"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Valeu, Portela!

Portela foi uma das preferidas da segunda noite dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.




Portela, que foi a quarta escola a desfilar na segunda-feira de carnaval (8/02/2016), arrasou na Sapucaí graças ao Paulo Barros, o carnavalesco conhecido pela ousadia. "O voo da Águia da Portela, em 2016, nos conduzirá a lugares distantes, uma viagem sem fim que atravessa a história da humanidade", dizia o site oficial da Portela sobre o enredo deste ano.

Imagem aérea do desfile (foto: facebook Portela / Divulgação)

O desfile teve o Poseidon flutuante com prancha e jatos d'água, Moisés abrindo o Mar Vermelho (minha parte preferida), o boneco do ator Jack Black representando o Gigante Gulliver sendo escalado por componentes da escola (o ponto alto do desfile. Parabéns ao escultor, porque a cara do ator ficou igualzinha!), destaques sendo "engolidas" por dinossauros no carro que representa a série dos anos 70 "O Elo Perdido", o carro da série "Perdidos no Espaço" da década de 1960, a ala das baianas relembrando a outra série sessentista "Túnel do Tempo"... tudo de parabéns! Me deu até vontade de desfilar entre eles.



Mestre-sala Alex Marcelino e a porta-bandeira Daniele Nascimento (foto: UOL)



Cláudio Mattos encarnando Moisés sobre a Águia (foto: G1)

O boneco do ator Jack Black representando o Gigante Gulliver: o ponto alto do desfile. (foto: G1)

VÍDEO: "No vôo da Águia, uma viagem sem fim"
Autores: Samir Trindade, Wanderley Monteiro, Elson Ramires, Lopita 77, Dimenor e Edmar Jr.
Intérpretes: Wantuir Oliveira e Gilsinho
(P) 2015 Gravadora Escolas de Samba / Universal Music Brasil

Voar nas asas da poesia
Rasgar o céu da mitologia
E nessa Odisseia viajar
Meus olhos vão te guiar, na travessia
E no meu destino sem fim
Cruzar o azul que é tudo pra mim
Enfrentar tormentas e continuar, a navegar

Oh leva eu me leva, aonde o vento soprar eu vou
Oh leva eu me leva, sou livre aonde sonhar eu vou

Quisera ir ao infinito
Sentir lugares tão bonitos
Em terras mais distantes me aventurar
Sem saber se um dia vou voltar

E mais além, no elo perdido cheguei
No vai e vem, a chave da vida encontrei

Vou pedir passagem em
Busca do ouro
O seu brilho me fascina
Quero esse mapa da mina, pra achar tesouros
Abre a janela, pro mundo que Paulo criou
Do outro lado, alguém pode ver esse amor
Meus filhos vem me adorar
O Samba reverenciar
Abram alas, vou me apresentar

Eu sou a Águia, fale de mim quem quiser
Mas é melhor respeitar, sou a Portela
Nessa viagem, mais uma estrela
Que vai brilhar no pavilhão de Madureira



P.S.: Fiz este post durante a apuração do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, mas ficamos com a medalha de bronze: conquistamos o terceiro lugar. Quem venceu foi a Mangueira com o enredo sobre a cantora Maria Bethânia que este ano comemora seus 50 anos de carreira. Parabéns à escola pela vitória! A seguir, o videoclipe do enredo da campeã, "Maria Bethânia, a Menina Dos Olhos de Oyá" (autoria de Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho Bandolim e Renan Brandão).


Maria Bethânia em um dos carros alegóricos no desfile da Mangueira, a campeã do carnaval 2016 do Rio (foto: UOL)

VÍDEO:"Maria Bethânia, a Menina dos Olhos de Oyá"
Autores: Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho Bandolim e Renan Brandão
Intérpretes: Ciganerey e Maria Bethânia (introdução)
(P) 2015 Gravadora Escolas de Samba / Universal Music Brasil

Raiou... Senhora mãe da tempestade
A sua força me invade, o vento sopra e anuncia
Oyá... Entrego a ti a minha fé
O abebé reluz axé
Fiz um pedido pro Bonfim abençoar
Oxalá, Xeu Êpa Babá!
Oh, Minha Santa, me proteja, me alumia
Trago no peito o Rosário de Maria
Sinto o perfume... Mel, pitanga e dendê
No embalo do xirê, começou a cantoria

Vou no toque do tambor... ô ô
Deixo o samba me levar... Saravá!
É no dengo da baiana, meu sinhô
Que a Mangueira vai passar

Voa, carcará! Leva meu dom ao Teatro Opinião
Faz da minha voz um retrato desse chão
Sonhei que nessa noite de magia
Em cena, encarno toda poesia
Sou abelha rainha, fera ferida, bordadeira da canção
De pé descalço, puxo o verso e abro a roda
Firmo na palma, no pandeiro e na viola
Sou trapezista num céu de lona verde e rosa
Que hoje brinca de viver a emoção Explode coração
Quem me chamou... Mangueira
Chegou a hora, não dá mais pra segurar

Quem me chamou... Chamou pra sambar
Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá



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