"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

sábado, 24 de dezembro de 2016

Que bom! Roberto Carlos estava mais solto e fez o seu melhor especial em poucos anos


Eu tenho que confessar que uma hora antes de começar o especial de Roberto Carlos na Globo, este ano intitulado "Simplesmente Roberto Carlos" eu estava com um frio na barriga, como se eu fosse vê-lo ao vivo em carne e osso mais uma vez ou conhecê-lo pessoalmente no camarim, sei lá. É lógico que não aconteceu. Mas é pelo tradicional especial de fim de ano pela TV. O cantor, que este ano esteve em Balneário Camboriú e Florianópolis em setembro (clique aqui), parecia mais descontraído em sua apresentação exibida nesta sexta-feira (23/12/2016). A reinclusão da música "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", sucesso de 1965, foi o ponto mais alto do show. Por conta do TOC, trastorno obsessivo compulsivo, o cantor deixou de falara palavra "inferno" ou qualquer termo que expressa a maldade por mais de 30 anos. O anfitrião falou sobre a batalha contra o transtorno antes de cantar a "música proibida". "Não me lembro mais quando foi a última vez que cantei essa música. Faz muito tempo realmente. De repente, os amigos insistiram e comecei a tratar o TOC. Melhorei um pouco e ensaiei cantando pela metade, mas aí tratei mais um pouco e resolvi cantar tudo". A princípio eu acreditava que, se ele realmente voltasse a cantá-la, ele faria um break no refrão, ou seja, ao chegar em "e que tudo mais" ficaria em silêncio. Ainda bem que isso não aconteceu. Até a plateia que estava lá e os internautas que assistiam ao programa comemoravam como se dessem um grito de gol em uma partida de futebol. Eu, não só esperava por essa reação, como também estive nesse clima. 😁 Na primeira vez em que ele chegou ao estribilho, deu pra sentir que ele estava inseguro, ameaçou a não soltar a tal palavra, mas foi só uma pegadinha. Depois é que ele relaxou um pouco. E a questão é: será que ele vai incluir o "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" para outros shows de sua turnê?
Também foi exibido em primeira mão o videoclipe de "Chegaste" gravado nos Estados Unidos com a Jennifer Lopez, cantora americana e filha de porto-riquenhos. É a primeira vez que a estrela pop latina canta em português.

Com Jennifer Lopez

Houve a participação da finalista curitibana do "The Voice Kids" Rafa Gomes que encantou os telespectadores cantando ao lado do Roberto as músicas "Ben" (de Don Black e Walter Scharf) imortalizada por Michael Jackson e "Todos Estão Surdos" (de Roberto e Erasmo Carlos). Com Gilberto Gil e Caetano Veloso, Roberto cantou "Coração Vagabundo" (de Caetano Veloso) e "Marina" (de Dorival Caymmi). Com Marisa Monte, Roberto cantou "De Que Vale Tudo Isso" (de Roberto Carlos), sucesso do disco "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura" de 1967 e do filme homônimo lançado no ano seguinte, e "Ainda Bem" (de Marisa Monte e Arnaldo Antunes), tanto que os dois chegaram a dançar ao som desta. Dando uma sequência portelense, Zeca Pagodinho, convidado do Roberto Carlos pela terceira vez, e o rei cantaram um pot-pourri de samba em homenagem aos cem anos do gênero musical com "Com que Roupa" (de Noel Rosa"), "O Sol Nascerá" (de Cartola e Elton Medeiros) e "Se Acaso Você Chegasse" (de Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues), além de "Caviar", composta pelo Trio Calafrio Marquynhos Diniz, Barbeirinho do Jacarezinho e Luiz Grande. Como sempre, Roberto encerra seu show com "Jesus Cristo" (de Roberto e Erasmo Carlos).
Roberto Carlos pode não ter a mesma emissão vocal de antigamente, mas, gostem ou não gostem, ele tem a importância na música e o seu especial, na TV.



Com Zeca Pagodinho (foto acima) e Marisa Monte.



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