"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Os 40 anos do filme musical "All That Jazz - O Show Deve Continuar"

Esta postagem contem spoiler.

Cartaz do filme "All That Jazz - O Show Deve Continuar"

Meus pais tinham/têm o LP da trilha sonora do filme "All That Jazz - O Show Deve Continuar" (Twentieth Century Fox e Columbia Pictures, 1979) que, segundo eles, era de uma amiga nossa da família. Eles nunca o tinham colocado na vitrola para escutar, nunca os vi ouvindo esse disco, certamente porque o estilo do álbum não era do seu agrado (nem mesmo a música "On Broadway" do George Benson?), já que papai gosta de samba e pagode (♥) e a mamãe aprecia as baladas anglófonas dos anos 1970/80, dessas que hoje em dia são tocadas em programas radiofônicos de flashback. Acho até que eles nem chegaram a ver o filme. O coitado do LP ficou abandonado por anos até 1997 quando eu tinha 15 anos que eu resgatei e o ouvi pela primeiríssima vez. Porém cinco anos depois comprei o DVD do filme do disco , mesmo que eu nunca o tinha visto, só por curiosidade mesmo (isso na época em que não havia Netflix ou acessos fáceis aos filmes na íntegra pela internet). Eu como fã de musicais digo que valeu cada centavo! E mesmo que o meu inglês seja "basiquinho" cheguei a decorar alguns diálogos clássicos (e vivo declamando-os sozinha como se cantarolasse uma canção. Risos.) e as letras das músicas graças à inclusão da legenda em inglês no DVD. Uma obra-prima dirigida pelo aclamado Bob Fosse (1927-1987) e estrelada por Roy Scheider (1932-2008), Jessica Lange e a estrela da Broadway Ann Reinking que completa 40 anos em 2019! E quanto ao LP, eu escuto até hoje em plena época dos MP3's e streamings (Spotify, Deezer, etc.).



Todo esse trabalho. Todo esse brilho. Toda essa dor. Todo esse amor. Todo esse ritmo louco. TODO ESSE JAZZ!

It's showtime, folks!



Trailer do filme




"All That Jazz" é um filme do gênero drama-musical dirigido por Bob Fosse  (1927-1987). O roteiro de Robert Alan Arthur (1922-1978) e Bob Fosse é uma semi-autobiografia de fantasia baseada na vida e carreira de Bob Fosse como dançarino, diretor e coreógrafo. O filme foi inspirado no esforço insano de Fosse para editar o seu filme "Lenny" (United Artists) em 1974, o que explica que ele era extremamente exigente e tinha dificuldade de encarar críticas negativas, enquanto simultaneamente ele trabalhava para o musical "Chicago" que ganhou adaptação cinematográfica em 2002 estrelada por Catherine Zeta-Jones, Renée Zellweger e Richard Gere. Ainda falando em "Chicago", o título do filme vem de uma canção homônima da peça, "All That Jazz" (de John Kander e Fred Ebb, 1975) cantada pela personagem Velma Kelly.
Sua pré-estreia aconteceu em Los Angeles, Califórnia, em 16 de dezembro de 1979 e o seu lançamento oficial no resto dos Estados Unidos foi 4 dias depois. Brasil, Argentina, Reino Unido, Colômbia e Japão tiveram "All That Jazz" em seus cinemas a partir de agosto de 1980 e Portugal, no mês seguinte.
O filme venceu vários prêmios: 4 Oscar's, inclusive de melhor trilha sonora adaptada (por Ralph Burns, 1922-2001) e melhor figurino, Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1980 na França e a Academia Japonesa de Cinema em 1981 de melhor filme de língua estrangeira. Foi o último filme musical indicado ao Oscar de melhor filme até 1991 com "A Bela e a Fera" ("Beauty and the Beast") da Disney e o último filme musical em live-action em competir na categoria até o "Moulin Rouge! - Amor Em Vermelho" ("Moulin Rouge!", Twentieth Century Fox, 2001) do cineasta australiano Baz Luhrmann 22 anos mais tarde.
A estrutura de "All That Jazz" foi comparada ao filme italiano "8½" ("Otto e Mezzo", 1963) de Frederico Fellini (1920-1993), outra autobiografia velada com elementos de fantasia.
Bob Fosse morreu aos 60 anos no dia 23 de setembro de 1987, vítima de um infarto, em Washington, onde estava para apresentar o espetáculo "Sweet Charity" no Teatro Nacional de Washington. "All That Jazz" é um filme assustadoramente profético.


O saudoso Roy Scheider (1932-2008) em um de seus papéis mais importantes de sua vida artística, Joe Gideon, o alter ego de Bob Fosse


O dançarino, diretor e coreógrafo Bob Fosse revelando em seu filme como ele conduz sua vida

Cenas de audição para a peça musical.


Sinopse

Joe Gideon (Roy Scheider) é um diretor de cinema e coreógrafo mulherengo, que trabalha simultaneamente na edição de seu filme intitulado "The Stand-Up" e nos ensaios de um musical com a companhia NY/LA (Nova York/ Los Angeles). Perfeccionista, Joe nunca está satisfeito com que vê em suas obras, sempre tentando mudar um detalhe aqui e ali em seus filmes ou números de dança e se decepciona fácil quando um trabalho seu é recebido de forma negativa. É um viciado em trabalho, álcool, cigarro e sexo. Todo dia de manhã acorda com uma "dose diária" de "Concerto Alla Rustica" ("Concerto em Sol Maior", 1720-1730, de Antonio Vivaldi) no toca-fitas portátil, colírio, aspirina efervescente e anfetamina para ter disposição para o seu maior show de todos: a sua vida. Ele sofre um infarto e, com a vida por um fio, revê momentos da sua vida, transformando-os em números musicais. Sua atenção é disputada por 4 mulheres: sua namorada Kate Jagger (Ann Reinking), a ex-esposa Audrey Paris (Leland Palmer) , a filha Michelle Gideon (Erzsébet Földi) e a morte, representada por uma bela loira vestida de branco que conversa com ele de forma bem instigante: Angelique, o anjo interpretado por Jessica Lange em seu segundo trabalho depois de ter sido duramente criticada pela sua atuação em "King Kong" (Paramount Pictures, 1976).

A bela Jessica Lange como o "anjo atraente da morte" de Joe Gideon.

"A vida é estar em uma corda bamba. O resto é esperar."*


*frase do equilibrista e artista de circo alemão Karl Wallenda (1905-1978) citada no início do filme por Joe Gideon.

Gideon foi levado urgentemente ao hospital depois de ter sofrido uma forte dor no peito e diagnosticado com angina severa. Porém, durante a sua internação, as visitas ao coreógrafo são sempre regadas a danças com suas bailarinas, champagne, cigarros e muita animação, o que faz com que os exames médicos demonstrem que não há uma melhora sequer, é claro. Porém foi só ele assistir a uma crítica extremamente ácida pela TV sobre o seu filme "The Stand-Up" que Gideon tem outro infarto e a sua saúde mais uma vez vai de mal a pior. Enquanto ele se submete à cirurgia no coração, os produtores se reúnem para calcular o orçamento da produção teatral e decidir se vão cancelar o musical ou continuar com um diretor substituto caso Joe Gideon morresse. 

 Joe Gideon (Roy Scheider) e Audrey Paris (Leland Palmer)

 Kate Jagger (Ann Reinking)

Joe Gideon e a filha Michelle Gideon (Erzsébet Földi)

Curiosidades

*A personagem Audrey Paris, ex-esposa de Joe Gideon, reflete a dançarina, atriz e esposa de Bob Fosse Gwen Verdon (1925-2000) que continuou trabalhando com ele em peças musicais e filmes.

*A atitude grosseira de Joe Gideon com uma de suas amantes, a dançarina Victoria Porter (Deborah Geffner) durante os ensaios assemelha-se ao tratamento de Bob Fosse à Jennifer Nairn-Smith nos ensaios para o musical "Pippin". A própria Nairn-Smith que foi amante de Fosse participa do filme como Jennifer, uma das dançarinas da companhia NY/LA de Joe Gideon.

*A personagem "Angelique", o "anjo da morte" foi inspirada na falecida esposa de Bob Fosse, Joan McCracken, morta em 1959. McCracken foi uma grande influenciadora no início de carreira de Fosse.

*Ann Reinking foi uma das amantes de Bob Fosse e no filme estava interpretando uma personagem que quase lembra ela mesma. Não obstante, foi exigido para que Reinking participasse das audições para fazer o papel da namorada de Joe Gideon, Kate Jagger.

