"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Alencastro - "Interpreta Padre Zezinho, scj" (Paulinas-COMEP, 2018)


Tenho que confessar que a cada vez que eu ouço a música do Padre Zezinho, seja na voz dele ou de outros cantores, me lembro com prazer a década de 1990 na minha transição entre a infância e a adolescência: quando uma catequista nos fazia cantar as músicas católicas nos tempos da catequese, quando eu ouvia pelo menos uma música dele por dia na antiga Rádio Clube de Itajaí (hoje Rádio Bandeirantes) 1350kHz, quando eu ia (vou) à missa com meus pais em uma singela comunidade daqui de Itajaí (SC) onde fiz minha primeira comunhão... A mesma sensação eu tive quando eu ouvi pelo Spotify o álbum "Interpreta Padre Zezinho" (Paulinas-COMEP, 2018) do talentosíssimo cantor Alencastro.
Pra quem não conhece, Alencastro é cantor e compositor católico mato-grossense de Cuiabá. Neto de avô materno maestro e da avó paterna pianista e violinista, aos 7 anos de idade, ele começou seus estudos em um conservatório de música e, aos 18, graças a uma apresentação sua como músico em um casamento, o padre da paróquia o convidou para outros eventos. Alencastro Alves Neto começou a participar de eventos sociais, audições, concertos e  ganhou inúmeros troféus e medalhas em festivais. Toca e canta na Igreja São José e também nas novenas do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde reside. Seu primeiro LP independente só foi gravado em 1991, "Arquiteto do Mundo". No ano seguinte, participou do álbum "Louvemos o Senhor Volume 7" (1992)  pela Paulinas-COMEP e, três anos mais tarde, em 1995 gravou o CD "Cor do Amor", também pela gravadora Paulinas-COMEP. Nesse período, Alencastro participou dos shows de ninguém menos que Padre Zezinho, scj em todo o Brasil. Também cantou para o Papa João Paulo II (Karol Józef Wojtyła, 1920-2005) em sua visita ao Campo Grande.
E por falar em Padre Zezinho, em 2018, em comemoração aos 40 anos de carreira, Alencastro lançou o CD "Alencastro Interpreta Padre Zezinho, scj" (Paulinas/COMEP) no qual ele canta 10 grandes sucessos do sacerdote mineiro de Machado. No encarte do CD, o próprio José Fernandes de Oliveira (nome de batismo do padre) faz uma breve apresentação sobre o cantor: "Alencastro é um dos primeiros cantores a cantar comigo. Continua inspirando e comunicando, como sempre, e evangelizando tranquilo e sereno.". Dentre os grandes sucessos relidos por Alencastro neste projeto, estão "Vocação" (1973), "Um Coração Para Amar" (1992), "Cantiga Para Matrimônio" (1990), "Utopia" (1975) e "Estou Pensando em Deus" (1972). O álbum contou com a participação de Cantores de Deus, grupo vocal apadrinhado pelo Padre Zezinho integrado atualmente por Andréia Zanardi, Dalva Tenório e Karla Fioravante, e com arranjo de Tutuca Borba, músico de Roberto Carlos.
Alencastro também é conhecido por ser o primeiro leigo da Igreja Católica a gravar canções do Roberto Carlos (na foto abaixo publicada em sua página no Instagram, Alencastro presenteando seu CD "Interpreta Padre Zezinho" ao rei da MPB). Em 2018, gravou com a cantora Ghislaine Cantini o CD "Estou Aqui" no qual estão a faixa-título (1983) e "Coração de Jesus" (1997), ambas da autoria de Roberto Carlos e Erasmo Carlos."É um momento de muita felicidade e realização. Sempre fui muito fã do Rei Roberto Carlos, então ter o seu maestro nessa participação é algo inesquecível. Assim como foi maravilhoso interpretar as canções do nosso querido padre Zezinho", disse o cantor para o site Campo Grande News.



Fontes:
Campo Grande News
A crítica


"Alencastro Interpreta Padre Zezinho, scj"
Alencastro
(P) 2018 Paulinas-COMEP

todas as músicas são da autoria de José Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho, scj)

1. Vocação (1973)
2. Um coração para amar (1992)
3. Uma folha que caiu (2004)
4. Cantiga do matrimônio (1990)
5. Utopia (1975)
6. Maria da minha infância (1972)
7. Cantiga de paz na terra (1976)
8. Já não sou eu quem vive (1998)
9. Alô meu Deus (1975)
10. Estou pensando em Deus (1972)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Moderação de comentários ativada. Aguarde a publicação.

Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil