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domingo, 12 de janeiro de 2020

Nos deixou o cantor sertanejo Juliano Cézar


O primeiro intérprete de "Não Aprendi Dizer Adeus" e "Rumo à Goiânia" tinha acabado de completar 58 anos.

Eu lembro que eu tinha uns 9 anos de idade, isso em 1991, e eu era uma telespectadora assídua do programa "Sabadão Sertanejo" apresentado pelo Gugu Liberato (1959-2019) no SBT pelo qual passavam vários artistas novos e consagrados da música sertaneja devido à onda midiática do gênero na época. Entre eles, o Juliano Cézar (27 de dezembro de 1961 - 31 de dezembro de 2019) divulgando para o Brasil inteiro a canção "Não Aprendi Dizer Adeus" (de Joel Marques, 1990) gravada para o seu segundo álbum, "Amor de Peão" (RGE, 1990). Porém a musica é muito associada posteriormente às vozes de Leandro (1961-1998) & Leonardo gravada para o quinto álbum da dupla lançado em 1991 pela Chantecler/Warner Music div. Continental. Outra música que muitos acreditam que foi gravada primeiramente pela dupla goiana foi "Rumo à Goiânia" (de Paiva, 1996), conhecida pelo refrão "ê, Goiânia...", mas que na verdade também foi Juliano Cézar para o seu álbum lançado em 1996. Vale citar também mais um dos sucessos relevantes da carreira de Juliano que foi "Risca-Faca" (de Biguá e Pepe Moreno, 2006).
Juliano iniciou sua carreira musical em 1985, depois de ter sido peão de rodeios e fazendeiro. Do interior de Minas, Juliano gastou seu "pé-de-meia" em seu primeiro disco independente, onde apresentava sua interpretação em regravações de sucessos de Chitãozinho & Xororó e Milionário & José Rico (1946-2015), entre outros.
Dono de uma voz limpa e suave e apelidado carinhosamente de "Cowboy Vagabundo" em razão de uma música homônima da autoria de Janel e Juninho gravada por ele em 2000, Juliano Cezar ganhou Prêmio Sharp em 1991 de melhor artista revelação pelo álbum "Amor de Peão" e foi indicado ao Grammy Latino de melhor álbum romântico em português em 2004. O cantor fazia seus shows pelo Brasil afora e até já viajou a Nashville, o berço da música country nos Estados Unidos onde manteve contato com os grandes nomes do gênero.
Juliano Cézar morreu na madrugada do dia 31 de dezembro, terça-feira, vítima de um infarto fulminante durante o show que fazia em Uniflor, cidade localizada no norte do Paraná. Ele havia acabado de completar 58 anos quatro dias antes. Seu corpo foi enterrado na sua cidade natal, Passos, Minas Gerais, no dia 1º de janeiro de 2020.




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