*Cliff Gorman (1936-2002) foi selecionado para fazer o papel de Davis Newman em "The Stand-Up" um filme dentro de "All That Jazz" e semelhante ao "Lenny". Gorman havia feito o papel do protagonista Lenny Bruce na produção teatral original pela qual recebeu o Tony Award, mas, para a versão cinematográfica de 1974, Lenny Bruce foi interpretado por Dustin Hoffman.

*O canal de TV por assinatura FX produziu e lançou em abril desse ano uma minissérie biográfica "Fosse/Verdon" que conta a história do conturbado relacionamento pessoal e profissional do casal Bob Fosse (vivido por Sam Rockwell) e Gwen Verdon (Michelle Williams). A série também conta com a participação de Margaret Qualley no papel de Ann Reinking. Ainda não há previsão de exibição no Brasil.


Vamos falar de música?


Capa do disco da trilha sonora de "All That Jazz - O Show Deve Continuar" em edição brasileira (foto: Mercado Livre)


Contracapa do LP. Esta é de uma edição relançada recentemente em CD pela Universal Music no Reino Unido (foto: site Juno Records)


A trilha sonora do filme foi lançada originalmente em LP e K7 pela Casablanca Records, selo subsidiário da Phonogram/PolyGram/Universal Music inaugurado em 1973 e existente até hoje. O disco abre com "Main Title" (de Ralph Burns), a música de apresentação do título do filme que no Brasil foi usada com primeiro tema de abertura do telejornal "Bom Dia Brasil" da Rede Globo entre 1983 e 1987. Logo após Joe Gideon (Roy Scheider) anunciar que chegou a hora do show ("it's showtime, folks!" ) vem a música da audição dos dançarinos para uma peça do coreógrafo, a regravação de "On Broadway" (de Barry Mann, Cynthia Weil, Jerry Leiber and Mike Stoller, 1963) do cantor e guitarrista George Benson. "On Broadway" também é conhecida por ter servido de música para a cena clássica em que Sônia Braga e Paulette (1952-1993) se esbaldavam na pista de dança na novela "Dancin' Days" (Rede Globo, 1978). A tristonha instrumental "Michelle" (de Ralph Burns) foi o tema da personagem-título vivida pela garotinha Erzsébet Földi usado na cena em que ela ensaia a dança com o pai Joe Gideon e ao mesmo tempo o recomenda para que ele se case para deixar de ser mulherengo.
O personagem Paul (Anthony Holland), o pianista e compositor fictício de "Take Off With Us" (de Fred Tobias e Stan Lebowsky) que em português quer dizer "decole conosco" apresentou a canção ao Joe Gideon e aos colegas produtores, já que ele ainda não sabia o que fazer com a música. E a tal obra a princípio virou o simpático e inocente número de dança criado por Joe Gideon com os dançarinos do NY/LA vestidos com trajes de aeroporto que empolgou bastante o compositor e os produtores em uma apresentação restrita e experimental a eles. Porém vem o segundo ato intitulado "Airotica" (ótica aérea) que em inglês rima com a palavra "erótica" e é aí que o jazz ingênuo vira dança contemporânea sensual  com direito a topless das dançarinas e o nome da música muda de sentido, já que o termo "take off" também significa "despir" ou "tirar a roupa", revelando o quanto Gideon só pensa "naquilo" quando não trabalha. O pequeno "público" vip e conservador fica em choque com tanta saliência na apresentação. Até o Paul, o compositor, se desanima com a sua música em razão de ela ser usada para a performance agora libidinosa e, envergonhado, desdenha: "agora o Sinatra não vai mais gravá-la!". No final da apresentação um produtor que já sabia como Joe Gideon reagia às reprovações, cochicha ao colega ao lado: "eu odeio ferir seus sentimentos, mas não podemos levar isso aos palcos!".
"Concerto em Sol Maior" ou "Concerto Alla Rustica" de Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) com a regência de Ralph Burns é a trilha sonora do círculo vicioso de Joe Gideon: todo dia de manhã ao som da música, toma banho, põe o colírio nos olhos, ingere anfetaminas e aspirina efervescente e fica de frente ao espelho e diz sorrindo:"it's showtime, folks!" ("é hora do show, pessoal!").
"Ponte Vecchio" (de Ralph Burns) é aquele jazz suave e agradável de ouvir que faz lembrar uma daquelas músicas da banda Sexteto do Jô do saudoso "Programa do Jô" da Rede Globo.
Antes do jantar entre Joe Gideon, Kate e Michelle, a amante e a filha fazem uma apresentação caseira em tributo ao coreógrafo com "Everything Old Is New Again" (de Carole Bayer Sager e Peter Allen, 1974) cantada por Peter Allen (1944-1992) em seu álbum "It's Time for Peter Allen" (A&M Records/ Universal Music, 1977) gravado ao vivo.
Ao virar o disco, o lado B é uma espécie de segundo ato: o hospital. "South Mt. Sinai Parade" (de Ralph Burns) é um jazz alegre que embala as visitas animadas para Mister Gideon no hospital e as imprudências cômicas do ilustre paciente.

