"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

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terça-feira, 2 de abril de 2019

Sobre o livro "A Diferença Invisível" de Julie Dachez e Mademoiselle Caroline

Post Especial do Dia Mundial de Conscientização do Autismo



"'A Diferença Invisível' é uma história de autoaceitação. Sobre se tornar capaz de falar em voz alta o que todo mundo tem medo de dizer: que somos todos deficientes de alguma forma; seres imperfeitos, andarilhos na estrada do amor-próprio"

Revista L'Hebdo


Hoje no dia internacional da conscientização do autismo eu vou falar sobre o livro em quadrinhos "A Diferença Invisível". ("La Différence Invisible"), lançado originalmente na França em 2016 pela Editions Delcourt (uma editora de revistas em quadrinhos) e, no Brasil, em 2017, pela Editora Nemo. Ele é uma autobiografia escrita por Julie Dachez que só foi diagnosticada com síndrome de Asperger, um tipo de autismo, aos 27 anos, com a colaboração de Mademoiselle Caroline em adaptação de roteiro, desenho e cores e tradução para o português no Brasil por Renata Silveira. Eu amo esse livro!




Julie Dachez, a autora.

Sinopse

Marguerite (pseudônimo de Julie Dachez) é uma mulher francesa de 27 anos, e aparentemente nada a diferencia das outras pessoas. É bonita, vivaz e inteligente, ama animais, seu cachorro e gatos de estimação, dias ensolarados e comida vegetariana. Trabalha numa grande empresa e vive com o namorado. No entanto, ela é diferente. Marguerite se sente deslocada e luta todos os dias para manter as aparências. Algumas ações que, para muitos são simples, como viajar, ir às festas, se relacionar com seus colegas, usar roupas de determinados tecidos e até um despertador são uma dificuldade para Marguerite. Seus movimentos são repetitivos e seu universo precisa ser um casulo. Ela se sente assolada pelos ruídos e pelo falatório incessante dos colegas. Cansada dessa situação, ela irá ao encontro de si mesma e descobrirá que é autista – Síndrome de Asperger. Sua vida a partir daí se transformará profundamente e se sente aliviada e feliz por finalmente descobrir quem e como ela é, mas terá que encarar reações variadas de colegas. Uns a tratam como uma coitadinha, outros acham que é uma invenção dela, porque "ela parece normal". Alguns a provocam, como naquela parte da cafeteria (página 131) em que um colega joga palitos de fósforos sobre a mesa para desafiar a Margerite a dizer a quantidade certa de palitos sem contar, relembrando uma cena do filme "Rain Man" (United Artists Pictures, 1988), desmistificando a história de que todo autista tem um QI elevadíssimo.
O livro, na introdução, tem uma explicação clara dos franceses Carole Tardif (professora de psicologia) e Bruno Gepner (psiquiatra infantil) sobre o que é síndrome de Asperger, como também aprofunda sobre o autismo nas últimas páginas. "Este é um quadrinho de utilidade pública" (Revista L'Express, França). 







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