"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

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domingo, 16 de dezembro de 2018

LISTAS: Famosos autistas ou supostamente autistas



O termo autismo vem do grego autos que significa "eu mesmo", exprime a noção de próprio, de si próprio. O transtorno do espectro autista (TEA) tem como o principal sinal a dificuldade de interação social e comunicação. Pouco a pouco a sociedade vem tomando conhecimento sobre o autismo, no entanto, os autistas são vistos por ela com desdém, preconceito, preocupação ou pena, como se eles fossem incapazes de fazer algo. Uma das provas de que a sociedade está enganada é esta lista de famosos autistas que são bem sucedidos em suas áreas de interesse:




ALBERT EINSTEIN (1879-1955): A hipótese de que o gênio da física e da matemática tinha síndrome de Asperger, um tipo de autismo, foi levantada por Ioan James, da Universidade de Oxford, e Simon Baron-Cohen, diretor do Centro de Pesquisa em Autismo da Universidade de Cambridge. Ambos estudaram a personalidade de Albert Einstein e encontraram sinais que se encaixam com algum tipo de autismo. Einstein se desligava do mundo ao seu redor e tinha um QI elevadíssimo. Ainda criança, costumava repetir a mesma frase durante horas e estava sempre sozinho. Na fase adulta, mantinha um guarda-roupa peculiar: sete ternos, todos iguais.




ISAAC NEWTON (1643-1727): Mais uma investigação de Ioan James, de Oxford, e Baron-Cohen, de Cambridge: As características de Isaac Newton evidenciam de que ele tinha síndrome de Asperger. Ele começou a desvendar a Lei da Gravidade aos 23 anos e era uma pessoa distante e de poucas palavras. Tinha dificuldade de interação social, ficava horas trancado estudando e morreu sem ter namorado ou se relacionado sexualmente.




WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791): outra personalidade com suspeita de autismo. O "diagnóstico" foi baseado em depoimentos sobre a personalidade do músico austríaco que foram passados entre gerações. Aos 5 anos de idade, já havia composto uma importante peça musical, mas tinha um comportamento difícil. Não se relacionava com os outros, na verdade os ignorava. Cresceu sem amigos, seu casamento afundou rapidinho e o que sobrou de sua vida foi o que tinha de indiscutivelmente único: a genialidade musical. (Super Interessante)




BILL GATES: por enquanto é só especulação de que o criador da Microsoft é autista. "Dentre os fatores que poderiam ter complicado a sua trajetória profissional está o fato de que ele costuma se balançar constantemente para frente e para trás em reuniões de negócios e até em aviões (comportamento comum em autistas quando estão nervosos) além de não gostar de manter contato nos olhos. Com pouca habilidade social Gates já foi mal visto no mundo corporativo e não dá muita importância para a sua aparência." (Cultura Mix)




TIM BURTON: até os seus 57 anos de idade, o cineasta não foi diagnosticado clinicamente, mas a sua ex-esposa, a atriz Helena Bonham-Carter certifica de que Burton tinha algumas manifestações que se coincidem com essa alteração. Sabe aquela frase "mirou o que viu, acertou o que não viu"? Foi quando o então casal estava assistindo a um documentário sobre o autismo com o objetivo de estudar sobre a personagem que a Bonham-Carter iria fazer no cinema e o diretor de "A Fantástica Fábrica de Chocolate" ("Charlie and the Chocolate Factory", Warner Bros., 2005) e "Edward Mãos de Tesoura" ("Edward Scissorhands", Twentieth Century Fox, 1990) ficou surpreso ao perceber que as características de um autista se encaixavam com a sua personalidade.




SUSAN BOYLE: a cantora, revelada no programa Britain's Got Talent em 2009 foi diagnosticada com autismo e síndrome de Asperger três anos mais tarde. Ela disse em entrevista que "sempre suspeitou" que tinha algum distúrbio mental, mas que não tinha acesso a bons médicos antes da fama para diagnosticá-la corretamente.




MC BETH: pelo nome da moça paulistana você nunca ouviu falar, mas pelo menos já ouviu o funk "Dança da Motinha" (de Mc Naldinho, 2000). Sim, essa música foi cantada por ela! Elisabeth Raiol que foi musa do CD "Furacão 2000 - Tornado Muito Nervoso" disse ao G1 em 2014 que havia sofrido a vida toda com problemas nervosos. "Tive diagnósticos estranhos. Já fui a neurologista que quis me encher de remédio", lembrava. Ela disse também que teve amnésia após uma crise na adolescência. Porém, em 2013 recebeu uma análise que considerou correta: foi diagnosticada com autismo por um médico. Beth abandonou a carreira de cantora para se dedicar ao marido, aos filhos e aos cachorros e é protetora dos animais.




TEMPLE GRANDIN: ela foi a primeira mulher a ajudar a combater o estereótipo de que o autismo era maior em pessoas do sexo masculino. Ela começou a falar aos 4 anos e, segundo a própria, uma das dificuldades de sua vida foi nos tempos do Ensino Médio na escola. Foi ela que revolucionou as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros. Bacharel em Psicologia pelo Franklin Pierce College e com mestrado em Zootecnia na Universidade Estadual do Arizona, é Ph.D. em Zootecnia, desde 1989, pela Universidade de Illinois. Hoje ministra cursos na Universidade Estadual do Colorado a respeito de comportamento de rebanhos e projetos de instalação, além de prestar consultoria para a industria pecuária em manejo, instalações e cuidado de animais. Em 2010, sua vida virou filme produzido para a HBO e protagonizado pela atriz Claire Danes.




HELEN HOANG: a escritora que reside em San Diego, na Califórnia foi diagnosticada com síndrome de Asperger já adulta, em 2016, o que serviu de inspiração para o seu livro de estreia, "Os Números do Amor" ("The Kiss Quotient", 2018) (clique aqui).




DAN AYKROYD: aos 12 anos, o comediante foi diagnosticado com síndrome de Tourette. Já adulto e famoso, foi diagnosticado com síndrome de Asperger. Foi da mente do ator que saiu a ideia de escrever "Os Caça-Fantasmas" ("Ghostbusters", Columbia Pictures, 1984) e "Os Irmãos Cara de Pau" ("The Blue Brothers", Universal Pictures, 1980). Entre as características do ator estão a obsessão por fantasmas e pelo cumprimento da lei.



DARYL HANNAH: a atriz de "Blade Runner - O Caçador de Androides" ("Blade Runner", Warner Bros., 1982) e das duas sequências de "Kill Bill" (Miramax Pictures, 2003/2004) foi diagnosticada com autismo aos 3 anos de idade e só revelou isso em 2013, no auge da fama. Segundo ela, por ter sido uma menina muito amedrontada e tímida, os médicos queriam interná-la por timidez compulsória (oi???) e disseram que uma vida tranquila era o mais recomendado para ela. E brinca: "acho que eu não os escutei".




COURTNEY LOVE: conhecida pelas suas polêmicas por envolvimento com álcool e drogas, a líder da banda Hole e viúva de Kurt Cobain (1967-1994), o vocalista do Nirvana, foi diagnosticada com autismo aos 3 anos de idade. Ela evita de tocar no assunto, porém havia escolhido para revelar o diagnóstico aos fãs em sua autobiografia, "The Real Story", livro que foi lançado em 1997.





HEATHER KUZMICH: A modelo foi diagnosticada com autismo e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) aos 15 anos de idade. Sob pressão dos pais, Kuzmich se inscreveu para a 9ª edição de America's Next Top Model na qual ela foi a quarta vice-campeã. Ela tem dificuldade de socialização e, pelo seu comportamento "esquisito" segundo a ótica dos outros,  foi alvo de bullying de outras concorrentes durante o reality show. Encantado e cativado pela modelo, Enrique Iglesias a chamou para participar de um videoclipe. Depois do programa, assinou um contrato com a agência de modelos Elite Model e estampou a capa da revista Spectrum que fala sobre autismo. 

Bônus: Lionel Messi NÃO É AUTISTA
(Atualizado no dia 13 de junho de 2022)


A falsa informação de que o jogador argentino era autista foi criada no Brasil em 2013 quando um jornalista e escritor publicou em seu site um longo texto dizendo que Messi  "foi diagnosticado aos 8 anos de idade, ainda na Argentina, com a síndrome de Asperger". O jornalista enumerou diversas características que "provariam" que Messi seria autista, como a timidez com a imprensa e a peculiaridade de sempre dar dribles e chutar a gol da mesma maneira, o que seriam indícios de padrões repetidos. Porém, no dia 26 de setembro do mesmo ano, a reportagem do UOL Esporte falou com Diego Schwarzstein, médico que tratou o principal e conhecido problema de saúde de Messi: uma deficiência hormonal que comprometeu seu crescimento. O médico, que ainda mora em Rosário (Argentina), cidade natal de Messi, não deu margem a dúvidas: "Leo nunca foi diagnosticado como Asperger ou qualquer outra forma de autismo. Isso é realmente uma bobagem", afirmou categoricamente. Nem o próprio futebolista se declarou autista. Tampouco seus familiares ou pessoas mais próximas confirmaram o diagnóstico. Ou seja, essa fake news que deveria ter sido encerrada em 2013 vem circulando até hoje.

Fonte: Canal Autismo 

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