"Everything Old Is New Again"
("Tudo que é antigo se renova")

A partir da segunda faixa do lado B do disco vem o número "Alucinação no Hospital" em que Joe Gideon sonha em que está gravando um musical mesmo deitado no leito. O número imaginário é dirigido pelo outro Joe Gideon (isso mesmo!) e coestrelado pela sua ex-mulher Audrey Paris, sua namorada Kate Jagger, sua filha Michelle e dançarinas do NY/LA. Os clássicos das décadas de 1910 e 1920 "After You've Gone" (de Henry Creamer e Turner Layton, 1918), "There'll Be Some Changes Made" (de Billy Higgins, Herbert Edwards e William Benton Overstreet, 1921), "Who's Sorry Now?" (de Bert Kalmar, Harry Ruby e Ted Snyder, 1923) e "Some Of These Days" (de Shelton Brooks, 1910) são convertidos brilhantemente em diálogos cantados das estrelas desta performance utópica que suplicam ao coreógrafo a descartar os maus hábitos e não se entregar à morte. Ou seja, é como se fosse uma guerra declarada das moças ao irresistível e atraente Angelique (Jessica Lange), o anjo da morte.

"Alucinação no Hospital".

"Going Home Now" (de Ralph Burns) é uma música de fundo para a preparação de Joe Gideon para o seu show de despedida (só que mais um imaginário!), sendo maquiado e vestido por Angelique.
country "Bye Bye Love" (1957) escrita pelo casal de compositores Felice (1925-2003) e Bouldleaux Bryant (1920-1987) e gravada originalmente por Everly Brothers ganhou uma releitura de quase dez minutos de duração, uma levada que mescla  jazz, disco e soul e arranjo deslumbrante para o tal mega show quimérico de Joe Gideon e O' Connor Flood (Ben Vereen), o apresentador de TV preferido do coreógrafo. Ao chamar algum artista em seu programa de TV, O'Connor sempre costuma usar o bordão "senhoras e senhoras, deixa eu apresentar a vocês um grande artista, um grande ser humano, meu queridíssimo amigo por tal anos". Ainda no hospital, Joe Gideon imagina como seria se O'Connor o convidasse para o seu programa: discursando o quanto o coreógrafo é mais idolatrado do que amado (e é como a música no LP começa) e que a sua vida é tão cheia de fantasias que a única realidade nela é a morte. E anuncia:"senhoras e senhores, deixa eu apresentar a vocês um artista mais ou menos, um não tão grande ser humano e esse cara nunca foi amigo de ninguém...". Depois de um final enganoso com aplausos calorosos, a canção repete a parte da execução do trompete e em seguida vem um coro cantando quatro vezes o verso "bye-bye, your life, goodbye" começando baixinho até aumentar a intensidade das vozes. E a música/disco/filme se encerra curiosamente com o ruído de um zíper de saco para corpos se fechando.

Joe Gideon (Roy Scheider) e O' Connor Flood (Ben Vereen)


As músicas que foram executadas no filme e não foram incluídas no disco são "Perfect Day" (de Harry Nilsson, 1977) na cena do encontro da imatura dançarina Victoria Porter (Deborah Geffner) com seu coreógrafo Joe Gideon no apartamento deste e "There's No Business Like Show Business" (de Irving Berlin, 1946) que ganhou várias regravações, inclusive da cantora e atriz Ethel Merman (1908-1984) tanto para o filme homônimo (no Brasil, "Mundo da Fantasia, 20th Century Fox, 1954) no qual ela participou quanto para os créditos finais do filme "All That Jazz".



