"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

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domingo, 13 de maio de 2018

"A Fraternidade e o Negro: Ouvi o Clamor Deste Povo" - Hino da Campanha da Fraternidade 1988


Hoje, dia 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura, eu gostaria de relembrar o hino da Campanha da Fraternidade de 1988 cujo tema era "A Fraternidade E O Negro"  com o lema "Ouvi O Clamor Deste Povo" lançada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB. Era o ano do centenário da Abolição da Escravatura. Embora fosse assinada a Lei Áurea pela Princesa Isabel (Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon e Bragança, 1846-1921) para que nós negros sejamos livres, a desigualdade racial infelizmente existe até hoje. O objetivo geral da Campanha era "assumir com redobrado empenho a nobre luta pela justiça e contra qualquer tipo de preconceito, racismo e ou discriminação" (site da CNBB).
Com o arranjo influenciado nos ritmos afrodescendentes e letra que fala do negro rigidamente escravizado, mas com fé e esperança pela liberdade, este belo hino da Campanha da Fraternidade de 30 anos atrás foi composta por Padre Cireneu Kuhn na parte melódica e por José Thomaz Filho na parte lírica.

"Introito" (Canto de Entrada)
(hino da Campanha da Fraternidade 1988)
Tema: "A Fraternidade E O Negro" / lema : "Ouvi O Clamor Deste Povo" 
Música de Padre Cireneu Kuhn, SVD (São Paulo)
Letra de José Thomaz Filho (Petrópolis, RJ)
Interpretada por CANTAFRO da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo, com a colaboração de Wilma Maria Tereza, Edmir e Ricardo.
Regência de Estevão Maya
Técnicos de gravação e mixagem: Diogo Ávila e Tano
Gravado nos Estúdios COMEP, Comunicação Edições Paulinas, São Paulo.
(P) 1987 CNBB, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil
sob a fabricação de GEL, Gravações Elétricas S.A/ Discos Continental (hoje Warner Music - Divisão Continental)




1- Olha, que eu vim lá de longe
Perdendo raízes, enchendo porões
Olha, cruzei tantos mares
Pisei novas terras, sofrendo grilhões

[refrão]
Mas meu canto bonito
Mas meu canto bonito
Nem dor, nem corrente jamais abafou, ô ô ô
Nem dor, nem corrente jamais abafou, ô ô ô
Pois ser livre eu queria
Pois ser livre eu queria
Meu Deus, és a força de quem confiou, ô ô ô
Meu Deus, és a força de quem confiou, ô ô ô

2- Olha, vendido em leilão
Moído em engenhos, plantei meu suor
Olha, nos campos roçados
Reguei com meu sangue, meu sonho maior

3- Olha, eu venho sofrido
Com todo oprimido cantar sem temor
Olha, que vem tempo novo
Trazer para o povo um dia melhor

4- Olha, rompendo correntes
Pra nós, liberdade enfim vai chegar
Olha, trazendo esperança
O Deus da aliança nós vamos cantar

Um comentário:

  1. Olá Jeane! achei maravilhoso esta sua publicação. Esta CF é um grito pela justiça e igualdade não importa a cor, raça, etc.Este hino é uma oração de clamor e esperança de um novo céu e uma nova terra onde todos se abraçarão como irmãos filhos do mesmo Pai.
    Com carinho, Carmelita
    Mas meu canto bonito
    Mas meu canto bonito
    Nem dor, nem corrente jamais abafou, ô ô ô
    Nem dor, nem corrente jamais abafou, ô ô ô
    Pois ser livre eu queria
    Pois ser livre eu queria
    Meu Deus, és a força de quem confiou, ô ô ô
    Meu Deus, és a força de quem confiou, ô ô ô

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