"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

domingo, 27 de agosto de 2023

Relembrando a adolescência #20 - Os CD's que apareceram no episódio dos anos 1990 no quadro dos 50 anos do Fantástico


Na tela o videoclipe de 1995 do grupo É o Tchan quando ainda se chamava Gera Samba.


Este ano o programa dominical Fantástico da Rede Globo comemora oa seus 50 anos de existência. No episódio do dia 20 de agosto foi a vez de relembrar as reportagens dos anos 1990 quando o Fantástico completava 3 décadas no ar. Logo na abertura do episódio aparecia uma sala de estar no estilo noventista com uma cômoda de madeira e sobre ela uma TV de tubo de 20 polegadas se eu não me engano, quando a resolução da tela era de 4:3 (um quadrado, mesmo) com o videogame Super Nintendo ao lado esquerdo e um pequeno porta- CD's ao lado direito. Como eu sou uma baita saudosista do meus tempos de adolescente e hiperfocada na mídia física (LP's CD's e DVD's), eu fui "brincando de adivinhar" quais CD's lançados nessa década estavam ali, alguns deles os mais vendidos. Eu só consegui reconhecer alguns. A qualidade da imagem dessa foto que eu capturei do celular está bem horrível, mas logo abaixo está link do vídeo do episódio de 45 minutos. Mas quais são esses CD's aí?

https://g1.globo.com/fantastico/aniversario-50-anos/playlist/fantastico-50-anos-veja-os-episodios-e-bastidores-da-serie.ghtml#video-11879989-id

Bem ilegível a imagem, não é? Mas com o vídeo em movimento dá pra ver mais ou menos


De cima para baixo:

*O primeiro, pelo formato, eu acho que é dos Mamonas Assassinas (EMI/Universal Music, 1995) , o único do quinteto de Guarulhos (SP). Adoro! Saudades.



*O segundo, é claro: É o Tchan, "Na Cabeça e na Cintura" (PolyGram / Universal Music, 1996). Eu tenho esse, o da "Dança do Bumbum" (de Sinho Revolução e Gilmar do Samba) e "Dança da Cordinha" (de Dito, Jorge Zárath e Renato Fechine).



*O terceiro eu acho que é... o volume 1 da trilha sonora da novela " O Rei do Gado" ( Som Livre, 1996) que eu comprei no ano passado em um sebo.


*O quarto esta bem legível: Claudinho e Buchecha. Risos. Só não sei que álbum é.

*O sexto é do grupo Só Pra Contrariar. Também não sei qual é o álbum.

*O nono é bem legível também: do cantor Chico César. Pela cor vermelha eu acho que é do álbum "Aos Vivos" (Velas, 1995), gravado ao vivo.

*O décimo quinto é... ah, é claro! O meu mozinho Roberto Carlos (Sony Music), o de borda azul!!!! Eu não tenho certeza, mas pelo formato e pela tipografia menorzinha eu acho que é aquele de 1996, da música "Mulher de 40" (de Roberto e Erasmo Carlos)



*O décimo terceiro, esse eu tenho! "O Erê" (Sony Music, 1996) da banda Cidade Negra. A borda era laranja, mas o tempo a empalideceu, deixando-a aparentemente branca.


* o décimo quarto e último do porta-CD's, pela tipografia e margem preta eu acho que é "Novena" (Sony Music, 1994) do Djavan. Eu não tenho, mas eu investiguei com o site do Mercado Livre (clique aqui). 

Os outros infelizmente não consegui identificar. A nitidez não me ajudou. 



"Wandinha" ("Wednesday") - Netflix

 


Eu me rendo! Eu também adorei a série "Wandinha" ("Wednesday", MGM/Netflix, 2022), a personagem mais apática da Família Addams. Alguns autistas que assistiram à série analisaram que a personagem vivida hoje por Jenna Ortega (na foto) tem várias características do TEA (Transtorno do Espectro Autista) ou se identificaram a ela e esse é um dos motivos pelos quais eu amei a série, embora ninguém, tampouco o diretor Tim Burton (que foi diagnosticado com autismo só depois de adulto) comprove se ela é ou não é. Vale lembrar que não é um diagnóstico de autismo à Wandinha e sim uma análise da personagem. Quem analisa melhor a personalidade dela é a paranaense Thaís Cardoso, fisioterapeuta, escritora e autista em seu site "Mamãe Tagarela", uma das páginas e canais do YouTube sobre autismo que eu adoro acompanhar. Para saber que sinais de autismo são esses que vemos em Wandinha, assista ao vídeo abaixo e acesse:

