isabel e Roque Ferreira
Rildo Hora: arranjo

 



8-"Luz da Saudade"
de Moacyr Luz e Zeca Pagodinho

 



9- "Jandairê – Festa de Erê"
de Dunga de Vila Isabel e Roque Ferreira

 



10- "Até a Próxima Vez"
de Dunga de Vila Isabel
Dirceu Leite: flauta e clarinete

 



Fonte:
Portal Mais Brasil 


quinta-feira, 17 de julho de 2025

¡Bienvenida! A edição dos biscoitos Oreo em parceria com Selena Gomez

Simplesmente amei!!


Um ano após o lançamento dos biscoitos Oreo Wandinha, uma parceria da marca com a série da Netflix que terá sua segunda temporada no mês que vem (agosto), chegou ao Brasil a sua edição limitada cocriada com a cantora e atriz americana Selena Gomez. O biscoito Oreo combina chocolate com recheio sabor leite condensado e canela, inspirado nas raízes mexicano-americanas* da artista e seu amor pela bebida horchata**.

*A ex-estrela da Disney nasceu na cidade de Grand Prairie, estado americano de Texas, onde se concentram imigrantes mexicanos e de outros países hispanófonos, e é filha de Ricardo Joel Gomez que é mexicano, mas naturalizado americano, e de Amanda "Mandy" Cornett, uma atriz de teatro e atual produtora cinematográfica americana.

**Horchata é uma bebida refrescante muito popular em países de língua espanhola, como México, Espanha e alguns países da América Central. Também conhecida como "orxata" em catalão, a horchata é feita a partir de ingredientes naturais, como chufa (tubérculo de pequena dimensão, muito semelhante ao grão de bico, com um sabor adocicado), água e açúcar, resultando em uma bebida doce e cremosa.(...) No entanto, existem variações da receita que adicionam outros ingredientes como canela, limão ou leite de amêndoas para dar um toque especial à bebida, e a horchata de arroz que é sua versão mais popular, especialmente na América Central. Nessa variação, o arroz é utilizado como base, juntamente com água, açúcar e canela, resultando em uma bebida mais leve e refrescante. (Oyá Alimentos)

Além do sabor exclusivo, o biscoito traz seis desenhos idealizados pela própria Selena Gomez, como a sua assinatura com suas iniciais (SG), o headphone, o coração em chamas, coração vibrante, duas colcheias ligadas (figura musical) e um com uma colcheia chamado "selenators" (como são conhecidos seus fãs).

Outro diferencial da campanha é um biscoito raro com a assinatura da artista que, ao ser escaneado, terá acesso a um trecho da versão remixada da música "I Can’t Get Enough" (de Marco "Tainy" Masis, Mike Sabath, Benjamin "Benny Blanco" Levin, Selena Gomez, Cristina Chiluiza, Jhay Cortez e José "J Balvin" Osorio, 2019) gravada em inglês e espanhol pela própria Selena com as participações do produtor americano Benny Blanco, do cantor colombiano J. Balvin e do produtor porto-riquenho Tainy.






"Criar meu próprio biscoito Oreo foi muito divertido. Cresci amando Oreo, então poder fazer parte desse processo foi um momento de fechamento de ciclo. Quis encontrar uma forma de trazer uma sensação de conforto e um toque de nostalgia da minha infância."
Selena Gomez

                                  
Biscoitos Oreo Selena Gomez sabor horchata. I just can't get enough!



domingo, 22 de junho de 2025

Relembrando a adolescência #22 - Na na na na na... a música "Freed From Desire" da cantora Gala Rizzatto

A dance music dos anos 1990 que voltou com tudo, desta vez como o tema da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. 




Che bella ragazza! A cantora ítalo-americana Gala Rizzatto


Quem diria... uma das minhas músicas preferidas do gênero dance music dos anos 1990 está de volta, só que como o tema da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, que é a música "Freed From Desire" da cantora Gala Rizzatto, ou simplesmente Gala. Lembro que eu, uma adolescente de 15 anos, amava esta música por causa da melodia grudenta, ritmo empolgante e a voz marcante (e que voz!) da cantora ítalo-americana. A música tem vários elementos otimistas, mesmo que eu não tivesse entendido a letra que, como a própria Gala diz, "parece simples, mas não é simplista". Contudo, eu só conhecia na versão "The Soundlovers Remix", que foi a mais tocada nas rádios e mais ouvida em recreios de escola, inclusive esta adaptação tinha feito parte do CD "Tecno Pan" (1997) inspirado no programa homônimo da Rádio Jovem Pan FM e lançado pela saudosa Paradoxx Music (vale lembrar que esta gravadora lançava muitos álbuns dos programas da Jovem Pan, inclusive o famoso "As 7 Melhores"). E, como todo adolescente, ficava esperando uma emissora de rádio tocar "Freed From Desire" para gravar na fita cassete (a Jovem Pan daqui de Itajaí ainda não existia até o dia 1 de fevereiro de 1998 com a frequência de 94.1 MHz). Só descobri a existência da versão original em 2021, quando eu fui "caçar" pelo YouTube as mais tocadas da dance music entre os anos de 1993 e 1999 para incluir na minha playlist e relembrar meus bons tempos. É só tocar uma música da Gala que começo a pirar e, depois que terminar, eu cantar sem parar como se eu fosse um disco arranhado. Risos


 


 "Freed From Desire" é da autoria de Gala em parceria de Maurizio Molella (DJ Molella) e Filippo Andrea Carmeni (Phil Jay), ambos produtores da música. Foi lançada como single em 1996 do álbum de estreia de Gala, "Come Into My Life" (Do It Yourself / Nitelite Records, 1997), cuja faixa-título, da autoria do trio, também fez um megassucesso no Brasil (também amo essa). A faixa resgatada foi um grande hit por toda a Europa, alcançando o topo nas paradas na França e ambas as regiões da Bélgica. Em julho de 1997 foi lançada no Reino Unido onde conquistou a segunda posição na UK Singles Charts (em português, Parada de Singles do Reino Unido). A letra aborda temas de desapego material e a busca por um sentido mais profundo na vida e descreve um amor que não possui riqueza, poder ou fama, mas que é rico em fortes crenças. Este contraste destaca a ideia de que a verdadeira riqueza não está nos bens materiais, mas sim nas convicções e na força interior de uma pessoa. O refrão "Freed from desire, mind and senses purified" ("livre dos desejos, mente e sentidos purificados") sugere uma libertação dos desejos materiais, levando a uma purificação da mente e dos sentidos.



Mas por que a música de quase trinta anos atrás virou o tema da Copa do Mundo de Clubes da FIFA?


O motivo desta música lançada na época em que os jogadores do evento futebolístico nem eram nascidos virar tema da competição mundial é simples: "Freed From Desire" transformou-se em um fenômeno nos estádios de futebol da Europa, com torcedores de diversos países adaptando a letra original para criar paródias personalizadas em homenagem a seus times e jogadores. 

O primeiro registro aconteceu em 2011 com torcedores irlandeses do clube Bohemian FC entoando durante a partida contra o Sligo Rovers os versos "The Bohs have got no money, we've got a bag of E's" ("Os Bohs não têm dinheiro, temos uma sacola de ecstasy").

Em 2012, torcedores do Stevenage F.C. adaptaram o refrão para "Freeman's on fire, your right back is terrified!" ("Freeman está pegando fogo, seu lateral-direito está aterrorizado!") em homenagem ao ponta Luke Freeman. Após contratar o jogador em junho de 2014, o Bristol City adotou a paródia.

No início de 2016, os torcedores do clube inglês Newcastle United criaram a versão "Mitro's on fire, your defence is terrified!" ("Miltro está pegando fogo, sua defesa está aterrorizada!") para seu atacante sérvio Aleksandar Mitrović. Porém, a adaptação viralizada mundialmente só aconteceu em maio do mesmo ano quando Sean Kennedy, torcedor do Wigan Athletic, publicou no YouTube sua versão da música, "Will Grigg's on fire" ("Will Grigg está pegando fogo"), uma referência ao jogador irlandês Will Grigg.


Será que Gala está lucrando bem com a execução da música?

Por incrível que pareça, a resposta é não. Depois do álbum "Come Into My Life" em 1997, Gala deixou a gravadora, rescindindo assim o contrato injusto que lhe dava uma porcentagem irrisória, porém não se sabe se dava alguma porcentagem à cantora sobre o direito artístico o qual ela não tem nenhum poder, nem de aprovar, considerar e até mesmo opinar, pois quem detém o fonograma é Max Moroldo, proprietário da gravadora italiana Do It Yourself, que está lucrando mais com as execuções de "Freed From Desire" do que a própria cantora e coautora. Isso tudo gerou brigas nos tribunais que se estende por décadas. Erik Rizzatto, músico, cantor, dj, locutor de rádio e apresentador do canal "O Som do K7" do YouTube gravou um vídeo do canal explicando sobre as tretas por trás desse grande hit de Gala. 



Capa do single "Freed From Desire" da Gala.


Barracos à parte, aumente o volume e capriche no refrão colante "na na na na na nana..."


Fontes:
*Letras.Mus.Br
https://www.letras.mus.br/gala/15747/significado.html

*Notícias da TV / Uol
https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/por-que-musica-de-1996-virou-tema-da-copa-do-mundo-de-clubes-da-fifa-2025-137892

"Freed From Desire"
Escrita por Gala Rizzatto, Maurizio Molella (DJ Molella) e Filippo Andrea Carmeni (Phil Jay)
Interpretada por Gala
℗ 1996 Nitelite Records /  Do It Yourself (Itália)
℗ 1997 Paradoxx Music (Brasil)

My love has got no money, he's got his strong beliefs
O meu amor não tem dinheiro, ele tem fortes convicções
My love has got no power, he's got his strong beliefs
O meu amor não tem poder, ele tem fortes convicções
My love has got no fame, he's got his strong beliefs
O meu amor não tem fama, ele tem fortes convicções
My love has got no money, he's got his strong beliefs
O meu amor não tem dinheiro, ele tem fortes convicções

Want more and more, people just want more and more
Querem mais e mais, as pessoas só querem mais e mais
Freedom and love
Liberdade e amor
What he's looking for
É o que elas estão procurando

Want more and more, people just want more and more
Querem mais e mais, as pessoas só querem mais e mais
Freedom and love
Liberdade e amor
What he's looking for
É o que ele está procurando

Freed from desire
Livre do desejo
Mind and senses purified
Mente e sentidos purificados
Freed from desire
Livre do desejo
Mind and senses purified
Mente e sentidos purificados
Freed from desire
Livre do desejo
Mind and senses purified
Mente e sentidos purificados
Freed from desire
Livre do desejo

Na-na-na-na-na-na-na, na-na-na, na-na-na...



"Freed From Desire" (versão original)

 



  "Freed From Desire" - The Soundlovers Remix" (A versão mais tocada no Brasil)

"Tempo Rei" - Gilberto Gil (1984)



Ei, psiu! Tá sentindo que o tempo passa rápido, que estamos quase chegando na segunda metade do ano? Que medo, não é? 
Brincadeiras à parte, na mesma semana do dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (27 de junho) e a 10 dias para a metade do ano, relembro uma música do Gilberto Gil lançado em 1984 (quando eu era "bebê" de dois anos de idade) que tem a ver com tudo isso: "Tempo Rei", da autoria do próprio e com a participação não creditada do cantor anglo-brasileiro Richie nos vocais. A música faz parte do álbum "Raça Humana" (WEA / hoje Warner Music, 1984), o décimo quinto da carreira de Gil. O título da música hoje em dia serve de nome para a última turnê do cantor e compositor baiano que fará 83 anos na quinta-feira (26 de junho, na véspera do dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro).

Gilberto Gil em 2024 em foto de divulgação de "Gil - Tempo Rei - Última Turnê".

Gil compôs a música como uma resposta à canção "Oração ao Tempo" (1979) de Caetano Veloso. O refrão "Tempo rei, ó, tempo rei" personifica o tempo como uma entidade soberana, capaz de alterar as "velhas formas do viver". A música também faz um apelo a figuras de autoridade espiritual, como o "Pai" e a "Mãe Senhora do Perpétuo" _referência à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro_, pedindo orientação e socorro diante da constante mudança. A menção a "gregos e baianos" simboliza a universalidade da experiência humana, transcendendo culturas e épocas. "Tempo Rei" é um lembrete de que a vida é transitória e que devemos buscar sabedoria e adaptação diante das forças do tempo.
(Letras.Mus.Br). E aproveitar o tempo antes que seja tarde.


Que Deus Pai nos ensine o que não sabemos e a Nossa Senhora do Perpétuo nos socorra.


Pintura de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, uma das referências na letra da música. O título "Perpétuo Socorro" reflete a crença na assistência contínua de Maria aos que necessitam. A imagem do ícone, com Maria e o Menino Jesus, simboliza essa ajuda materna em todas as fases da vida.


"Tempo Rei"
Escrita e interpretada por Gilberto Gil
Participação especial de Richie (gentilmente cedido pela Discos CBS / hoje Sony Music)
℗ 1984 Warner Bros. Records / WEA Discos (hoje Warner Music Brasil)

Músicos:
• Marçal (Nilton Delfino Marçal) : Percussão
• Téo Lima : Bateria
• Liminha (Arnolpho Lima Filho) : Guitarra, baixo elétrico e teclados
• Gilberto Gil : Guitarra

Arranjadores:
• Liminha 
• Músicos participantes: Gilberto Gil

LETRA:

Não me iludo
Tudo permanecerá do jeito
Que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos

Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva
Pelo eterno vento

Água mole
Pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, Pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

Pensamento
Mesmo o fundamento singular do ser humano
De um momento para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos, nem baianos

Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, Pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, Pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

 

Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil