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domingo, 7 de maio de 2023

Chiquinho de Moraes (1937-2023)

Chiquinho de Moraes com Roberto Carlos

Eu gostava muito do Chiquinho de Moraes nos LP's de Roberto Carlos, da Turma do Balão Mágico e da trilha sonora da novela "O Bem Amada" (Rede Globo, 1973) dentre outros projetos. Uma pena que ele se foi.
Morreu no 30 de abril, o maestro, arranjador e compositor Manoel Francisco de Moraes Mello, o Chiquinho de Moraes (16 de abril de 1937 - 30 de abril de 2023). Ele tinha 86 anos e estava internado na Santa Casa de Cesário Lange, no interior de São Paulo, onde tratava de um câncer avançado. Chiquinho foi sepultado nesta segunda-feira, dia 1º de maio, em Cesário Lage (SP).

Nascido na cidade de Campinas, Chiquinho de Moraes se diplomou no estudo do piano, instrumento musical que começou a tocar ainda na infância. Estudou também com o maestro César Guerra-Peixe (1914-1993).
Seus primeiros arranjos foram feitos em 1959 para o álbum "Estúpido Cupido" (Odeon / Universal Music) da cantora Celly Campello (1942-2003). Chiquinho arranjou as gravações da faixa-título (versão de "Stupid Cupid" de Neil Sedaka e Howard Greenfield, 1958, e adaptação em português de Fred Jorge, 1959) e "Banho de Lua" (Tintarella di Luna, de Bruno Defilippi e Francesco Migliacci, 1959, e versão de Fred Jorge, 1960), este para o álbum seguinte da Celly, "Brôto Certinho" .
Contratado pela TV Record, passou a fazer arranjos para os programas da emissora, entre eles, "O Fino da Bossa" (1965-1967), apresentado por Elis Regina (1945-1982), com quem Chiquinho trabalharia na década de 1970, e Jair Rodrigues (1939-2014). Anos depois, assumiria a TV Globo e em outras emissoras. Na trilha sonora nacional da novela "O Bem Amado" (Rede Globo, 1973), foi o responsável pelo arranjo das músicas do LP compostas por Vinícius de Moraes (1913-1980) e Toquinho (com exceção à faixa "Paiol de Pólvora" que foi arranjada por Rogério Duprat, 1932-2006).
De 1970 a 1977, o maestro trabalhou com Roberto Carlos em discos e shows do cantor. Fez arranjo das músicas "O Show Já Terminou" (de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1973), "Sonho Lindo" (de Maurício Duboc e Carlos Colla, 1973), "O Moço Velho" (de Silvio César, 1973), "Rotina" (de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1973) e "Por Amor" (de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1972).
Na década de 1980, trabalhou nos LP's do grupo infantil A Turma do Balão Mágico. Fez arranjo de cordas e metais para as célebres "Superfantástico" (de Ignácio Ballesteros e Difelisatti, 1982, e versão de Edgard Barbosa Poças, 1983) com a participação especial de Djavan, "Ursinho Pimpão" ("Mi Osito Pelón", de T. Landa e Jacob Taio Cruz, 1982, versão de Edgard Poças, 1983) solada lindamente pela pequena Simony, "Juntos" (de Giannino Gastaldo e Luiz Gómez Escolar, 1981, e versão de Edgard Barbosa Poças, 1983) com a participação da Baby do Brasil (na época Baby Consuelo), "É Tão Lindo" (de Joel Hirschhorn e Al Kasha, 1977, e versão de Edgard Barbosa Poças, 1984) com Roberto Carlos e
"Amigos do Peito" ("Somos Amigos", de Memo Méndez Guiú e Erik Vonn, 1982, e versão de Edgard Poças, 1984) com a participação de Fábio Jr.
A marca orquestral de Chiquinho de Moraes está impressa em vários álbuns de de vários artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Zizi Possi, Erasmo Carlos (1941-2022), Simone, Nana Caymmi, Antônio Marcos (1945-1992), Gal Costa (1945-2022), Milton Nascimento... Um grande legado que ele nos deixou. Que Chiquinho descanse na paz de Deus.

Fontes:
*Mauro Ferreira - Portal G1

*Portal Terra

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