https://mamaetagarela.com/sinais-de-autismo-da-wandinha-addams/





A origem da Família Addams



"A Família Addams na ilustração de Charles Addams


"A Família Addams" ("The Addams Family") é uma família fictícia de senso de humor irônico e mórbido, uma inversão satírica da família americana ideal, originário das tiras de quadrinhos nos anos 1930, criado pelo cartunista norte-americano Charles Addams (1912-1988), passando pela televisão, pelo cinema, e teatro. "A Família Addams" apareceu originalmente num grupo de 150 painéis de cartoons, cerca de metade dos quais foi publicada na revista de elite The New Yorker entre a estreia em 1937 até à morte de Addams em 1988. Desde então a história foi adaptada para outras mídias, incluindo a série de televisão dos anos 1960 na rede ABC, animações, videogames, o filme de 1991 e sua continuação de 1993, um direto ao vídeo de 1998, musicais, uma animação 3D com uma continuação em 2021 e uma série da Netflix sobre a filha mais velha, Wandinha (Wikipédia). 
Os Addams são uma inversão satírica da família americana tradicional do século 20: um clã aristocrático rico e estranho que se delicia com o macabro e o sobrenatural e aparentemente não sabem ou não se preocupam com o fato das outras pessoas os acharem bizarros ou assustadores. Foi através da versão sitcom da rede ABC que foi ao ar entre 1964 e 1966 que, assim como a sua concorrente "Os Monstros" ("The Munsters", CBS, 1964-1966), a Famíla Addams se tornou modelo contracultural que questionava os valores, a moral e a ideologia do American Way of Life* com suas críticas ao ideal familiar que estava sendo construído e difundido desde o final da Segunda Guerra (1939-1945) (Universo Retrô).

*American Way of Life ou "estilo de vida americano" foi um modelo de comportamento surgido nos Estados Unidos após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Este modo de viver passava pelo consumismo, a padronização social e a crença nos valores democráticos liberais. A ideia de uma vida feliz, vitoriosa e onde há liberdade definem este jeito de vida americano. Esta felicidade alcançada pelos meios materiais tornou-se a válvula de escape para esquecer os horrores da Primeira e da Segunda Guerra. (Juliana Bezerra / Toda Matéria). O consumismo e a noção de que dinheiro compra felicidade esbarram na queda da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. A Grande Depressão ou Crise de 1929, como ficou conhecida, gerou um período de recessão para os EUA, ao lado de uma grave crise econômica que afetou todo o mundo. (Notícias Concursos)



Wandinha, a primogênita da família


Wandinha é descrita como pálida, morena e sombria, sendo fascinada pela morte e por artefatos macabros. No piloto da série, esta personagem tem seis anos de idade.

Nos episódios da série então exibidos nos anos de 1960, ela parece ser mais doce, pois dança balé, cujo hobby pessoal é a criação de aranhas. Ela tem várias bonecas sem cabeça, sendo sua preferida uma de Maria Antonieta (em alemão: Maria Antonia / francês: Marie Antoinette, 1755 - 1793), guilhotinada pelo seu irmão Feioso Addams (no original em inglês: Pugsley Addams), sendo ele alvo constante das ações da irmã mais velha que o tortura de diferentes maneiras.
Gosta de pintar e escrever poemas. Wandinha é bastante amiga de Tropeço (no original em inglês: Lurch), o mordomo da família.
Antes da série da Netflix centrada na personagem estrelada por Jenna Ortega, no sitcom original da rede ABC esta personagem é interpretada por Lisa Loring (1958-2023). Nos filmes "A Família Addams" ("The Addams Family", Paramount Pictures e Columbia Pictures, 1991) e "A Família Addams 2" ("The Addams Family Values", Paramount Pictures, 1993), ela foi interpretada por Christina Ricci que também participa da série da Netflix como a Marilyn Thornhill (dublada no Brasil por Adriana Torres), a professora da escola Nunca Mais (Never More), a escola dos "excluídos, aberrações e monstros" na qual Wandinha é matriculada. 


Por que Wednesday se chama "Wandinha" no Brasil?




Primeiro vamos saber por que o nome original da personagem é Wednesday (Quarta-Feira em português / pronuncia-se uenzdei). Segundo Mortícia (na série da Netflix vivida por Catherine Zeta-Jones), mãe da Wedneday/Wandinha (Jenna Ortega), a jovem leva esse nome por conta de um poema infantil chamado “Monday’s Child” ("Criança Nascida em Segunda-Feira", em tradução livre), publicado originalmente em 1838 de autoria desconhecida, e que define características da criança com base no dia da semana em que ela nasceu. Na cantiga original, o trecho “Wednesday’s child is full of woe” significa que "a criança nascida em uma quarta-feira é cheia de aflições e desgostos" (Techtudo). Porém, apesar do nome, Wednesday/Wandinha nasceu em uma sexta-feira 13.

  

Voltando ao Brasil, Wandinha Addams circula com esse nome por aqui desde 1965, quando a série "A Família Addams" (ABC, 1964-1966) estreou na TV Rio (O Globo). Não se sabe por que a equipe da extinta Dublasom Guanabara (1961-1976), estúdio responsável pela dublagem do sitcom no Brasil, escolheu este nome para substituir o original, Wednesday, mas naquela época era praxe adaptar para o português (ou "embrasileirar") estes estrangeirismos. Por aqui, "Monday's Child" não é uma cantiga conhecida, então a brincadeira não faria sentido, como também a pronúncia do nome da garotinha seria difícil. 
E não é só no Brasil que a personagem foi rebatizada. No Equador e no México, ela se chama Merlina.
Vários países não-anglófonos mantiveram o nome original da personagem de Jenna Ortega. Em outros o nome foi traduzido literalmente, como em França, Itália e Espanha, onde a protagonista é chamada de Mercredi, Mercoledi e Miércoles, respectivamente.


A piada que a Netflix Brasil fez com o nome da personagem. "É a Wednesday que nasceu na Friday", disse uma internauta nos comentários. Risos. E a própria página oficial lhe respondeu com outra anedota: "enfim, a hipocrisia". Afinal, Friday (sexta-feira em português) é o dia internacional da alegria e a personagem tá sempre com cara de Monday (segunda- feira).


Enredo


Gomez Addams (Luis Guzmán), Wandinha (Jenna Ortega) e Mortícia (Catherine Zeta-Jones)

A adolescente Wandinha (Jenna Ortega / dublada por Marianna Alexandre) vai para um internato do ensino médio após um incidente provocado por ela em seu antigo colégio. A Escola Nunca Mais é uma instituição para pessoas como a protagonista, jovens de dons sobrenaturais e dificilmente assimilados pelo restante da sociedade. O local é gerido por Larissa Weems (Gwendoline Christie / dublada por Carla Pompílio), aluna egressa e uma antiga colega de classe de seus pais, Mortícia (Catherine Zeta Jones / dublada por Mabel Cezar) e Gomez Addams (Luis Guzmán / dublado por Hélio Ribeiro). Após chegar ao local e conhecer as instalações, Wandinha desconfia que a escola esconda um segredo mortal.

domingo, 6 de agosto de 2023

É no Gol Contra Que Se Testa Alegria

                               
Mauro Shampoo, a lenda do Ibis, o "pior time de futebol do mundo"

Mauro Teixeira Thorpe, mais conhecido como Mauro Shampoo, é um cabeleireiro e ex-futebolista pernambucano de Recife que atuava como meio-campista. É conhecido por ser o jogador-símbolo do Íbis Sport Club, conhecido como "o pior time do mundo" pela sua péssima qualidade nos gramados, chegando até a entrar no Guiness Book! Ele vestiu a camisa 10 do clube entre 1980 e 1990 e fez apenas um único gol em catorze anos de carreira. Mauro Shampoo foi homenageado por Oswaldo Montenegro através da música de sua autoria, "A incrível história de Mauro Shampoo" (2007) gravado por ele com a participação da cantora, atriz e apresentadora Mariana Rios. A música serviu de reflexão evangélica do Frei Gustavo W. Medella, OFM , publicada na Folhinha do Sagrado Coração de Jesus da Editora Vozes este ano. Veja:


É NO GOL CONTRA QUE SE TESTA ALEGRIA

Este verso é da música de Oswaldo Montenegro intitulada "A incrível história de Mauro Shampoo", cabeleireiro e ex-jogador de futebol pernambucano que, em 14 anos de carreira, assinalou apenas um gol. A composição possui um tom bem-humorado e nos ensina a encarar as contrariedades da vida de forma corajosa e otimista. Os limites e dificuldades não deixam de ser momentos nos quais a pessoa tem a chance de se superar e de se tornar mais firme em seus propósitos. A ressurreição de Jesus Cristo depois de uma dura experiência de dor e morte é a lição máxima de que mesmo as situações mais complicadas podem dar origem a um belo horizonte de esperança e renovação. 
Frei Gustavo W. Medella, OFM 
gmedella@franciscanos.org.br

Verso da página do dia 12 de junho de 2023 da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Editora Vozes





Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil