"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

sábado, 23 de janeiro de 2021

AMA Itajaí - o autismo e o suicídio



Todo o mês é setembro amarelo ou janeiro branco para nos conscientizar sobre a importância da prevenção do suicídio ou cuidados da saúde mental. No último dia do mês de setembro do ano passado, a AMA, Associação de Pais e Amigos do Autista de Itajaí, postou um vídeo falando sobre casos de suicídio entre autistas, especialmente os de nível 1(os que muitos chamam de "nível leve") e que o autoextermínio, além da epilepsia, é a maior causa da morte de pessoas do transtorno. Dentre estas, o risco de suicídio é bem maior do que em pessoas neurotípicas.
Muitos desses autoextermínios acontecem, porque somos ensinados desde os primeiros dias de vida a sermos "normais". Não podemos pular, balançar os braços, bater palma fora do contexto ou dançar mesmo sem música. Falar ou sussurrar sozinho e dar "boa noite" ao apresentador de telejornal, nem pensar. Somos forçados a usar a máscara da "normalidade". Enfim, tudo o que é reprimido vem à tona a qualquer hora e alguns autistas se explodem em depressão, ansiedade, compulsão por comida e até mesmo por drogas e sexo. 
Outro motivo que vale lembrar é a dificuldade de comunicação e interação, o que faz com que alguns autistas se vejam como pessoas bem diferentes das pessoas neurotípicas e se sintam inferiores.

"Depois que crescemos achando que estamos quebrados, fica extremamente difícil enxergar o contrário."
Joana Scheer, designer e neurodiversa, durante a sua palestra em 2019.

Fonte: Liga dos Autistas - Instagram
https://www.instagram.com/p/B2O1VtKl-jk/?utm_source=ig_web_copy_link

Se você passa por problemas de saúde mental e precisa de ajuda, ligue para o CVV, Centro de Valorização da Vida. O número é 188 e o serviço é gratuito.


Karinah - "Insegurança Zero (A Mãe Tá On)"

 O single encerra projeto de lançamento de EP's iniciado em 2019


Nesta sexta-feira, 22 de janeiro, Karinah lançou um single que encerra projeto de lançamento de EP's lançado em 2019: a canção "Insegurança Zero (A Mãe Tá On)" (de Rodrigo Oliveira, Cleitinho Persona e Eliseu Henrique). O samba foi inspirado na própria cantora paranaense-catarinense que revelou que seus amigos mais íntimos a chamam de "mãe" e, quando lhe mandam mensagens pelo WhatsApp, sempre perguntam se "a mãe tá on ou tá off". O termo internético originou-se de uma frase criada pelo futebolista Neymar, "o pai tá on" em comemoração pela classificação do Paris Saint-Germain (PSG), clube francês do qual o brasileiro é jogador, para as semifinais da Champions League, no dia 12 de agosto de 2020. A expressão vem de "o pai está online" e costuma ser empregada como sinônimo de "estou na área" ou "estou pronto para o que vier". Há também quem use o termo para flertar na Internet. Frases como "Chama no zap, o pai tá on" indicam que a pessoa está online no aplicativo de mensagens e que o contato pode chamá-la para conversar. 
"Sou cheia de compromissos, mas sou mãe, mãe de abraçar e cuidar de tudo ao meu redor, sou artista, sou super ativa, sou espontânea e muito vaidosa e por aí vai", disse a esposa do empresário Diether Werninhghaus. A canção cujo videoclipe tem a direção geral de K2D Produções, empresa de Karinah e Diether, também estimula as pessoas serem felizes consigo mesmos, independentemente de como são. Assista ao clipe!




Fontes:
TechTudo

Exitoína


"INSEGURANÇA ZERO (A MÃE TÁ ON)" 
Escrita por Rodrigo Oliveira, Cleitinho Persona e Eliseu Henrique 
Interpretada por Karinah
℗ 2021 Sony Music Entertainment Brasil ltda. sob licença exclusiva de K2D Cultura e Arte.

Ficha técnica do videoclipe (canal Karinah / YouTube)
Direção Geral: K2D Produções 
Diretor do clipe: Bruno Fioravanti 
Produtor de vídeo: Pietro Grassia 
Direção de Fotografia: Fernando Duarte 
Assistente de Fotografia: Raphael Nogueira 
Gaffer: Edu Dantas 
Edição: Fernando Duarte 
Figurino: Camila Motoryn 
Make / Hair: Chicão Toscano 
Produção Executiva: Gabriel Lira | Gruv 
Produtora de Vídeo: Linq Conteúdo


domingo, 17 de janeiro de 2021

"Avicii - True Stories" (documentário de 2017)

 Postagem especial pela conscientização da campanha "Janeiro Branco".



Eu nunca fui fã do Avicii, nome artístico do dj, produtor musical e compositor sueco Tim Bergling (1989-2018), embora cujas músicas que eu acho bacanas são "Wake Me Up!" (Tim Bergling, Aloe Blacc e Mike Einziger, 2013) com a participação não creditada do cantor americano Aloe Blacc na voz principal, "Levels / Something's Got A Hold On Me" (de Etta James, Leroy Kirkland e Pearl Woods, 1962, e adaptação de Tim Bergling e Arash Pournouri, 2011) e "Hey Brother" (de Tim Bergling, Ash Pournouri, Salem Al Fakir, Vincent Pontare e Veronica Maggio, 2013) com o cantor Dan Tyminski. Mas o que mais me chamou a atenção na morte dele que fará três anos no dia 20 de abril desse ano, foi a precocidade (ele tinha apenas 28 anos). Embora a causa da sua morte não tenha sido divulgada explicitamente, se inferiu, através de um comunicado efetuado pela sua família dias depois, que o músico se suicidou com cortes no punho, através do vidro de uma garrafa de champanhe, o que foi confirmado pela autópsia. Klas Bergling, pai do dj, revelou à rádio americana via satélite SiriusXM que a família fez "muitas coisas" para tentar salvar a vida do filho e o quanto ela se sentiu impactada com as questões da saúde mental do artista.
A família de Avicii criou o "Tim Bergling Foundation", uma organização em memória do dj que trabalha pela saúde mental e prevenção do suicídio. Um álbum póstumo intitulado "Tim" (Universal Music) foi lançado em 2019.
O documentário "Avicii: True Stories" (BBC, 2017), produzido e finalizado meses antes de sua morte, mostra os bastidores durante 4 anos de shows e o quanto Avicii reclamava da pressão de seu empresário, do estresse e da agenda superlotada que geraram síndrome de burnout, crise de depressão, síndrome do pânico e ansiedade, além de suas internações com pancreatite aguda causada pelo alcoolismo e crise de apendicite.  
O dj havia anunciado a sua aposentadoria das turnês, mas continuava gravando em estúdio. Por isso que o documentário encerra com Avicii descansando em uma praia, finalmente conseguindo o que queria que era um pouco de paz, ao som de "Felling Good" (do musical "The Roar of the Greasepaint - The Smell of the Crowd" de Anthony Newley e Leslie Bricusse, 1964), música produzida pelo próprio Avicii e com a participação da cantora americana Audra Mae. Essa releitura foi inspirada na famosa gravação da lendária cantora Nina Simone (1933-2003). Pra quem é fã de Avicii ou de música eletrônica, "Avicii: True Stories" é recomendadíssimo. O longa é ótimo.

O dj sueco Avicii

Se você passa por problemas de saúde mental e precisa de ajuda, ligue para o CVV, Centro de Valorização da Vida. O número é 188 e o serviço é gratuito.

Fontes:

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

"Um Novo Tempo" - a famosa canção de fim de ano da Rede Globo que completa 50 anos em 2021.

 

Frente e verso da capa do compacto simples "Um Novo Tempo" (Som Livre, 1971) com elenco da Rede Globo (foto: https://blogdodanielskiter3.blogspot.com/2020/11/um-novo-tempo-elenco-da-rede-globo-ze.html )


As festas de fim de ano já ficaram para trás, mas vale a pena falar de uma das canções mais executadas durante Natal e Ano Novo que completa 50 anos em 2021: "Um Novo Tempo" com música de Marcos Valle e letra de Paulo Sérgio Valle, irmão do Marcos, e Nelson Motta lançada em 1971 pela Som Livre em compacto simples com capa dobrável. A canção virou o tema mais recorrentes das mensagens de fim de ano exibidas pela Rede Globo desde então. "Um Novo Tempo" foi gravada originalmente pelo elenco da emissora carioca, entre eles, Chacrinha (José Abelardo Barbosa de Medeiros, 1917-1988), Cid Moreira (na época, apresentador do Jornal Nacional), o casal querido de atores Glória Menezes e Tarcísio Meira, Jô Soares e Silvio Santos, quando este ainda era um dos "globais". A trilha para a vinheta foi criada sob encomenda de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, que ainda ocupava a chefia da direção de programação e produção da Rede Globo.
O próprio Marcos Valle no programa "Ensaio" da TV Cultura revelou que Nelson Motta e Boni queriam uma música somente para aquele ano e que fosse mais empolgante, esperançosa para o ano seguinte e, ao mesmo tempo, sofisticada, já que era o elenco da Globo que cantaria. Com a música e letra prontas, os compositores escolheram Hugo Bellard como arranjador que regeria orquestra e coro que gravariam o jingle nos estúdios da Som Livre no Rio de Janeiro. Em seu site oficial, Hugo Bellard conta que, para fazer o arranjo do tema global, se inspirou em "What the World Needs Now Is Love" (música de Burt Bacharach e letra de Hal Davis, 1965), um dos clássicos do compositor e músico americano Burt Bacharach de quem Bellard e Marcos Valle são fãs. Além das cordas e piano, Bellard também teve a ideia do dueto de saxes no estilo Billy Vaughn (1919-1991).
O lado B do compacto era "Martim Cererê" (de Zé Katimba e Gibi, 1971) , samba-enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense no carnaval de 1972 que foi incluído na trilha sonora da novela "Bandeira 2" (Rede Globo, 1º de outubro de 1971 -18 de julho de 1972) e gravado por Zé Katimba (que na época seu nome era grafado como "Zé Catimba") e grupo Brasil Ritmo.


"Os seus sonhos serão verdade em 72". Frase na parte interior da capa do compacto simples (Foto: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-685321625-elenco-da-rede-globo-compacto-1971-um-novo-tempo-_JM )


Chacrinha e Silvio Santos 
(foto: Ego - http://ego.globo.com/famosos/noticia/2016/12/9-imagens-raras-de-silvio-santos-na-epoca-em-que-trabalhava-na-globo.html )

Fonte: Notícias da TV (UOL)
https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/silvio-santos-gravou-primeira-vinheta-de-fim-de-ano-da-globo-em-1971-24002


"Um Novo Tempo"
Música de Marcos Valle
Letra de Paulo Sérgio Valle e Nelson Motta
Interpretada pelo elenco da Rede Globo
(P) 1971 Som Livre / SIGLA, Sistema Globo de Gravações Audiovisuais Ltda. (hoje Globo Comunicação e Participações S.A.)

Hoje é um novo dia
De um novo tempo
Que começou
Nesses novos dias
As alegrias 
Serão de todos
É só querer
Todos os nossos sonhos 
Serão verdade
O futuro já começou

Hoje a festa é sua
Hoje a festa é nossa
É de quem quiser
Quem vier
A festa é sua
Hoje a festa é nossa
É de quem quiser!

faixa-bônus (lado B do compacto "Um Novo Tempo"):
"Martim Cererê" (Samba-enredo do carnaval 1972 do Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense / da novela "Bandeira 2")
Escrita por Zé Katimba e Gibi
Interpretada por Zé Katimba & Brasil Ritmo




Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil