Meu nome é Jeane Martins, a Jê (com jota!).Sou de Itajaí,Santa Catarina e autista (e apaixonada pela Portela, a rainha do carnaval do Rio de Janeiro) :D

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"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
"Roque Santeiro, o Rock" - Gilberto Gil
Deixa ele tocar o rock
Deixa o choque da guitarra tocar o santeiro
Do barro do motocross
Quem sabe ele molde um novo santo padroeiro
Imagino que os meus pais não se lembram mais de uma fita cassete personalizada que encomendaram em 1985, quando eu tinha 3 aninhos de idade, mas eu me lembro de algumas músicas que eles mandaram gravar nela. Entre elas, "Roque Santeiro, o Rock" de Gilberto Gil (do LP "Dia Dorim, Noite Neon", WEA Discos/Warner Music, 1985), uma exaltação às tendências culturais juvenis daquele ano, como os defensores do rock Brasil Titãs, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor e o cantor Lobão, e a novela Roque Santeiro. O "Serginho, cabeludo danado" que Gil mencionava no final da música era o Sérgio Dias, ex-Mutantes, que participou da música na guitarra solo.
"Roque Santeiro, o Rock"
escrita e interpretada por Gilberto Gil
(P) 1985 WEA Discos/Warner Music Brasil
Outrora, só cabeludo
Agora, o menino é tudo de novo no front
Outrora, só rebeldia
Agora, soberania na noite neon
Outrora, mera fumaça
Agora, fogo da raça, fogoso rapaz
Outrora, mera ameaça
Agora, exige o direito ao respeito dos pais
E tem mais, e tem mais, e tem mais
E tem mais, e tem mais
Outrora, arraia miúda
Agora, lobão de boca bem grande a gritar
Outrora, pirado e louco
Agora, poucos insistem em negar-lhe o lugar
Outrora, frágil autorama
Agora, três paralamas de grande carreta de som
Outrora, simples bermuda
Agora, ultravestido de elegante fraque a rigor
E o amor, e o amor, e o amor, e o amor
E o amor, e o amor, e o amor
Só quem não amar os filhos
Vai querer dinamitar os trilhos da estrada
Onde passou passarada
Passa agora a garotada, destino ao futuro
Deixa ele tocar o rock
Deixa o choque da guitarra tocar o santeiro
Do barro do motocross
Quem sabe ele molde um novo santo padroeiro
Outrora, o seio materno
Agora, o meio da rua, na lua, nas novas manhãs
Outrora, o céu e o inferno
Agora, o saber eterno do velho sonho dos titãs
Outrora, o reino do Pai
Agora, o tempo do Filho com seu novo canto
Outrora, o Monte Sinai
Agora, sinais da nave do Espírito Santo
E o encanto, e o encanto, e o encanto, e o encanto
E o encanto, e o encanto, e o encanto, e o encanto
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