"All That Jazz" - Trilha Sonora original do filme "All That Jazz - O Show Deve Continuar"
(P) 1979 Casablanca Records / PolyGram International (hoje Universal Music Group)
(P) 1980 PolyGram Discos (hoje Universal Music Brasil)

Produção, arranjo e regência de Ralph Burns
Coprodução de Glenn Berger

1- "Main Title (Instrumental)" 
 Escrita por Ralph Burns
"All That Jazz" Orchestra

2- "On Broadway"
Escrita por Barry Mann, Cynthia Weil, Jerry Leiber e Mike Stoller
Interpretada por George Benson
Produzido por Tommy LiPuma
(P) 1978 Warner Bros. Records, Inc. (Warner Music Group)

3- "Michelle" (Instrumental)
Escrita por Ralph Burns
"All That Jazz" Orchestra

4- Take Off With Us / Airotica
Escrita por Fred Tobias e Stan Lebowsky
Interpretada por Sandahl Bergman e coro (dançarinos do "NY/LA"): Deborah Geffner, Eileen Casey, Bruce Anthony Davis, Gary Flannery, Jennifer Nairn-Smith, Danny Ruvolo, Leland Schwantes, John Sowinski, Candace Tovar e Rima Vetter

5- "Concerto Alla Rustica", Concert In G (Concerto em Sol Maior - Instrumental)
Escrita por Antonio Vivaldi
Arranjo e adaptação: Ralph Burns
"All That Jazz" Orchestra

6- Ponte Vecchio (Instrumental)
Escrita por Ralph Burns
"All That Jazz" Orchestra
Saxofone solo: George Young

7- Everything Old Is New Again
Escrita por Carole Bayer Sager e Peter Allen
Interpretada por Peter Allen
Produzido por Joel Dorn
(P) 1977 A&M Records, Inc. (Universal Music Group)

8- South Mount Sinai Parade (Instrumental)
Escrita por Ralph Burns
"All That Jazz" Orchestra
Trombone solo: James Pugh

*"Alucinação no hospital" - com Ann Reinking, Leland Palmer e Erzsébet Földi

9- After You've Gone
Escrita por Henry Creamer e Turner Layton
Intérprete solo: Leland Palmer (Audrey Paris)

10- There'll Be Some Changes Made
Escrita por Billy Higgins, Herbert Edwards e William Benton Overstreet
Intérprete solo: Ann Reinking (Kate Jagger)

11- Who's Sorry Now
Escrita por Bert Kalmar, Harry Ruby e Ted Snyder
Interpretada pelo coro feminino ("NY/LA") com Ann Reinking, Leland Palmer e Erzsébet Földi

12- Some Of These Days
Escrita por Shelton Brooks
Intérpete solo: Erzsébet Földi (Michelle)

*Hora do "show de despedida"

13- Going Home Now (Instrumental)
Escrita por Ralph Burns
"All That Jazz" Orchestra

14- Bye Bye Life ("Bye Bye Love")
Escrita por Bouldleaux Bryant e Felice Bryant
Interpretada por Ben Vereen (O'Connor Flood - apresentador) e Roy Scheider (Joe Gideon)
Trompete solo: Lou Soloff


Músicas não incluídas no disco:
"Perfect Day"
Escrita e interpretada por Harry Nilsson (1941-1994)
(P) 1977 RCA Records (hoje Sony Music Entertainment Group)

"Sweet Sue, Just You" (1928)
Escrita por Victor Young (1900-1956)
cena da apresentação de dança do Joe Gideon jovem (vivido por Keith Gordon)

"Pack Up Your Troubles in Your Old Kit-Bag" (1915)
Música de Felix Powell (1878-1942)
Letra de George Asaf (1880-1951)
cantado acappella por Roy Scheider (Joe Gideon) e Tiger Haynes (Porter - zelador do hospital)

"There's No Business Like Show Business" (créditos finais)
escrita por Irving Berlin (1888 -1989)
interpretada por Ethel Merman
cortesia da London Records (Universal Music Group)

quinta-feira, 13 de junho de 2019

DVD da Novela "Antônio dos Milagres" (Associação do Senhor Jesus, 1996)

Postagem especial do dia de Santo Antônio


A novela católica marcou pela estreia do ator Eriberto Leão na televisão.


Eu tive a oportunidade de assistir a essa linda novela "Antônio dos Milagres" (Associação do Senhor Jesus, 1996) que para o DVD triplo foi reduzida aos 200 minutos de duração. A novela foi originalmente exibida pela CNT em 1996 (nesse ano a CNT já não pegava mais aqui em Itajaí, Santa Catarina) e é uma produção simples realizada pela Associação do Senhor Jesus.

"Antônio dos Milagres" foi gravada em Santos, São Paulo, a terra-natal da associação fundada e presidida pelo Padre Eduardo Dougherty. Passou a ser reprisada na TV Século 21, emissora católica pertencente à Associação do Senhor Jesus, a partir do dia 8 de agosto de 2010.
Foi o primeiro trabalho do ator Eriberto Leão na TV logo depois de ele voltar de Nova York, Estados Unidos, onde estudou representação na escola Lee Strasberg Theatre and Film Institute da qual também saíram Alec Baldwin, Scarlett Johansson, Robert DeNiro e Angelina Jolie. Na novela ele faz o papel do protagonista Fernando Bulhões/Santo Antônio de Lisboa/Santo Antônio de Pádua, conhecido popularmente como o "santo casamenteiro".
"Antônio dos Milagres" também marcou como um dos últimos e mais obscuros trabalhos do renomado dramaturgo Geraldo Vietri (1927-1996) antes de morrer naquele mesmo ano de 1996 por broncopneumonia. Ademais, o enredo contou com a adaptação de Dárcio Della Monica e Chico Martins.
A trama na verdade discorre nos dias atuais _no provável ano de 1996_ quando o menino Fernando (Alexander Dutra) encontra um livro que conta a história do santo. Durante a leitura do garoto, o telespectador faz um retorno aos séculos XII e XIII para ver a história do tão aclamado Santo Antônio (1195-1231). O nome do garoto é uma referência ao nome de batismo de Santo Antônio, Fernando Bulhões.
Para o DVD lançado no segundo semestre de 2011, apenas o núcleo de época (séculos XII e XIII) foi aproveitado. No extra estão as orações declamadas pelo personagem Santo Antônio no cenário antigo ou contemporâneo. Estas cenas se eu não estou errada serviam de chamadas para a abertura da novela.
Neste vídeo abaixo, o próprio Eriberto Leão, no auge de sua carreira, foi garoto-propaganda do lançamento do DVD triplo da novela "Antônio dos Milagres".





Eriberto Leão, como Santo Antônio

Santo Antônio, o santo que inspirou a novela de Geraldo Vietri.

Sinopse

Embora sua data de nascimento e os nomes de seus pais sejam incertos, a tradição indica que Santo Antonio ou Fernando Bulhões (Eriberto Leão) nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195. De família nobre, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exercito de Dom Afonso, e de Tereza Taveira, uma religiosa fervorosa. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Fernando gostava de estudar e de ficar mais recolhido. Aos 19 anos dando início ao seu sonho de ser sacerdote, entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho contra a vontade de seu pai que queria que seu filho também servisse ao exército. Morou no Mosteiro por 2 anos e, em Coimbra, Fernando foi ordenado sacerdote identificando-se agora como Padre Antônio. Lá o Padre Antônio conhece os freis franciscanos, entusiasma-se pelo fervor e radicalidade com que estes viviam o Evangelho e, pouco depois, torna-se Frei Antônio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis. Sempre com vontade de ajudar os pequenos (os menos favorecidos), o "homem que fazia milagres" despertou curiosidades e exaltações, mas também a ira, inveja e depreciação. Ao longo de sua jornada eclesiástica, o religioso também venceu as tentações.
Frei Antônio se tornaria Santo Antônio, um dos santos mais cultuados do Catolicismo pelo dom de levar a palavra de Deus ao povo, o que fez com que ele fosse conhecido como o "Martelo dos Hereges".


Santo Antônio em cenário contemporâneo: o Santo sempre presente.

Fernando Bulhões morreu em 13 de junho de 1231, vítima de uma grave crise de hidropsia em Pádua, cidade da Itália. Por isso ele é chamado de Santo Antônio de Pádua, mas também é conhecido como Santo Antônio de Lisboa em referência à sua terra-natal. No ano seguinte, no dia 30 de maio, foi canonizado pelo papa Gregório IX (Ugolino di Anagni, 1145-1241) devido à sua fama de tamanha santidade.


Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil