"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Relembrando a adolescência 09 - "Jesus - A Maior História de Todos os Tempos" (1999)

Post especial da Semana Santa



"Jesus" (CBS Television) é um filme bíblico televisivo de 1999 dividido em duas partes e dirigido por Roger Young que conta a história de Jesus Cristo. Foi gravado em Marrocos e Malta. Grandes nomes do cinema participaram do filme: Jeremy Sisto (de "As Patricinhas de Beverly Hills" / dublado por Marco Antônio Costa) como Jesus, Jacqueline Bisset como sua mãe Maria de Nazaré (dublada por Juraciara Diácovo), Debra Messing (da série "Seinfeld" / dublada por Nádia Carvalho) como Maria Madalena e Gary Oldman (dublado por Hélio Ribeiro) como Pôncio Pilatos. No Brasil, "Jesus" foi exibido pela primeira vez como minissérie no final de 2000 pela Rede Globo. Para o lançamento em DVD único com duração de quase 3 horas através da Coleção Bíblia Sagrada, foram excluídas algumas cenas do filme, como a do autoenforcamento de Judas Iscariotes (Thomas Lockyer / Maurício Berger) e a cena final de Jesus Cristo em tempos atuais recebendo várias crianças, o que justifica a redublagem pelo Studio Gábia (São Paulo) para a exibição na TV Aparecida, enquanto a dublagem para o DVD e para a Rede Globo foi pela VTI (Rio de Janeiro). Eu o comprei nas Lojas Americanas e, se eu não estou errada, custou uns 13 reais (disco único). 

O filme começa com vários acontecimentos brutais na história mundial, tais como as cruzadas, a pena de morte por queima e a Segunda Guerra Mundial, todas "em nome de Jesus" (Jeremy Sisto).  A vida e a época de Jesus de Nazaré, desde a sua humilde origem como carpinteiro até seu destino como filho de Deus, são a razão desta produção. Quando seu pai José (Armin Mueller-Stahl / dublado por Orlando Drummond) morre, Maria (Jacqueline Bisset) diz a seu filho Jesus que chegou a hora de realizar a sua profecia. Sua dramática viagem inclui o sermão do Monte das Oliveiras, as tentações de Satanás (Jeroen Krabbé / dublado por Luiz Feier Motta), a escolha do Doze Apóstolos, a última ceia, a crucificação e a ressurreição.
Neste longa de época em que Jesus esteva na Terra, o Satanás tem um visual de um homem bem moderno, como se estivesse voltado do ano de 1999 do século XX d.C. para o século I d.C. para tentar Jesus Cristo no deserto onde jejuava por 40 dias a transformar pedra em pão para saciar sua fome, se saltar do pináculo do templo para que os anjos o salvassem e, por ser proclamado Rei, se curvar ao diabo em troca de todos os reinos do mundo. Mas Cristo, é claro, rejeitou tudo isso, afinal, é o Messias.  Em seguida, ele grita:"Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás". (Mateus 4:10). O personagem satânico também vem em forma de uma bela mulher de vermelho ao invés de uma tradicional serpente, como visto na maioria dos filmes sobre Jesus. (clique aqui)

Jesus Cristo (Jeremy Sisto) e o Satã moderno (Jeroen Krabbé)

Como se não bastasse, o Satanás volta a perturbar Jesus no Jardim das Oliveiras na noite anterior à sua morte, fala de todos os tipos de humilhações que sentiria desde essa hora até o Calvário e mostra guerras, catástrofes, miséria e fome que aconteceriam nos séculos vindouros com o propósito de convencer Cristo a não se entregar à cruz e fazer do Planeta Terra um paraíso caso isto fosse o desejo de Deus. Mesmo chocado com as tragédias que vê, Jesus permaneceu obediente a Deus: "Meu Pai não criou os homens para ser ditador com eles, mas lhes deu o livre arbítrio de escolha do bem e o mal". Como o próprio Jesus Cristo falou ao Satanás no deserto onde passou por 40 dias: "Se fosse para testar as leis da natureza, Meu Pai não teria me enviado. Não teste Deus por seus próprios objetivos".
Muitos, alguns mais conservadores, acostumados em ver Jesus sisudo e "robótico" como visto no filme "Jesus de Nazaré" (Gesù di Nazareth / Jesus of Nazareth, ITC Entertainment/RAI TV, Radiotelevisione Italiana, 1977) de Franco Zeffirelli acham estranho ou não concordam em ver Jesus descolado, alegre e brincalhão nesta obra de Roger Young. Porém isso resume a afirmação de que o Filho de Deus é tão humano quanto nós e semelhante a nós em tudo, exceto no pecado.

*os dubladores citados são referentes à versão do estúdio VTI, Rio de Janeiro, como visto em DVD, na TV Globo e na Amazon Prime Video.

sábado, 6 de abril de 2019

Leo Russo lança o videoclipe da releitura de "Cansei, Eu Quero Alegria"



Lançado nesta sexta-feira, dia 5, o novo clipe do cantor Leo Russo, o samba "Cansei, Eu Quero Alegria" (de Leo Russo) com várias participações especiais no vídeo. A música foi gravada primeiramente em demo pelo próprio Leo em 2009 sob o arranjo e direção de Rildo Hora (lembro que foi aí que conheci e me apaixonei pelo trabalho do Leo). Esta releitura de uma década depois tem um arranjo de direção do cavaquinista Alceu Maia. Assista!!! \o/
 E se inscreva para o canal do Leo Russo!!

https://www.youtube.com/user/leorussoproducao

terça-feira, 2 de abril de 2019

Sobre o livro "A Diferença Invisível" de Julie Dachez e Mademoiselle Caroline

Post Especial do Dia Mundial de Conscientização do Autismo



"'A Diferença Invisível' é uma história de autoaceitação. Sobre se tornar capaz de falar em voz alta o que todo mundo tem medo de dizer: que somos todos deficientes de alguma forma; seres imperfeitos, andarilhos na estrada do amor-próprio"

Revista L'Hebdo


Hoje no dia internacional da conscientização do autismo eu vou falar sobre o livro em quadrinhos "A Diferença Invisível". ("La Différence Invisible"), lançado originalmente na França em 2016 pela Editions Delcourt (uma editora de revistas em quadrinhos) e, no Brasil, em 2017, pela Editora Nemo. Ele é uma autobiografia escrita por Julie Dachez que só foi diagnosticada com síndrome de Asperger, um tipo de autismo, aos 27 anos, com a colaboração de Mademoiselle Caroline em adaptação de roteiro, desenho e cores e tradução para o português no Brasil por Renata Silveira. Eu amo esse livro!




Julie Dachez, a autora.

Sinopse

Marguerite (pseudônimo de Julie Dachez) é uma mulher francesa de 27 anos, e aparentemente nada a diferencia das outras pessoas. É bonita, vivaz e inteligente, ama animais, seu cachorro e gatos de estimação, dias ensolarados e comida vegetariana. Trabalha numa grande empresa e vive com o namorado. No entanto, ela é diferente. Marguerite se sente deslocada e luta todos os dias para manter as aparências. Algumas ações que, para muitos são simples, como viajar, ir às festas, se relacionar com seus colegas, usar roupas de determinados tecidos e até um despertador são uma dificuldade para Marguerite. Seus movimentos são repetitivos e seu universo precisa ser um casulo. Ela se sente assolada pelos ruídos e pelo falatório incessante dos colegas. Cansada dessa situação, ela irá ao encontro de si mesma e descobrirá que é autista – Síndrome de Asperger. Sua vida a partir daí se transformará profundamente e se sente aliviada e feliz por finalmente descobrir quem e como ela é, mas terá que encarar reações variadas de colegas. Uns a tratam como uma coitadinha, outros acham que é uma invenção dela, porque "ela parece normal". Alguns a provocam, como naquela parte da cafeteria (página 131) em que um colega joga palitos de fósforos sobre a mesa para desafiar a Margerite a dizer a quantidade certa de palitos sem contar, relembrando uma cena do filme "Rain Man" (United Artists Pictures, 1988), desmistificando a história de que todo autista tem um QI elevadíssimo.
O livro, na introdução, tem uma explicação clara dos franceses Carole Tardif (professora de psicologia) e Bruno Gepner (psiquiatra infantil) sobre o que é síndrome de Asperger, como também aprofunda sobre o autismo nas últimas páginas. "Este é um quadrinho de utilidade pública" (Revista L'Express, França). 







Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil