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sábado, 17 de outubro de 2020

"Reggae do Manero" - Raimundos

 


"Reggae do Manero" (de Digão, Canisso e Rodolfo Abrantes, 2000) faz parte do sexto álbum e primeiro ao vivo da banda de rock hardcore punk Raimundos, o "MTV Ao Vivo" (Warner Music, 2000), como também é a única inédita do projeto. "MTV ao Vivo" foi uma série da emissora musical de TV por assinatura, a MTV Brasil que na época estava em seu auge, em que shows se tornam CD's e DVD's e a banda brasiliense foi a primeira dessa série.
A canção verídica fala sobre o próprio vocalista Rodolfo Abrantes quando foi gravar com Raimundos em Los Angeles, Estados Unidos. Quem lembra, sabe que o cantor usava dreads no cabelo e foi lá que ele teve que raspar a cabeça, já que o cabelo criava fungos, e jogou os dreads na privada que acabou entupindo. Quem revelou esse fato foi o baixista Canisso em uma entrevista. Os outros detalhes da letra certamente são reais, como a cozinheira despreocupada com a higiene, o "perfume" (maconha) fedorento, a saudade da mãe, o banheiro sem papel, a vestimenta brega, a mãe dizendo que o filho é bonito como consolo, etc.


Reggae do Maneiro
Escrita por Rodrigo Aguiar Madeira Campos "Digão", Rodolfo Abrantes e Jose Henrique Campos Pereira "Canisso"
Produzido por Carlos Eduardo Miranda, Mauro Manzoli e Tom Capone
℗ 2000 WEA International Inc./ Warner Music Brasil

 

Se eu uso a manga da camisa que é dobrada
A calça bag bem rasgada é porque eu sou fulêro
Se eu vou pro centro no domingo
Do perfume eu uso um pingo
que deixa fedendo o prédio inteiro

Pente redondo tem
me pergunta eu lhe respondo
Eu tomo pinga com a Dominga dançando curtindo Wando
E não consigo nem levantar pra mudar o disco
Um bicho velho cheio de risco mau serve pra abanar
Eu comendo bem no restaurante Morte Lenta
A cozinheira é uma nojenta
que vive limpando a venta no avental
Eu passando mal, com saudade, mainha

Ô mãe! vê se me manda um dinheiro
Que eu no banheiro
E não tem nem papel pra cagar
(não tem, não tem, não tem)
Ô mãe! esse seu filho é maneiro
Aqui no estrangeiro nenhuma mulher qué me dá
(ninguém, ninguém, ninguém)

Meu cabelo eu não sei quem rapô
Entupiu a privada, entupiu
ai, meu Deus!
Oh oh ah ah...uh

é bonito
é bonito
é bonito demais
Ocê é um cara manêro
é bonito
é bonito
é bonito demais
Bonito mais que o mundo inteiro
é bonito
é bonito
é bonito demais
é bonito
é bonito...

Ô mãe! vê se me manda um dinheiro
Que eu no banheiro
E não tem nem papel pra cagar
(não tem, não tem, não tem)
Ô mãe! esse seu filho é maneiro
Aqui no estrangeiro nenhuma mulher qué me dá
(ninguém, ninguém, ninguém)

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